PERCURSO AVALIATIVO PSICOPEDAGÓGICO: IMPLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO DO PROCESSO DIAGNÓSTICO PARA A INTERVENÇÃO

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Roberta Claro RECIFE 2017 DEDICATÓRIA Dedico este singelo trabalho aos alunos que tive o privilégio de conhecer na trajetória de minha vida acadêmica. Pela lição de coragem que me deram ao encontrarem forças para enfrentar grandes desafios em busca do saber. AGRADECIMENTOS Primeiramente а Deus, qυе permitiu tudo isso acontecesse, ао longo da minha vida, е não somente nestes anos como universitária, mas que em todos os momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer. A esta universidade, sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram а janela onde hoje vislumbro υm horizonte superior, eivado pеlа acendrada confiança nо mérito е ética aqui presentes. Agradeço а todos оs professores pоr mе proporcionar о conhecimento nãо apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo dе formação profissional, pоr tanto qυе sе dedicaram а mim, nãо somente pоr terem mе ensinado, mаs por terem mе feito aprender.

Keywords: Clinical Psychopedagogy; Diagnosis; Evaluation; Intervention SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1 1. História da Psicopedagogia 3 1. Psicopedagogia no Brasil 6 1. Justificativa 7 1. Objetivos 9 1. Áreas Avaliadas 21 3. Sócio- Afetiva 21 3. Psicomotora 21 3. Cognitiva 22 3. Tipos de Abordagens 23 3. Apoiando-se nos estudos de Bossa (1994) que apresenta o estado da arte narrando o surgimento da Psicopedagogia, inicialmente com uma notação curativa e, posteriormente, terapêutico, torna-se possível conhecer as indagações que emergem desde cedo nesse campo de estudo. Baseados nos estudos de Vygotsky (1987), Piaget (1996), Feureustein (2001), Fernandéz (2001), Morin (1994), Paín (1985), Fonseca (1998) e tantos outros estudiosos do desenvolvimento cognitivo do ser humano, a psicopedagogia avança por um percurso transdisciplinar. Neste interim, busca firmar-se como ciência que se ocupa da investigação e compreensão do sujeito com dificuldade de aprendizagem, a fim de restaurar o seu desejo de aprender.

A psicopedagogia, área de conhecimento interdisciplinar que estuda a aprendizagem humana, busca decifrar como ocorre o processo de construção do conhecimento nos indivíduos, objetiva facilitar, potencializar e possibilitar o processo (ensino) aprendizagem, procurando atender as necessidades individuais e específicas de aprendizagem do indivíduo analisado, não só no ambiente escolar, mas em todos os âmbitos cognitivos, afetivos, sociais, simultaneamente com o processo de vida. Deve ser entendida como uma área que pretende compartilhar as reflexões, pesquisas e atuação dos aspectos relacionados aos processos ensino/aprendizagem. Durante esse tratamento serão realizadas diversas atividades, objetivando identificar a melhor forma de aprender e a causa dos problemas, como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, contação de histórias e computadores. Por fim, a psicopedagogia abre caminhos no âmbito do desenvolvimento individual e no processo de ensino aprendizagem, possibilitando ao profissional a intervenção frente a dificuldade de aprendizagem, esse, deve lutar por novas estratégias e tendência, buscando sempre, conhecer e estudar para compreender de forma integral e de modo a maximizar os processos de aprendizagem.

Refletindo sobre o Psicopegogo em sua prática clínica levanto alguns questionamentos quanto à necessidade de compreender mais profundamente se as diferentes abordagens adotadas e concepções teóricas em que se baseia, apontam possibilidades e implicações na construção de hipóteses diagnósticas que favoreçam o trabalho interventivo. Inicialmente pretendo apresentar as áreas avaliadas no aprendente, bem como os métodos e instrumentos utilizados como suporte para esta observação, apontando de que modo relacionam-se entre si. Em seguida, discorro sobre os tipos de abordagens possíveis elucidando suas limitações e possibilidades. Segundo essa autora, no final do século XIX, educadores como Itard, Pereire, Pestalozzi e Seguin começaram a se dedicar às crianças que apresentavam problemas de aprendizagem em razão de vários tipos de distúrbios.

