Resenha dos vídeos Entrevista sobre Gênero parte 1, parte 2 e parte 3

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Direito

Documento 1

n. ISSN 0100-3143 (impresso) e 2175-6236 (online) Esta Resenha está inscrita no campo das ciências humanas de forma geral e de maneira especifica no âmbito dos Direitos Humanos, objetivamos analisar aqui o pensamento da construção como um espaço conceitual de reflexão, análise e compreensão sobre o conceito de masculinidades. Usando como pontos de partida para análise conceitual do contexto de uma nova masculinidade o novo masculino falando por ele mesmo. Serão analisados três vídeos onde a Maria Rita Resende Martins da Costa Professora da UFF (Universidade Federal Fluminense), entrevista o recifence Walmir Manhans, professor da Rede municipal de Município de Caxias do Sul. Os vídeos foram disponibilizados na plataforma virtual de distribuição de vídeos YouTube em 17 de novembro de 2017, onde Walmir Manhans, mestrando na Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, fala francamente sobre gênero e rótulos que lhe foram cunhados justamente porque na sua construção como pessoa desviou do antigo rótulo do patriarcado de associar virilidade à violência.

Assim a conduta da antiga masculinidade fria e autoritária e a vista pelas feministas como ruínas de um sistema que passou. Hábitos, costumes e crenças são feitas pelos indivíduos e por eles modificadas, assim é possível um homem trabalhar por si e se modificar como nos mostra o professor Walmir. Na contemporaneidade, depois de décadas de desconstrução do papel feminino e suas implicações na violência e na discriminação das mulheres e dos homossexuais perante o tecido social é enfim chegado o momento do questionamento do papel masculino herdado do patriarcado. Para melhor contextualizar essa condição do par binário homem/mulher enraizado e instituído como normal no coração e na mente das gentes vamos pensar a composição de novos sujeitos de direito.

A desconstrução deve ser entendida, que se afirma Derrida, como a tentativa de reorganizar, de certa maneira o pensamento ocidental, perante uma variedade heterogênea de contradições e desigualdades não lógicas discursiva de todos os tipos, que continua a assombrar as fissuras mesmo o desenvolvimento bem sucedido de argumentos filosóficos e sua exposição sistemática (Menezes, 2013, p. Se as masculinidades são construídas através dessas formas, elas são também constantemente re-construídas. As masculinidades estão constantemente mudando na história. Obviamente, podemos não vivenciá-las como tais; a ideologia popular freqüentemente representa o gênero como aquilo que não muda: o estável e "natural" padrão que subsiste sob o fluxo geral. O padrão agora freqüentemente chamado de "masculinidade tradicional", e vinculado à "família tradicional", é, na verdade, uma forma de gênero historicamente recente, um produto claro do mundo moderno (CONNELLL, 1995) O novo conceito de Masculinidade rompe com o antigo herdado do Pater, de forma a parecer outra a espécie que um dia considerou normal a conduta autoritária de um indivíduo sobre outros apenas por uma questão de gênero.

A quem serve a grande obediência imposta pelas relações de dominação de gênero. O movimento feminista inverteu alguns conceitos e introduziu alguns códigos de linguagem no rígido tecido social e suas impregnações sobre o masculino. Códigos apropriados por parte das mulheres e parte ainda menor dos homens. Mas já incorporado como um valor nobre e um passo a mais no cumprimento dos direitos, ou seja, como um norte a construir na educação e na direção política da sociedade. Qual o grande problema, a maioria das pessoas que tem nas mãos a capacidade de projetar política e socialmente uma sociedade são homens e muitos de meia idade, não dispostos a abrir mão do seu poder na hierarquia social.

Assim, não é toa a declaração do ocupante da atual cadeira de presidente do Brasil que as mulheres não precisam de empoderamento, mas de serem amada por maridos. Além disso, o país registrou no ano passado mais de 45 mil estupros — o equivalente a cinco a cada hora — de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Os dados constam no Dossiê Violência contra as Mulheres da Agência Patrícia Galvão (ONU Mulheres, 2016). O professor Waldir nos fala ainda na entrevista 2 a tranquilidade com que está sendo substituído o conceito de masculino por masculinidades, os agenciamentos estão mais livres sendo trazidos para o debate inclusive temas com os trans. O termo ‘queer’ (originalmente um insulto) é usado para se referir a uma pessoa que não adere à divisão binária tradicional de gênero.

Quando Connell escreveu seu artigo em 1995, o termo para sexualidade utilizado era GLS: Gays, Lésbicas e Simpatizantes. A emissora que se orgulha de ser líder de audiência neste horário escolhe a dedo, com excelentes profissionais do ramo, e exigentes patrocinadores temas que despertem a atenção, mas jamais enredos que possam de alguma maneira afastar uma quantidade muito grande de pessoas, assim mesmo que setores mais conservadores (como os evangélicos) se afastem da novela, de maneira geral o publico cativo da assistência, não vai se afastar da cobiçada audiência por este motivo. Como nos disse o professor Walmir à temática dos trans começou a fazer dos debates sobre sexualidade há pouco tempo. Na era da informática e das redes sociais alguns meses já são o suficiente e bem fácil para os profissionais da área pesquisarem e analisarem as temáticas que já estão amadurecidas para caírem no debate que a novela das oito pode provocar.

Waldir questiona sobre como discutir estas questões na sala de aula e como não adianta passar adiante estas verdades se o próprio professor não acredite nelas. Voltando ao inicio desta conclusão, a heteronormatividade não está somente sendo questionada nos ambientes acadêmicos e médicos. Artigo publicado originalmente na revista Gender & Society, v. n. p. Dec. Disponível em <https://periodicos. n° 1, 1995. Disponível em: <http://www. seer. ufrgs. br/educacaoerealidade/article/view/71725> Acesso em 17. com/watch?v=L_52v-R7mmA> Acesso em 17. COSTA, Maria Rita Resende Martins da. Entrevista Sobre Gênero Parte 3. Disponível em <https://www. youtube. org. co/pdf/unph/v30n60/v30n60a09. pdf> Acesso em 19. ONU Mulheres. Brasil precisa avançar na prevenção à violência contra a mulher, dizem especialistas.

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