Psicanálise - Primeira infância Autismo, depressão e ansiedade

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto no trabalho conforme se apresenta, fonte e cor vermelha”. RESUMO- O objetivo deste trabalho é conhecer a etiologia, sintomas e comorbidades da depressão infantil, ansiedade e transtorno do espectro autista, bem como seus desenvolvimentos à luz da psicanálise e a forma como os analistas preparam suas sessões de psicoterapia. Para isto foi realizada uma pesquisa bibliográfica, de natureza exploratória em periódicos científicos tais como Scielo e Pepsic para compor o trabalho. Os resultados apontaram que a depressão ocorre em função do objeto que recai sobre o ego através da identificação pelo luto mal elaborado. Segundo os autores acima mencionados, a depressão é considerada uma síndrome psiquiátrica cujos sintomas são perda de prazer e interesse em diversas atividades, humor deprimido, irritação ou tristeza, energia reduzida, perda de interesse sexual, alterações do apetite e do sono, pensamentos irracionais, redução da concentração, perda de esperança, baixa autoestima, incapacidade para o convívio profissional e social e diminuição do autocuidado.

De acordo com Schwan e Ramires (2011) embora seja comum que a infância seja compreendida como um período de alegrias e descobertas, alguns estudos epidemiológicos apontam a incidência de transtorno depressivo maior nesta faixa etária, podendo também vir acompanhado de ideações suicidas ou tentativas de suicídio. Segundo as autoras a prevalência de depressão é de 0,3 a 5,9% nesta população. Um transtorno bastante discutido na atualidade são os transtornos de ansiedade. Um indivíduo é diagnosticado com qualquer transtorno ansioso quando as manifestações são duradouras, intensas e desproporcionais à situação que o ocasionou, culminando em prejuízos generalizados na vida do paciente (GUIMARÃES, 2015). Contudo, estas características podem variar muito, uma vez que existem indivíduos que apresentam deficiência intelectual grave, ao passo que outros têm o quociente de inteligência normal.

Segundo o DSM-V, os primeiros sinais de TEA precisam ocorrer antes dos três anos de idade, sendo que estes incluem comprometimento nas relações sociais, comprometimento na comunicação e repertório reduzido de atividades e interesses. Zanon, Backes e Bosa (2014) concordam com o exposto acima e acrescentam que a intervenção precoce é essencial para um bom prognóstico, viabilizando ganhos expressivos e duradouros no desenvolvimento infantil. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é o de compreender como a teoria psicanalítica pode ajudar crianças diagnosticadas com os três transtornos acima mencionados, quais sejam: transtorno depressivo, transtorno de ansiedade e transtorno do espectro autista. Para alcançar este objetivo foi realizado uma pesquisa bibliográfica em livros e periódicos científicos, tais como Pepsic e Scielo para enriquecer e compor o trabalho.

Para Schawan e Ramires (2011), são raros os casos de depressão "pura" em crianças e adolescentes, de modo que a comorbidade costuma ser regra. Neste sentido, os transtornos depressivos na infância apresentam 15% de comorbidade com transtorno de oposição desafiante, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e transtorno de conduta, bem como 40% com transtornos de ansiedade, sobretudo o transtorno de ansiedade de separação. Etiologia, sintomas e comorbidades da Ansiedade Conforme Barlow e colaboradores (2009) os transtornos de ansiedade podem ser classificados na “teoria tripla da vulnerabilidade”, e, de acordo com esta teoria, os indivíduos podem herdar contribuições genéticas que os deixam susceptíveis ao desenvolvimento da ansiedade. Também é de caráter biológico por estar relacionado aos neurotransmissores monoaminérgicos cerebrais, e psicológico, que pode ser explicado à luz das diversas teorias psicológicas.

Segundo Dalgalarrondo (2018), a ansiedade, além de viabilizar uma compreensão negativa do futuro, inquietação e manifestações somáticas e fisiológicas, também pode causar apreensão, irritabilidade acentuada, baixa autoestima dificuldades para se concentrar e insegurança. Os sintomas gerados a partir da disfunção física cerebral são: distúrbios nas habilidades físicas, sociais e lingüísticas, reações anormais às sensações, sensibilidade à ruídos, diminuição do contato visual e afetivo, relacionamento anormal com objetos, entre outros (DALGALARRONDO, 2018). Entretanto o autor afirma que existem graus de comprometimento, e, quanto menor o grau, maiores são as chances de adaptação social e desenvolvimento da criança. A criança com autismo não apresenta características a partir de sinais físicos como, por exemplo, a Síndrome de Down, embora muitas crianças autistas não apresentem lateralidade, ou seja, elas permanecem ambidestras por um período mais extenso do que as demais crianças, entretanto, isso não é uma regra geral, tão pouco, suficiente para caracterizar o transtorno do espectro do autismo (BELISÁRIO, 2010).

Sendo assim o comportamento da criança é o maior indicativo do TEA, e ainda quando bebês, alguns alertas como sorriso social, contato visual diminuído, mesmo com a mãe, entre outros marcos de desenvolvimento que podem ser observados, tais como a fala, o contato social proporcionando vínculos afetivos, resposta a comandos simples, interesse em brincadeiras incomuns e repetitivas. Embora não exista uma regra, pois cada autista pode apresentar diversas particularidades de acordo com o grau de comprometimento cognitivo que o espectro proporciona, afetando sua socialização e desenvolvimento de uma forma mais ou menos significativa a longo prazo, alguns destes indicativos podem servir de alerta para que as famílias busquem pelo diagnóstico (BELISÁRIO, 2010). Campos (2016) destaca que foi apenas no texto Luto e Melancolia de Freud que o psiquiatra psicanalítico fala de forma específica sobre melancolia e depressão.

