SEGURANÇA DO TRABALHO: A IMPORTÂNCIA DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NA INDÚSTRIA METALÚRGICA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Campinas, dia de mês de 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA INDÚSTRIA 6 3. A INDÚSTRIA METALURGICA 11 3. As indústrias metalúrgicas, apesar de serem fundamentais para o desenvolvimento econômico do país, contam com uma grande ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais, provenientes, em grande parte, da exaustão de trabalhadores e da falta ou ainda, má implantação de equipamentos de proteção, durante as atividades no ambiente laboral. O que ilustra a necessidade da implantação de instrumentos que possam promover a melhoria do ambiente e, minimizar os efeitos e riscos existentes. Neste contexto, a referida revisão justifica-se, uma vez que, busca abordar uma ferramenta que vem sendo estudada e implantada em inúmeras empresas do setor metalúrgico, os Equipamentos de Proteção Individual.

Acredita-se que tais equipamentos, quando implantados de forma adequada, possam ser eficientes na proteção, visto que, têm por finalidade neutralizar os efeitos danosos das atividades e assim, adaptar o ambiente de trabalho, com um melhor conforto, saúde e segurança. Levando em consideração que a indústria metalúrgica constitui um setor essencial e responsável por uma boa parte dos acidentes/doenças ocupacionais no país, torna-se fundamental a busca por ferramentas que possam propor melhoria no ambiente de trabalho e, também, uma maior qualidade ao processo produtivo. Dentre as causas de acidentes nas indústrias, tem-se: i) condições inseguras (equipamentos sem proteção ou defeituosos, execução de procedimentos inadequados, iluminação e ventilação imprópria ou deficiente, temperatura eleva ou baixa, entre outras); e ii) atos inseguros (carregamento de peso em posturas inadequadas, atividades executadas de forma inadequada ou imprópria ao bem-estar do trabalhador, uso incorreto de equipamentos, posições inseguras, entre outras), provocados, principalmente, pelo excesso de confiança, cansaço, preocupação, falta de experiencia ou inadaptação do trabalhador (BATISTA, 2008).

Além disso, Batista (2008), aponta que os acidentes podem ser provenientes da falta de conscientização (empresários e empregadores), a formação profissional inadequada, jornadas de trabalho com horas extraordinárias, alimentação imprópria e insuficiente e prestação de serviço insalubre em jornadas de trabalho concernentes às atividades normais. Os acidentes geram efeitos negativos tanto a indústria (perdas, despesas médicas, custos econômicos e sociais, entre outros) como, também, ao trabalhador (incapacidade temporária ou permanente, podendo, em casos graves, levar até mesmo a óbito) (BATISTA, 2008). Segundo Nascimento (2016), as indústrias buscam, cada vez mais, estabelecer modos produtivos rápidos e eficazes, e assim, acabam negligenciando e ignorando questões importantes relacionadas, por exemplo, à segurança e saúde, o que favorece a ocorrência de acidentes de trabalho.

De acordo com Batista (2008) a segurança e higiene no ambiente de trabalho são fatores vitais para a prevenção de acidentes e defesa da saúde do empregado na indústria. Por esta questão, requer uma atenção contínua, principalmente, em relação a fatores ambientais, que incluem equipamentos, ferramentas, comportamentos e atitudes (QUELHAS; SILVA, 2015). De acordo com Santos Júnior (2015), as indústrias devem fornecer, por lei, condições seguras de proteção e prevenção à saúde e segurança no ambiente de trabalho. Visto que, conforme relata Batista (2008), os riscos no trabalho vêm sendo, cada vez mais, acentuados, pelo crescente processo tecnológico e assim, implantação de maquinaria e invenção de novos instrumentos. Falcão e Siqueira (2017) ressaltam que a segurança do trabalho constitui um componente essencial ao processo de produção, principalmente, para uma empresa que visa não só lucros e a redução de retrabalhos, como preservar seu patrimônio humano e material, de modo a garantir a satisfação de seus clientes por meio de padrões adequados de produtividades, baseados na qualidade de serviços.

