Portfólio Manejo para produção de Uvas de clima temperado no Brasil

Tipo de documento:PTI

Área de estudo:Odontologia

Documento 1

FITOPATOLOGIA APLICADA 6 2. AGROMETEOROLOGIA 10 2. FRUTICULTURA 15 2. CONSTRUÇÕES RURAIS 16 3 CONCLUSÃO 26 1 INTRODUÇÃO A proposta de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo (PTG) terá como temática o “Manejo para produção de Uvas de clima temperado no Brasil”. Esta temática visa trabalhar de forma interdisciplinar os conteúdos das disciplinas do semestre corrente, demonstrando a relação prática das disciplinas nas atividades que serão desenvolvidas no cotidiano profissional de um Agrônomo. O melhoramento genético das plantas é uma das principais ferramentas utilizadas para evitar perdas na produção, seja com materiais resistentes às doenças e pragas, seja com tolerância ao estresse hídrico, ou buscando qualidade na composição química dos produtos agrícolas. Partindo desse pressuposto, este trabalho elabora, através de levantamento bibliográfico, uma pesquisa acadêmica com informações sobre como o melhoramento genético pode contribuir para o controle de doenças e outras características importantes para a cultura, relacionando, em sequência, as doenças Míldio e Oídio e o manejo para o controle destas; verifica-se, também, a influência das condições climáticas na produção de Uvas e apresenta-se um sistema de condução de videiras, que por sua vez, exerce influência significativa no desenvolvimento vegetativo da planta, em sua produtividade e na qualidade dos frutos.

Já o uso de porta-enxertos com espécies de origem americana na viticultura é prática obrigatória, devido à suscetibilidade das videiras europeias e americanas– utilizadas como “copa” – à praga filoxera (Daktulosphaira vitifoliae); portanto, verifica-se os fatores que interferem na propagação de mudas de Uvas. Estas etapas estão presentes no Capítulo II – Desenvolvimento. DESENVOLVIMENTO 2. FITOPATOLOGIA APLICADA A vitivinicultura brasileira é uma atividade importante para a sustentabilidade da pequena propriedade no Brasil, que tem se tornado igualmente relevante no que se refere ao desenvolvimento de algumas regiões, grandes empreendimentos envolvidos no ramo também contribuem com a geração de emprego, tanto na produção de uvas de mesa e uvas para processamento. Entretanto, esta cultura apresenta elevada sensibilidade a patógenos que podem afetar negativamente à produção da cultura da videira, destacando-se os ligados às doenças.

Durante todo o ciclo da cultura – desde a poda, passando pela colheita até a queda das folhas –, as videiras podem ser acometidas por diversas doenças. O Brasil possui características climáticas favoráveis, em grande parte de suas regiões, ao aparecimento de doenças em vinhedos que podem afetar diferentes processos fisiológicos da planta e, por consequência, a produção e/ou a qualidade dos frutos produzidos. Faça um estudo sobre o “Manejo fitossanitário para o controle de Míldio e Oídio na Viticultura”. ANGELOTTI et al. De acordo com Nogueira et al. a forma de condução baixa dos vinhedos, com vegetação densa e irrigação são fatores favoráveis ao aparecimento da doença, pois proporcionam um microclima ideal para o desenvolvimento do patógeno.

A reprodução sexuada no míldio é bem caracterizada em regiões de clima temperado, onde a videira passa por um período de repouso durante o inverno, perdendo as folhas. Nestas condições, o ciclo sexual ocorre no final do verão e durante o outono, quando são formadas as estruturas sexuadas denominadas de oósporos. Tecidos tenros são mais suscetíveis à doença. Evitar plantios adensados e realizar podas adequadas, de forma a conter o acúmulo de umidade nas folhas e frutos, bem como facilitar a circulação de ar entre as plantas. Fazer uso de tratamento de inverno (calda sulfo-cálcica). Eliminar e destruir restos da cultura. Em cultivos protegidos, favorecer a circulação de ar no interior das estufas. A partir disso, o patógeno continua seu desenvolvimento através de hifas sobre a superfície do tecido vegetal e produzindo mais haustórios ampliando a infecção (GADOURY et al.