Jean Itard mobilizou-se com o caso da reeducação de um enfant sauvage, Victor, uma história exemplar sob vários aspectos, entre outros pelo choque que esse ser real representava aos olhos do ideal romântico rousseauniano. Pestalozzi, inspirado nas idéias de Rousseau, fundou na Suíça um centro de educação através do trabalho, onde usou o método intuitivo e natural, estimulando, em especial, a percepção. Educadores como Pereire, Itard e Seguin também se preocuparam, principalmente, com a percepção. Mery aponta esses educadores como pioneiros no tratamento dos problemas de aprendizagem, observando porém, que eles se preocupavam mais pelas deficiências sensoriais e pela debilidade mental do que propriamente pela desadaptação infantil Foi na década de 70 que surgiram, em Buenos Aires, os Centros de Saúde Mental, onde equipes de psicopedagogos atuavam fazendo diagnóstico e tratamento.

Sem uma auto-reflexão e sem uma crítica da Educação enquanto colaboradora na produção da cultura da barbárie, fica, praticamente, impossível promover a emancipação, uma vez que ela acaba se revelando como reprodução. Os estudos realizados no século XX sofreram grande influência de correntes psicanalíticas, abordagens psiconeurológicas, psicologizantes e sociologizantes. Griz (2009) aponta que a intransigência e o radicalismo destas visões serviram de alerta para se pensar que problemas de aprendizagem não têm uma única causa, apontando para a necessidade de um olhar e atuação interdisciplinar. A Psicopedagogia surgiu há poucos anos no Brasil e ainda é considerada uma área relativamente nova de estudos. Ela contempla uma abordagem ampla e integrada do sujeito a fim de compreender o seu aprender em todos os sentidos, a saber, em relação ao significado de aprender, à construção da estruturação lógica, a um aprisionamento do corpo, a uma ressignificação de um organismo com problemas e outros.

al (1993), em 1958, com a criação do Serviço de Orientação Psicopedagógica (SOPP) da Escola Guatemala, na Guanabara (escola experimental do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira/ MEC), par ticipando um profissional da Pedagogia e outro da Psicologia. Entretanto, a despeito dessa experiência, a literatura revela que a finalidade que predominou na história antiga da Psicopedagogia brasileira foi a de atuar nos problemas referentes às disfunções neurológicas ou, mais precisamente, naquilo que foi denominado na época de “Disfunção Cerebral Mínima” (DCM). Essa tendência, for talecida notadamente por volta da década de 70, ilustrava no momento uma interpretação psiconeurológica do desenvolvimento humano, bem como sustentava uma visão orgânica e patologizante sobre os problemas de aprendizagem.

Sob essa perspectiva, tais problemas eram tratados como originários de disfunções neurológicas tão pequenas que, por essa razão, acabavam não sendo detectadas nos exames clínicos, embora provocassem alterações de compor tamento. Essa visão patologizante, que em princípio era utilizada apenas dentro dos consultórios par ticulares, acabou chegando às escolas sem nenhum critério, num processo de rotulação de crianças e adolescentes (SCOZ, 1994). Aqui não se trabalha com as reações e sintomas já instalados, mas com a possibilidade de que estes venham a surgir, adiantando-se no movimento e suprimindo-se as possíveis causas promotoras destes problemas. ANDRADE, 1998, p. Justificativa O presente estudo parte de uma inquietação levantada durante apresentação dos achados de pesquisa de Rivero (2010).

