Os empecilhos para a valorização da Auditoria

Tipo de documento:Dissertação de Mestrado

Área de estudo:Contabilidade

Documento 1

A corrupção interfere diretamente no bem-estar da sociedade. O desvio de recursos públicos resulta em precariedade dos serviços públicos. A educação, a saúde e a segurança ficam comprometidas e os efeitos desse problema são duradouros e preocupantes. A democracia não tem atende plenamente os anseios da sociedade, pois é disfuncional. Requer, para ser efetiva, uma participação ativa da população no que se refere à participação nos debates sobre quais políticas públicas que devem ser aplicadas, além de ser enfraquecida pelo sistema jurídico. Poucos políticos estão aptos para fazer uma gestão eficiente. Essa incapacidade administrativa conciliada com omissão do poder público e dos agentes políticos corruptos que se beneficiam dessa fragilidade dos controles internos estão entre as principais causas da situação calamitosa em que se situa, por exemplo, o Estado do Rio de Janeiro.

As instituições brasileiras têm feito pouco para combater a corrupção, que se prolifera principalmente em ambientes cujos controles são limitados. O Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a doação de empresas privadas para partidos políticos. Trata-se de um avanço importante, tendo em vista que os acordos quase sempre são feitos com condições duvidosas e as exigências são cobradas assim que começa o mandato, com a facilitação em licitações, em financiamentos públicos entre outras medidas ilegais. O departamento de Competitividade e Tecnologia estima que a corrupção no Brasil esteja entre 1,38% e 2,3% do PIB, algo em torno de 100 bilhões de reais, um valor consideravelmente alto e que impacta a vida de todos, causando efeitos sociais indesejados e que aumenta ainda mais a desigualdade.

Além disso, implica em prejuízos nos negócios, já que os investidores internacionais se sentem receosos em investir num país cujas leis geram insegurança jurídica e inibe que potenciais empreendedores se destaquem nesse cenário. Caso os governantes se empenhassem em agir de acordo com o interesse da sociedade e detivessem a competência necessária para gerir as verbas públicas, seguramente destinariam maiores recursos para os órgãos de controle, dentro dos quais a Auditoria exerceria papel fundamental. Não há instituições fortes se não houver um enfrentamento de fato sobre as causas da corrupção. Existem iniciativas de governadores, prefeitos, mas é ainda insuficiente para combater essa desordem. Exigem que os políticos em que votaram cumpram com suas promessas de campanha e cobram responsabilidade.

No país, não há essa tradição de exigir dos políticos que cumpram suas promessas de campanha, afinal não somos satisfatoriamente politizados. Esse quadro requer mudanças relevantes no que tange à educação. Os países que investem em educação são os que mais valorizam o controle do patrimônio público. No Brasil, infelizmente, a educação sempre foi negligenciada pelos governantes, por isso a corrupção tende ser mais difícil de ser combatida.

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