Utilização de atividades lúdicas como recursos didáticos facilitador do ensino de matemática

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Matemática

Documento 1

Jaime Alves Barbosa Sobrinho Campina Grande - PB 12/2020 A meus filhos Gabriel e (não escolhi o nome) por entender minha ausência, a meu esposo pela paciência e incentivo nas horas difíceis e a meus pais e irmã pelas orações, para que eu pudesse alcançar meus objetivos. Agradecimentos Primeiramente a Deus que na sua infinita bondade sempre atendeu às minhas orações, mesmo com minhas falhas e me mostrou ser Aquele que está sempre ao nosso lado. A Universidade Federal de Campina Grande- UFCG que coordena o projeto; À Universidade Estácio de Sá - UNESA, que me proporcionou um ensino de qualidade e de forma profissional no decorrer da graduação; Ao Prof. Dr. Jaime Alves Barbosa Sobrinho, pelo empenho, dedicação e paciência dedicados à elaboração desse trabalho; Aos professores deste curso, pelos ensinamentos que levarei por toda a vida.

Ensino Fundamental. Atividades Lúdicas. Abstract This study aims to discuss the influence of playful games and other pedagogical practices applied to the teaching of Mathematics in a 6th grade class at a public school in the state of Paraíba. The research was carried out in two stages: bibliographic and field. The activities carried out were developed and applied based on official education documents, as well as academic studies by theorists who discuss the use of games as an alternative teaching methodology. Algarismos romanos construídos com palitos. Algarismos romanos construídos com palitos. Algarismos romanos construídos com palitos. Algarismos romanos construídos com palitos. Algarismos romanos construídos com palitos. Algarismos romanos construídos com palitos. Algarismos romanos construídos com palitos. Algarismos romanos construídos com palitos.

Algarismos romanos construídos com palitos. Relógio utilizado para trabalhar o ângulo formado entre os números Geoplano utilizado para formar figuras nas aulas de geometria. ENSINO FUNDAMENTAL NA PERSPECTIVA DOS DOCUMENTOS OFICIAIS DE EDUAÇÃO. METODOLOGIAS ALTERNATIVAS DE ENSINO. Os métodos de ensino. O ENSINO FUNDAMENTAL NA PERSPECTIVA DOS DOCUMENTOS OFICIAIS DE EDUCAÇÃO. Conceito de Jogo. Trabalhando números naturais com dinheiro de brinquedo Algarismos romanos com palitos. As quatro operações no ábaco. Trabalhos desenvolvidos no segundo bimestre. Trabalhos desenvolvidos no terceiro bimestre. Jogo Ganhos e Perdas. Observações feitas no segundo bimestre. Terceiro Bimestre. Quarto bimestre. CONSIDERAÇÕES FINAIS. REFERÊNCIAS. Contudo, o trabalho realizado focou apenas nas observações e interações feitas na turma do 6ºano. A escolha em trabalhar com esta turma se deu pelo fato da docente perceber maior necessidade de um trabalho diferenciado na mesma.

A supervisão pedagógica da escola, prontamente concordou com a escolha, visto que, segundo a pedagoga, a turma do sexto ano geralmente é a que sofre mais reclamações por parte dos professores. A motivação para a escolha do assunto e público-alvo, justifica-se ainda pela própria experiência da docente com turmas do 6ºano. Esta etapa, decorre de um período de transição da primeira para a segunda etapa do Ensino Fundamental, em que os alunos ainda estão apegados a ideia de atividades lúdicas. Tendo em vista esses pontos, este trabalho busca nos jogos, uma maneira de resgatar o interesse dos alunos nas aulas de Matemática. As dificuldades enfrentadas por alunos e professores durante a relação ensinoaprendizagem de matemática são inúmeras: salas superlotadas, alunos indisciplinados, com déficit de aprendizado, dentre outras.

De um lado, temos alunos que não conseguem lidar com os conteúdos de matemática, o que pode levá-los à reprovação, ou uma semi aprovação, na qual consegue-se cursar a próxima série do ano letivo, mesmo apresentando grande déficit de aprendizado. Por outro lado, o professor, que conhece e vive esta realidade, e tenta criar mecanismos para que os alunos alcancem resultados mais satisfatórios. As observações trazidas do cotidiano escolar, culminaram na visão que a educadora explicita neste trabalho, apontando para a necessidade e possibilidade de realização de trabalhos diferenciados em sala de aula, com o objetivo de se fazer cumprir o currículo da educação básica. LAKATOS; MARCONI, 1986) Durante a primeira parte do trabalho, de pesquisa bibliográfica foram definidos os conceitos mais importantes do trabalho com jogos, destacando-se as definições, os tipos de jogos, e trabalhos de teóricos da área, dentre outras informações relevantes sobre o assunto.

