TDAH - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Palavras-chave: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, aprendizagem, ensino fundamental. ABSTRACT The objective of this work was to identify the strategies of the teacher to improve the performance of school learning in children diagnosed with Attention Deficit Disorder and Hyperactivity. The procedure used was the bibliographic research in a scientific database, such as Scielo. The results showed that although the medication is efficient to maintain the attention and concentration of the child, it is necessary that the teacher offers strategies in the classroom that arouse the attention of the student in the offered content. Key words: Attention Deficit Hyperactivity Disorder, learning, elementary school. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DSM – V (2014), o TDAH pode ser classificado por um padrão persistente de falta de atenção e/ou hiperatividade/impulsividade que causa prejuízos no desenvolvimento e funcionamento em mais de um ambiente.

É caracterizado pela falta de atenção que se manifesta com a ausência de persistência, divagação para realizar tarefas, desorganização, dificuldade de manter o foco, não sendo causado pela falta de compreensão ou como consequência de desafio. A hiperatividade caracteriza-se pela atividade motora exorbitante em situações inapropriadas, tais como batucar, mexer ou falar em excesso. A impulsividade diz respeito a ações súbitas, sem premeditação, sendo, portanto, de potencial risco para a pessoa. É possível que alguns indivíduos apresentem leves atrasos no desenvolvimento motor, linguístico ou social, no entanto, não são características específicas deste transtorno, embora costumem aparecer como comorbidade. Conforme Minayo (2001), a abordagem qualitativa preocupa-se com aspectos que não podem ser quantificados e que se baseiam nas dinâmicas das relações sociais.

Neste sentido, a abordagem qualitativa possibilita que o pesquisador se aprofunde no âmbito dos motivos e processos do fenômeno estudado e que não podem ser reduzidos à quantificação de variáveis. Para a elaboração deste trabalho foram consultados artigos publicados em bibliotecas eletrônicas de periódicos científicos, tais como SciELO, Pubmed, livros, e sites especializados no idioma português. A análise de critérios para a seleção de fontes de informações se baseou em seis critérios, a saber: consistência, período pesquisado, conteúdo temático, precisão, acessibilidade e confiabilidade. A consistência diz respeito a coerência com a qual o autor aborda o conteúdo estudado e se há as devidas referências às fontes pesquisadas. Neste sentido, cabe ao médico empregar doses individualizadas para cada paciente, haja visto que cada indivíduo reage de maneira distinta com a ingestão de medicamentos.

Conforme Rohde e Halpern (2004), o estimulante mais utilizado no Brasil como intervenção psicofarmacológica no tratamento do TDAH é o metilfenidato. Embora muitos profissionais sejam contra a medicalização, o tratamento psicofarmacológico, desde que utilizado de forma responsável e ética, pode contribuir consideravelmente para o tratamento deste transtorno. Contudo, o tratamento não deve se limitar ao uso de medicamentos, uma vez que ele irá agir apenas sobre os sintomas. Diante disto, faz-se necessário um tratamento multiprofissional, com vistas a proporcionar ao indivíduo melhor compreensão do que está acontecendo, para que ele consiga desenvolver estratégias que visam o enfrentamento da situação de uma forma menos danosa, uma vez que este transtorno abarca aspectos biológicos, sociais e afetivos. Por outro lado, o questionário dos professores do ensino fundamental tinha como escopo coletar dados sobre suas percepções sobre o TDAH, o número de alunos que tinham em sala de aula com o transtorno, como descreviam o transtorno e o comportamento dessas crianças, bem como qual o suporte oferecido pela escola para esta demanda.

Os resultados obtidos revelaram que de 8. alunos matriculados nas 17 escolas, 281 (3,24%) tinham o registro de TDAH em suas fichas. Deste número, 227 (80,8%) eram meninos, ao passo que 54 (19,2) eram meninas. Os resultados também apontaram que os professores indicaram 384 alunos como portadores deste transtorno, evidenciando a divergência com os 281 casos relatados das fichas de inscrição dos alunos. Os autores utilizaram a aplicação de um protocolo com provas de leitura de palavras reais e pseudopalavras, bem como de metalinguísticas. Os resultados podem ser observados na tabela abaixo: TABELA 2: Fonte: Cunha et al. Diante do exposto, é possível observar que houve diferença estatisticamente relevante entre os dois grupos. Assim, cabe investigar como a criança diagnosticada com TDAH aprende e quais as técnicas utilizadas para potencializar a aprendizagem. Conforme Seno (2010) o TDAH é considerado pelos educadores como um fator preocupante na fase escolar, visto se tratar de um período em que a criança inicia sua aprendizagem e, por isso, existe a necessidade de concentração e atenção sustentados.