O patógeno pode ficar dormente de safra em safra, sobrevivendo em gemas infestadas na forma de micélio, e em cleistotécios (corpos de frutificação da fase sexuada) como ascósporos. Na primavera o micélio das gemas desenvolve-se sobre os novos brotos, e iniciam a produção de esporos (GIOVANNINI, 2014). O fungo tem um melhor desenvolvimento em climas secos e frescos com temperaturas entre 20ºC e 27ºC, sendo desfavorecido com a ocorrência de chuvas (AMORIM et al. Esta, além de elevar a umidade pode ocasionar a retirada da massa micelial do hospedeiro e ocasionar a destruição do fungo. Os elementos meteorológicos afetam não só os processos metabólicos das plantas, diretamente relacionados à produção vegetal, como também as mais diversas atividades no campo.

Além de influenciar o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade das culturas, o clima afeta também a relação das plantas com microrganismos, insetos, fungos e bactérias, favorecendo ou não a ocorrência de pragas e doenças, o que demanda medidas de controle adequadas. Muitas práticas agrícolas de campo, como o preparo do solo, a semeadura, a adubação, a irrigação, as pulverizações, a colheita, dentre outras, dependem também de condições específicas de tempo e de umidade no solo, para que possam ser realizadas de forma eficiente. De modo geral, as principais variáveis meteorológicas que afetam o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade das culturas são chuva, temperatura do ar e radiação solar, havendo ainda a influência do fotoperíodo, da umidade do ar e do solo, da velocidade e da direção do vento.

O planejamento agrícola diz respeito às ações a serem realizadas antes do estabelecimento da cultura, ou seja, quando o empreendimento agrícola começa a ser programado. Figura 3: Zoneamento agrícola – munícipios com plantio favorável de 21/08 a 31/08. Fonte: Adaptado de Agritempo. Quais os sintomas de deficiência hídrica para uvas de clima temperado? Os sintomas da deficiência hídrica se manifestam com o amarelecimento das folhas mais velhas, encurtamento dos entrenós e paralisação do crescimento das bagas. Com a intensificação da deficiência hídrica, ocorrem quedas das folhas, progressivamente, da base do ramo para as mais novas, e o murchamento das bagas (MANDELLI et al. A maioria das plantas perenes submetidas a déficit hídrico apresenta uma diminuição do crescimento dos ramos e das folhas (MPELASOKA et al.

As datas dos diferentes estádios vegetativos da videira podem ser estimadas com o uso de dados de temperatura do ar. O método mais utilizado é o de graus-dia, calculado pela diferença acumulada, durante um determinado período, entre a temperatura média diária e a temperatura-base inferior, excluindo-se os dias em que a temperatura média for inferior a temperatura-base. Durante as semanas que precedem a brotação, as temperaturas condicionam a precocidade, que varia, para uma mesma cultivar, em função do ano, do lugar e dos fatores intrínsecos da planta. Cada cultivar apresenta uma temperatura-base de brotação específica, variando de 5,6°C (para as cultivares de brotação mais precoce) a 13,7ºC (para as de brotação mais tardia) (POUGET, 1988). Cada estádio vegetativo apresenta uma temperatura-base diferente, ou seja: brotação, 10°C; desenvolvimento vegetativo, 12°C; maturação, 14°C; e, brotação-maturação, 12°C (PEDRO JÚNIOR et al.

FRUTICULTURA A estaquia, em conjunto com a enxertia, é o método mais antigo de multiplicação e o mais usado comercialmente para a obtenção de mudas de videira. Enxertar consiste em unir partes de vegetais oriundas de plantas distintas, que vão resultar em uma só planta. Lembrando que porta-enxerto é a porção da planta que forma o sistema radicular, e ele se adapta-se a determinadas condições de solo e clima e se comporta de forma diferente, considerando a variedade enxertada. Enxerto ou garfo é a parte vegetal que dará origem ao sistema aéreo. Porta-enxertos são utilizados quando as condições de solo são adversas ao desenvolvimento radicular da variedade copa (de ordem física - solos de baixa fertilidade, úmidos; ou biológica - fungos e pragas, como nematoides, filoxera, pérola-da-terra).

