Os benefícios da aplicação do 5S em uma indústria de placas eletrônicas

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Problema Quais os impactos da aplicação do 5S no setor de testes de uma indústria eletrônica localizada em Florianópolis-SC? 3. Justificativa A gestão da qualidade está ligada à evolução do ser humano. Desde os primórdios da civilização, buscamos melhorias em nossas atividades, desde moradias mais seguras, alimentação balanceada e a saúde. Nas atividades industriais não é diferente: A busca por diferenciais competitivos passa por condições de qualidade que possibilitam oferecer para os consumidores as melhores condições de utilização de produtos e serviços. Diante deste contexto no que foi aplicado se justifica, pois irá gerar novos conhecimentos, contribuição prática (para a empresa) e contribuição acadêmica (para outros interessados darem continuidade nos estudos) e como acadêmico do curso de engenharia de produção abre novas perspectivas para o crescimento profissional, com a pesquisa em novas tecnologias e suas aplicações no desenvolvimento de novos produtos e soluções produtivas.

Para Selltiz (2004), “enquanto técnica de coleta de dados, a entrevista é bastante adequada para a obtenção de informações acerca do que as pessoas sabem, crêem, esperam, sentem ou desejam, pretendem fazer, fazem ou fizeram, bem como acerca de suas explicações ou razões a respeito das coisas precedentes”. Referencial Teórico 7. A Engenharia de Produção Até o início da revolução industrial a produção era realizada de forma artesanal, por pequenos grupos ou individualmente, com a utilização de ferramentas rudimentares. Para Arruda (1994) no período pós-revolução industrial ocorre a necessidade da criação de métodos para facilitar o processo que se tornava produtivo. Para Coltro (2015) a engenharia de produção é a aplicação prática de conhecimentos científicos e empíricos, colocando-os à disposição para a resolução de problemas encontrados em processos de fabricação de artefatos que contribuem com as necessidades dos seres humanos.

Sua utilidade somente torna-se útil nos processos administrativos quando ocorrem avaliações das expectativas, das exigências e das necessidades dos clientes. Garvin (2002) aborda uma perspectiva de que a qualidade, nos dias atuais é uma função de gerência formal, em contraponto aos primórdios da Revolução Industrial, onde a qualidade era somente voltada para a inspeção. O autor ainda argumenta que o termo qualidade é interpretado de maneira diferente por cada empresa, tornando-o ambíguo e confuso. Estrategicamente, o entendimento necessita ser estudado constantemente, pois as definições limitam a aplicação prática dos conceitos de qualidade. Paladini (2004) entende que o conceito de qualidade depende de vários elementos, com vários níveis de importância, a qual as empresas devem ponderar cada um deles para que possa elaborar suas estratégias.

Já a qualidade de serviço, é mesurada através da exatidão do mesmo e do cumprimento de prazos. Durante o processo produtivo, verificam-se as possíveis falhas ou desvios dos padrões, sendo assim não haveria retrabalho no produto final, reduzindo custos e evitando gastos. • Baseada no valor: as definições baseadas no valor transmite a ideia de que, a qualidade de um produto é fundamentada em custos e preços aceitáveis pelos consumidores, estes por sua vez, buscam produtos com maior numero de atributos a preços cada vez menores. Essas abordagens foram descritas sob a perspectiva de Garvin (2002) e abrangem os aspetos que limitam as concepções sobre a gestão da qualidade. Linha do tempo da qualidade Bouer (2001) indica que a qualidade surgiu em 1920 nos Estados Unidos por meio da divulgação de resultados dos trabalhos de um grupo de técnicos e estatísticos, voltados para a qualidade dos produtos, sendo os conceitos enriquecidos a partir de 1945 após a utilização de ferramentas e procedimentos.

