RESENHA: FREIRE, P. PEDAGOGIA DO OPRIMIDO. 23ª Ed. Editora Paz e Terra, São Paulo, 1994

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Direito

Documento 1

Editora Paz e Terra, São Paulo, 1994. Paulo Reglus Neves Freire foi um importante educador, filósofo e pedagogo brasileiro nascido em Recife em 19 de setembro de 1921, faleceu em 2 de maio de 1997. Possui reconhecimento mundial, influenciando o movimento chamado de pedagogia crítica. Considera-se que foi um pensador comprometido com a vida, não pensando idéias, mas aplicando-as na vida do educador. Leva em conta a dinamicidade da sociedade, não apoiando métodos e crenças opressoras em detrimento da liberdade. A humanização neste quesito entra como atributo herdado, de direito, a humanização dos outros é vista como subversiva. Freire destaca a situação concreta de opressão e opressores e também a situação concreta de opressão e oprimidos. Há uma “dualidade existencial” dos oprimidos, que acabam hospedando o opressor, até que entendam que eles mesmos alimentam fatalmente, qualquer tipo de opressão.

Ainda quando a superação da contradição exposta anteriormente se desfaça, os opressores podem não se reconhecer em libertação, ou seja, acostumados com a posição de opressores, tudo pode parecer opressivo para estes. Parafraseando o autor: ”(. Os pressupostos da contradição problematizadora e libertadora da educação baseiam-se na humanização do homem. Se este é humanizado, percebe a contradição da educação bancária, engaja-se e luta por sua libertação. A concepção bancária, não enxergando o aluno como ser humano pensante, apresenta contradições entre educador-educando. Nega o diálogo como essência da educação e se faz antidialógica. Simplesmente depositando conteúdos, imitando o mundo, faz dos alunos, seres passivos, logo, adequados, de acordo com esta visão.

Se ela enfatiza a ação, é convertida em ativismo, pronunciando posicionamentos e levantando discussões. Assim como não há amor ao mundo e aos homens se não há pronúncia, diálogo. O diálogo começa na busca do conteúdo programático. Como peça fundamental da educação problematizadora o diálogo dá abertura para inquietações e sugestões em torno do conteúdo a ser trabalhado. Ele não é uma imposição ou doação, mas sim, uma revolução organizada e sistematizada acessível ao povo. A significação conscientizadora da investigação dos temas geradores quebra o silêncio, que é estrutura constituinte do mutismo ante forças invasivas de “situações limite”. Os vários momentos de investigação ocorrem em todas instâncias entre homens-mundo, procurando os modos de pensar do homem e sua práxis.

Ou seja, defende que mesmo no fluxo da investigação, o investigador e o homem do povo façam-se sujeitos da mesma, pois quanto mais sujeitos ativos, mais aprofundam a tomada de consciência explicitando as verdades. No último capitulo é tratada a teoria de ação antidialógica e suas características: a conquista, dividir para manter a opressão, manipulação e invasão cultural. As teorias de ação cultural que desenvolvem o antidiálogo e os métodos bancários são retomados. Só se interessam em como pensam os oprimidos para dominá-los mais, transformando o “tu” dominado a um mero “isto”. Freire propõe o oposto da ação antidialógica; unir para libertar, abolir “sloganização” ideológica que distorce o cognitivo e afetivo do ser.

A coerência entre palavra e práxis, ousadia e valentia de amar move transformações autênticas buscando senso crítico contra autoritarismos e opressões contra o povo.

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