A segunda parte do trabalho, constituída de pesquisa de campo, foi dividida em algumas etapas. Primeiramente, foram pesquisados jogos lúdicos e didáticos, com os quais seria possível trabalhar Matemática no Ensino Fundamental II, em seguida, descreveu-se a respeito de cada um dos jogos escolhidos, explicitando-se suas regras e principais características. Capítulo 1. Introdução 14 Os jogos em questão foram trabalhados com turmas do 6ºano de uma escola pública localizada na cidade de Sumé, no estado da Paraíba. a Matemática contribui para o desenvolvimento de processos de pensamento e a aquisição de atitudes, cuja utilidade e alcance transcendem o âmbito da própria Matemática, podendo formar no aluno a capacidade de resolver problemas genuínos, gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.

BRASIL, 2001). Corroborando com o que diz a BNCC (2019), Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática do Ensino Fundamental BRASIL (1998), apontam ainda finalidades do ensino de Matemática visando a cidadania como objetivos do ensino fundamental, Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o caráter de jogo Capítulo 2. O ensino de matemática nos anos finais do ensino fundamental 16 intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espÌrito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas; Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico); Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretálas e avaliá-las criticamente; Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos,como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis; Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas; Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras reascurriculares;ï sentir-se seguro da prÛpria capacidade de construirconhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de soluções; interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções para problemas propostos,identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

O aprendizado de matemática, constitui-se como peça fundamental para a formação cidadã dos estudantes do Ensino Fundamental. Esta, por sua vez, reflete no desenvolvimento dos alunos em sala de aula. Nogueira (2006), com base na realidade vivenciada nos ciclos finais do Ensino Fundamental, realizou estudo em escola pública, em que verifica a relação dos estudantes com as reclamações docentes, buscando a compreensão dos sentimentos que perpassam a carreira docente em salas de aulas com o passar dos anos. Nesse sentido, Nogueira questiona quem são os alunos do ensino fundamental, e como eles se inserem cotidianamente no espaço escolar. Traz ainda uma indagação interessante: o que os mesmos buscam, se ao ser proposta uma atividade em sala de aula, poucos aderem ao trabalho proposto? "[.

Por que eles vêm para a escola todos os dias, sendo raros os casos de infrequência intencionada, se, ao propor uma atividade, poucos aderem ao trabalho por mim demandado? Em sala de aula, as relações de companheirismo se tornavam mais importantes que as funções primordiais atribuídas à escola e, por extensão, a mim. Esta falta de motivação pode ser justificada pela forma com que essa disciplina é apresentada aos alunos. A maioria dos professores utiliza unicamente o modelo tradicional de ensino, que é baseado em aulas expositivas como único recurso pedagógico, e isso pode tornar a matemática desinteressante para os alunos quando não conseguem aprendê-la. Cabe então ao professor buscar meios que facilitem o bom andamento da relação de ensino-aprendizagem.

ENSINO FUNDAMENTAL NA PERSPECTIVA DOS DOCUMENTOS OFICIAIS DE EDUAÇÃO Os anos finais do Ensino Fundamental, constituem-se de uma etapa na qual, segundo a Base Nacional Comum Curricular (2019, p. espera que, os alunos resolvam problemas com números naturais, inteiros e racionais, envolvendo as operações fundamentais, com seus diferentes significados, e utilizando estratégias diversas, com compreensão dos processos neles envolvidos. Percebe-se em sala de aula, que em algumas situações, o aluno é vencido pelo cansaço, ou seja, pelo fato de não estar compreendendo a explicação de determinado conteúdo. Quando lhe é proposto algum exercício, ou atividade com as quais ele já esteja habituado, não há por parte do mesmo, o interesse e foco para realizar a tarefa. Neste aspecto, os jogos podem auxiliar os alunos, pois servem para fazer com que os mesmos são capazes de vencer desafios, e com isso, é possível que o educando se concentre na atividade a ser desenvolvida.

