URBANISMO E SUAS NUANCES NO MUNDO CAPITALISTA

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Arquitetura e urbanismo

Documento 1

A destarte das discussões propostas, o foco do trabalho é criticar a interferência do capital imobiliário e financeiro nas cidades, assim como as mudanças estruturais, e os prejuízos sociais e ambientais causados por esse tipo de empreendimento. INTRODUÇÃO No atual cenário global de regime econômico capitalista, as crescentes cidades, capitais e metrópoles aceleram cada vez mais seus processos de urbanização, tal processo transforma as cidades e suas estruturas, sendo o aumento populacional, a justificativa escolhida para a expansão do urbanismo. O problema que se apresenta com essa expansão, recai sobre as disfunções sociais que também surgem com esse processo, segundo ROGERS (2001), as cidades desenvolvidas são as que abrigam comunidades cuja as desigualdades e privações sociais são mais intensas, porém é nas cidades cuja a transformação urbana acontece de forma mais rápida, que tais comunidades estão expandindo.

A história do capitalismo está intrinsicamente ligada com as transformações históricas ocorridas nas cidades, afinal, é das cidades que as decisões são tomadas, influenciando fortemente as políticas e os processos de urbanização. E nesse sentido, ROGERS (2001), afirma que a cidade nos dias atuais é encarada encarnou a lógica do consumismo, transformando assim o desenvolvimento urbano como o único meio de atender as necessidades sociais. Se espelhar nos modelos de gerenciamento urbano e adotar as características de cidades que são inseridas como modelo no capitalismo, configura um convite aos investimentos de capitais privados. Um dos problemas causados pela adoção de modelos estruturais de outras cidades, é que se perde a capacidade de apreciar e desenvolver as características geográficas e culturais do lugar.

Nas regiões norte e nordeste do Brasil, mais precisamente nos grandes centros, os edifícios são espelhados, seguindo o modelo de obras europeizadas, vale ressaltar que o vidro retém calor, o que significa um maior uso de climatizadores, e consequentemente uma maior utilização dos recursos naturais, para o capitalismo esses detalhes são irrelevantes, pois a lógica do lucro está à frente do planejamento de cidades sustentáveis. Outro problema causado pela intervenção do capital financeiro nas cidades, é a exclusão social causada, e a negação do direito à cidade para os grupos sociais mais vulneráveis. Ermínia Maricato, advoga que o direito à cidade, está na democratização dos espaços, entretanto, estando as cidades sob o controle do capital financeiro, especulativo e nos setores privados de produção, é notável que o Estado está se distanciando progressivamente das discussões democráticas.

cada vez mais atenua-se as diferenças entre os grandes centros e das áreas que os circundam. O desenvolvimento só surge para aqueles que podem pagar, e que moram em espaços privilegiados, onde a saúde, educação, segurança chegam em melhor qualidade e curto espaço de tempo. Projetam-se estrategicamente as cidades e seus centros para que o capital financeiro se sinta atraído, transformam-se paisagens naturais e culturais para assentar a modernidade importada de outros continentes, sem levar em consideração a população que habita o local. Excluem-se os grupos sociais vulneráveis, pois “A pobreza, nessa concepção da cidade como um produto a ser vendido, é entendida como obstáculo que interfere negativamente na paisagem construída. BANDEIRA, 2010, pág 68), CONCLUSÃO A destarte do que foi apresentado, podemos concluir que o capitalismo e a especulação financeira alteraram e continua modificando as estruturas físicas e sociais das cidades, se apossando dos centros, onde estabelece a cultura do consumismo, e cria nichos de desenvolvimento que visem estritamente o lucro.

n. p. LENCIONI, Sandra. Metrópole e sua lógica capitalista atual face ao regime de acumulação patrimonial.  Mercator (Fortaleza), v.

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