RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA I: observação e participação no Ensino Fundamental II

Tipo de documento:Relatório

Área de estudo:Lingua Portuguesa

Documento 1

CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 4 2. Histórico da escola 4 2. Caracterização do entorno da escola e Comunidade 5 2. Programas e políticas públicas da escola 6 2. Projeto Político-pedagógico da Escola 7 2. Aspectos Didático-Pedagógicos 21 3. Conteúdos trabalhados 21 3. Bases Teórico-Metodológicas Adotadas pelas Professoras 22 3. Recursos Pedagógicos Utilizados pelas Professoras 23 4. ANÁLISE CRÍTICA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA 23 4. Todas essas experiências têm como objetivo obtenção de conhecimento e encaminhamento profissional. OBJETIVO GERAL Oportunizar ao discente conhecer e integrar os conhecimentos de área específica do curso de Letras Libras a uma visão educacional mais ampla sobre a Escola de Ensino Fundamental, sua estrutura e funcionamento, observando e conhecendo o perfil da comunidade escolar e as metodologias de trabalho desenvolvidas no âmbito da escola.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Proporcionar reflexões acerca das especificidades constitutivas do Estágio Supervisionado; b) Oportunizar aos alunos experiências quanto às práticas de estágio a partir da observação na escola; c) Propiciar oportunidades de vivenciar a realidade educacional, associando teoria e prática. OS EIXOS DO ESTÁGIO DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA I: a) Estudo exploratório da/na Escola de Ensino Fundamental: Conhecimento da estrutura, funcionamento e recursos, bem como da clientela da escola. b) Observação e Participação em sala de aula (ensino de língua e literatura) em turmas de 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental. Essa instituição de ensino possui marco importante em sua história, porquanto foi a primeira escola do estado de Rondônia a escolher, através de voto da comunidade escolar, o seu diretor.

Também vale ressaltar que foi o primeiro colégio a fazer a inclusão de alunos portadores de necessidades educativas especiais na área da deficiência intelectual e de deficiência auditiva (surdos). A escola teve como primeira diretora a professora Marlene Arcanjo. Desde os vanguardistas, todos que dirigiram esse liceu, desempenharam ótimo trabalho junto aos servidores, aos alunos, ao grupo familiar e à sociedade. Ainda é relevante destacar a todos que atuaram na Escola Estadual “21 de Abril” a sua importância; no entanto, em especial aos diretores supracitados: No final de 2011, o governo estadual implantou a gestão democrática em que a comunidade escolar escolheu a direção da instituição. Conforme Resolução nº 6, de 27 de fevereiro de 2018, os repasses dos recursos dar-se-ão em duas parcelas anuais, devendo o pagamento da primeira parcela ser efetivado até 30 de abril e o da segunda parcela até 30 de setembro de cada exercício às EEx,( Unidade Executora Própria ,UEx( Entidade Executora) e EM (Entidade Mantenedora) que cumprirem as exigências de atualização cadastral até a data de efetivação dos pagamentos.

O programa engloba várias ações que possuem finalidades e públicos alvos específicos, embora a transferência e gestão dos recursos sigam os mesmos moldes operacionais do PDDE. O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) destina recursos financeiros, em caráter suplementar, a escolas públicas da educação básica (e casos específicos) para uso em despesas de manutenção do prédio escolar e de suas instalações (hidráulicas, elétricas, sanitárias etc. de material didático e pedagógico; bem como para realização de pequenos investimentos, de modo assegurar as condições de funcionamento da unidade de ensino. Também tem objetivo de reforçar a participação social e a autogestão escolar. Portanto, busca-se a criação de mecanismo para valorização dos alunos de forma plena, através de investimentos em equipamentos.

E, para que a escola possa cumprir o seu papel; é importante que possa exercer sua autonomia. A autonomia coloca na escola a responsabilidade de prestar contas do que faz ou deixa de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa e, ao aproximar escola e famílias, é capaz de permitir uma participação realmente afetiva da comunidade, o que a caracteriza como uma categoria eminentemente democrática. A Escola Estadual de Ensino Fundamental 21 de Abril, pretende desenvolver um trabalho coletivo com o compromisso e seriedade; tendo como objetivo sanar as deficiências presentes no ambiente escolar e viabilizar projetos de trabalhos interdisciplinares, que estimulem a leitura, pesquisa, produção textual. Concepções de ensino, metodologias propostas, avaliação entre outros A escola procura estimular, observar e assessorar no desempenho das atividades que os profissionais da educação utilizam, em todas as suas potencialidades, nos aspectos de produção e aprimoramento.