Assim, é neste texto que Freud levanta a hipótese de que a sombra do objeto recai no ego, através de uma identificação, devido ao luto normal não elaborado. Assim, ocorre uma identificação do objeto perdido e do ego e como consequência disto, o sadismo se vira contra o próprio indivíduo, através dos investimentos do próprio objeto sobre o eu. Contudo, vale ressaltar que a consolidação deste transtorno ocorre a medida que ocorre o vínculo com o objeto no narcisismo (CAMPOS, 2016). Conforme Viana (2010) Freud entrou em contato pela primeira vez com o termo ansiedade ao debater sobre as neuroses atuais. Para ele o sintoma está relacionado a uma patologia na função, ao passo que a inibição está associado a diminuição da função, mas não é necessariamente patológica.

Esta função diz respeito a função de comer, de se locomover, sexual ou do trabalho esta relacionada ao ego (VIANA, 2010). Desta forma, quando o ego se opõe ao impulso do instinto, ocorre o sinal de desprazer, que é a ansiedade. Assim, tendo o ego contato com estímulos endógenos e exógenos, este reage aos perigos de modo parecido. No perigo externo, recorre à fuga removendo a catexia da apreensão do perigo e passa a realizar movimentos musculares para afastar-se do perigo. No entanto, como bem destaca Gonçalves et al. em 1930 o autismo não havia sido enquadrado em uma categoria nosológica, e o menino que apresentava os sinais de autismo foi categorizado com "demência precoce". No entanto, Klein observou que o menino não se enquadrava em todos os critérios diagnósticos de demência ou de esquizofrenia.

Segundo Gonçalves et al. diversos autores, tais como Rutter e Bettelheim corroboram o exposto por Doria, Marinho e Filho (2006). Segundo Gonçalves et al. realizaram uma pesquisa com o objetivo de verificar quais as principais formas de tratamento do autismo orientadas pela teoria psicanalítica e concluíram que de modo geral, não existe um manual a ser seguido, de modo que o terapeuta deve se atentar as particularidade de cada indivíduo com o objetivo de alcançar resultados satisfatórios nas intervenções. Ademais, alguns autores citaram algumas técnicas que foram agrupadas em quatro categorias, a saber: reestruturação psíquica por meio do desenvolvimento da capacidade simbólica; manejo da transferência; aquisição ou aprofundamento da linguagem e psicoterapia enfatizando o jogo simbólico.

Os autores supracitados ainda destacam a importância do holding oferecido pelo terapeuta que viabiliza a sustentação do ego da criança, auxiliando-o na elaboração da voz própria e isto é importante pois no início da psicoterapia a criança não consegue acessar sua subjetividade nem aos outros. Ademais, o terapeuta deve utilizar recursos que visam oferecer uma diversidade de situações que envolva a interação de ambos para que haja vinculação, tendo em vista que o autismo ocorre por uma falha no contato com o outro. Os autores concordam que a falta do holding pode viabilizar um afastamento do ego do exterior, rompendo a identificação do indivíduo consigo mesmo e com o mundo. Este estudo também proporcionou compreender como o terapeuta embasado pela psicanálise organiza a terapia com a criança, ou seja, deve inserir os pais no processo terapêutico, recolher informações desde o nascimento da criança e utilizar materiais lúdicos para entrar em contato com os processos latentes do paciente.

Assim, conclui-se que os objetivos deste trabalho foram alcançados, uma vez que foi possível compreender estes transtornos da perspectiva da teoria psicanalítica, bem como sua forma de tratamento. REFERÊNCIAS AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5 – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. PESCE, S. G. Depressão em crianças - Uma reflexão sobre crescer em meio à violência. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/ENSP/CLAVES/CNPq, 2008. BARLOW, D. et al. Transtorno de Ansiedade Generalizada no contexto clínico e social no âmbito da saúde mental. Nucleus,v. n. abr. n. p. dez. Disponível em <http://pepsic. bvsalud. Campinas , v. n. p. June 2003. Disponível em: <http://www. D. M. MARINHO, T. S. FILHO, U. et al. Diagnóstico diferencial entre transtornos de espectro autista e transtorno específico de linguagem receptivo e expressivo: uma revisão integrativa.

Rev Med Minas Gerais 2018;28 (Supl. e-S280609. Disponível em: doi/10. GONCALVES, A. P. et al. Transtornos do espectro do autismo e psicanálise: revisitando a literatura. Tempo psicanal. M. V. Transtornos de ansiedade: um estudo de prevalência sobre as fobias específicas e a importância da ajuda psicológica. Ciências Biológicas e da Saúde. Maceió. et al. A depressão infantil e suas formas de manifestação. Psicol. Argum. Curitiba, v. G. SERTIÉ, A. L. Transtornos do espectro autista: um guia atualizado para aconselhamento genético. Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil, 15(2):233-8, 2017. crescimento desenvolv. hum. São Paulo , v. n. p. Psicol. Argum. Curitiba, v. n. p. B. T. Psicoterapia psicanalítica infantil: o lugar dos pais. Temas psicol. Ribeirão Preto , v.

saude. sc. gov. br/index. php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/9217-ansiedade-generalizada/file. bvsalud. org/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302010000100006&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 09 mar. ZANON, R. br/pdf/ptp/v30n1/04. pdf Acesso em: 06 mar.

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