Reflexos da globalização na cultura alimentar: considerações sobre as mudanças na alimentação urbana

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Antropologia

Documento 1

Prédio Administrativo, Jd. Ipaussurama, 13059-900, Campinas, SP, Brasil Cite três ideias "novas" defendidas no artigo. Uma das ideias do autor é que o conceito de natural e tradicional de certa forma se perderam e se transformaram em uma mera essência de uma palavra ou algo apenas simbólico. Quando se pergunta uma pessoa o que ela prefere consumir um produto natural ou um produto industrializado, na maioria das vezes a pessoa responde o produto natural. O termo natural remete a pensar em algo caseiro, doméstico, mas com globalização isso mudou e tal termo remete apenas a essência, onde muitas das vezes existe facilidades, como a utilização de máquinas e suas tecnologias. É por isso que temos bananas, cocos, abacates e outros frutos em abundância – tanto que, sem querer, nos confundimos ao achar que eles sempre cresceram por aqui, isso são frutos da desterritorialização e da aculturação.

A desterritorialização fez com que as comidas tradicionais típicas tornassem meras modificações para se adaptarem ao crescimento que a globalização proporciona. Nesse sentido a comida perde sua identidade, peculiaridade, assim deixando de existir uma conexão com o tradicional, os alimentos perdem suas origens e essência da culinária típica, mas mantém-se o seu valor simbólico, tornando-se um produto da cozinha tradicional. Uma das ideias do autor é quando ele faz uma correlação entre dieta afluente e algumas doenças crônicas. Ingerir alimentos processados muitas vezes é necessário, por causa de uma série de problemáticas do dia-a-dia na vida urbana, mas as pessoas precisam ter um controle quando for comprá-los e consumi-los, uma vez que o efeito pode ser cumulativo e prejudicial à saúde.

Mas o afastamento da cultura de se comer em família, com todos a mesa de jantar, juntamente com o estresse da vida urbana, da poluição sonora falta de tempo para parar e saborear uma refeição aliado ao novo modo de se alimentar nos meios urbanos e esse estado clinico se repetindo por muito tempo poderia ser um estopim para os algumas doenças relacionadas a transtornos alimentares como a anorexia, bulimia. E será que o novo modo se alimentar poderia acarretar algum quadro de disfunção emocional, na dinâmica da família, da escola, do trabalho e outras áreas importantes da vida social? 2) O Brasil se inspira e tem horas que copia descaradamente os países desenvolvidos, principalmente os Estados Unidos, tal característica fica claro ao voltarmos no passado, quando ``American way of life´´ ou "estilo de vida americano" foi um modelo de comportamento surgido nos Estados Unidos após a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.

Este modo de viver passava pelo consumismo, a padronização social e a crença nos valores democráticos liberais. O Brasil atualmente tenta copiar de certa forma o`` American way of life´´, Freire Costa destaca a rapidez e a facilidade com que o brasileiro absorve itens das culturas americana e Europeia por serem consideradas modos de vida "superiores" pelos que se julgam "inferiores". Isso faz relação as empresas de fast-food de origem norte-americana no Brasil que crescem e dão mais lucro nos estados brasileiros, do que em relação as mesmas lanchonetes que tem sua origem nos Estados Unidos que encontram dificuldades para manter seus patamares de venda e conter seu declínio. Os principais elementos culturais na culinária são churrasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe.

O Brasil não necessita de uma padronização em seu sistema culinário, pois a grande diversidade cultural é o seu diferencial, onde a gastronomia brasileira tem uma enorme carga cultural e principalmente histórica que necessita ser valorizada. CONCLUSÃO: O modo de vida urbano afeta a estrutura da alimentação e provoca uma reorganização de valores e práticas que, certamente, terão implicações no seu padrão alimentar. O modo de se viver no meio urbano é marcado pela agitação, stress, falta de tempo até mesmo para se alimentar, tais problemáticas do dia-a-dia deixam as pessoas, de certa forma não tão preocupadas com a alimentação. A população está consumindo menos frutas, verduras e hortaliças; adotando novo estilo de vida, com bases na dieta afluente que tem por constituintes alimentos considerados por muitos saborosos, mas que são altamente calóricos, gordurosos e cheios de corantes e conservantes químicos e com isso, aumenta-se o índice de pessoas com doenças crônicas nas grandes cidades, onde existe uma correlação com a alimentação inadequada baseada em alimentos industrializados.

Sendo assim, a globalização tem uma grande contribuição para as novas formas de consumo alimentar, acarretando novos padrões alimentares, novos costumes, hábitos e práticas alimentares. É preciso que haja uma conscientização da população da importância de hábitos alimentares saudáveis para uma qualidade de vida melhor e das consequências de uma alimentação baseada em produtos processados.

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