Resenha do artigo A formação acadêmico-profissional no Serviço Social Brasileiro Iamamoto, M. V. 2014.

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

São os tópicos: 1) quadro atual do serviço social; 2) diretrizes curriculares e projeto profissional; 3) inovações das diretrizes curriculares; 4) determinantes sócio-históricos para implantação das diretrizes curriculares; 5) a formação acadêmico-profissional na atualidade. A partir desta divisão, será dada a formatação do presente trabalho. Compreender o quadro atual do serviço social brasileiro diz respeito a entender qual a função deste profissional. Segundo apresentado por Iamamoto (2014), é a partir das questões sociais que se é possível abstrair o substrato ocupacional do assistente social; “questão social” trata da delimitação dos determinantes que levam às desigualdades entre sujeitos, de modo a se tornar um imperativo enfrenta-las de alguma forma. Esta noção compõe o principal vetor de atuação, o qual construiu um marco teórico-metodológico referencial para toda América Latina e Caribe.

Como mencionado, o processo de redemocratização foi o propulsor para que o serviço social, enquanto profissão, ganhasse o fôlego necessário à construção de uma categoria (re) alinhada com as questões sociais. A função deste profissional é atuar na relação entre os trabalhadores e suas classes, com o estado, nas múltiplas formas de luta para que estes possam ver mitigadas as desigualdades impostas, tais como: a pobreza, educação precária e pouquíssima chances de ascensão societal. Dessa forma, as diretrizes curriculares apresentaram algumas inovações, as quais foram pautadas em três grandes núcleos de formação: fundamentos teórico-metodológicos do serviço social; formação sócio histórica brasileira e do serviço social; fundamentos do trabalho profissional.

Os campos de fomentação da práxis do assistente social citados tinham uma disposição elementar: enfrentar a interlocução conservadora com formulações funcionalistas europeias e americanas, as quais dificultam ou impossibilitam a compreensão crítica e histórica deste trabalhador e o seu papel na sociedade. Não à toa, a pulsão conservadora teve papel importante para o boicote das bases curriculares, os quais foram flexibilizadas, em vistas à liberdade institucional para montar seu próprio currículo. Sendo o assistente social um profissional diretamente envolvido nas mediações das classes sociais com o estado, é a partir do serviço público que este encontra o solo fértil para o desenvolvimento da sua atuação. No entanto, sendo um trabalhador como qualquer outro, presente num sistema capitalista, também está submetido à necessidade de encontrar no seu trabalho o retorno financeiro para satisfação das necessidades básicas: alimentação, moradia e lazer.

No entanto, não apenas isso. Envolve a possibilidade de concretizar sonhos individuais e coletivos, como a realização de um propósito de vida e a luta pela redução de desigualdades. Para que isto ganhe projeção, é preciso minimamente estabilidade profissional e um plano de cargos e carreira, que permita um horizonte ocupacional a ser desenvolvido.

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