Sociologia Rural

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

Mudanças Sociais. Relação Urbano e Rural. Abstract: his article aims to present the theme of rural sociology and how this theme is perpetuated in Brazilian society, through a deductive methodology for a bibliographical analysis of articles, contributed by Wanderley (2010), Nierdele (2015), Alem et. al (2015), Triches e Schneider (2015). Key-Words: Rural Sociology. apud WANDERLEY, 2010), a trajetória de mudança social da sociedade rural brasileira, pode ser considerado profundamente marcado pelo embate entre o denominado “antigo regime” e a “instauração de um novo padrão civilizatório na sociedade brasileira”. Contudo, vale mencionar que não há uma divisão concreta entre o antigo e o moderno, visto que para o autor (FERNANDES, 1963, apud WANDERLEY, 2010), ambos podem repercutir em diversas espécies de fusões e composições, visto que as transformações dependem de variáveis e ocorrem de forma lenta e paralelamente.

O antigo regime refere-se às forças sociais herdadas do sistema colonial, que externamente significa a dependência em relação ao capitalismo internacional, e internamente, possui uma reprodução por formas de dominação patrimonialistas e de relações arcaicas de produção dentro de um ambiente rural. FERNANDES, 1963, p. apud WANDERLEY, 2010) A mudança social ao longo dos anos, passou a eliminar o antigo regime, e buscou alcançar o “nível de integração da civilização fundada na ciência e na tecnologia científica (FERNANDES, 1963, p. apud WANDERLEY, 2010). Assim, os empresários rurais possuem uma posição de privilégio, pois são agentes imediatos de excedentes agrícolas para a sua reprodução social, face a sua condição econômica, sociocultural e política, enquanto outros trabalhadores agricultores ou pesqueiros, não conseguem participar desse mercado, instruindo muita das vezes sua própria família para o auxílio da produção.

Assim, a sociedade rural brasileira caminha para uma mudança social, conforme aduz Fernandes (1963, p. apud WANDERLEY, 2010) que se refere a “concentração demográfica, o crescimento econômico e a expansão tecnológica e democratização do poder”. Contudo, a democracia (do poder, da riqueza e da cultura), para o autor (FERNANDES, 1963, apud WANDERLEY, 2010), é o ponto mais importante para promover o crescimento econômico rural. Ainda, muitas condições de trabalho rural são consideradas degradantes e equiparadas a um trabalho forçado e escravo, sendo exploradas por grandes empresários agrícolas, conforme dados divulgados em 2005 pelo MDA/INCRA (2005, p. apud WANDERLEY, 2010) que indicou a possibilidade de existirem no Brasil, pelo menos 25 mil trabalhadores (as) rurais “vivendo em regime análogo ao trabalho escravo, em diversos estados do pais, com ênfase nos estados da Região Norte”.

Nos últimos anos, a riqueza advinda do agronegócio do açúcar e álcool vem sendo exposta nas vitrines dos agroshows, feiras realizadas em Ribeirão Preto com o intuito de revelar o Brasil moderno, avançado tecnologicamente e cuja agricultura é movida tão-somente por máquinas. No entanto, há uma outra realidade situada atrás do palco deste show. Um mundo invisível, escondido no meio dos canaviais e laranjais que compõem a gigantesca produção desta região: o trabalho e os trabalhadores. sendo estes uma inclusão produtiva que corresponde distintos referenciais de desenvolvimento. Assim, além da sociologia rural estudar sobre as mudanças socioeconômicas da sociedade rural, também pode-se destacar a percepção sobre a pertinência do desenvolvimento das suas categorias sociais, como a agricultura familiar, e a multiplicidade de produções, inclusive as pequenas, que servem de alimentos para muitas outras famílias.

A multiplicidade de produções, sendo estas alternativas de inclusão, conta com alimentos associados a modos tradicionais de produção, como coloniais e caipiras; sistemas étnicos-culturais, como quilombola, pomerano e indígena; origem reconhecida através de indicação geográfica; sistemas sustentáveis de manejo, ou seja, ecológicos e orgânicos; e formas sociais de produção, estes produtos da reforma agrária e da agricultura familiar. Essas produções migram da sociedade rural para o campo urbano, servido de alimento e nutrição para muitos indivíduos, que muitas das vezes não possuem uma consciência do processo de produção daquele alimento até chegar a sua mesa, ignorando as atividades desses trabalhadores. Sendo observado que a característica capital da produção agrícola, ultrapassa o seu território adentrando a urbanização, quando se trata de alimentos, que são considerados mercadorias.

BRASIL, MDA/INCRA. Plano MDA/INCRA para a Erradicação do Trabalho Escravo. Brasília, 2005, apud WANDERLEY, Maria de Nazareth B. A Sociologia do Mundo Rural e as Questões da Sociedade no Brasil Contemporâneo. Ruris, v. p. mar. FERNANDES, Florestan. A sociologia numa era de revolução social. São Paulo, Nacional, 1963. A Sociologia do Mundo Rural e as Questões da Sociedade no Brasil Contemporâneo. Ruris, v. n. p. mar. n. p. mar. SILVA, Maria Aparecida de Moraes. A morte ronda os canaviais paulistas, Reforma Agrária, Revista da ABRA, Campinas, v. Alimentação, Sistema Agroalimentar e os Consumidores: Novas Conexões para o Desenvolvimento Rural. Disponível em <http://dx. doi. org/10. Javeriana.

77 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download