METODOLOGIAS ALTERNATIVAS DE ENSINO A utilização de metodologias alternativas de ensino, surgem com o intuito de fazer com que os alunos aprendam o conteúdo de matemática, que por sua vez, poderá ser apresentado de forma mais interessante para os alunos. Em consequência disso, é necessário estabelecer metodologias compatíveis com a realidade dos mesmos. Nesse sentido, deve-se apresentar aos alunos situações reais do cotidiano, de preferência relacionadas à realidade do contexto em que os mesmos estão inseridos, onde é possível aplicar o conhecimento matemático em busca de soluções para os problemas propostos. A Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2019, p. afirma ainda que a resolução de problemas pode ser descrita como um processo de aprendizagem potencialmente rico para o desenvolvimento de competências fundamentais, tais como o raciocínio, a representação, a comunicação e a argumentação.

Através destas habilidades, espera-se que aluno compreenda a matemática que o cerca, através de conjecturas, formulação de problemas e argumentos matemáticos. Outra metodologia muito difundida, trazida pelos (BRASIL, 1998) é a Etnomatemática. BRASIL, 2001) O jogo é uma atividade lúdica que aguça a curiosidade de quem o joga. Por dar lugar à ludicidade, o processo de ensino-aprendizagem por parte dos jogos educativos, Capítulo 2. O ensino de matemática nos anos finais do ensino fundamental 21 pode ser prazeroso tanto para o aluno, quanto para o professor, que auxiliará os alunos a criarem caminhos que proporcionem soluções de vitória. Os jogos, com fins didático-pedagógicos, motivam o aluno a querer vencer, para isto, é necessário competir. Durante o processo de competição, cabe ao professor introduzir o ensino de Matemática por meio de técnicas inseridas dentro das atividades propostas aos alunos 22 3 O ensino fundamental na perspectiva dos documentos oficiais de educação Neste capítulo, discutiremos a importância dada aos jogos no processo de ensinoaprendizagem pelos documentos oficiais da Educação.

Além disso, os jogos ajudam a fixar conceitos, motivando os alunos, propiciando a interação entre colegas, desenvolvendo o senso criativo e crítico, estimulando o raciocínio, formulando novos conceitos, bem como proporcionando ao aluno condições para enfrentar situações novas e aplicar conhecimentos lógicos matemáticos. Conceito de Jogo Para compreendermos com mais cautela o assunto, veremos definições e características dos jogos. Caillois (2017) com palavras de Huizinga define jogo, como: Capítulo 3. O ensino fundamental na perspectiva dos documentos oficiais de educação 23 Uma ação livre, vivenciada como fictícia e situada fora da vida comum, capaz no entanto, de absorver totalmente o jogador; uma ação desprovida de qualquer interesse material ou de qualquer utilidade; que se realiza em um tempo e em um espaço expressamente circunscritos, desenrolando-se com ordem segundo regras dadas e produzindo na vida relações de grupo que voluntariamente se cercam de mistério ou acentuam pelo disfarce sua estranheza em relação ao mundo habitual.

CAILLOIS, 2017) A definição dada por Huizinga (1950) citada por (CAILLOIS, 2017), ressalta de forma genérica o conceito de jogar. Dado este contexto, surge então a possibilidade de fazer dos jogos uma ponte para a educação, de maneira que os mesmos sejam elaborados com vistas à questões de associar objetos lúdicos à relação ensinoaprendizagem de conteúdos. Piaget (2004) Em sua obra A formação do símbolo na criança traz diversas classificações de jogos. Após uma análise de conceitos e classificações, o mesmo realiza um condensamento de informações, e qualifica os jogos em três categorias, as quais ele classifica como jogos de exercício, jogos simbólicos e jogos com regras. Para Piaget (2004), tais classificações estão diretamente ligadas à fase cognitiva em que a criança se encontra.

Os Jogos de exercício simples Uma primeira classe é a dos jogos de exercício simples, isto é, aqueles que se limitam a reproduzir fielmente uma conduta adaptada. Na concepção de Piaget (1978, p. a regra é uma regularidade imposta pelo grupo, e de tal sorte que a sua violação representa uma falta. Um jogo sem direcionamentos de condução de sua realização, confunde-se com as classificações anteriormente citadas. PIAGET, 2004) explica que ao invés do símbolo, a regra supõe, necessariamente, relações sociais ou inter-individuais. É importante ressaltar que os jogos de regras, estão de acordo com uma das características definidas por Huazinga, de que as partes participam que participam de um jogo, o fazem por livre vontade. O ensino fundamental na perspectiva dos documentos oficiais de educação 26 deriva de criança e jogo infantil, diversão e também luta e concurso.

