Resenha crítica: Introdução a Obra de Melanie Klein- Hanna Segal

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

RESENHA CRÍTICA INTRODUÇÃO Segundo as próprias palavras da autora, este livro foi o resultado da solicitação de seus alunos do curso de Introdução à obra de Melanie Klein, ministrados durante anos pela autora no Instituto de Psicanálise de Londres, que organizou suas anotações em forma de um guia de estudo. Obedecendo a cronologia teórica da psicanálise, a autora dedicou grande parte dos seus escritos ao primeiro ano de vida do bebê, fase do desenvolvimento humano ao qual se dedicou Melanie Klein, e que deu origem às teorias da posição esquizo-paranoide e depressiva, defendidas por Klein. Na verdade, as teorias de Klein podem ser classificadas como subdivisões da Fase Oral, teorizada por Freud (1905) em Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade.

A obra de Melanie Klein trouxe contribuições importantes para a teoria e a técnica psicanalíticas, tornando-se fundamental no estudo do desenvolvimento humano e na compreensão do psiquismo em suas fases remotas. Ao utilizar o termo “posição”, Klein teria como objetivo enfatizar “uma configuração específica de relação de objeto, ansiedades e defesas” que, ao contrário de uma fase passageira do desenvolvimento humano, poderia perdurar durante toda a vida do sujeito, permanecendo ativas na personalidade, ainda que de forma modificada ou menos intensa. Para Klein, a fantasia seria uma representação psíquica dos instintos (pulsões). Capítulos III, IV e V: o papel da Inveja na Posição Esquizo-Paranoide e as implicações psicotalógicas desta fase - A partir do conceito de fantasia, Klein desenvolve o seu conceito de posição esquizo-paranoide, segundo o qual desde o nascimento possui os rudimentos de um ego primitivo bebê e já experimenta a ansiedade e as manifestações das pulsões de vida e de morte.

O bebê fantasia um ataque agressivo direcionado ao objeto de sua frustração (o seio materno) e sofre, por projeção, com o receio da perseguição e da retaliação. Há uma divisão do objeto, o seio materno, em duas partes: seio bom e seio mau (ideal e persecutório). A fantasia de perseguição é corroborada com a experiência do sofrimento da privação, ainda que temporária. Como o bebê acredita no poder de onipotência do seu pensamento, pensa que sua agressividade é capaz de destruir o objeto amado e no afã de devorá-la e mantê-la dentro - via introjeção - e, ao mesmo tempo protegê-la de sua própria agressividade, o bebê sofre com a perspectiva de ter destruído o objeto amado e com a desesperança de poder restaurá-lo, daí a posição depressiva.

As defesas maníacas surgem como tentativas do ego de se fortificar, visando confiar em sua própria capacidade restaurativa do objeto danificado. Visto que a posição depressiva é fundada a partir da experiência de dependência sentida em relação ao objeto amado, as defesas maníacas visam, sobretudo, negar esta dependência através do controle, triunfo sobre o objeto e desprezo do mesmo. Com a repetição das experiências de perda (destruição pelo ódio) e recuperação do objeto (recriação pelo amor), o bebê começa a confira mais no seu amor e na sua capacidade de restaurar o objeto destruído. Estas experiências tornam-se cruciais no processo de luto em fases posteriores da vida do sujeito.

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