RELAÇÕES LÍQUIDAS

Tipo de documento:Revisão bibliografica

Área de estudo:Gestão pública

Documento 1

No entanto, encontramos a modernidade marcada pela descoberta científica em desenvolvimento de racionalização e aposta na subjetividade. AMARAL; PINHO; MARTINEZ;2016, p. Embora Rousseau não fosse um teórico das relações pessoais e seus escritos recomendassem independência e autoconfiança, o apelo ao contato com a sociedade era claro em seus escritos políticos como contato social; e até mesmo em livros autobiográficos, como “Sonho de um viajante solitário”, que abre com lamentações contra aqueles que "forçam" os "mais sociáveis" a viver ilegalmente, evitando o afastamento da vida social (ROUSSEAU, 2016, p. Esse paradoxo começa a desaparecer quando entendemos que há um dipolo ontológico no pensamento do autor que acaba por sustentar uma leitura antropológica bipolar. São conhecidas as passagens do segundo discurso em que Rousseau exalta as condições primordiais do homem natural, comentando poeticamente o gozo pleno e livre.

Neste último caso, a comunicação ultrapassa os encontros ilusórios e cria laços duradouros, como explica Rousseau (2016) em sua antropologia teórica do “Segundo Discurso”. No entanto, não é possível encontrar uma explicação das relações humanas na visão antropológica do autor, pois, segundo a narrativa do segundo discurso, as primeiras relações humanas e os primeiros agrupamentos aconteceram por acaso. Seja pela necessidade de caçar junto ou de proteção contra o frio próximo ao fogo, tudo nesta imagem mostra uma união dispersa, ou melhor, uma união não filiada, espontânea, cuja seu desenvolvimento não é uma associação importante, a qual por sinal não será capaz de acontecer. O significado deve ser buscado em sua visão espiritual, pois os laços humanos começam a se unir pelo reconhecimento.

 Do ponto de vista da sociedade, as fontes do bem e do mal são as mesmas: o desejo de ser reconhecido, aceito, aprovado e apreciado. A falta de uma perspectiva antropológica nos permite lidar com questões relacionadas com a existência humana a partir de uma perspectiva global, o que o homem não se tem antes do que se deve fazer. Assim, o autor esclarece que o que motiva uma pessoa nem é a vontade de ter poder ou a vontade de desfrutar , mas a chama vontade de sentido. A fragilidade é a palavra-chave para nomear os relacionamentos atuais, não importa o contexto. Na atualidade, os compromissos não são mais desejáveis, não são mais interessantes, conquistados ou até mesmo realizados. Os títulos atuais são "construídos" para serem diluídos independentemente de qualquer contradição ou qualquer desculpa.

Dessa forma, o homem moderno se desreferencializa, perde sua estrutura base e a questão do que é real ou do que é verdade. O pós-modernismo das relações está inserido na vida cotidiana: economia, arte, estilo de vida, construção de identidade móvel, confortável e confiante. Relações Líquidas Faz-se necessário neste momento ter uma compreensão da realidade viva, do momento em que a sociedade se encontra. Isso porque é importante entender que mudanças de valor que ocorreram ao longo do tempo, ainda existem em quadro real. Este fato é a realidade do pós-modernismo. Portanto, é claro que há relações externas cada vez mais instáveis compromisso de longo prazo, sem amarras, além do reino confuso de mulheres e homens. Todos esses pontos, e vários outros, enriquecem a compreensão de como a relação entre um homem e uma mulher ocorre após os tempos modernos.

Diante dessa realidade, não pode ser considerado como um conjunto as decisões de configuração desta nova era, mas a compreensão da consciência da relação entre o subjetivo e o indivíduo pós-moderno não é tempo estático fixo com recursos fechados, mas tempo de transição. Por esse motivo, é importante ver quem é o público em geral quando se trata de como construir seu relacionamento. Costa (2017. FRAGOSO, 2016. p. De acordo com Fragoso (2016), os sólidos dissolvidos foram retirados, reabsorvidos, e removidos deles antigos elementos de superstição e irracionalidade na nova ordem social moderna. Então, a modernidade pode ser classificada como o processo de destruição criativa que a arrancou velho para quebrá-lo novamente para o outro lado. A fusão de sólidos", uma característica permanente dos tempos modernos, foi descoberta, assim um novo significado e, sobretudo, redirecionado para um novo objetivo, e um dos principais resultados dessa reorientação foi a abolição dos exércitos que manterá a questão da ordem e do sistema sólido jogado no frasco e solutos.