Embora tal trabalho esteja situado dentro da área médica e tenha se proposto a uma análise específica do padrão de desempenho de uma amostra clínica de adolescentes com Transtorno do Déficit de atenção e Hiperatividade (TDAH) no Conners Continuous Performance Test (CCPT) e a relação entre as medidas do teste e índices de escalas comportamentais e testes cognitivos, os apontamentos do pesquisador se estenderam a outras áreas de atuação. Ressaltou que diferentes profissionais que atuam com esta faixa etária e trabalham de maneira colaborativa na construção de diagnósticos e trabalhos de reabilitação devem compreender e estar atentos à escolha de instrumentos e percursos metodológicos adequados para a avaliação destes sujeitos com vistas à proposição de trabalhos interventivos de qualidade.

O desejo é algo que falta; não existe na realidade. Para que haja desejo, tem de haver falta. Assim, o desejo se instaura em uma irrealidade. A realidade não é somente a realidade deste momento, mas também a realidade do que é possível. Portanto, o pensamento é o pensamento do que eu projeto como possível, dentro da realidade. A pesquisa foi feita de forma qualitativa utilizando os aspectos teóricos observados. Foram analisadas as obras e retirados pontos relevantes de cada uma delas. Na pesquisa, foram consultadas várias literaturas relativas ao assunto em estudo, que possibilitaram que este trabalho tomasse forma para ser fundamentado. Dotada dessas informações foi possível compreender, analisar criticamente e elaborar um estudo reflexivo. O PSICOPEDAGOGO CLÍNICO Devido aos casos de comportamentos mais comprometido, foi necessária a intervenção clínica e assim, a atuação do profissional.

em geral, no diagnóstico clínico, ademais de entrevistas e anamnese, utilizam-se provas psicomotoras, provas de linguagem, provas de nível mental, provas pedagógicas, provas de percepção, provas projetivas e outras, conforme o referencial teórico adotado pelo profissional. A Psicopedagogia Clínica tem como objetivo identificar as dificuldades de aprendizagem, utilizando de sentimentos de alta autoestima, fazendo-as perceber suas potencialidades, recuperando desta forma, seus processos internos de apreensão de uma realidade, nos aspectos: cognitivo, afetivo-emocional e de conteúdos acadêmicos. O atendimento é individual, facilitando assim a criação de um vínculo entre aluno e psicopedagogo. Durante o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando está “dificuldade”. Visca (1991), pag 14 e 15 explica sua concepção de clínica.

Falamos de coleta de informações relevantes porque diante de uma situação de avaliação psicopedagógica, é preciso priorizar sempre os aspectos a avaliar, quais serão mais críticos para tomar decisões quanto a resposta educacional e quanto às mudanças progressivas que deverão ser planejadas e, portanto esse é o critério que orientará a coleta de informações. Esse processo será desenvolvido nos contextos mais significativos em que ocorrer a situação de ensino-aprendizagem Depois de coletadas informações que considera importante para a avaliação, o psicopedagogo irá intervir visando à solução de problemas de aprendizagem em seus devidos espaços, uma vez que a avaliação visa reorganizar a vida escolar e doméstica da criança e, somente neste foco ela deve ser encaminhada, vale dizer que fica vazio o pedido de avaliação apenas para justificar um processo que está descomprometido com o aluno e com a sua aprendizagem.

“De fato, se pensarmos em termos bem objetivos, a avaliação nada mais é do que localizar necessidades e se comprometer com sua superação” (VASCONCELOS, 2002, p. Para um atendimento clínico pode-se considerar a definição de Moojen e Costa, (2006, p. bastante adequada: A avaliação psicopedagógica propõe-se fundamentalmente a verificar a compatibilidade entre o nível de desempenho da criança na escola e a sua faixa etária e/ou escolaridade, em especial nas áreas de leitura, escrita, matemática e habilidades correlatas. WEISS, 2003, p. Para Weiss (2004), o diagnóstico psicopedagógico tem como objetivo básico identificar os desvios e os obstáculos básicos no Modelo de Aprendizagem do sujeito que o impedem de crescer na aprendizagem dentro do esperado pelo meio social, possibilitando assim ao psicopedagogo fazer as intervenções e os encaminhamentos necessários.