Pode melhorar para garantir mais alunos aprendendo e com um fluxo escolar adequado. A escola “21 de Abril” possui os seguintes ambientes didático-pedagógicos: biblioteca, sala de vídeo, sala de leitura, sala de recursos, sala de informática e quadra de esporte. Biblioteca: possuem armários, 07 (sete) jogos de mesa, ar-condicionado (não funcionam bem) e boa iluminação. Também há livros didáticos, livros de romances, literaturas, gramáticas, dicionário de português, inglês e LIBRAS, sendo que a maioria deles é obsoleta. Sala de vídeo: possuem 02 (dois) projetores (um com defeito), 01 (um) armário pequeno, 01 (uma) mesa, 01 (um) ar-condicionado, 01 (um) notebook, 01 (uma) caixa de som, cartazes com acessibilidade para alunos surdos e cortinas persianas. Ainda, o corpo discente possui 875 (oitocentos e sessenta e cinco) alunos, distribuídos em três turnos (1° ano ao 9°ano do ensino fundamental).

Contudo, por se tratar de uma escola inclusiva, seus turnos estão divididos da seguinte forma: Matutino - há 412 (quatrocentos e doze) alunos matriculados (todos ouvintes); Vespertino - há 285 (duzentos e oitenta e cinco) alunos matriculados, sendo que 38 (trinta e oito) têm diversas deficiências e a maioria é surda; Noturno - estão matriculados 178 (cento e setenta e oito) alunos, dos quais 11 (onze) são surdos, disposto em uma sala multisseriada. Sendo assim, o liceu possui uma totalidade de 955 (novecentos e cinquenta e cinco) pessoas que trabalham e estudam na instituição. OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO EM SALA DE AULA O estágio supervisionado aconteceu na escola 21 de abril entre os dias 16/10/2018 a 30/11/2018, observando aulas de língua portuguesa do 6º ao 9º ano do ensino Fundamental, durante esse período tive a oportunidade de conhecer duas professoras que enfrentam a dura realidade de uma escola pública, em que os alunos, na maioria das vezes são mal-educados, respondem, não respeitam os professores em seu ambiente de trabalho.

O ensino observado parte de uma metodologia tradicional e em partes moderno, de maneira que as docentes deixam seus alunos completamente abertos a serem questionadores. Como mencionado, as docentes utilizaram a mesma metodologia em todas as turmas, mudando apenas os conteúdos. Os relatórios das aulas observadas são os seguintes: A primeira turma foi o 6º ano e antes de começar a aula, a professora fez os alunos limparem a sala, pois estava muita suja. A docente fez uma análise dos bimestres passados, e que a partir daquela data começaria o 4º bimestre. Explicou sobre o seu método avaliativo, constituído de 12 atividades valorizadas, atividades extraclasse de leitura e apresentação oral (deixando em aberto a escolha do livro) e uma avaliação escrita. Os PCNs mostram a importância de o professor fazer reflexões com os educandos a respeito de seus resultados como uma forma de os avaliar.

Observei nessa sala que eles não a respeitam, são barulhentos ao ponto de a docente ficar gritando e não conseguir expor seus objetivos. No entanto, realizou a proposta avaliativa para o bimestre. Conforme consta nos PCNs, a mediação do professor é de essencial importância na interação com os estudantes, “cabe a ele mostrar ao aluno a importância do processo de interlocução, a consideração real da palavra do outro, concorde ou não” (BRASIL, 1998). Nesse contexto, os estudantes não deram espaço para a professora explicar como estava o desempenho deles. Pode ser que eles queriam fugir desse tema e falta a essa turma desenvolver a escuta e o respeito à fala do outro, principalmente de uma profissional com a qual eles precisam interagir.

A aula aconteceu fora de sala de aula na grama ao lado da sala, momento em que os alunos puderam expor suas opiniões oralmente e o que produziram sobre o tema “consciência negra”. uma prática constante de escuta de textos orais e leitura de textos escritos e de produção de textos orais e escritos, que devem permitir, por meio da análise e reflexão sobre os múltiplos aspectos envolvidos, a expansão e construção de instrumentos que permitam ao aluno, progressivamente, ampliar sua competência discursiva (BRASIL, 1998, p. Temas que se referem a datas comemorativas como o trabalhado pela professora, cuja a leitura e a escuta propiciam a produção de textos orais e escritos. Os PCNs sugerem trabalhar temas transversais como esse que a professora utilizou com os estudantes.

