TCC - COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE O MÉTODO DE ALVENARIA ESTRUTURAL E LIGHT STEEL FRAMING PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Para parâmetros de cálculo serão utilizadas tabelas SINAPI, CUB e orçamentos. Após o estudo notou-se que a construção da residência pelo método da alvenaria estrutural apresentou um custo maior comparado ao LSF. Palavras-chave: Alvenaria estrutural; Comparação de custos; Light Steel Frame. INTRODUÇÃO A indústria da construção civil, ao passar dos anos, têm melhorado os métodos construtivos com o objetivo de trazer melhorias e alavancar a qualidade de seus produtos e serviços, através de ações que buscam a redução de prazos e custos (BERR; FORMOSO, 2012). No Brasil, ainda é característico a construção mais tradicional, onde a qualidade da mesma está ligada diretamente ao material e mão de obra utilizada, sendo o método construtivo mais utilizado o concreto armado e a alvenaria (NUNES, 2017).

Objetivo Geral Comparar os custos entre o método de alvenaria estrutural e light steel framing para a construção de uma residência unifamiliar em CIDADE. Objetivos Específicos Têm-se como objetivos específicos: a) Comparar os custos de material entre os dois métodos; b) Demonstrar qual método será mais viável para a família; c) Demonstrar a diferença construtiva entre os dois métodos. REFERENCIAL TEÓRICO 2. Alvenaria Estrutural Para Camacho (2006), a alvenaria estrutural teve seu surgimento na Pré-História, se tornando um dos mais antigos sistemas de construção. Em meados do final do século XIX, a alvenaria foi um dos elementos de maior relevância na construção utilizado pelo homem. Após alguns apontamentos com relação a melhor opção de moradia, em questões referentes a custos e aspecto ambiental “conhecimentos da construção civil, e a associação de tais propostas demonstram total relevância” (AZEVEDO; COSTA; ROCHA, 2016).

A alvenaria estrutural, é toda a estrutura em si, sendo calculada por métodos racionais para suportar diversas cargas além do seu peso próprio, onde as paredes têm a função de substituir vigas e pilares com a função de resistir á todas as cargas s (ROMAN et al. De acordo com a NBR 16868, a alvenaria estrutural é composta por elementos que formam o sistema como um todo. Dentre esses elementos, a norma cita: blocos e tijolos, argamassa, graute e aço. Sendo que as especificações dos blocos de concreto precisam estar de acordo com o que diz na NBR 6136, os blocos cerâmicos devem seguir os padrões estabelecidos na NBR 15270-1. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS A alvenaria estrutural também pode ser dividida em quatro tipos: Alvenaria Estrutural Não Armada, Alvenaria Estrutural Armada, Alvenaria Estrutural Parcialmente Armada e Alvenaria Estrutural Protendida.

Segundo Cavalheiro (1999), a alvenaria estrutural não armada não possui armaduras ou não são colocadas para a finalidade construtiva ou de amarração e também não leva em sua estrutura o uso de graute, apenas vergas e contravergas. Na figura 2, um exemplo de como se posiciona a estrutura. Figura 2: Alvenaria estrutural não armada. Fonte: Comunidade da construção. Figura 4: Tipos e dimensões – blocos de concreto. Fonte: Vale do Selke. Os blocos de concreto e cerâmicos possuem normas para sua produção e aplicação, que são elas: NBR 15270-2 (ABNT, 2005) – Blocos Cerâmicos para Alvenaria Estrutural – e NBR 6136 (ABNT, 2016) – Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria Estrutural. A cada dia a qualidade dos blocos vem aumentando, o sistema tem demonstrado grande economia em relação ao revestimento das paredes, que passam a apresentar menores espessuras (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

A argamassa é o material responsável pela junção entre os blocos da alvenaria, normalmente sendo uma massa homogênea na qual é feita de areia, cimento e cal. Ainda de acordo com o autor citado acima, a armadura é sempre envolvida pelo graute e os aços utilizados na alvenaria estrutural são basicamente os mesmo que se usam no concreto armado, sendo que deve sempre seguir a NBR 7480/2007– Barras e Fios de Aço para Armaduras para Concreto. MÃO DE OBRA Para Cavalheiro (1999), as estruturas de concreto armado convencionais acabam exigindo mão de obra bem especializada: pedreiro, carpinteiro, eletricista, encanador, armador, apontador, além de servente e ajudante especial. Porém, na alvenaria estrutural, essa equipe pode ser mais reduzida, tendo em vista que as etapas de construção são realizadas em sincronia, onde com um treinamento simples, um mesmo operário consegue realizar várias funções.

