Uma reflexão sobre educação

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Diante disso, faz-se necessário analisar perfil o docente da educação a distância, quais características este professor deve apresentar e quais práticas de ensino adotadas pelos docentes são capazes de despertar o interesse de aprender e de pesquisar. Para tanto, como suporte teórico desse estudo, serão consideradas as análises de Jacques Lacan e Sigmund Freud, além de outros autores. Embora muitas algumas citações não digam respeito à educação a distância diretamente, elas podem servir de auxílio à aplicação de tal método nessa modalidade de ensino. Por esse motivo, vê-se que, ao longo desse artigo, após ser considerado o que sugerem esses autores, é feita uma intervenção ou reflexão sobre como aquilo poderia ser aplicado no ensino a distância.

É objetivo desse estudo, dessa maneira, analisar o perfil do docente diante da educação a distância, destacando como algumas competências utilizadas por ele, como a comunicação e o domínio do conteúdo, podem contribuir para um despertar no aprendizado do aluno. Faz-se necessário que ele reformule e formule teses. O ensinante, nessa perspectiva, não é detentor do saber, mas precisa confrontar-se com a própria castração e se perceber como sujeito dividido, incompleto – o que aproxima mais da posição de analisante do que da posição de mestre. Paulo Freire considera que o educador não pode se negar, na sua prática docente, ao dever de reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua submissão. Com isso, na educação a distância, o educador é o responsável por estabelecer o reforço entre o senso investigativo e a autoaprendizagem do aluno, sendo, portanto, um mediador cuja importância se dá auxílio pela busca do conhecimento.

O autor reconhece ainda que a prática de ensino não esgota o assunto transmitido, mas oferece condições à pesquisa científica. Toda evolução nesse sentido choca-se com o poder dos editores de livros escolares, para quem os programas nocionais por séries garantem fabulosos mercados! Meios orientados para a formação de competências seriam de concepção mais difícil e mais cara, por serem menos repetitivos e exigirem de seus autores mais gênio do que compilação. Ao mesmo tempo, as tiragens seriam muito menores, porque com frequência bastaria um único exemplar por classe. Reinventar meios de ensino, em função de uma pedagogia das situações-problema e das competências, não é, em absoluto, evidente e entra em conflito com grandes interesses econômicos.

De maneira geral, a elaboração de novos programas desconsidera a inércia do sistema, gerada pelo modo de produção dos materiais escolares, dos espaços escolares, dos equipamentos e de outros meios de ensino. PERRENOUD, p. Para a autora, a comunicação representa mais do que isso, uma vez que ela pode ser considerada uma vertente mais produtiva ou mais receptiva. Assim, uma comunicação clara e coerente, na educação a distância, não é somente algo desejável, mas também necessária. A autora aponta ainda que é na criatividade e na originalidade de suas decisões que se manifestam a competência pedagógico-comunicativa do professor, além de seu saber pedagógico e suas atitudes educativas. Nesse sentido, essa competência faz com que os alunos sejam conduzidos ao caminho da aprendizagem.

Na educação a distância, em tese, há uma dificuldade em se adotar métodos inovadores, como atividades em grupo, dinâmicas, etc. Os programas de capacitação e treinamento não atingem as modalidades de gozo do professor e do aluno. Com relação às modalidades de gozo dos sujeitos há sempre algo que falha na educação, algo que não atinge o que deveria ser atingido. O ponto limite do sujeito. Para Morin, é complexo o desafio da educação diante da globalidade, uma vez que há diversos componentes que são indissociáveis da vida das pessoas, como o econômico, o político, o sociológico, o psicológico e o afetivo, sendo que eles formam um tecido interdependente, interativo e inter-retroativo entre as partes e o todo, o todo e as partes.

Considerando esse posicionamento do autor, as pessoas têm, a cada dia, o desafio de organizar o tempo para conseguir administrar as diversas áreas da vida. Para ele, ela ajuda a construir conhecimento e competência que poderiam ser vistos como impossíveis de ser desenvolvidas. Também reconhece que não é necessário que um professor se torne especialista em informática ou em programação, no entanto, isso não prescinde de que ele tenha ao menos conhecimento de informática básica, a fim de que saiba lidar com instrumentos. Deter o conhecimento do conteúdo é, sem dúvidas, fundamental para que o professor consiga transmitir a informação de maneira clara e coerente, uma vez que essa é a base para ensinar competências de aprendizado. Se o professor não souber trabalhar bem na sua disciplina ele não vai conseguir trabalhar com as competências transversais.

Por isso que a proposta da Finlândia não elimina as disciplinas, diz que as competências devem ser vistas em cada disciplina de uma forma diferente. Portanto, necessita de flexibilidade para lidar com situações imprevistas. Por fim, o professor de educação a distância precisa saber lidar com a institucionalização do conhecimento, algo que, em nosso entendimento, é muito difícil de ser feito, mesmo nas aulas presenciais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FAZENDA, Ivani (org). Didática e interdisciplinaridade. ed. p. dezembro/1994. PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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