“Por tratarem de questões sociais contemporâneas, que tocam profundamente o exercício de cidadania, os temas transversais oferecem inúmeras possibilidades para o uso vivo da palavra, permitindo muitas articulações com a área de Língua Portuguesa, dando possibilidades para os estudantes se expressarem de modo autêntico em uma questão efetiva muito discutida em nosso país e que ganhou um dia no calendário brasileiro. É um trabalho que pode ser considerado completo. É uma atividade muito importante para a percepção da língua em uso na qual transparece a variação linguística. Em uma outra aula nesta turma o assunto explanado foi: frase, oração e período, porém a professora teve um pouco de dificuldade, pois os alunos estavam inquietos e agitados, poucos estavam interessados e prestando a atenção na explicação.

A docente em suas aulas realiza interações com alunos para que os mesmos participem expondo as dúvidas que tinham. Aula avaliativa, apresentação do resumo de um livro, a escolha do estudante. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas imaginações, suas dúvidas, suas incertezas (FREIRE, 1996, p. Neste sentido, o ambiente reproduzido para o ensino-aprendizagem quando construído de maneira inadequada pode causar o desinteresse dos estudantes que se veem com espaço suficiente para conversar e não realizarem as atividades. Cabe ao professor acompanhar os estudantes durante as atividades. No dia seguinte, a docente explicou que a partir dessa data começaria o 4º bimestre e passou a explicar o conteúdo desse dia. O uso dos PORQUES, em seguida pediu a aluna que escrevesse o assunto no quadro.

BRASIL, 1998, p. No entanto, os PCNs mostram que há dois critérios fundamentais para o professor apresentar conteúdos como este: as necessidades dos estudantes e as possibilidades de aprendizagem que eles possuem. Na aula seguinte, a docente fez mais uma revisão deste conteúdo e passou atividade do livro didático para que fizessem em sala de aula para corrigir na próxima aula. Finalmente, fechando o 4º bimestre, a professora fez uma revisão de todo o conteúdo para a prova bimestral. Uma abordagem pode não esgotar as possibilidades de exploração do conhecimento priorizado, o que torna possível retomá-lo em diferentes etapas do processo de aprendizagem a partir de tratamentos diferenciados – grau de aprofundamento, relações estabelecidas (BRASIL, 1998, p. A professora passou atividade na aula anterior para fazerem em casa, porém nenhum aluno fez, por isso deixou que eles aproveitassem e fizessem em sala, no entanto poucos alunos fizeram e outros conversavam muito, enquanto a professora fazia correção de provas em sua mesa.

Os PCNs mostram que é preciso que o professor utilize práticas pedagógicas que motivem os estudantes a participarem das atividades com empenho (BRASIL, 1998). Em uma determinada aula a docente observou a sala completamente suja e ordenou limpeza aos alunos, que de fato estava muito suja e com odor, fazendo uma observação que não conseguiria dar uma aula naquela sala, pois a mesma estava sem condições físicas de a receber para ministrar sua aula. Após os alunos fazerem a limpeza da sala a docente fez revisão para a prova, conteúdo colocação pronominal. Conforme os PCNs, a avaliação é um momento de se comparar aos objetivos do ensino, partindo do conhecimento prévio do estudante antes da aprendizagem dos assuntos tratados, com seus avanços ao longo do processo (BRASIL, 1998).

Observei que um desses surdos não tem muito conhecimento de Libras ficando assim difícil o seu aprendizado. Na sala havia intérprete de Libras auxiliando os alunos surdos, suas aulas ocorridas nessa sala foram mais tranquilas, devido ser pouco alunos e a docente gostar dessa sala em específico, as aulas foram basicamente da mesma forma sem contratempos. Registros Reflexivos Este tópico discorre a respeito das contribuições que a observação das aulas de Língua Portuguesa, durante a realização do estágio supervisionado. A atividade em questão permitiu a realização de reflexões a respeito de situações que podem ser vivenciadas pelos professores de Língua Portuguesa, servindo de alerta para que os futuros profissionais nesta área possam se preparar e buscar recursos para aprimorar suas ações pedagógicas.

Aspectos disciplinares Durante as observações foi possível me surpreender com a falta de disciplinas dos estudantes dos 6ºs aos 9ºs anos. Brait et al. afirmam que tanto o professor quanto o aluno, possuem um papel tão inerente a eles, que é esperado. No entanto, para esses autores: A relação está mergulhada numa diversidade de possibilidades interativas que, se integrarem histórias de vida com experiências e vivencias, podem gerar novas possibilidades de relação, mesmo que professor e aluno não percebam o impacto que sofrem e causam um no outro (BRAIT et al, 2010, p. Morales (2006) acrescenta que o modo de agir do professor e a forma como ele se vê, influencia seu modo de conduzir a sala de aula, principalmente o modo como ele se relaciona com o estudante, produz um impacto geral na relação entre docente e os estudantes.