Além disso, corresponde a uma obrigação legal para a empresa que possui um alto valor técnico, administrativo e econômico, capaz de promover benefícios significativos aos empregadores, empregados e a sociedade. Desta forma, objetivam controlar ações relativas à higiene, segurança e medicina no trabalho, uma vez que, solicitam medidas que possam prevenir riscos e, consequentemente, acidentes e doenças ocupacionais, orientando, também, os trabalhadores quanto a sua prevenção (BATISTA, 2008). Além disso, visa assessorar a organização (indústria) na prevenção ou solução de problemas voltados a esta área (NASCIMENTO, 2016). Compete ao CIPA, como complementa Batista (2008), oferecer de forma contínua, a melhoria das condições de trabalho dos empregados. Por serem pessoas ligadas aos trabalhadores e conhecerem os riscos inerentes à saúde laboral, possuem grande relevância técnica, tanto para os trabalhadores, quanto para o empregador (SANTOS JÚNIOR, 2015).

Constitui um rico instrumento para conservar os níveis de produção nas empresas (BATISTA, 2008). relata que na indústria metalúrgica, encontram-se processos de deformação plástica, soldadura, fundição e usinagem e, portanto, produção de manufaturados metálicos, o que torna este ramo vital para o desenvolvimento econômico e social do país. Entretanto, como relata o mesmo autor, o ambiente de trabalho encontrado na indústria metalúrgica possui, geralmente, condições precárias, que favorecem a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais. De acordo com Meireles e Pinto (2016) a indústria metalúrgica representa o terceiro setor mais perigoso do país, o qual é responsável por um grande número de acidentes ocupacionais, estando atrás apenas dos setores de Serviços (76.

acidentes/ano) e, da Indústria extrativa e da construção civil (46. acidentes/ano), uma vez que, as atividades de transformação de metais e de compósitos registram cerca de 44. Já o “risco de segurança”, ao contrário dos riscos ambientais que se propagam pelo ambiente, são estáticos e estão relacionados à inadequação do ambiente ao homem (GERMANO, 2010). Físicos Os riscos físicos estão associados a presença de ruídos, vibrações, pressões, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, umidade e temperatura. Podem ser observados de várias maneiras no ambiente de trabalho e são, normalmente, facilmente encontrados. Uma vez que, costumam estar presentes em maior grau na indústria metalúrgica, devido a frequente utilização de maquinários pesados (NASCIMENTO, 2016).

O ruído pode ser responsável por provocar danos ao sistema auditivo dos indivíduos e, consequentemente, interferir no equilíbrio bioquímico do organismo. Biológicos Os riscos biológicos estão associados a presença de microrganismos (vírus, bactérias, fungos, bacilos, parasitas e protozoários) no ambiente, na atividade, equipamento e/ou material, que o trabalhador tem contato. Podem vir a penetrar no corpo humano por via cutânea, digestiva ou respiratória, provocando o aparecimento de inúmeras doenças, especialmente, infecções (GERMANO, 2010). Além disso, a existência de trabalhadores doentes ou a má higienização do ambiente, é capaz de favorecer a sua existência e ser um risco direto a saúde, segurança e bem-estar dos operários. De modo a contribuir para o surgimento de doenças infecciosas, que tendem a impactar o ambiente (NASCIMENTO, 2016).

Químicos Nas atividades metalúrgicas, os trabalhadores ficam expostos a manipular inúmeros produtos químicos, que podem vir a promover danos físicos e afetar sua saúde e segurança (GERMANO, 2010). Estes fatores são responsáveis por gerar, em grande escala, fadiga muscular, estresse e problemas de coluna, assim como por favorecer o surgimento de doenças ocupacionais, capazes de comprometer parcial ou totalmente a capacidade do trabalhador (MACHADO, 2015). Mecânicos Os riscos mecânicos, também conhecidos como riscos de acidentes, constituem os agentes decorrentes de situações adversas no ambiente ou nos processos que envolvem arranjo físico, uso de máquinas, equipamentos e ferramentas, bem como as condições de circulação, organização e higiene (GERMANO, 2010). Estão inseridos neste grupo também o uso de máquinas e equipamentos sem proteção, a possibilidade de ocorrência de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado de materiais (SANTOS et al.