Eliminar metas sem métodos Abordagem de grupo projeto-a-projeto. Estabelecer metas Trabalho em grupo Grupos de melhoramentos da Qualidade. Conceito da Qualidade. Participação do empregado na tomada de decisão. Demolir as barreiras entre os departamentos Abordagens de grupos e círculos da qualidade Custo da qualidade Custo da não conformidade. Bauer (2001) define também que no século XX a qualidade desenvolveu-se da seguinte forma: • Década de 50: produção em massa, controle estatístico do processo e inspeção; • Década de 60: pesquisas de mercado para desenvolver o produto exatamente com o desejo dos clientes; • Década de 70: melhorias nos produtos para obter custos competitivos; • Década de 80: atender as necessidades dos clientes antes mesmo que elas surgissem; • Década de 90: atenção ao valor do produto e a utilização das vantagens competitivas e parcerias.

No século XXI, Bauer (2001) também destaca que a qualidade vem sofrendo melhorias tanto no processo para obter um custo competitivo para exceder as expectativas dos consumidores. Destaca também que a evolução da qualidade é dividida nas seguintes fases: • Inspeção dos produtos: preocupação somente com a eliminação de falhas e defeitos de produção – conceito de qualidade a partir das conformidades das especificações definidas pela direção da empresa; • Controle estatístico da qualidade: a verificação e a inspeção dos produtos deixam de ser individualizadas e passa a ser por amostragem – verificação dos produtos por lotes de produção; • Garantia da qualidade: prevenção de problemas da qualidade – criação de instrumentos para auxílio (quantificação dos custos da qualidade, controle total da qualidade, engenharia da confiabilidade e zero defeito); • Gestão estratégica da qualidade: gerenciamento eficaz e eficiente da qualidade – com o objetivo de atingir a satisfação total do cliente, mesmo sofrendo ações de ambientes internos e externos.

Fatores como o prazo e pontualidade de entrega, condições de pagamento, atendimento e flexibilidade passam a fazer parte dos processos produtivos. O foco passa a ser a Qualidade Total. As normas da qualidade formalizam o Sistema de Gestão da Qualidade e, antes de serem aplicadas, devem fazer parte da filosofia da empresa, aculturada em todos os seus colaboradores. Quando a empresa necessita demonstrar sua capacidade para fornecer para os seus clientes produtos e serviços que excedam suas expectativas e sejam confiáveis em seus requisitos técnicos, dentro dos padrões e requisitos de conformidades. No Brasil a Norma NBR ISO 9001 (2000) prevê que as empresas identifiquem seus processos e os regulem dentro dos padrões de conformidade, documentados à seu tempo e sejam criados manuais da qualidade. Todos devem estar comprometidos, desde a alta direção até o colaborador de menor patente, estabelecido que a prioridade é o cliente.

A criação de uma política de qualidade apropriada é fundamental para a incorporação desta filosofia. A qualidade está destacada como um dos principais apelos agregados ao produto e, consequentemente, as empresas devem desenvolver o Sistema de Gestão da Qualidade para a sustentação de sua missão institucional. Kotler (2000) sustenta ainda que a “orientação de produto indica que os consumidores dão preferência a produtos que ofereçam qualidade e desempenho superiores ou que tenham características inovadoras”, no sentido de que as empresas devem aperfeiçoar a todo o tempo a qualidade de seus produtos. O Programa 5S O programa 5S forma a base da gestão da qualidade total e é definido por Szabó Júnior (2011) como um sistema desenvolvido no Japão, consolidado no período pós Segunda Guerra Mundial e que é aplicado em todo o mundo atualmente.

Tem por objetivo criar um ambiente padronizado e organizado, com o foco no mínimo desperdício e o máximo de produtividade. Ribeiro (2010) entende que o programa 5S procura instalar nos processos produtivos a educação, o treinamento e a busca da qualidade por meio da melhoria das tarefas realizadas no dia-a-dia, sendo que o conceito deve ser incorporado e praticado em todos os níveis hierárquicos. O Senso de Utilização – Seiri, para Silva (1994) serve para separar o que é útil do que não é. Eliminar e descartar adequadamente os materiais que não terão mais serventia e destiná-los para locais adequados. Ribeiro (2010) destaca que o Seiri tem como finalidade combater o desperdício dos materiais a partir da utilização adequada dos recursos existentes na empresa.

