PSICOLOGIA DO ESPORTE: UM ESTUDO ACERCA DO ESPORTE COMO OBJETO FORMADOR E SOCIALIZADOR PARA CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE RISCO

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Objetivo Geral. Objetivos Específicos. Justificativa. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. Políticas públicas do esporte no Brasil. Assim, a proposta deste estudo é investigar aspectos gerais acerca do esporte, analisando a respeito do brincar como ferramenta de socialização, e apesentando politicas públicas e projetos sociais vigentes no Brasil atualmente, sobretudo, aqueles que apresentam interação multiprofissional como o engajamento do profissional psicólogo social e do esporte. Dessa maneira, com o propósito de compreender de que forma o esporte pode se viabilizar como objeto formador e socializador, especialmente para crianças em situação de vulnerabilidade social. Portanto, espera-se que desta pesquisa seja possível identificar dados qualitativos, que contribuam para o entendimento acerca do esporte e suas diversas possibilidades, como ferramenta estratégica e sua presumida eficácia na conjuntura de desenvolvimento global e indiscriminado de todos, em especial as crianças que se caracterizam como um grupo de atenção para a perspectiva de educação como fundamento para uma sociedade mais equitativa.

Objetivos 1. Objetivo geral Compreender a importância do esporte como agente de formação para jovens em situação de risco. alínea IV determina que o direito a liberdade e pleno desenvolvimento da criança e adolescente, compreende dentre diversos aspectos, o direito a brincar, praticar esportes e divertir-se. De modo que, no CAP. II se destaca a prevenção especial, que compreende as informações acerca da Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Espetáculos em sua seção I. Assim, no Art. da referida lei salienta que “A criança e o adolescente têm direito à informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento” (DIGIÁCOMO e DIGIÁCOMO, 2013, p. III, e descrito que: I - Desporto educacional, praticado nos sistemas de ensino e em formas assistemáticas de educação, evitando-se a seletividade, a hipercompetitividade de seus praticantes, com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e a sua formação para o exercício da cidadania e a prática do lazer; II - Desporto de participação, de modo voluntário, compreendendo as modalidades desportivas praticadas com a finalidade de contribuir para a integração dos praticantes na plenitude da vida social, na promoção da saúde e educação e na preservação do meio ambiente (BRASIL, 1998) Assim, essas práticas são garantidas financeiramente, por meio de recursos assegurados pelos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que são viabilizados através de “I.

Fundos desportivos; II. Receitas de concursos prognósticos; III. Doações, patrocínios e legados; IV. Prêmios de concursos da Loteria Esportiva Federal, não reclamado nos prazos regulamentares; V. Desporto de rendimento: compreende as modalidades praticadas conforme regras nacionais e internacionais, com o objetivo de obter resultados em competições (BRASIL, 2006). Em 14 de junho de 2005, a fim de desburocratizar, descentralizar e democratizar as atuações acerca da prática de esportes foi criado pelo Conselho Nacional do Esporte a resolução nº. que dispõe a Política Nacional do Esporte (PNE). Em suma, a redação os objetivos destacam-se em: Democratizar e universalizar o acesso ao esporte e ao lazer, na perspectiva da melhoria da qualidade de vida da população brasileira; Promover a construção e o fortalecimento da cidadania assegurando o acesso às práticas esportivas e ao conhecimento científico-tecnológico a elas inerente; Descentralizar a gestão das políticas públicas de esporte e de lazer; Fomentar a prática do esporte de caráter educativo e participativo, para toda a população, além de fortalecer a identidade cultural esportiva a partir de políticas e ações integradas com outros segmentos; Incentivar o desenvolvimento de talentos esportivos em potencial e aprimorar o desempenho de atletas e paraatletas de rendimento, promovendo a democratização dessa manifestação esportiva (MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2005, p.

No contexto dos programas sociais, destacam-se no cenário nacional, o projeto segundo tempo, Estação cidadania, Brincando com o esporte, Programa esporte e lazer da cidade, Forças do esporte, Programa academia e futebol. Oferece opções de esporte e lazer que preencham o tempo livre de forma prazerosa e construtiva, por meio do desenvolvimento de atividades lúdicas, esportivas, artísticas, culturais, sociais e turísticas. Programa esporte e Lazer na cidade (PELC) Se desenvolve a partir da instalação de núcleos em regiões urbanas, rurais, comunidades e povos tradicionais e indígenas. Democratizar o acesso ao lazer e ao esporte recreativo, privilegiando comunidades menos favorecidas; Estimular a gestão participativa entre atores locais direta e indiretamente envolvidos; Promover a formação inicial e estimular a formação continuada dos agentes sociais e gestores municipais de lazer e esporte recreativo; Promover a ressignificação e a qualificação de espaços e equipamentos públicos de lazer e esporte recreativo.