A autora utilizou um questionário com perguntas sobre a relevância do conhecimento sobre este transtorno na atuação profissional. Os resultados indicaram que os professores não apresentam conhecimento suficiente do tema, no entanto, suas experiências viabilizam o levantamento de hipóteses e a adaptação de metodologia de ensino com o objetivo da inserção do aluno no ensino regular. Para corroborar com isto, citam o estudo de Coutinho et al. realizado em 2009, que resultou em dados que afirmam a necessidade de assistência profissional aos professores, tendo em vista que estes demonstram pouco conhecimento a respeito dos sintomas do TDAH. Assim, os autores sugerem a possibilidade de disponibilizar treinamentos aos professores, uma vez que este tipo de mediação apresentou resultados satisfatórios em outros países.

Neste sentido, o problema da aprendizagem dos alunos diagnosticados com TDAH pode ser agravado por outros fatores, tais como despreparo e sobrecarga do professor, bem como escola despreparada para lidar com o problema. Entretanto, segundo os autores, não cabe somente ao professor estar preparado para lidar com a criança com TDAH. Ressaltam a importância do tratamento médico aliado ao de um psicólogo e psicopedagogo que possibilitarão condições favoráveis para o desenvolvimento da criança em questão. Assim, um tratamento médico/psicoterápico adequados, aliado a preparação do professor, da escola e até mesmo dos familiares, podem promover um ambiente suficientemente receptivo e adequado para o sucesso da aprendizagem escolar. Conforme Silva (2009), o professor pode ajudar o aluno diagnosticado com TDAH sem prejudicar os demais alunos.

Além disso, as professoras receberam orientações de estimulação do aluno a manter mais diálogos com elas, com vistas a promover a troca de informações diante de dúvidas do aluno que apresentava dificuldades de elaboração verbal. Os resultados foram satisfatórios, uma vez que apresentou acentuada melhora nos comportamentos de desatenção, impulsividade, promovendo aprendizagem e estabelecimento de relações sociais. Américo, Kappel e Berleze (2016), o educador deve viabilizar um ambiente exploratório e lúdico para o aluno diagnosticado com TDAH, oferecendo um ensino centrado na criança com o objetivo de auxiliá-la em suas dificuldades. Segundo os autores, a criança com TDAH tende a estimar de forma excessiva suas habilidades, e, por isto, o professor deve manter-se atento durante toda a aula para guiar o aluno no melhor caminho da aprendizagem.

Citaram um estudo realizados em 37 escolas dos EUA que constatou que os pais tendem a confiar na escola como um ambiente que possibilita a redução dos problemas de seus filhos, o que acarreta na redução da busca por serviços de saúde mental. De acordo com Bonadio e Mori (2013), no período escolar, é solicitado da criança toda sua atenção e concentração para aprender e realizar tarefas que, a princípio, não provocam qualquer interesse, mas que são necessárias no processo de ensino e aprendizagem. No entanto, as chances de atrair a atenção do aluno aumentam consideravelmente quando o professor organiza didaticamente suas aulas. Neste sentido, as particularidades do educador, aliados ao conteúdo do material e a forma de exposição, podem contribuir grandemente para a aprendizagem de alunos com TDAH.

Assim, a exposição clara de um vasto material de conteúdo interessante e acessível ao aluno é um método que possibilita resultados satisfatórios na manipulação da concentração e atenção que a aprendizagem requer. Neste sentido, a maneira como o professor expõe o conteúdo é determinante para atrair ou desviar a atenção do aluno. Oferecer alternativas de avaliação de aprendizagem, tais como pesquisas de campo, trabalhos, apresentações orais, participação em discussões, etc; - Elaborar avaliações escritas sucintas e objetivas, sem pegadinhas, oferecendo, no final da avaliação, um tempo para o aluno rever as questões em busca de eventuais distrações, dando a oportunidade de correção antes da entrega da avaliação. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho possibilitou compreender o que é o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e como o professor pode contribuir com o processo de aprendizagem destes alunos.

Para isso, foi realizado uma pesquisa bibliográfica em bibliotecas virtuais de periódicos científicos, bem como a utilização de livros e sites especializados para enriquecer e compor o trabalho. O fenômeno aqui estudado, é demasiado complexo, uma vez que estudar seres humanos envolve aspectos culturais, sociais, familiares e individuais, nos quais os indivíduos são constituídos. No entanto, este estudo não exclui tais aspectos, mas, abarca-os como variáveis que colaboram na construção da aprendizagem escolar. AMÉRICO, C. D. P. KAPPEL, N. R. br/algumas-estrategias-pedagogicas-para-alunos-com-tdah/. Acesso em: 16 set. BONADIO, R. A. A. L. O. et al. Desempenho de escolares com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em tarefas metalinguísticas e de leitura.  Rev.   http://dx. doi. org/10. S1516-18462012005000003. DOMINGUES, L.

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