Figura 4: comparação entre diferentes métodos de propagação vegetativa da videira. Fonte: Adaptado de Câmara & Regina (2021). CONSTRUÇÕES RURAIS Por ser uma planta sarmentosa de hábito trepador, a videira necessita de um sistema de sustentação e condução de seus ramos capaz de propiciar adequada exposição das folhas à luz solar, favorecendo a atividade fotossintética e oferecendo praticidade no manejo da cultura, na área de produção. Considerando que a implantação dessa cultura requer a construção de um sistema de condução você e sua equipe deverão responder aos questionamentos abaixo: 1. Apresente e caracterize os três sistemas de condução de videiras mais utilizados no Brasil. Facilita a locomoção dos vinicultores, a qual pode ser feita em todas as direções.

Em regiões tropicais, proporciona maior proteção aos cachos, que não ficam diretamente expostos à radiação solar. Principais desvantagens: - Os custos de implementação e de manutenção do sistema de sustentação são elevados. A posição do dossel vegetativo e dos frutos – situados horizontalmente acima do trabalhador – causa transtornos à execução das práticas culturais. O elevado índice de área foliar, no caso de o dossel não ser bem manejado, pode proporcionar maior umidade na região dos cachos e das folhas, o que favorece o aparecimento de doenças fúngicas. Apresenta boa aeração, se houver adequado manejo do dossel vegetativo. Pode ser ampliado paulatinamente, pois a estrutura de cada fileira é independente. O custo de implantação é menor que o do sistema latada.

É atrativo aos olhos, especialmente quando se faz a desponta. Principais desvantagens: - Apresenta tendência ao sombreamento, portanto, não é indicado para cultivares muito vigorosas ou para solos muito férteis. Estrutura facilmente adaptável ao cultivo protegido, permitindo acrescentar arcos sobre os quais se fixa uma cobertura sobre as plantas, que pode ser de tela antigranizo, filme plástico ou ráfia impermeável. Associação do Y ao cultivo protegido potencializa a eficiência produtiva por permitir redução significativa da necessidade de fungicidas. Represente de forma esquemática os materiais, as medidas e a forma de construção de cada um dos sistemas de condução apresentados anteriormente, considerando as recomendações técnicas existentes. Latada: o sistema de sustentação deve ser suficientemente resistente, durável e ter custos acessíveis de instalação e de manutenção.

Ele deve suportar o peso da uva, dos braços, dos ramos e das folhas. Em geral, devem medir 3,0 m de comprimento e ter um diâmetro de 16 a 20 cm, de acordo com a região. Figura 5: sistemas de condução de videira em latada, especificando os postes e fios. Postes: a) cantoneira; b) cabeceira; c) lateral; d) interno; e) rabicho. Fios: f) cordão primário de cabeceira; g) cordão primário lateral; h) fio da produção; i) fio da vegetação; j) fio de sustentação da malha; k) fio rabicho. Fonte: adaptado de Embrapa. Qual dos sistemas indicados é mais adequado para o cultivo protegido de videiras? Demonstre, de forma esquemática, como é realizada a construção deste sistema, considerando a instalação do suporte para a cobertura plástica.

Uma vantajosa variação do sistema em “Y” é para o uso de cultivo protegido na videira, ou com telado plástico para proteção antigranizo, filme plástico ou ráfia para proteção da ocorrência direta da chuva nas folhas e nos cachos. Nesse caso, deve-se atentar para o fato de os mourões serem mais altos e a existência de sustentação para o material utilizado no cultivo protegido. Neste sistema, o espaçamento entrelinhas é de 3 m e, entre plantas, de 1 a 2 m dependendo de a variedade ser menos ou mais vigorosa. Os mourões devem ser colocados a cada 5 ou 6 m na linha e, nas cabeceiras deve ser feita ancoragem por fora e/ou escoramento por dentro. Em seguida, cada braço é parafusado nas extremidades da travessa e, com a ajuda de um nível de pedreiro, a travessa é nivelada perpendicularmente ao mourão, furada e parafusada; finalmente, fixa-se o cano de PVC nas extremidades dos braços e do mourão.