LEAL, 2014) Nesse contexto, o jogo era visto apenas como entretenimento, uma maneira que a sociedade utilizava para se desvencilhar das tarefas cotidianas. Analogamente, estes jogos podem ser vistos como uma reunião familiar com o objetivo de assistir a um jogo de futebol, em que equipes rivais se enfrentam. A partir daí, os jogos começaram a ganhar lugar de destaque na sociedade. Leal (2014) explica que, Da Idade Média à modernidade, vamos perceber desenvolvida uma noção de lúdico no seu sentido frívolo. Os jogos com fins didáticos inseridos no meio pedagógico apresentam-se como uma alternativa com grandes possibilidades de auxiliar docentes e alunos neste processo, especialmente no tocante aos conteúdos de Matemática, sendo esta uma das disciplinas com maior índice de retenção escolar na educação pública.

Através de uma breve análise, será compreendida esta transição do ensino puramente teórico para o ensino prático através de jogos. Capítulo 3. O ensino fundamental na perspectiva dos documentos oficiais de educação 27 Para garantir a eficiência dos jogos, Vankúš (2013), com base em estudos de outros teóricos, sugere que, • Os jogos didáticos devem ser integrados no currículo de matemática de maneira adequada, usando linguagem, materiais e símbolos consistentes. • A participação dos alunos deve ser ativa durante todo o jogo. O trabalho na instituição em que foram aplicados os jogos, foi inicialmente de caráter diagnóstico. As primeiras aulas foram de sondagem da turma, com o intuito de compreender o perfil da turma trabalhada.

Alguns dos jogos utilizados, constituem-se de ideias originais do próprio autor, outros, foram adaptadas de ideias retiradas de bibliografias de livros específicos para o Ensino Fundamental II e sites da internet. A confecção de alguns jogos se deu com o auxílio dos alunos, outros foram levados prontos para a escola, dessa maneira, foi possível maximizar o aproveitamento do tempo de cada atividade em sala de aula. Divisão do trabalho anual As atividades que deram origem a esta pesquisa, tiveram início no ano de 2019, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Paulo Roberto de Oliveira, o trabalho foi realizado pela pesquisadora enquanto professora regente das turmas de 6ºe de 9ºda instituição. O currículo da turma e os jogos trabalhados As atividades desenvolvidas com os alunos, levaram em consideração os conteúdos programáticos previstos a serem seguidos na turma em que a prática ocorreu.

Na concepção deste trabalho, os jogos se constituem em uma maneira de conciliar o método tradicional de ensino com práticas lúdicas direcionadas ao ensino de Matemática. Por isso, durante o período em que o projeto esteve vigente, as aulas foram intercaladas em momentos de explicação teórica, em que o professor pesquisador utilizou de quadro branco e pincel, dentre outros materiais auxiliares para ministrar as aulas, e os jogos lúdicos que acompanhavam uma explicação prática do conteúdo estudado. Em todas as semanas, foram utilizadas entre 1 e 3 atividades práticas. Intercalando estas, com as aulas teóricas. A Escola campo A Escola Estadual de Ensino Fundamental Padre Paulo Roberto de Oliveira, possuía uma estrutura física recém construída.

A instituição possuía (quantas as atividades foram aplicadas) salas bem iluminadas recém pintadas e bem arejadas. A escola recebia alunos do primeiro ao nono ano com uma turma de cada série. A estrutura pedagógica e corpo docente da instituição era formado por 10 professores, um docente para cada disciplina. Quanto aos alunos, haviam 4 turmas, com aproximadamente 110 alunos, tendo cada turma um número aproximado de 25 alunos. A ideia desta atividade, foi de conduzir os alunos a contextualizarem a presença dos números naturais no cotidiano através da ideia de compra e venda de produtos. Os ??) afirmam que a contextualização aparece como uma maneira de dar sentido ao conhecimento matemático na escola. Neste contexto, o aluno passará a produzir o conhecimento a partir dos elementos que vivencia.

