PRINCIPAIS ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS DECORRENTES DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA ADQUIRIDA - HIV

Posteriormente, ocorre uma infecção crônica prolongada pelo HIV, que pode durar décadas. A AIDS é caracterizada principalmente por infecções oportunistas e tumores, que muitas vezes são fatais1. A causa desta doença infecciosa é o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que pode ser classificado em HIV-1 e HIV-2. O HIV-1 é globalmente expandido e virulento. Originou-se na África Central.  As células infectadas que restam libertam vírus, que infectam outras células, levando à progressão da doença.  A perda de linfócitos T CD4 resulta na incapacidade de ter uma resposta imunológica adequada3. Os sinais e sintomas da fase aguda são semelhantes à mononucleose infecciosa, tais como: febre, exantema maculopapular, linfadenopatia e mialgia. Porém, pode existir a possibilidade do paciente apresentar pouco ou nenhum sintoma ou sinal, o que pode dificultar o diagnóstico nessa fase.

Além disso, o exame sorológico reagente precedido por outro não reagente nos seis meses que se seguem, determina também, a fase aguda de infecção pelo HIV4. Assim, a perda de células T resulta em comprometimento da imunidade, levando a infecções oportunistas, bem como a cânceres muitas vezes fatais, comuns em indivíduos infectados pelo HIV.  As condições oportunistas incluem pneumonia causada pelo crescimento descontrolado de um fungo comum transportado pelo ar; sarcoma de Kaposi, decorrente de infecção não-verificada do herpes vírus associado ao sarcoma de Kaposi; tuberculose, pneumonia, candidíase esofágica, criptococose, histoplasmose disseminada, septicemia recorrente por salmonela, infecções bucais e várias outras doenças secundárias envolvendo o sistema nervoso (a exemplo da leucoencefalopatia multifocal progressiva, toxoplasmose cerebral e encefalite herpética) e a pele, recorrentemente acometida por úlcerações crônicas, herpes simples, varicela-zóster e exantemas8,9,10.

  A manifestação cutânea mais comum relacionada à AIDS é o sarcoma de Kaposi, uma neoplasia vascular caracterizada por manchas violáceas, nódulos ou placas.  Também, infecções fúngicas disseminadas podem se apresentar quando o paciente está gravemente imunossuprimido10. O estudo se justifica, pois, sabe-se que o desenvolvimento da terapia anti-retroviral (TARV) diminuiu substancialmente a morbidade e mortalidade associadas ao HIV. Além disso, as listas de referência de estudos relevantes também serão pesquisadas manualmente no google acadêmico.   Ensaios clínicos randomizados (ECRs) realizados em pacientes em uso ou não de terapia anti-retroviral e que manifestam infecções oportunistas serão incluídos no estudo. Também serão incluídas no estudo revisões de literatura sistemáticas. Serão excluídos comentários, editoriais, cartas, anais, comunicações pessoais e revisões de literatura narrativas.

  Ensaios clínicos randomizados (ECRs) e revisões de literatura sistemáticas identificados pela estratégia de busca serão revisados​​. Doitsh G, Galloway NLK, Geng X, et al.  Cell death by pyroptosis drives CD4 T-cell depletion in HIV-1 infection.  Nature 2014;505:509–514. Rosás-Umbert M, Mothe B, Noguera-Julian M, et al. Virological and immunological outcome of treatment interruption in HIV-1-infected subjects vaccinated with MVA-B. Gangcuangco L. M. A. Sawada I. Tsuchiya N. et al. Regional Differences in the Prevalence of Major Opportunistic Infections among Antiretroviral-Naive Human Immunodeficiency Virus Patients in Japan, Northern Thailand, Northern Vietnam, and the Philippines.  Am J Trop Med Hyg. Chatterjee AN, Saha S, Roy PK. Human immunodeficiency virus/acquired immune deficiency syndrome: Using drug from mathematical perceptive.  2017 Sep 10;31(14):1903-1916.