Onda rosa: Governo Chávez

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Recursos humanos

Documento 1

O então presidente venezuelano Hugo Chávez permaneceu no poder durante 14 anos onde empenhou-se em contestar o neoliberalismo que era veemente defendido pelos governos anteriores na tentativa de solucionar os problemas de governo da Venezuela. Chávez defendeu também a necessidade de maior autonomia da política externa venezuelana diante de outros atores do sistema internacional. Como se vê, pela sua envergadura trata-se de uma tendência que marcou a política latino-americana na última década e meia, assim como a expansão das políticas neoliberais havia marcado a década de 1990 (Silva, 2015). Esse movimento, em suma, buscou a construção de uma identidade sul-americana, abarcando projetos de integração regional, valorização das relações entre a própria região e desenvolvimento nacional para superação da crise, tudo isso através de um Estado atuante e não mais telespectador como o liberalismo propunha (Chiachio, 2018).

Em 2011 houve a reunião dos chefes de Estado da América latina onde formalizaram um acordo regional denominado CELAC, considerado um dos eventos mais importantes para os países latino-americanos que serviu para elaborar as estratégias políticas dos integrantes. Com a queda dos excedentes de mercadoria valorizada, a crise de 2007-2008 afetou duramente o mercado, a macroeconomia que era baseada na poupança externa com cambio valorizado e com taxas de juros elevadas, não poderia mais coexistir, mesmo com a expansão dos gastos sociais e aumento real do salário mínimo. As abordagens que se organizaram em torno do ‘’pós-neoliberalismo’’ davam pouco espaço para a diversidade das estratégias de desenvolvimento nos países latino-americanos, o que gerava contradições dentro de cada país, hoje com um olhar mais retrospectivo é possível visualizar esse cenário.

Ainda segundo os autores, é possível encontrar argumentos, em que a definição do que foi a onda rosa, seja voltada a perspectiva de uma ruptura com o neoliberalismo que caracterizou a década anterior, em vez de apontar suas possíveis contradições, argumentos esses, que tentam avançar na definição de um novo modelo de desenvolvimento, o ‘’neodesenvolvimento’’. Segundo o jornal francês Libération, não foi “a esquerda” que conquistou a América Latina, e sim “as esquerdas”. Este processo mostrou que a onda rosa não significou necessariamente a construção de uma unidade entre os países. n. p. ARANTES, P. C. V. O declínio da “onda rosa” e os rumos da América Latina. Disponível em:<http://observatorio. repri. org/2018/06/04/o-declinio-da-onda-rosa-e-os-rumos-da-america-latina>. Acesso em 29/09/20.

n. CHIACHIO, Elis Poli. A Onda rosa na América Latina: caso brasileiro. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Relações Internacionais) – Faculdade de Relações Internacionais, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2018.

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