REVESTIMENTO De acordo com a NBR 13529, o chapisco é uma camada base, aplicada para uniformizar a superfície e aperfeiçoar a aderência do revestimento, após essa camada têm-se o emboço, que é uma camada feita para cobrir o chapisco, onde proporciona essa superfície receber uma terceira camada, seja o reboco ou revestimento decorativo, já o reboco é uma camada de revestimento usada para cobrir o emboço, proporcionando uma superfície lisa que permite receber o revestimento final, como pintura, cerâmicas ou pastilhas. Existe grande economia em revestimentos devido a elevada precisão das dimensões das unidades da alvenaria estrutural, como exemplo, em alguns casos, não se faz necessária a aplicação de emboço e chapisco e podem ser eliminados sem causar danos ao que se refere a espessura do reboco.

De acordo com Santiago, Rodrigues e Oliveira (2010), a utilização do sistema citado, no Brasil, ainda é considerada inovadora e está em fase de aceitação do público, por ter começado a ser conhecido no país há poucos anos. Já em outros países como a Inglaterra, Canadá e Estados Unidos o mesmo já é utilizado desde a revolução Industrial, onde a indústria se desenvolveu e começou a conhecer o aço formado a frio, identificando a sua resistência e constatando o baixo peso (FIRMINO, 2019). CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA A estrutura do LSF, segundo a NBR 15253/2014, é o aço galvanizado, onde as colunas e vigas são obtidas de chapas de aço galvanizado por imersão de zinco ou liga de alumínio, conforme a NBR 7008:1, 7008:3 e 15578.

O processo de produção dos perfis mencionados consiste no corte de rolos de chapa de aço tiras de menor largura. A folha é então formada a frio na forma desejada dobrando ou rolando processos de formação. Figura 8: Tipos e denominações de perfis comerciais. Fonte: NBR 15253/2014, página 10. O revestimento interior das paredes exteriores, assim como o revestimento das paredes interiores, é realizado através de placas de gesso, que são presas por parafusos diretamente na estrutura de aço (MIRANDA, ZAMBONI, 2016). As paredes interiores do sistema LSF são painéis sanduíche revestidos com placas de gesso cartonado ambos os lados, e seu interior preenchido com material absorvente de som (BORBA; FILHO; 2018). O aço como material para construção tem um papel importante como componente de edifícios e estruturas, e é usado em uma ampla gama de aplicações.

Por fim, as construções modulares são habitações previamente fabricadas e diferente das outras duas formas anteriores, essas construções podem ser recebidas no canteiro de obras já com as instalações e revestimentos, bem como a parte de imobiliário, metais e louças, bancadas e tudo o que diz respeito a acabamentos já instalados (ZAMBONI, 2016). PAINÉIS Segundo Santiago (2012), os painéis no sistema LSF podem além de compor as paredes de uma edificação, podem funcionar também como o sistema estrutural da mesma. Esses painéis têm função estrutural, são autoportantes, ou seja, suportam o próprio peso quando compõem a estrutura, suportando as cargas da edificação, podendo ser tanto internos quanto externos. E são não estruturais quando funcionam apenas como fechamento externo ou como divisória interna, ou seja, não tendo função estrutural (BORBA; FILHO; 2018).

De acordo com Santiago (2012), os painéis estruturais estão sujeitos a cargas horizontais de vento ou de fenômenos naturais, assim como a cargas verticais praticadas por pisos, telhados e outros painéis. Sendo que, caso não se atinja esses parâmetros, toda a avaliação deverá ser realizada pelo segundo procedimento, que é o procedimento de simulação computacional, onde o mesmo avalia o desempenho térmico das unidades habitacionais através de modelos computacionais. Para Santiago (2012), o isolamento acústico segue o princípio de massa mola massa, onde o espaço entre a parede é preenchido com lã de vidro, elemento esse que absorve e reduz a transmissão do som entre as camadas da parede. Esse sistema faz com que as energias dos ruídos sejam transformadas em calor por meio do atrito.