Lidar com dinheiro é algo muito comum. Para trabalhar com esta atividade, o professor simulou em sala de aula um pequeno mercado, com alguns doces, balas e pirulitos. O aprendizado, de fato, se deu na realização de cálculos que cada aluno realizou para descobrir o quanto deveria receber de troco. Capítulo 4. USO DOS JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA 32 Figura 2 – Algarismos romanos construídos com palitos de picolé Material construído pela autora do projeto 4. Algarismos romanos com palitos Após uma aula teórica introdutória sobre Sistemas de Numeração no 6o. ano, o professor pesquisador levou para a sala palitos de picolé. Através do ábaco, espera-se que os alunos desenvolvam habilidades cognitivas, e uma melhora na concentração. O ábaco é uma ferramenta versátil existente em diversas versões.

As mais conhecidas são a versão chinesa, a russa e a japonesa. O instrumento é formato por diversas hastes. Cada haste contém dez circunferências. Na quarta aula em que o ábaco foi utilizado, o professor trabalhou a divisão e a subtração. Na última Capítulo 4. USO DOS JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA 34 Figura 3 – Ábaco didático Material construído pela autora do projeto aula utilizando o ábaco, o professor chamou os alunos um a um, e pediu que formassem números com o ábaco na frente da turma. Trabalhos desenvolvidos no segundo bimestre O primeiro conteúdo estudado no segundo bimestre tratou das figuras geométricas espaciais. Os jogos procuraram abordar os sólidos geométricos com enfoque no cubo, cone, pirâmide, e paralelepípedo, figuras muito presentes no cotidiano dos alunos.

Conteúdo: • Soma e subtração de números naturais A execução do jogo Divididos em grupos de 5, os alunos receberam uma quantia aleatória de grãos de feijões, bem como, o aparato o qual os mesmos ajudaram a construir. As expressões numéricas vão ser escritas pela quantidade de grãos de feijões que caem nas faixas. Este Capítulo 4. USO DOS JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA 36 jogo é apenas uma introdução para que o aluno possa compreender como são feitas as operações que relacionam positivo e negativo. Distribui-se o feijão para os alunos e os mesmos jogam os grãos sobre as faixas. O pesquisador, confeccionou e imprimiu as operações de acordo com o nível da turma.

Materiais: • Papel A4 • Tesoura • Operações e resultados digitados Conteúdo: • Frações • Soma de Números decimais • Porcentagem A execução do jogo Neste jogo, os alunos foram divididos em pequenos grupos de 3 alunos, cada trio recebeu 14 pares de cartas, de um total de 28 pares, cada par consistindo de uma pergunta matemática e uma resposta correspondente. As cartas foram dispostos sobre locais onde os alunos se sentiram confortáveis para jogarem, de forma que as mesmas, foram embaralhadas com a ajuda do professor-pesquisador. Os alunos de cada grupo foram dispostos em círculos ao redor das cartas e, antes de dar início ao jogo, os alunos tiveram a oportunidade de explorar as cartas, bem como, as operações contidas nelas. Decorrido o tempo, os cartões foram colocados com a frente voltada para baixo, ocultando seu conteúdo.

Ao girar os ponteiros, os mesmos indicarão dois números. Os mesmos, serão dois valores os quais o professor pesquisador utilizará para pedir que os alunos utilizem uma operação específica para operar os números. Para confeccionar o jogo, o docente pesquisador utilizou papel cartão nas cores amarela e azul, pincel marcador permanente, papelão, régua, compasso e cola. Execução da atividade Para a realização desta atividade, a turma foi divida em 5 grupos. O professor pesquisador confeccionou e distribuiu o jogo para as 5 equipes. A partir daí, joga-se no sentido anti-horário. Cada jogador deve tentar encaixar alguma peça sua nas peças que estão na extremidade do jogo, uma por vez. Quando um jogador consegue encaixar uma peça, a vez é passada para o próximo jogador.

Caso o jogador não tenha nenhuma peça que encaixe em qualquer lado, ele deve passar a vez, sem jogar peça nenhuma. A partida pode terminar em duas circunstâncias: quando um jogador consegue bater o jogo, ou quando o jogo fica trancado. USO DOS JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA 41 4. Blocos Lógicos Blocos Lógicos são conjuntos de pequenas peças geométricas divididas em quadrados, retângulos, triângulos e círculos e cuja finalidade é auxiliar na aprendizagem de crianças na educação infantil e educação básica, especialmente para o entendimento de geometria. Podem ser confeccionados em madeira, plástico ou cartolina com diferentes tamanhos, espessura e cores. Os blocos lógicos foram utilizados neste trabalho, como material complementar no ensino de figuras espaciais.