Podemos defini-lo como um processo de investigação referente ao que não vai bem com o sujeito em relação a uma conduta esperada. O diagnóstico psicopedagógico é composto de vários momentos que temporal e espacialmente tomam dimensões diferentes conforme a necessidade de cada caso. Assim, há momentos de anamnese só com os pais, de compreensão das relações familiares em sessão com toda a família presente, de avaliação da produção pedagógica e de vínculos com objetos de aprendizagem escolar, busca da construção e funcionamento das estruturas cognitivas (diagnóstico operatório), desempenho em testes de inteligência e visomotores, análise de aspectos emocionais por meio de testes expressivos, sessões de brincar e criar. convém salientar que sua importância reside na possibilidade que oferece de maior compreensão da queixa nas dimensões da escola e da família.

Isso ocorre porque torna-se possível fazer uma analise da dinâmica que envolve várias pessoas da família. A E. F. E. Para Weiss, (op. cit. p. durante este tipo de sessão, é importante observar a relação entre a temática abordada, a dinâmica imposta ao encontro e o produto de uma atividade que venha a ser realizada por qual membro do grupo. Fernandez (op. Na maioria das vezes, a criança não consegue falar, expor de seus sentimentos, aflições e problemas e é através dos jogos, brincadeiras e principalmente os desenhos, que ela consegue expressaras suas ansiedades e dificuldades. Muito mais que o “brinquedo, o desenho da criança fascina. A criança desmancha o seu brinquedo quando o adulto chega, mas o desenho permanece como coisas escritas.

Ele é um traço, é um testemunho” (Arfouilloux, 1988, p. Além do trabalho com a criança, o psicopedagogo vai orientar os pais e a escola indicando a melhor atitude a ser tomada. A observação desses esquemas pode levar à percepção de desequilíbrios entre as atividades assimiliativas e acomodativas, apontando para obstáculos no processo de aprendizagem. Para Pain (1985, p. o desequilíbrio das atividades assimiliativas e acomodativas dão lugar nos processos representativos a extremos que podem ser caracterizados como hipoassimilação, hiperassimilação, hipoacomodação, hiperacomodação. O que nos interessa chegar a compreender neste ponto é a oportunidade que a criança teve para investigar (aplicar seus esquemas precoces) e para modificar-se (por transformação dos seus esquemas), com implicações posteriores dessas atividades no jogo e na imitação, o que leva à constituição de símbolos e imagens.

Segundo Weiss (op. coeficiente de inteligência), coeficiente de atenção e memória. Os testes psicométricos são avaliados por uma medida objetiva, cuja finalidade é analisar os resultados encontrados em comparação com escalas de padrões, e assim enquadrar em percentis. Weiss (op. cit. p. A. T. consiste em apresentar à criança uma série de dez lâminas com figuras, cada uma, com situações diferentes para que conte o que está acontecendo, o que aconteceu antes e o que pode acontecer depois. As lâminas relacionam temáticas que põem em jogo significações universais de aprendizagem: alimentação, comunicação e controle de esfíncteres (Fernandez, 1990, p. Pode-se observar através dos relatos das lâminas do C. têm como objetivo principal determinar o grau de aquisição de algumas noções chaves do desenvolvimento cognitivo, destacando-se o nível de operatório do pensamento da criança, ou seja, o nível da estrutura cognoscitiva com que opera.