Figura 10: Sistema massa mola massa. Fonte: Manual Prático Acústica. Quando utilizado de acordo com os programas de manutenção recomendados, estes revestimentos oferecerem proteção a longo prazo, resultando em menor impacto ambiental (PRUDÊNCIO, 2013). ORÇAMENTAÇÃO No mercado da construção civil, o valor de custo de uma obra é obtido através de uma orçamentação, onde o objetivo desse processo é permitir uma análise quantitativa de todo custo que será gerado em uma obra, independente da sua localização ou recursos. MATTOS, 2006). Para Tisaka (2004), custo é a soma dos gastos relacionados a execução da obra contemplando os insumos, serviços e infraestrutura utilizados. Já o preço é um valor que soma o custo mais o valor do BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) composto pelas despesas indiretas, os tributos e o lucro de uma obra.

O CUB (custo unitário básico) é um indicador de custos na construção civil, segundo a NBR 12721/2006, ele é o custo por metro quadrado de construção de um projeto considerado, sendo ainda calculado de acordo com as descrições estabelecidas no item 8. da norma citada, seguindo os parâmetros do artigo 54 da Lei nº 4. Quadro 1: CUB/m² em Santa Catarina. Fonte: Sinduscon. MATERIAIS E MÉTODOS Nesse item serão demonstradas as formas de como fazer orçamentação, visando o comparativo entre dois métodos construtivos. Nos anexos C ao G têm-se imagens da planta baixa, cortes e cobertura. A casa contará com uma área de 223,96 m². Quadro 2: Área a ser construída. Fonte: O autor, 2021. Com o levantamento de áreas, será possível gerar a quantidade de materiais que serão necessários para a construção da residência.

No quadro 4, segue os valores referenciados para o projeto-padrão R1-A. Quadro 4: Custos por m² residência unifamiliar de alto padrão R1-A. Fonte: Composição 2022 – Tabelas CUB/m² SINDUSCON/SC. Ao comparar os dois sistemas, será possível analisar financeiramente o que se torna mais viável para construção. Por meios de tabelas, consulta de mercado e fontes de informações será possível demonstrar esses dados e realizar tal comparação. Para valores orçamentários, segundo a SINAPI, segue os valores relacionados a alvenaria estrutural. Quadro 5: Custos SINAPI – Blocos de concreto. Fonte: Custos de composições – SINAPI/abril/2022. Para blocos de concreto os valores seriam, segundo SINAPI: • Blocos: 13. unid. Para argamassa será utilizado sacos de 50kg e se faz necessário 296 sacos, o valor da argamassa para assentamento da alvenaria está em média R$24,10 o saco, totalizando em R$7.

Tabela 3: Argamassa de assentamento. Fonte: O autor, 2022. Total da construção: R$177. Light Steel Framing Segue na tabela 4, os quantitativos de placas de gesso, tabela 5 os custos da mão de obra do montador, na tabela 6 têm-se os custos de mão de obra do servente, na tabela 7 têm-se os custos de perfis guias e na tabela 8 os custos de perfis montante. Fonte: O autor, 2022. O perfil montante, utilizado como citado anteriormente, para a estruturação vertical da residência, custa segundo o SINAPI, R$11,65, chegando a um valor total de R$ 7. Tabela 8: Custos perfil montante. Fonte: O autor, 2022. O que diz respeitos as placas cimenticias para a vedação externa da parede de gesso acartonado, ela tem uma área de cobertura de aproximadamente 2,88 m², as placas têm um valor de mercado um pouco elevado e as suas dimensões são 2,40x1,20m e 6mm de espessura.

