O USO DO DIÁLOGO COMO FERRAMENTA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

PALAVRAS-CHAVE: Diálogo. Gestor Escolar. Gestão Democrática e Participativa. ABSTRACT: The present article aims to establish the relationship between democratic and participatory management, the professional profile of the school manager and the practice of permanent dialogue in the positive construction of the intersubjective relations of the school community. For this, it analyzes the school as a learning community, reflects on the foundations of democratic and participatory management; establishes the ethical-professional profile of the school manager and, finally, presents the experience report of the use of the dialogue for the reorientation of the Municipal School of Early Childhood Education Carolina Maria de Jesus, Diadema. Em seguida, analisar os principais pontos que reorientem para a construção da gestão democrática e participativa e a construção do perfil ético-profissional do gestor escolar diante das novas demandas sociais encontradas na comunidade escolar.

Finalmente, apresenta-se a experiência vivenciada na gestão escolar da Escola Municipal de Ensino Infantil Carolina Maria de Jesus, Diadema. São Paulo, onde se pôde estabelecer a relação teoria e prática para a tentativa de superação dos conflitos lá instalados ao utilizar a força propulsora do diálogo em todos os momentos de intervenção. Nesses termos, acredita-se que o presente artigo cumpra seu papel acadêmico de aprofundamento teórico com vistas a sua aplicabilidade profissional e que estabeleça sua contribuição aos estudos que se dedicam a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Comunidade escolar, comunidade de aprendizagem e democracia. Os principais elementos que desenhariam essa cultura seriam os atores (famílias, professores, gestores e alunos), os discursos e as linguagens (modos de conversação e comunicação), as instituições (organização escolar e o sistema educativo) e as práticas (pautas de comportamento que chegam a se consolidar durante um tempo).

SILVA, 2006, p. E ao se integrar comunidade escolar à cultura presente nas intersubjetividades que estão na escola, ressalta-se a tentativa de superar as marcas ideológicas de dominação e introduzir um novo paradigma, o de promover o vínculo entre os atores presentes para a construção de uma efetiva comunidade de aprendizagem: a comunidade de aprendizagem adota uma visão integral e sistêmica do educativo, colocando no centro a aprendizagem e a cultura em sentido amplo (satisfação de necessidades de aprendizagem da população e desenvolvimento de uma nova cultura geral sintonizada com os requisitos de uma cidadania plena) e articulando educação formal/não formal/informal, escola/comunidade, política educativa/social/ econômica, educação/cultura, saber científico/saber comum, educação de crianças/educação de adultos, reforma/inovação (mudança “de cima” e mudança “de baixo”), gestão administrativa/gestão pedagógica (na instituição escolar, no sistema escolar, na política educativa, na formação de recursos humanos etc.

os pobres, os grupos “desfavorecidos” ou “em situação de risco” /os outros (como marco de uma noção de “alívio da pobreza” e “focalização na pobreza” que se apresenta como discriminação positiva mas que pode acabar reforçando o assistencialismo e a exclusão social), o global/o local. MENEZES, 2001, p. Princípio da Igualdade O art. º da CF, prevê que todos têm direitos iguais sem qualquer distinção. Ele não pode distinguir as situações. Princípio da Lealdade e boa-fé O princípio da legalidade e boa-fé, resume-se que o administrador não deve agir com malícia ou de forma astuciosa para confundir ou atrapalhar o cidadão no exercício de seus direitos. Princípio da Motivação Para todas as ações dos servidores públicos, deve existir uma explicação, um fundamento de base e direito.

Conhecer quais são os direitos que a sociedade reconhece às pessoas. Em face à noção de tarefas proposta pelo autor, pode-se considerar que a construção de um código de ética no ambiente escolar em uma gestão democrática seja fruto da construção coletiva dessa comunidade baseada nos princípios teóricos da Administração Pública, em suas especificidades de atuação diante do interesse público da própria Educação. Portanto, a ética aqui é entendida como uma práxis (relação dialética entre a teoria e prática). Nesse aspecto, pode-se considerar que na gestão democrática e participativa o seu código de ética é decorrente de um contrato social, baseado em princípios da Administração Pública, amplamente discutidos e acordados com seus profissionais, alunos, pais e responsáveis, cabendo a todos a responsabilidade de se manifestarem em um ethos justo e bom.