Machado (2015) cita alguns fatores de acidente, que constituem riscos para os trabalhadores, sendo estes: i) agente de lesão, que corresponde tudo aquilo que em contato com o indivíduo pode gerar um acidente; ii) condição insegura, como a presença de falhas físicas, iluminação e condições inadequadas; iii) ato inseguro, comportamento incorreto do trabalhador capaz de ocasionar um acidente, relacionado, geralmente, a preguiça, falta de atenção e preparo, improviso e estresse (SANTOS et al. ACIDENTES E DOENÇAS OCUPACIONAIS A exposição do trabalhador a diversos fatores de risco e o alto índice de irregularidade nos ciclos produtivos metalúrgicos são responsáveis por tornar o ambiente ocupacional precário, com grande potencial de ocorrência de acidentes (GERMANO, 2010). O que demonstra, cada vez mais, o precário cenário de segurança do trabalhador (BATISTA, 2008).

Já de acordo com Nascimento (2016) as causas de acidentes do trabalho são classificadas em: humanas, materiais e inesperadas. As causas humanas constituem as ações perigosas tomadas pelo próprio homem, que tem origem em fatores como incapacidade física ou mental, falta de conhecimento, formação ou experiência, e não cumprimento de normas. Enquanto que as causas materiais estão associadas a questões técnicas perigosas no ambiente, que refletem, em especial, defeitos de equipamentos. As causas inesperadas, ou também nomeadas com fortuitas, associam-se as fatalidades que incluem tanto fatores humanos, quanto técnicos. De modo que, os consumidores, fornecedores e revendedores, passaram a exigir a excelência de processos produtivos e/ou da execução de serviços (DUARTE, 2013). Neste contexto, o mercado se tornou um ambiente altamente competitivo, em que as organizações de inúmeros setores (comercial e/ou industrial) buscam estabelecer e implantar processos mais seguros e eficientes, tanto na fabricação de produtos, quanto na execução de atividades (PEIXOTO, 2012).

Este fato, prevê a revisão e análise dos ciclos produtivos, administrativos e financeiros, com a finalidade de identificar processos falhos ou pontos que possam ser melhorados, visando aumentar o desempenho organizacional e a proporcionar a melhoraria da imagem corporativa, que, consequentemente, objetiva atrair maior margem de lucro e conquista de clientes (PONTELO; CRUZ, 2011). O setor metalúrgico, não se diferencia destes, a engenharia mecânica estrutural (que lida com a fabricação e instalação de peças, pré-moldados, serviços de montagem, entre outros), segundo Beer (2015), representa uma modalidade empresarial importante para o desenvolvimento social e econômico do país. A segurança estrutural, bem como a uniformidade de peças (visual e não visual: resistência), são exigidas pela sociedade, seja pelas grandes indústrias construtoras, ou pela população, ao adquirir uma ou outra peça para sua residência.

E de acordo com a NR 6, os EPI’s devem ser selecionados de acordo com a atividade profissional do empregador, levando em consideração os tipos existentes, que como relata Cisz (2015), compreendem Proteção da Cabeça (Capacete, Capuz ou balaclava), Proteção dos Olhos e Face (Óculos, Protetor facial e Máscara de solda), Proteção Auditiva, Proteção Respiratória (Respirador purificador de ar não motorizado, motorizado, de adução de ar tipo linha de ar comprimido, de adução de ar tipo máscara autônoma e de Respirador de fuga), Proteção do Tronco (Vestimentas e Colete à prova de balas), Proteção dos Membros Superiores (Luvas, Creme protetor, Manga, Braçadeira e Dedeira), Proteção dos Membros Inferiores (Calçado, Meia, Perneira e Calça), Proteção do Corpo Inteiro (Macacão e Vestimenta de corpo inteiro) e Proteção contra Quedas com Diferença de Nível (Cinturão de segurança com dispositivo trava-queda e Cinturão de segurança com talabarte) (CISZ, p.

Os EPI’s para a proteção da cabeça visam garantir a segurança do trabalhador contra impactos de objetos sobre o crânio, enquanto que os equipamentos empregados na proteção dos olhos e da face, objetivam evitar impactos de partículas volantes. Os EPI’s voltados a proteção da respiração atuam como uma barreira contra poeiras, névoas e fumos. Já em relação a aqueles destinados a proteção do tronco, o equipamento permite a proteção do indivíduo contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica (BRASIL, 2010). Entretanto, segundo Meireles e Pinto (2016), estes equipamentos devem ser fornecidos ao funcionário quando for comprovada a ineficácia dos Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC, responsáveis por estabelecer proteção a coletividade na empresa.