Sobre esta estrutura, será colocada a cobertura escolhida pelo produtor, a qual será firmemente amarrada nos mourões das cabeceiras e fixada nos fios laterais do sistema. Citar as fontes de informação técnica utilizadas. Este subitem do trabalho fez uso da seguinte bibliografia: HERNANDES, J. L. usp. br/visaoagricola/sites/default/files/va-14-vantagens-e-limites-dos-principais-sistemas-de-conducao-de-videiras-utilizados-no-brasil. pdf. Acesso em: 15 de agosto de 2022. HERNANDES, J. gov. br/publicacoes/arquivos/iacbt211. pdf. Acesso em: 15 de agosto de 2022. MIELE, A. pdf. Acesso em 16 de agosto de 2022. CONCLUSÃO O presente trabalho foi de extrema importância para o entendimento prático de técnicas e conhecimentos vistos em sala de aula, de maneira teórica. Com o estudo de caso, foi possível compreender, através de levantamento bibliográfico, informações sobre como o melhoramento genético pode contribuir para o controle de doenças e outras características importantes para a cultura de Uvas, relacionou-se, em sequência, as doenças Míldio e Oídio e o manejo para o controle destas; verificou-se, também, a influência das condições climáticas na produção de Uvas e apresentou-se um sistema de condução de videiras, que por sua vez, como foi visto, exerce influência significativa no desenvolvimento vegetativo da planta, em sua produtividade e na qualidade dos frutos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMORIM, L. Ouro Fino – MG: Agronômica Ceres, 2016. p. AMORIM, L. SPÓSITO, M. B. GHINI, R. GARRIDO, L. da R. TEIXEIRA, A. H. cnptia. embrapa. br/digital/ bitstream/item/114743/1/SDC260. pdf. Acesso em: 16 de agosto de 2022. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. n. p. a. DOI 10. REGINA, M. A. Técnicas de enxertia utilizadas na produção de mudas de videira. Disponível em: https://www. esalq. n. p. EMBRAPA. Cultivo da videira. Disponível em: https://ainfo. DRY, I. B. SEEM, R. C. MILGROOM, M. Cultivar Hortaliças e Frutas, v. n. p. dez. jan. Tekne). GONZÁLEZ-ALTOZANO, P. CASTEL, J. R. Regulated deficit irrigation in "Clementina de Nules" citrus trees (I) yield and fruit quality effects. – 27 In: Visão agrícola nº 14. Piracicaba: ESALQ USP. p. Disponível em: https://www.

esalq. Campinas: Instituto Agronômico, 2011. p. Disponível em: https://www. iac. sp. RAMOS, J. D. PASQUAL, M. REZENDE e SILVA, C. R. ROBERTO, S. R. Ed. Viticultura tropical: o sistema de produção do Paraná. Londrina: lapar, 2007. The effect of transient water deficit on berry development of cv. Shiraz (Vitis Vinifera L. Australian Journal of Grape and Wine Research, Adelaide, v. n. p. pdf. Acesso de 16 de agosto de 2022. MIELE, A. MANDELLI, F. Sistemas de condução da videira: latada e espaldeira. MONTEIRO, J. E. B. A. Agrometeorologia dos cultivos: o fator meteorológico na produção agrícola. n. p. July 2001. NOGUEIRA, E. M. NOGUEIRA JÚNIOR, A. F. AMORIM, L; SPÓSITO, M. B. Videiras requerem monitoramento e combate às doenças de início e fim de ciclo.

Le. Débourrement des bourgeons de la vigne: méthode de prévision et principes d'établissement d'une échelle de précocité de débourrement. Connaissance de Ia Vigne et du Vin, Bordeaux, v. n. p. doi:10. hortres. REZENDE, L. de P. PEREIRA, F. SÔNEGO, O. R. GARRIDO, L. da R. GRIGOLETTI JÚNIOR, A. p. Embrapa Uva e Vinho. Documentos, 60). SMART, R. E. AF306 – Melhoramento de Plantas. Disponível em: http://www. bespa. agrarias. ufpr.

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