RESENHA CRÍTICA: SARTRE E O EXISTENCIALISMO

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

A maior parte das reflexões existencialistas de Sartre, estão em seus livros filosóficos: O ser e o nada e Crítica da razão dialética. No artigo de Ilda Helena Marques, são apresentados alguns conceitos-chave para a compreensão do pensamento existencialista de Sartre: o “em-si”, “ser do fenômeno” e o “para-si”, “ser da consciência”. O “em-si” é o mundo, o mundo das coisas materiais. O “em-si” é o ser. Ele é idêntico a si mesmo. O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo: é esse o primeiro princípio do existencialismo” Diferente da corrente essencialista que submete o ente à essência, o Existencialismo concebe que primeiro é preciso existir, esse existir implica fazer escolhas, exercitar a liberdade e no tempo criar a identidade essencial.

Na concepção temporal de Sartre, o homem estando “condenado a ser livre”, deve fazer suas escolhas em relação ao que será no instante seguinte. Não há como fugir dessa realidade, pois a recusa em escolher, já é uma escolha. Sartre defende que o homem é livre e responsável por tudo que está à sua volta: "Somos inteiramente responsáveis por nosso passado, nosso presente e nosso futuro". Em Sartre, temos a ideia de liberdade como uma pena, por assim dizer. A famosa máxima existencialista “O existencialismo é um humanismo”, aponta para o ser humano como o único dotado dessa condição: a de existir para ser. A medida que vai existindo, consequentemente vai sendo construída a essência humana de ser o que se é. Por isso, que nos escritos de Sartre há sempre uma insistente negação da essência pré-concebida, seja ela boa ou ruim, isso são características que só se adquire a medida que vai existindo no tempo.

As escolhas são sempre subjetivas, isto é, cada indivíduo age por si próprio sem que os fatores externos justifiquem as ações. Desta forma, o homem é o responsável final por suas ações e escolhas. Essa defesa, é uma defesa equivocada, pois através dela nos afastamos de nosso projeto pessoal, e caímos no erro de atribuir nossas escolhas a fatores externos, como Deus, os astros, o destino, ou outros. Nesse sentido, Sartre considerava também a ideia freudiana de inconsciente como um exemplo de má-fé. Podemos dizer, então, que para os existencialistas a má-fé compreendia a mentira para si próprio, sendo imprescindível para o homem abandonar a má-fé, passando então a condição de ser consciente e responsável por suas escolhas.

Ao fazer isso, o homem passa, invariavelmente, a viver num estado de angústia, pois deixa de se enganar, mas em compensação retoma a sua liberdade em seu sentido mais pleno. Existe ainda um termo sartriano bem conhecido: “o inferno são os outros”, ou seja, embora a única saída existencial seja conviver com os outros, estes são aqueles que muitas vezes impedem e impossibilitam de se concretizarem os projetos subjetivos das escolhas que fazemos. Do ponto de vista acadêmico, o existencialismo trouxe uma rica discussão em torno de aspectos formadores da personalidade humana. Além disso, as contribuições filosóficas de Sartre ocasionaram vários movimentos sociais, suscitaram ideais revolucionários na política e até conseguiu inserir esse modo de existir na vida de milhares de “pessoas comuns”.

REFERÊNCIAS MARQUES, Ilda Helena. Sartre e o Existencialismo, 1998. Disponível em: <file:///C:/Users/Michel%20Cayne/Downloads/texto09_existencialismo_sartre. Disponível em: <http://estantenoreda. blogspot. com. br/2011/01/os-caminhos-da-liberdade-2-sursis-jean. html>.

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