Uma análise sobre a destruição criativa na atualidade

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

Palavras-chave: Economia, Sociologia, Schumpeter, destruição criativa, capitalismo. Abstract The article in question aims to analyze what is the concept of creative destruction as thought by Joseph Schumpeter, its relation to the idea of ​​innovation, the ways it manifests itself and its implications for the capitalist economy and society as a whole. With that demonstrated, the article will seek to confront this concept with other derived ideas such as, for example, sustainable development. Keywords: Economy, Sociology, Schumpeter, creative destruction, capitalism. Introdução Uma das palavras mais utilizadas em palestras para empreendedores nos dias de hoje, sem dúvidas, é inovação. Esse fato é importante e essas transformações (guerras, revoluções e assim por diante) produzem frequentemente transformações industriais, embora não constituam seu móvel principal. Tampouco esse caráter evolutivo se deve a um aumento quase automático da população e do capital, nem às variações do sistema monetário, do qual se pode dizer exatamente o mesmo que se aplica ao processo capitalista.

O impulso fundamental que põe e mantém em funcionamento a máquina capitalista procede dos novos bens de consumo, dos novos métodos de produção ou transporte, dos novos mercados e das novas formas de organização industrial criadas pela empresa capitalista (SCHUMPETER, 1961, p. Nesse trecho, Schumpeter não apenas explica o caráter evolutivo do capitalismo, mas também aponta qual o fator determinante dessa evolução. Simplificando as palavras do autor, esse impulso fundamental pode ser definido como destruição criativa. Introduzir um novo produto ou serviço significa a criação de algo novo que desbanque alguma tecnologia já consolidada. Por exemplo, o caso dos CDs que substituíram os disquetes e depois foram substituídos por pendrives (NOGAMI, 2018); A introdução de um novo método de produção, por sua vez, é a mudança de uma cadeia produtiva de um setor.

Um exemplo conhecido de novo método de produção é o fordismo que possibilitou a produção em massa e a um baixo custo do modelo de carro Ford T (NOGAMI, 2018); já a abertura de um novo mercado se refere a uma inovação ou até mesmo criação de um novo mercado com agentes, regulamentações e oferta e demanda completamente novos. Os serviços fornecidos pela Uber é um exemplo de criação de novo mercado e que desbancou o tradicional e consolidado mercado de transportes (NOGAMI, 2018); O quarto item de exemplo de destruição criativa refere-se a conquista de uma nova fonte de matéria-prima ou de bens semimanufaturados. Como exemplo podemos citar a utilização de gema e de clara em pó para receitas industriais de padarias, confeitarias e grandes hotéis, além de reduzir os custos de produção, facilita a compra e a armazenagem, minimiza problemas vencimentos de produtos e aquisição de ovos estragados (NOGAMI, 2018); e por fim, o desenvolvimento de uma nova organização com um novo modelo de negócios é tida como uma inovação.

Mas, como salientaram Lélé(1991), Fergus e Rowney(2005) sobre o Relatório Brundtland2 de 1987, como aliar desenvolvimento com sustentabilidade? O paradoxo é levantado por Pedrozo, Winckler e da Silva (2014) fazendo referência a Cruz, Pedrozo e Estivalete (2006): Segundo os autores, num dos polos, existe a lógica econômica-financeira tradicional orientadora atual das estratégias das organizações focadas no mercado, nas necessidades dos consumidores e nos interesses dos proprietários e acionistas das organizações. No polo oposto, existe a possibilidade de orientar a estratégia das organizações por uma lógica sustentável olhando-se a organização como responsável pelos destinos do planeta terra, orientando sua estratégia primordialmente para decisões sociais e ambientais ou ecológicas, porém, com a preocupação de um equacionamento econômico para sua sobrevivência e enfrentamento dos riscos inerentes ao desenvolvimento de suas atividades.

PEDROZO, WINCKLER, da SILVA, 2014, p. Apesar dos autores supracitados dividirem em dois polos antagônicos duas lógicas distintas, a econômica-financeira e a de sustentabilidade, um modelo de desenvolvimento sustentável só pode ser implementado com a confluência destas duas lógicas, como esboçam Cruz, Pedrozo e Estivalete na seguinte imagem: Figura 1 – Etapas de transição de uma lógica econômico-financeira para uma lógica sustentável. Fonte: Cruz, Pedrozo, Estivalete (2006) Assim, de forma mais aguda podemos dizer que a transição de uma lógica econômico-financeira para uma lógica sustentável nada mais é que uma inovação, ou, em termos schumpeterianos, mais um ciclo da destruição criativa, pois reorganiza toda uma lógica de produção, de mercados e de obtenção de matéria-prima.

T & ROWNEY, J. I. A. Sustainable Development: Lost: Meaning and Opportunity? Journal of Business Ethics, 60, 17-27, 2005. LÉLÉ, S. Rio de Janeiro, 2014. SCHUMPETER, Joseph A. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Editado por George Allen e Unwin Ltd. traduzido por Ruy Jungmann.

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