Os níveis operatórios foram caracterizados por Piaget. º- Síntese Diagnóstica (prognóstico): A síntese diagnóstica é o momento em que é preciso formular uma única hipótese a partir da análise de todos os dados colhidos no diagnóstico e suas relações de implicância, que por sua vez aponta um prognóstico e uma indicação. Esta etapa é muito importante para que a entrevista de devolução seja consistente e eficaz. º- Devolução (encaminhamento): A Entrevista de Devolução e encaminhamento é o momento que marca o encerramento do processo diagnóstico. A opinião de Visca é de que o técnico perderá sua percepção ingênua, que seria a unidade do diagnóstico individual. Juízo de valor que o agente corretor forma a partir da entrevista com os pais interfere na visão ingênua e reafirma o pressuposto de que adultos têm razão e crianças (adolescentes ou pessoas que não aprendem) não têm.

Com a EOCA detectam-se sintomas e levanta-se hipóteses sobre as causas atuais. Tal técnica impede o uso irreflexivo e desmedido de instrumentos e colabora para o diagnóstico transformar-se em busca intencional e experimental, sem bateria de testes pré-estabelecidos fixos. Utilizando-se até de instrumentos desconhecidos ou criando novos procedimentos a que se possa submeter à prova as hipóteses. Em todo momento, a intenção é permitir ao sujeito construir a entrevista de maneira espontânea, porém dirigida de forma experimental. Interessa observar seus conhecimentos, atitudes, destrezas, mecanismos de defesas, ansiedades, áreas expressão da conduta, níveis de operatividade, mobilidade horizontal e vertical etc”. Weiss, 2007, p. Níveis de aprendizagem: protoaprendizagem; deuteroaprendizagem; aprendizagem assistemática e aprendizagem sistemática. Três unidades de análise: relação, sujeito e agente corretor.

Partindo do princípio de que a Psicopedagogia tem por objetivo a compreensão das questões relacionadas com a aprendizagem enquanto processo. Subentende-se que este processo envolve questões relativas aos aspectos cognitivos, subjetivos/relacionais, orgânicos; culturais entre outros. Para tanto, é fundamental que o profissional psicopedagogo possua instrumentos apropriados para pesquisar, compreender e promover mudanças no processo de avaliação e de intervenção. Esta abordagem é dinâmica no sentido de que o pesquisador poderá utilizar-se de instrumentos variados, padronizados ou não, mas com o propósito de observar processos e condições de mudança. RUBINSTEIN, 2014) A intervenção pedagógica é uma interferência que um profissional, tanto o educador quanto o psicopedagogo, faz sobre o processo de desenvolvimento ou aprendizagem do sujeito, o qual no momento apresenta problemas de aprendizagem.

A avaliação psicomotora do paciente pode ser realizada através da observação de diferentes atividades que envolvem o corpo, como: o jogo, o brinquedo, etc. Segundo Fernández (1991): Desde o princípio até o fim, a aprendizagem passa pelo corpo. Uma aprendizagem nova vai integrar-se a aprendizagem anterior, ainda quando aprendemos as equações de segundo grau, temos o corpo presente no tipo de numeração e não se inclui somente como ato, mas também como prazer, porque o prazer está no corpo, sua ressonância não pode deixar de ser corporal, porque sem signo corporal se prazer, este desaparece. Outros aspectos são importantes de serem observados no diagnóstico psicomotor: coordenação óculo-manual, coordenação dinâmica, controle postural (equilíbrio-labirinto), controle e uso do próprio corpo, sinestesia, organização perceptiva, linguagem e lateralidade, dentre outros.

Todos estes aspectos certamente interferem diretamente sobre as demais aprendizagens, pois […] existe um estreito paralelismo entre o desenvolvimento das funções motoras e o desenvolvimento das funções psíquicas. O pensamento deixa de ser dominado pelas percepções, tendo uma característica mais concreta (PIAGET, 2005). Finalmente, na etapa caracterizada pelo Operatório Formal, a principal aquisição do indivíduo diz respeito à construção do pensamento hipotético-dedutivo, científico-indutivo e a abstração reflexiva. DAVIS, 1993). Nessa fase são desenvolvidas as operações proposicionais ou combinatórias e os esquemas operacionais formais 3. Tipos de Abordagens 3. Ela observou que a criança estrutura, por meio dos brinquedos, a representação de seus conflitos básicos, suas principais defesas e fantasias, permitindo, dessa forma, o aparecimento de uma perspectiva ampla a respeito do seu funcionamento mental.