Manifestações esportivas e de lazer são planejadas e desenvolvidas em: praças, quadras, salões paroquiais, ginásios esportivos, campos de futebol e clubes sociais. Forças do esporte (Profesp) Crianças e adolescentes de regiões de vulnerabilidade Desdobramento do segundo turno visa prática de atividades esportivas no contra turno escolar, dentro de organizações militares. Quando falamos no esporte como promotor de desenvolvimento cognitivo e social, sobretudo, para as crianças, devemos pensar no esporte em toda a sua diversidade de possibilidades. Contudo, a psicóloga do esporte Natália Souza, em entrevista ao Conselho Federal de Psicologia (2018) salienta que por sermos reconhecidos como o “país do 10 futebol”, tal esporte concentra a maior parte de investimentos em detrimento de outras modalidades esportivas tão ou mais amplas no provimento de desenvolvimento global.

Desse modo, a psicóloga discorre acerca do projeto social “rugby para todos”1 que descentraliza uma modalidade esportiva ampliando sua pratica para além das classes sociais elitizadas, levado tal esporte para comunidades carentes como, por exemplo, Paraisópolis em São Paulo, que além de treinos, fomenta atividades de oficinas sobre direitos, orientação vocacional e construção de valores, atividades estas, desenvolvidas por equipe multidisciplinar que inclui psicólogos(as), fisioterapeutas, nutricionistas, pedagogas(os) e assistentes sociais (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2018). Nessa perspectiva de democratização do esporte, ressaltam-se os projetos sociais esportivos, que se caracterizam pelas suas riquezas naturais e culturais. No nordeste, região demasiadamente litorânea, destaca-se o projeto social “Surf na escola” que além de atividades especificamente para o esporte, contribui também no auxílio pedagógico de mais de 100 crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos na cidade de Cascavel no Ceará.

e em Universidades parceiras. Rede de Núcleos (2001) Atividades educacionais regulares e eventos que desenvolvem ações esportivas, culturais, de saúde, de protagonismo, cidadania e de integração comunitária. E capacitação de profissionais esportivos que atuam em áreas de alto risco e vulnerabilidade social. Crianças e adolescentes de 04 a 18 anos, familiares e adultos da comunidade Heliópolis, Indaiatuba, Jardim São Luís e Marechal Tito, Padre Miguel, Salgueiro e Santa Cruz (RJ); Itatiba, Embu das Artes, Santo André e Carapicuíba (SP); e Porto Alegre. Caravana do esporte (2005) Ações norteadas pelos princípios de inclusão de todos, educação integral, construção coletiva, respeito à diversidade, valorização da cultura local e autonomia, a Caravana segue levando metodologia e inspirando os brasileiros a colocar o esporte na sua vida cotidiana.

E trazer essa instância como possibilidade para todos, requer uma participação multiprofissional, do estado e da sociedade em geral. O brincar como ferramenta socializadora O brincar enquanto ferramenta de aprendizagem tem suas origens ocidentais fincadas na Grécia antiga, quando os jogos eram usados como forma, inclusive de aprendizagens para guerra. Já quando remontamos a cultura oriental, o conceito dos jogos aplicado ao desenvolvimento humano e seu processo de aprendizagem é muito mais antigo. De modo que, a cultura milenar chinesa, por exemplo, já desenvolvia os jogos em sua cultura (BARANITA, 2012). Trazendo para uma perspectiva epistemológica, acerca da importância do brincar e seu papel no processo de ensino-aprendizagem, no último século, podemos citar como alguns dos principais teóricos acerca do tema: o pedagogo norte americano John Deweys (1859-1952); o psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980); o psicólogo bielorusso Lev Vygotsky (1896-1934) e a pedagoga e médica italiana Maria Montessori (1870-1952).