O que diz respeito aos valores da construção com gesso acartonado, segundo o SINAPI: Quadro 7: Custos SINAPI: construção em LSF. Fonte: Custos de composições – SINAPI/abril/2022. Então os valores para a placa de gesso, perfis e mão de obra, segundo o SINAPI, chegou a um total de R$50. ainda será considerado os valores restantes de placas OSB, placas cimenticias e isolamento termo acústico. Quadro 8: Custos SINAPI: tábua OSB. Fonte: O autor, 2022. Com o gráfico 3, que se refere a tabela 12, percebe-se que o sistema LSF tem melhor viabilidade construtiva, tanto de acordo com o SINAPI, quanto com a média dos orçamentos regionais. A alvenaria estrutural para o LSF tem diferença de 4,52% com a tabela SINAPI e 6% para os valores regionais. Gráfico 3: valor final comparativo.

Fonte: O autor, 2022. Disponível em: http://www. comunidadedaconstrucao. com. br/sistemas-construtivos/1/projeto-estrutural/projeto/6/projeto-estrutural. html. Rio de Janeiro, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16868 - Alvenaria Estrutural Parte 1: Projeto. Rio de Janeiro, 2020. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Chapas e bobinas de aço revestidas com zinco ou com liga zinco-ferro pelo processo contínuo de imersão a quente. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14762 – Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio. Rio de Janeiro, 2010. BERR, L. R. FORMOSO, C. T. O método para a avaliação da qualidade de processos construtivos em ambientes habitacionais de interesse social. com. br/produtos/. Acesso em: 08/05/2022. BORBA, Felipe Lima; FILHO, Nilo Sérgio de Mesquita. ESTUDO COMPARATIVO DE ANÁLISE DE CUSTOS DE UMA RESIDÊNCIA UTILIZANDO O SISTEMA DE ALVENARIA ESTRUTURAL E O SISTEMA CONSTRUTIVO LIGHT STEEL FRAME PARA A REGIÃO DE ANÁPOLIS, TCC, Anápolis, 2018.

P. ALVENARIA ESTRUTURAL Tão antiga e tão atual. Disponível em: < http://www. ceramicapalmadeouro. com. Explicação de uma parede externa no Light Steel Framing, MEF Engenharia. Disponível em: https://mefengenharia. com. br/comparativo-entre-a-alvenaria-convencional-x-light-steel-framing/explicacao-de-uma-parede-externa-no-light-steel-f-r-a-m-i-n-g/. Acesso em 14/05/2022. INOCENTI, Rodrigo Sebastião Dejato. ESTUDO DO SISTEMA CONSTRUTIVO LIGHT STEEL FRAMING: UMA ABORDAGEM GERAL. TCC, São Paulo, 2018. Manual Prático Acústica. Blog Artesana, 2015. São Pulo: Editora Pini, 2006. MOLITERNO, Antonio. Caderno de projetos de telhados em estruturas de madeira. São Paulo, 2003. NUNES, K. asope. com. br/single-post/2017/12/05/alvenaria-estrutural. Acesso em: 07/05/2022. PEREIRA, Caio. Revista Perquirere, Minas Gerais, jul. PRUDÊNCIO, Marcus Vinícius M. V. Projeto e análise comparativa de custo de uma residência unifamiliar utilizando os sistemas construtivos convencional e Light Steel Framing. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Civil) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Conhecendo a argamassa. Porto Alegre: EDIPUC, 2008. ROCHEDO, Cristiano S. Estudo comparativo do dimensionamento de um edifício de alvenaria estrutural de oito pavimentos: empregando blocos cerâmicos e blocos de concreto. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Toledo, 2012. N. Construindo em alvenaria estrutural. Florianópolis: Editora da UFSC, 1999. SANTIAGO A. K. FREITAS, Arlene Maria S. M. CASTRO, Renata C. M de. Steel Framing: Arquitetura. TISAKA, Maçahico. Metodologia de Cálculo da Taxa do BDI e Custos Diretos para a Elaboração do Orçamento na Construção Civil. São Paulo: 2004, atualização 2009. ANEXOS Anexo A: Tabela 1 – propriedades da alvenaria. Fonte: NBR 16868, página 11. Fonte: O autor, 2021. Anexo H: local do lote Fonte: Coloque um terreno da sua cidade. Anexo I: Entrada do Residencial TAL Fonte: Coloque um loteamento/condomínio novo da sua cidade.

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