Relação Aluno/Aluno No tocante à relação dos estudantes com seus pares, há uma grande interação entre os estudantes que conversam muito em todas as turmas, não podem encontrar uma oportunidade para isso. Quanto aos conteúdos gramaticais dos 8ºs anos, estes são o uso dos porquês e orações coordenadas e subordinadas. Nos dias em que observei as aulas da professora, os estudantes fizeram exercícios do livro didático referentes às aulas expositivas e a maior parte das aulas dela ficaram entre fazer atividades e corrigi-las. Além disso, fez uma revisão para prova. No que se refere aos conteúdos gramaticais dos 9ºs anos, a professora 2 ensinou colocação pronominal, pronome oblíquo, adjetivo, estrutura das palavras gêneros histórico e biografia, história em quadrinhos e variedades regionais.

A professora basicamente fez o mesmo que nos 8ºs anos: atividades do livro didático e correção e revisão para prova. Usou o livro didático para trabalhar com gêneros textuais e adjetivos, sem usar recursos visuais. Um dos estudantes surdos tem pouco conhecimento de libras, dificultando seu aprendizado. Trabalhou sempre com ajuda da intérprete de libras e texto do livro didático. A professora 2 respondia na lousa a atividade referente a esse texto ilustrado, interagindo com os alunos especiais. No dia seguinte, corrigia as atividades anteriores com ajuda da intérprete e no próximo dia faziams atividade do livro didático e ela corrigia com ajuda da intérprete. Pontos Positivos nas Aulas Observadas Muitos foram os aspectos positivos identificados na observação das aulas.

Inicialmente, as aulas observadas possibilitaram verificar diversos pontos positivos das professoras, e que mesmo com suas dificuldades no manejo de classe, elas conseguem realizar um trabalho que possibilita atender os PCNs no que se refere aos conhecimentos linguísticos, leitura, produção e interpretação textuais. As professoras conseguiram realizar uma sequência didática lógica dentro do que conseguiram apresentar. A professora 1 trabalhou todas as habilidades linguísticas necessárias para desenvolver o domínio da língua pelo estudante. É uma professora dinâmica, caminha pela sala de aula, interagindo e brincando com os seus alunos. No entanto, espero fazer uma carreira de sucesso com meus estudantes. Segundo Gianotto e Diniz (2010), o estágio supervisionado propicia aos futuros docentes a oportunidade de reunir teoria e prática, para a elaboração de saberes e construção de identidades docentes, mas se faz necessário que o graduando se perceba como docente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização do estágio supervisionado foi muito importante porque despertou minha atenção para a importância de o professor de língua portuguesa trabalhar todas as habilidades da língua, tais como produção e interpretação de textos, além da oralidade por meio da interação estudante com estudante, estudante com professor e professor com os estudantes. A leitura e a oralidade ajudam a formar um sujeito crítico, conhecedor de seus direitos e deveres, que são essenciais para o exercício da cidadania. O estágio contribuiu para ampliar minha visão sobre procedimentos didáticos de êxito e buscar mais conhecimentos para quando chegar na sala de aula como professora, ter consciência do quão é importante que o professor não trabalhe mais uma habilidade em detrimento da outra, pois o indivíduo usa todas as modalidades simultaneamente.

A relação professor/aluno no processo de ensino e aprendizagem. Revista Eletrônica do Curso de Pedagogia do Campus Jataí – UFG, v. n. jan/jul, 2010. BRASIL. planalto. gov. br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/ d5626. htm Acesso em: 12 de março de 2018. BRASIL. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GIANOTTO, Dulcinéia Ester Pagani; DINIZ, Renato Eugênio da Silva. Formação inicial de professores de biologia: a metodologia colaborativa mediada pelo computador e a aprendizagem para a docência. Ciência & Educação, v. MORALES, Pedro. A relação professor-aluno – o que é como se faz. São Paulo: Loyola, 1999. NOLÊTO, Terezinha de Jesus da Silva Almeida. Projeto político-pedagógico: diagnóstico e análise dos fatores de eficácia, 2010.

SILVA, Washington Luiz Lima da. Relatório de estágio em ensino de língua portuguesa e literatura I: observação e participação no Ensino Fundamental II. Porto Velho, 2017. Relatório de Estágio Supervisionado).

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