Resenha Crítica do Livro O que é Existencialismo

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Escreveu vários livros, alguns ainda inéditos, sobre Sartre, Hegel, Gramsci e outros filósofos, além do “Ensaio sobre filósofos Pré-Socráticos”. Na obra: “O que é o Existencialismo”, o autor demonstra de forma clara e objetiva o que foi e o que representa essa importante Corrente Filosófica. É mostrado na parte inicial do livro o contexto histórico onde surgiu o Existencialismo. Este cenário foi em um período pós-guerra (2ª Guerra Mundial). Durante esse período, a humanidade carregou consigo grandes cicatrizes econômicas e grande descrédito antropológico, na capacidade de se reerguer e solucionar os problemas sociais inerentes ao próprio ser humano. Sartre, pertencendo ao existencialismo ateu, defendia a tese de que o ponto pelo qual o pensamento filosófico deveria partir é o da intencionalidade e não o da realidade humana.

Isto é, a consciência de nossos atos define quem somos. Kierkegaard, representante do existencialismo religioso acreditava que o ponto fundamental não era o de explicar a existência individual, mas de simplesmente cada ente viver o espírito de seu próprio “eu”. Seguindo este raciocínio, Kierkegaard apresenta em sua filosofia, três tipos de estágios da existência humana: o estético, o ético e o religioso. No estágio estético, o ser humano valoriza o belo, coloca sentido de suas escolhas externas, estabelece regras para libertar-se, porém, com o tempo descobre que tudo isso o conduz a uma existência vazia, prisioneira e por isso se desespera. Desta forma, o sujeito e o objeto, o homem e o mundo, o pensamento e o conhecimento foram se tornando cada vez mais o centro da reflexão tanto filosófica quanto científica.

Por isso que Husserl acreditava que a Filosofia deveria carregar consigo esse caráter científico de colocar tudo em seu campo de investigação e análise reflexiva. A Fenomenologia proposta por Husserl leva em consideração a humanização, das relações onde se busca o conhecimento e o saber. Por esse processo, a intencionalidade e o fenômeno não existem separados um do outro, e a realidade deve ser tal como se apresenta à observação, através do pensamento (noese) e do objeto desse pensamento (noema). Apesar de Husserl ser considerado o pai da Fenomenologia, foi seu ex aluno Martin Heidegger que utilizou pela primeira vez os métodos fenomenológicos de análise. No entanto, quando o homem escolhe por si, sempre acaba também escolhendo pelos e para os outros.

Dessa forma, a liberdade deixa de ser plena, pois vivendo em sociedade, as regras impostas para serem vividas apontam para situações de conflito e geram: sofrimento, a morte, guerra, etc. Por isso que, “estar condenado a ser livre”, leva a inevitável situação de angústia e sofrimento por toda vida; exatamente por ter que fazer escolhas e assumir suas consequências enquanto existe. Existencialismo ateu, segundo Sartre não se preocupa em provar a existência ou inexistência de Deus. Mas mostra que nada pode salvar o homem de si próprio , mesmo havendo uma prova incontestável da existência de Deus. Embora não utilize de longos argumentos e reflexões, consegue apresentar de forma eficaz a temática sem permitir que o eixo central se perca no decorrer do texto e apresentando comparativos de diversos pontos de vista para que a reflexão seja enriquecedora e ainda mais aprofundada.

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