Psicologia da Educação

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

A complexidade de nossa sociedade, a globalização e o fácil acesso a todo o tipo de informação demandam abordagens de ensino mais fundamentadas em técnicas e práticas embasadas nos estudos científicos cujos resultados estejam comprovados através de estudos e aplicações fornecidos pelo campo da Psicologia da aprendizagem Psicologia da Aprendizagem Desenvolvimento é um processo no qual o indivíduo constrói as suas características graças às interações que estabelece com os ambientes físico e social com que mantém contato. Aprendizagem é a ação na qual a criança adquire de forma ativa aquilo que seu grupo social conhece. Sua aprendizagem requer a interação com outras crianças mais experientes e com adultos. A medida que vai crescendo, a criança interagem com o mundo que a cerca e a partir dessas interações, ela vai atribuindo significados às suas ações e às experiências que vivencia.

Aprendendo a falar, a criança vai dominando a linguagem, reforçando e ampliando o alcance desses significados e consequentemente, construindo conceitos, que são significados por grande parte do seu grupo social. Inato, isto é, nascem com o indivíduo e seu destino já vem pré-determinado. A filosofia Inatista já era conhecida desde a Grécia Antiga, pois Platão, o seu mais importante representante, defendia que a introspecção era um maneira privilegiada de adquirir conhecimento. Dessa forma através da análise reflexiva, a pessoa poderia receber o conhecimento via “insights” ou revelações, pois se tratava de algo que já se encontrava a priori em sua alma. Conforme a teoria, a força da característica biológica é que vai determinar o sucesso na aprendizagem do aluno, dessa forma limitando a capacidade de aprender a um processo de maturação biológica o qual determina se um indivíduo é capaz ou não de aprender e ascender a um determinado nível de aprendizagem.

Nesse caso a Educação assume o papel de apenas aprimorar o aluno e sendo centrada no aspecto biológico não considera o aspecto da contextualização no ensino e aprendizagem assim, a ideia de que o conhecimento e a aprendizagem adquirida e realizada a partir das experiências individuais da pessoa não é considerada. Nessa teoria, a influência que o ambiente exerce sobre o indivíduo tem maior importância do que a sua maturação biológica para aprender algum assunto (Teoria Inatista). O indivíduo encontra-se então a mercê dos estímulos ambientais, encontrando-se portanto em uma situação passiva em relação a aprendizagem, uma vez que ela ocorrerá ou não mediante a presença ou ausência de determinados estímulos. O planejamento das ações que levem a condições ambientais que permitam a ocorrência de estímulos que levem à aprendizagem do aluno é extremamente importante.

Assim, as práticas de ensino devem ser planejadas de antemão para que possam garantir a aprendizagem do aluno. Pode-se, por exemplo, conforme afirma Davis (2002), modificar o comportamento de um indivíduo (aluno) para um comportamento esperado através de uma experiência por ele vivenciada. Essa abordagem era por ele denominada de condicionamento operante. A partir do desenvolvimento da Teoria Comportamentalista, segundo Mayo (2002), é possível conhecer de forma geral os mecanismos do comportamento tornando-o mais previsível. Uma das críticas mais contundentes em relação à Teoria ambientalista é que ela considera o homem um protagonista passivo em relação ao ambiente, podendo ser manipulado e governado através de alterações das situações em que se encontra. – Concepção Interacionista de desenvolvimento: PIAGET E VYGOTSKI Piaget traz um novo olhar ao estabelecer que o desenvolvimento e a aprendizagem não são exclusivos da experiência única do sujeito com o ambiente, nem da capacidade genética que ele traz consigo, pois “o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos, nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas” (Piaget, 1976 apud Freitas 2000).

Piaget convenceu-se de que os atos biológicos são atos de adaptação ao meio físico e que estes ajudam a organizar o ambiente. • Conflitos cognitivos e desequilíbrios. • Períodos ou estágios de desenvolvimento mental. Esquemas Mentais: As unidades estruturais no sistema de Piaget são denominadas “esquemas”. Os “esquemas” formam uma espécie de armação dentro dos quais dados sensoriais entrantes podem encaixar-se - devem encaixar, realmente, mas é uma armação cuja forma está em contínua mutação para melhor assimilar os dados (PRASS, 2012). Dessa forma, através dos esquemas mentais, os indivíduos podem se adaptar e organizar intelectualmente o meio no qual vivem. “Através da assimilação, o organismo sem alterar as suas estruturas, desenvolve ações destinadas a distribuir significações, a partir de uma experiência anterior aos elementos do ambiente com os quais interage” (Davis, 2002).