Assim, Piaget defende que para uma criança poder se desenvolver de forma integral, os jogos tem que partir de uma premissa de brincadeira realizada de forma livre, onde a criança possa se sentir plenamente à vontade para expressar todos os aspectos cognitivos e emocionais que estão sendo trabalhados. KISHIMOTO, 2005). Contudo, apesar de Piaget não ter construído um uma teoria acerca dos jogos, segundo Oliveira (2017, p. Piaget criou uma “concepção da infância a partir da observação do comportamento lúdico infantil e nisso priorizou o caráter construtivo”. Por outro lado, Vygotsky interpreta que o brincar enquanto ferramenta de aprendizagem e desenvolvimento deve se aproximar do que ele nomeou como “zona de desenvolvimento proximal”, ou em outras palavras, o brinquedo tem aspectos que tange o imaginário da criança e esse imaginário se aproxima do que ela tem como referencial, ou seja, a criança atribui o significado de acordo com a experiência de contato que tem com o meio e com o outro, assim sua aprendizagem acontece em parceria, não sendo atribuído apenas as suas subjetividades (OLIVEIRA, 2017).

Dentre as possibilidades técnicas do profissional psicólogo do esporte, Rubio (2007) menciona o processo de avaliação psicológica e psicodiagnóstico no esporte de alto rendimento, que tem como foco avaliar processamento psíquico e emocional tanto em nível pessoal, quanto na relação interpessoal, em casos de esportes grupais, sobretudo, em situação de pressão, como campeonatos. Segundo Vieira et al. dentre os campos de atuação do psicólogo do esporte, destaca-se a pesquisa que tem o intuito de entender o processo de regulação psicológica do exercício e do esporte; o ensino que faz a promoção educacional e acadêmica de formação de novos profissionais; e a interventiva onde vai desenvolver praticamente suas competências. Sendo que, no campo de intervenção, contempla aspectos como: Práticas recreativas e de exercício, a iniciação esportiva e socioeducacional, e também a área da saúde, como no caso da promoção na saúde coletiva e na reabilitação, seja em questões de saúde de ordem mais física ou mental (.

modalidades esportivas virtuais, os e-games, nos quais, embora o corpo ceda espaço a um tipo de avatar digital, psicologicamente os jogadores são exigidos de modo bastante comparável ao dos atletas de modalidades convencionais (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2018, p. V – Psicologia do Esporte” (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2019). Não é mistério que há uma associação do esporte como perspectiva de modo de vida, onde o sujeito que toma tal prática para sí pode construí-la como profissão. No Brasil, não é diferente, especialmente, o futebol de alto rendimento que é constantemente associado à profissionalização, status social e financeiro. De modo que, inicialmente, a maioria das crianças que se desenvolvem no esporte, está vinculada a projetos sociais. Assim, Rubio (2007) no tocante do psicólogo social do esporte, afirma que: A proposta desses projetos é de uso do esporte como meio de socialização de crianças e jovens e, no caso dos mais talentosos e habilidosos, de encaminhamento para instituições esportivas para desenvolvimento desse potencial.

Orient. Dra. Ana Saldanha. Dissertação de Mestrado. Escola Superior de Educação Almeida Garrett. br/ccivil_03/leis/l9615consol. htm. Acesso em: 29 Mar. BRASIL. Lei n. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas Constitucionais de Revisão n. a 6/94, pelas Emendas Constitucionais n. a 91/2016 e pelo Decreto Legislativo n. – Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2016. Brasília DF, 2019. DIGIÁCOMO, Murilo J. e DIGIÁCOMO Ildeara A. Estatuto da criança e do adolescente anotado e interpretado. ed. Projetos Sociais Esportivos: Vulnerabilização e Governo. Rev. Movimento, v17, n. Porto Alegre, 2011. INSTITUTO ESPORTE E EDUCAÇÃO. KISHIMOTO, Tizuko. Jogo e Educação Infantil. Pioneira, 2005. KLISYS, Adriana. Quer Jogar? São Paulo: Ed.

br/arquivos/politicaNacional/politicaNacionalCompleto. pdf. Acesso em: 29 Mar. MINISTÉRIO DO ESPORTE. Orientações gerais - Lei de Incentivo ao Esporte. OLIVEIRA, Francisca E. de. O Lúdico como instrumento de aprendizagem no 1º ano do ensino fundamental. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Rio Grande do Norte. Revista Bras. De Psicologia do Esporte. v. n. São Paulo, 2007. Psicologia do esporte: uma área emergente da psicologia. Psicolog. Em estudo, v. n. Maringá, 2010.

319 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download