A superação das relações de poder na gestão democrática Foucault (2005) apud Cristino; Krug (2011, p. É um resultado que só pode provir de muitas lutas, de vitórias setoriais, derrotas, também. Mas sem dúvida a autogestão da escola pelos trabalhadores da educação – incluindo alunos - é a condição de democratização escolar. Deve-se acrescentar que a postura de liderança e privilegiada do gestor escolar assume papel fundamental para que haja efetivas mudanças de mentalidade, ou seja, que esta se inicie com o próprio gestor para motivar o processo, e somente sua consciência tem o poder de transformar a realidade, segundo Riscal (2009, p. apud Oliveira (2017, p. “a vontade não é determinada por nada exterior que não seja a sua própria lei determinada por sua própria consciência”.

salienta que as sociedades de controle passam a substituir a sociedade disciplinar, que no ambiente escolar caracteriza-se: No regime das escolas: as formas de controle contínuo, avaliação contínua, e a ação da formação permanente sobre a escola, o abandono correspondente de qualquer pesquisa na Universidade, a introdução da "empresa" em todos os níveis de escolaridade. Nesse sentido, a articulação da gestão democrática e do gestor escolar perpassa o perfil profissional que este deve ter e que se vincular a uma nova organização nas relações escolares de horizontalidades, dialógica, em percepção e compreensão empática frente às subjetividades presentes nessa relação, por um lado; por outro, a própria consciência coletiva sobre os papéis sociais que são impostos e que devem ser superados pelo princípio da igualdade e liberdade que os próprios textos legais pregam.

Perfil do Gestor Escolar e o uso do diálogo como instrumento fundamental de sua intervenção A responsabilidade do gestor escolar diante da gestão democrática e participativa está enquanto figura motivadora, imbuído de espírito de aglutinador dialógico dos sujeitos da comunidade escolar, para Lück (2004, p. É do gestor da escola a responsabilidade máxima quanto à consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento plenos dos objetivos educacionais, organizando, dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando todos os recursos para tal. Devido a sua posição central na escola, o desempenho de seu papel exerce forte influência (tanto positiva, como negativa sobre todos os setores pessoais da escola). O diálogo motivador na gestão escolar: o caso da Escola Municipal de Ensino Infantil Carolina Maria de Jesus, localizada na periferia de Diadema.

Em 2014 a acadêmica que escreve o presente artigo foi convidada a dirigir a Escola Municipal Carolina Maria de Jesus, Bairro Jd. Inamar, na periferia de Diadema. A escola possui dois seguimentos de ensino- Educação Infantil Integral (0 a 3 anos) e Educação Infantil parcial (04 a 05 anos), atendendo 750 crianças e conta no total 120 funcionários. As primeiras observações ao assumir o posto foram o grau intenso de relações conflituosas, o pouco reconhecimento da comunidade pelo trabalho pedagógico desenvolvido, professores desestimulados, pais revoltados e a estrutura física da escola comprometida. Cabe, portanto, o gestor estabelecer a práxis profissional que objetiva a gestão democrática e participativa. Para tanto, ele deve compreender e assimilar os preceitos teóricos que constroem essa gestão, da compreensão da comunidade escolar como comunidade de aprendizagem, do ato educativo, da difusão dos saberes socialmente e historicamente construído da cultura local, da tensão dialética constante que a escola vivencia entre conservação de valores e sua transformação, da necessidade de envolver a família na rotina escolar, a valorização constante da equipe pedagógica e dos funcionários e a formação de uma consciência crítica que exercita sua cidadania.

Nesse sentido, é necessário estabelecer um perfil profissional do gestor como agente público com responsabilidades sociais, motivador e que se utilize da liderança para promover uma escola de qualidade para todos. Nessa perspectiva, pôde-se verificar, a partir da intervenção concreta, em gestão escolar que quando se opta pelo diálogo na construção das relações presentes na comunidade escolar chega-se à construção de pontes de entendimento, ao consenso diante dos desafios que devem ser enfrentados. Aconselha-se ainda que toda e qualquer formação em gestão escolar, quer na formação inicial em Pedagogia, quer na formação continuada em Pós-graduação ao trazer as melhores e frutíferas fundamentações teóricas acerca da gestão democrática e participativa devem prever estudos empíricos da sua prática concreta; desse modo, a formação do profissional é redimensionada para a ação-reflexão.

Lei nº 13. de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial da União, 26/06/2014. CRISTINO, A. C. R. J. Gestão Democrática da Educação. Revista Brasileira de Administração na Educação. mpbnet. com. br/pos-modernismo/Post-Scriptum_sobre_as_Sociedades_de_Controle. pdf> Acesso em: nov. Ética na Administração Pública: algumas considerações. Ética na Administração Pública: algumas considerações. Disponível em: http://www. ambito-juridico. com. br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9538&revista_caderno=4 Acesso em: nov. A. O poder e a gestão educacional: a visão dos gestores. Disponível em: <http://docplayer. com. br/49878379-O-poder-e-a-gestao-educacional-a-visao-dos-gestores. pp. Gestão democrática da escola pública. ed. São Paulo: Ática, 2006. RIBEIRO, S.

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