dessa forma, o indivíduo se adapta cognitivamente ao ambiente e o organiza a partir de um exercício intelectual. Na figura 1, a criança faz uma assimilação com o conhecimento anterior que ela tem que é o de um cachorro (esquema mental pré – existente) para chegar a uma conclusão à respeito do animal que tem a sua frente. Assim, a assimilação pode ser considerado um processo inicial de aprendizagem, no sentido de encaixar esquemas mentais anteriores a novas situações a fim de chegar a uma conclusão sobre ela. A assimilação permite que os esquemas mentais sejam ampliados e através dela, os esquemas mentais incorporam os elementos que lhes são exteriores e compatíveis com a sua natureza. Em última instância, a concepção do desenvolvimento humano, na linha piagetiana, deixa ver que é no contato com o mundo que a matéria bruta do conhecimento é 'arrecadada', pois que é no processo de construções sucessivas resultantes da relação sujeito-objeto que o indivíduo vai formar o pensamento lógico.

Assim, é através das interações com o meio , passando por sucessivas etapas de desequilíbrio – equilíbrio, que o indivíduo vai adquirindo conhecimento e continuamente se desenvolvendo, posto que, conforme a Teoria Piagetiana, trata-se de um sistema dinâmico em constante busca de equilíbrio. Em última instância, a concepção do desenvolvimento humano, na linha piagetiana, deixa ver que é no contato com o mundo que a matéria bruta do conhecimento é 'arrecadada', pois que é no processo de construções sucessivas resultantes da relação sujeito-objeto que o indivíduo vai formar o pensamento lógico ( TERRA, 2010). Etapas do Desenvolvimento Cognitivo Piaget concebeu o desenvolvimento intelectual como processo contínuo de organização e reorganização de uma estrutura, cada nova organização integrando a anterior e si mesma.

Piaget concebeu essa organização em uma sequência de quatro estágios a serem cumpridos conforme o desenvolvimento da criança na seguinte sequência: • Sensório-motor: de 0 a 2 anos de idade. Conforme Biaggio (2004, p. a criança "já não depende unicamente de suas sensações, de seus movimentos, mas já distingue um significador(imagem, palavra ou símbolo) daquilo que ele significa(o objeto ausente), o significado. ” É também um estágio caracterizado por atitudes egocêntricas da parte da criança, pois aqui ela ainda não concebe uma realidade ou situação da qual não pertença. III) Estágio Operações Concretas (7 – 11 anos): Nesse estágio o egocentrismo caracterizado no estágio anterior desaparece e surge a habilidade de construir conexões e organizar diferentes pontos de vista; não só os da criança como os de outras pessoas e associá-los de forma concatenada (Rappaport, 1981).

Aqui, a criança é capaz de internalizar mentalmente as ações , isto é, já tem a capacidade de executar operações mentais e não somente as ações físicas, típicas do estágio sensório-motor. Piaget em seus trabalhos de Psicogenética não tinha como meta principal formular uma teoria de aprendizagem. Coll (1992, p. observa: "ao que se sabe, ele [Piaget] nunca participou diretamente nem coordenou uma pesquisa com objetivos pedagógicos. Mesmo assim, a Teoria de Piaget, ainda que seja um trabalho sobre o desenvolvimento da cognição, veio a ser um trabalho norteador para as diretrizes pedagógicas de países como os Estados Unidos, França e Brasil. A Teoria de Piaget não deve ser reduzida a um conjunto de experimentos e observações.

Petrópolis: Vozes. COLL, C. As contribuições da Psicologia para a Educação: Teoria Genética e Aprendizagem Escolar. In LEITE, L. B. Vygotsky e Bakhtin: Psicologia e Educação: um intertexto. São Paulo: Editora Ática, 2000. LA TAILLE. Y. Prefácio. Teoria da Relações Humanas. Disponível em: <http://files. personapsicologia. webnode. com/200000093-024d10346f/Terapias%20Cognitivo-comportamentais. A equilibração das estruturas cognitivas: problema central do desenvolvimento. Zahar, 1976. PRÄSS, Alberto Ricardo. Teorias de aprendizagem. Journal of Chemical Information and Modeling, v. O desenvolvimento humano na teoria de Piaget. Disponível em: <http://www. unicamp. br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005. htm [2005 jul 15]>, 2010.

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