Ao brincar, a criança desloca para o exterior seus medos, angústias e problemas internos, dominando-os desse modo. Todas as situações excessivas para seu ego débil são repetidas no jogo, o que permite à criança um maior domínio sobre os objetos externos, tornando ativo o que sofreu passivamente. O valor do jogo e do brincar como formas de expressão de conflitos e desejos é reconhecido por diversos autores. Freud (1969b), observando um bebê de 18 meses brincando, descobriu o significado psicológico da atividade lúdica e compreendeu que a criança não brincava somente com o que lhe dava prazer, mas também jogava, repetindo situações dolorosas, elaborando assim o que era excessivo para o seu ego. Doenças: doenças e traumatismos ligados diretamente à atividade nervosa superior; situações de reclusão; sentimentos mobilizados; processos psicossomáticos; disponibilidade física; fatigabilidade e limitações corporais.

Desenvolvimento: dados relativo ao desenvolvimento motor, da linguagem e hábitos da criança. Importante saber se as aprendizagens foram feitas pela criança no momento esperado, antecipadas ou retardadas pela família. Aprendizagens: autonomia da criança para realizar determinadas condutas, controle externo. Situações dolorosas: mudanças radicai ou situações de perda, participação da criança e condições em que se deram. Abaixo, seguem os modelos mais utilizados: O Teste do Par Educativo tem o objetivo de obter informações a respeito do vínculo estabelecido em relação à aprendizagem, como foi internalizado por ele o processo de aprender e como percebe aquele que ensina e o que aprende. Os dados obtidos darão condições para elaboração de hipóteses a respeito da visão do paciente de si, dos professores, de seus companheiros de classe e até mesmo da instituição educativa.

Quanto ao aspecto estritamente pedagógico podemos avaliar o nível de redação, ortografia, criatividade literária, etc. Esse teste consiste em instruir o paciente para que desenhe duas pessoas: “uma que ensina e outra que aprende”. Também solicitamos ao paciente que conte ou escreva uma história relacionada ao desenho. Estes estudos são importantes no referente às mudanças que a escola precisa sofrer para poder acompanhar as transformações que vêm ocorrendo na sociedade atual. Em consequência, temos o diagnóstico como um recurso utilizado para compreender o indivíduo em sua singularidade, e não um nome para o qual a ciência tem receitas pré-estabelecidas de atuação. É o ponto de partida para intervenções que visam organizar condutas, que uma vez seguidas, permitem que as pessoas se desenvolvam, aprendam a lidar com as suas próprias características, superem dificuldades e descubram habilidades.

Diagnósticos não são sentenças imutáveis e nem mesmo são o ponto final de um processo. Saber o que acontece com determinado indivíduo, entender a causa de suas dificuldades e inadaptações, dar um nome ao quadro apresentado não pode, em nenhuma hipótese, finalizar o processo de construção de uma intervenção adequada e nem limitar o desenvolvimento. A coragem do uso social do conhecimento como mecanismo de (re)construção do meio e dos pensamentos que fazem emergir uma sociedade diferente, fomentadora das necessidades mais urgentes de seus partícipes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABERASTURY, A. Psicanálise da criança. Teoria e técnica. ed. ARFOUILLOUX, Jean Claude. A entrevista com a criança: a abordagem da criança através do diálogo, do brinquedo e do desenho.

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Futuro Eventos. VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica: Epistemologia Convergente. Ed. Tradução: Laura monte Serrat Barbosa. Porto Alegre: Artmed, 1998. WEISS, Maria Lúcia. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987. WINNICOTT, D. W. O brincar & a realidade. Trad. J.

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