Este objetivo pode ser adquirido pela criação de hábitos bem definidos: • Verificar todos os equipamentos existentes no ambiente, retirando todos os itens e colocando no lugar somente o que for utilizar; • Deixar próximo os materiais que são usados com mais frequência e em lugares afastados o que se ocupa poucas vezes; • Evitar deixar itens em excesso, ou seja, deixar na área somente o que for necessário; • Antes de descartar qualquer material, consultar outras pessoas; • Manter as instalações e os materiais em boas condições de uso, para evitar riscos ou perdas. O Senso de ordenação ou de arrumação – Seiton é para Silva (1994) a organização dos recursos de modo a agilizar sua utilização quando necessário. O Senso da Autodisciplina – Shitsuke é para Silva (1994) o senso que prepara as pessoas para a aplicação da filosofia do Programa 5S.

É a fase que tem a função de garantir a aplicação dos sensos e representa o coroamento dos esforços persistentes de educação e treinamento, levando em consideração a complexidade do ser humanos. Ribeiro (2010) aborda a necessidade da empresa incorporar a cultura da autodisciplina para vários fundamentos, como regras, normas e procedimentos, por conta de atividades como: • Independente do monitoramento, deve manter em dia o 5S; • Cumprir na data estabelecida todos os compromissos assumidos e na impossibilidade, fazer o contato o mais rápido possível com as pessoas afetadas para tentar contornar o atraso; • Independente das cobranças, cumprir acordos e normas estabelecidas. Aquilo que não concorda apresentar sugestões, porém respeitar o que foi definido; • Analisar se as atitudes de alguns estão prejudicando outras pessoas, direta ou indiretamente.

O Programa 5S é um dos pilares de um sistema maior de produção, o Lean Manufacturing, que é composto pelo Programa 5S, pelo Just in Time, pelo Jidoka, pelo VSM e pelos sete controles de desperdícios. Criação de estrutura de apoio Alta gestão; Coordenadores. Curto prazo Escolhendo coordenadores; Treinamento; Definição de responsabilidades. Registro da situação atual Estrutura de apoio Curto prazo Por meio de fotos e vídeos Preparação do material didático Estrutura de apoio Médio prazo Consultando fontes de estudos; Preparar material didático. Preparação para implantação do 1º S Estrutura de apoio Médio prazo Definindo áreas de Seiri e contatando setor de patrimônio da empresa Educação e treinamento de todos os colaboradores Estrutura de apoio Médio prazo Estabelecimento de metas, cronograma, local e tempo de treinamento Diagnóstico participativo sobre os 3S Estrutura de apoio e todos os setores da empresa Médio prazo Reuniões com todos os envolvidos Elaboração de planos de ação setoriais 3S Supervisores e colaboradores Médio prazo Definir metas, cronogramas setoriais e elaboração de planos de execução Elaborar plano de ação dos 2S finais Supervisores, colaboradores e estrutura de apoio Longo prazo Execução dos passos anteriores Promover o programa 5S Estrutura de apoio Longo prazo Divulgação em todos os canais de comunicação da empresa; Programa de premiação.

Fonte: Silva (1994), adaptado pelo autor. Qualidade: Conceito e Abordagens. in: CONTADOR, J. C. Cord). Gestão de Operações: São Paulo. H. Uma proposta de estrutura para organização do conhecimento em empresas de edificações. Tese de D. Sc, UFRJ, Rio de Janeiro, 2005 COLTRO. Alex. Gerenciamento da qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. OAKLANK, J. S. Gerenciamento da Qualidade Total: o caminho para aperfeiçoar o desempenho. São Paulo: Nobel, 1994. PALADINI, E. SILVA. J. M. S: O ambiente da qualidade. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, Escola de Engenharia da UFMG, 1994. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001. Assinatura do(a) Professor(a) Orientador(a) Assinatura do(a) Aluno(a) Assinatura do(a) Aluno(a).

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