Além disso, o EPI deve ser confortável e ser facilmente ajustável a anatomia do usuário, bem como especificado pelo Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) ou ainda pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) (SANTOS et al. Estes têm por função recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em uma determinada atividade e/ou local de trabalho (BRASIL, 2010). Ferreira (2012) ressalta que os trabalhadores devem ser submetidos a avaliações médicas com a finalidade de verificar a conveniência do uso do equipamento e receber orientação detalhada sobre como utilizar o EPI, em especial, dos eventuais problemas que seu uso pode acarretar e dos riscos que estão sujeitos caso não o usem.

Já segundo Santos et al. esta etapa compreende a identificação e avaliação da extensão dos riscos à saúde e bem-estar dos indivíduos no ambiente e/ou atividade de trabalho, de modo a determinar a frequência e o tempo de exposição dos que não usam proteção adequada, com a finalidade de escolher o EPI mais adequado. Uma vez que, a implantação de políticas e ações de segurança contribui para melhorar os níveis de avaliação do desempenho, de forma a favorecer o processo de evolução das organizações (FERREIRA, 2012). Quanto menor o número de acidentes, maior a produtividade na empresa, bem como a qualidade de seus produtos e serviços (TAKAHASHI, 2011). De acordo com Meireles e Pinto (2016), a implantação destes equipamentos promove, portanto, maior produtividade, redução de custos hospitalares e do número de licenças.

É possível notar, por meio das informações coletadas de Cardoso (2014) e Cisz (2015), que a implantação de EPI, se bem planejada e executada, possibilita benefícios sociais e econômicos as empresas, como o aumento da produtividade e qualidade, satisfação de funcionários, melhoria da imagem corporativa, respeito as legislações e a criação de um ambiente de trabalho mais higiênico e seguro, caracterizado por equipamentos em bom funcionamento, processos otimizados e, consequentemente, satisfação de clientes, que representa o principal foco das organizações. Além disso, permitem uma maior margem de lucro, uma vez que, segundo o trabalho de Duarte (2013), há um retorno de cerca de 3€ por cada 1€ gasto em EPI. Gestão da Saúde e Segurança do empregado no ambiente de trabalho: Estudo de Caso no Laboratório Teuto S/A.

f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia, Sociedade e Meio Ambiente). Unievangélica – Centro Universitário de Anápolis. Anápolis, 2008. Dissertação (Mestrado em Saúde Ocupacional). Universidade de Coimbra – Faculdade de Medicina. Coimbra, 2013. BRASIL. Lei n° 6. gov. br/images/Documentos/SST/NR/NR6. pdf>. Acesso em: 10 de maio de 2020. BORGER, F. Fundação educacional do Município de Assis. Assis, 2014. CISZ, C. R. Conscientização do uso de EPI’s quanto à segurança pessoal e coletiva. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Universidade do Porto – Faculdade de Engenharia. Porto, 2013. FALCÃO, A. R. Segurança no trabalho: uma visão geral. Cadernos de Graduação – Ciências Exatas e Tecnológica, v. n° 15, p. GERMANO, A. R. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre, 2002. GONÇALVES, S. Programa: Roda Viva / TV Cultura. São Paulo, 2001.     QUELHAS, L. G. SILVA, S. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho). Universidade Tecnológica Civil. Curitiba, 2015. MANTEIGA, G. Economia Brasileira em Perspectiva. D. PANDOLFO, A. MORO, L. D. BARBACOVI, N. Riscos ambientais causadores de acidentes de trabalho no setor produtivo de metalúrgicas em Presidente Médici. f. Artigo (Graduação em Administração). Universidade Federal de Rondônia. Rondônia, 2016. B. G. SILVA, T. C. F. p. SANTOS JÚNIOR, C. A. Sustentabilidade, Direito Ambiental e Meio Ambiente do Trabalho: Análise do meio ambiente do trabalho das indústrias de pesca de Santa Catarina. f.

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