Primeiro, as pessoas entendem que relacionamentos estáveis ​​e duradouros não devem ser confiáveis mas, pelo contrário, superestima a satisfação que os outros podem lhe trazer. Não está mais no meio destacando uma entrega pessoal para um ente querido, mas o que o amante pode entregar e no prazo que ela pode lhe oferecer. Não é mais levado a criatividade, fé, humildade, mas com satisfação, sem humildade e coragem não há amor. Deve-se salientar que esta não é a lei da relação entre homens e mulheres de hoje, mas isso aparece todos os dias como uma realidade. Alguns podem não se sentir confortáveis ​​com isso, pois pode ser seguro buscar um relacionamento estável que é mais importante do que a mera satisfação de desejos pessoais.

Mesmo essa relação é caracterizada por um relacionamento intransigente, afinal eles são apenas uma experiência passageira. Diante dessa questão, a analogia é feita com base no amor de Eros, é como se essa relação não permitisse que o casal se encontrasse primeiro consigo mesmo. Pela ausência deste encontro existe o temor de ser trocado e estar aberto ao amor da entrega e intensidade, que é um medo de se abrir com a outra pessoa, o que mostra, assim como para Eros, imaturidade. Ainda há problemas de relacionamento crescendo de forma destoantes. Nas relações virtuais, não há troca, mas um conjunto, as letras dão significado às pessoas do outro lado. No entanto, segundo Santos (2016), existe em abundância ou em tecnologia individual, em uma economia social gananciosa pelo uso pessoal, com arte satírica e leviana na sensação de irreverência onde há falta de valores, sentido da vida e valorização da arte, da história, do desenvolvimento comunitário e conscientização.

Há um desligamento e perda de algo poderoso como crenças e valores tradicionais são considerados sem fundamento e sem sentido. Na presente terra da liberdade individual de escolher, a opção de deixar à individualização e recusar-se a participar do meio da individualização está decididamente fora da jogada” (BAUMAN, 2014, p. Antes do desenvolvimento da mídia, a interação era feita diretamente, a autoeducação de muitas pessoas é passada de geração em geração, herdada pela família, a transmissão de notícias e ideias é feita via oral que era um conhecimento local. O desenvolvimento da mídia faz com que o crescimento do indivíduo depende em grande parte dessa comunicação mediada. É um tempo de liberdade, mas ao mesmo tempo, de insegurança sutil.

É nesse ambiente temporário que as pessoas estão inseridas, superando as condições sociais que produzem mudanças constantes (BAUMAN, 2014). As relações humanas deixam de ser fortes e a vida compartilhada perde harmonia e estabilidade. E essas mudanças são tão significativas e rápidas que, muitas vezes, há pouco sentido de parar. À medida que se começa a se adaptar a uma nova realidade, ela começa a se mostrar ultrapassada e em vias de ser substituída por uma realidade ainda mais moderna. O resultado dessa existência de liberdade feita para existir a instabilidade que leva a uma sensação de desamparo sem precedentes, pois na ânsia de liberdade, o indivíduo se vê por sua conta e risco e entre o concreto urbano.

Os vizinhos tornam-se estranhos e a falta de tempo coloca um fardo pesado na capacidade de ter um relacionamento solidário um com o outro. Nesse contexto, a relação do outro é mutuamente benéfica e uma relação amorosa frágil provavelmente será revertida diante de qualquer ressentimento por parte das partes (BAUMAN, 2014). No entanto, se há uma tendência à conveniência e facilidade, então, de outra perspectiva, essa fragilidade nos relacionamentos pode ser uma situação perigosa e indicar o rompimento dos relacionamentos, da sociedade, considerando-os extremamente temporários. Além disso, a renúncia mostra a personalidade da pessoa e a relação formada entre elas. p. BAUMAN, Z. Amor Líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar. C. A patologização da angústia no mundo contemporâneo.

Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. n. FRAGOSO, T. Minidicionário Houasis da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Tradução de Lourdes Santos Machado; Introduções e notas de Paul Arbousse-Bastide e Lourival Gomes Machado.

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