Trabalhos desenvolvidos no quarto bimestre No quarto bimestre os conteúdos trabalhados foram as medidas, de tempo, de comprimento, de massa e de volume. Execução da atividade O professor apresentou o aparato aos alunos, em seguida, falou sobre unidades de medida, e a necessidade das mesmas em nosso cotidiano. Após uma explanação inicial, o professor, com o uso do aparato, explicou aos alunos o significado do objeto criado. Após toda a explicação, o professor pediu a cada aluno que transformasse unidades em potências movendo os palitos. Para realizar esta atividade, o professor dividiu a turma em grupos de 5 alunos, e distribuiu para os mesmos, uma quantidade de números naturais e outros decimais. Bingo das operações Este jogo foi pensado para estudar os conteúdos de potenciação, radiciação e expressões numéricas para a turma do 6ž ano.

Visto que esta não dependerá simplesmente da capacidade cognitiva em realizar uma tarefa em um tempo previamente estipulado. Nesta atividade, existe uma sincronia entre todos os participantes O diferencial deste bingo em relação ao jogo de bingo tradicional, consiste no fato de que cada número sorteado pelo professor pesquisador, é falado em forma de potência, multiplicação, subtração, divisão, e transformação de unidades de medidas. Material: • Jogo de bingo; • Cartelas com números; • Grãos de feijões. Conteúdo: • Potenciação; • Radiciação; • Transformação de unidades de medidas. Execução da atividade Para realizar esta atividade, o professor organizou a turma com carteiras enfileiradas de maneira tradicional. Com base nos documentos educacionais, foi desenvolvido um planejamento anual para trabalhar com os alunos.

Para a realização do planejamento, foram levados em conta os quatro bimestres e os conteúdos previstos em cada um dos mesmos. A análise das atividades desenvolvidas, não se incumbe em quantificar erros e acertos, nem mesmo qualificar o nível de conhecimento dos alunos em relação ao conteúdo em estudo. Incumbe-se, no entanto, em perceber lacunas que podem ser preenchidas se dada a devida atenção às dificuldades dos alunos. Cada atividade desenvolvida e trabalhada com os alunos, foi associada a um ou mais conteúdos matemáticos a serem desenvolvidos durante cada bimestre. Nas primeiras semanas do primeiro bimestre, os alunos se mostraram tímidos em participar das aulas, no entanto, paralelamente inquietos. Apesar das tentativas iniciais de interação, os alunos ainda sentiam um clima de aulas puramente tradicionais, e de início não foi possível contar com a participação colaborativa de todos os alunos.

Alguns, demonstraram falta de interesse no estudo dos conteúdos, outros deixaram transparecer cansaço matinal e sonolência durante as aulas. A partir da segunda semana de aulas, sentiu-se a necessidade de mostrar aos alunos a importância da participação durante a aula, para isto, o docente levou consigo durante as primeiras aulas que tinha durante a semana, dinâmicas e brincadeiras iniciais pra despertar os alunos e ganhar a atenção e confiança dos mesmos. As primeiras atividades práticas As primeiras atividades trabalhadas com os alunos, trataram do aprendizado sobre o conjunto dos números naturais. Este trabalho, foi de fundamental importância para criar um ambiente confortável para professor e aluno, dessa maneira o as aulas de Matemática, eram aulas as quais os alunos esperavam ansiosamente, colaborando assim para o andamento das atividades que se sucederam.

Para trabalhar os números romanos, dentre outros sistemas de numeração, o uso de palitos de picolé foi uma forma encontrada de mostrar aos alunos maneiras diferentes de se trabalhar os conteúdos de Matemática. Alguns alunos não compreenderam muito bem o propósito da atividade, e questionaram o porque utilizarmos o sistema de numeração romano se já temos o sistema decimal. Nas palavras de um dos alunos: -Professora, porque existem duas formas de fazer os números? A pergunta surpreendeu a docente, e foi tema de uma discussão do porque ainda utilizarmos um sistema de numeração antigo. A pesquisadora, explicou de forma didática a existência de vários povos, vivendo em diferentes regiões, onde cada povo é responsável pela sua própria maneira de conversar.

A aplicação deste jogo trouxe diversos aprendizados para os alunos e também para que o professor conhecesse as habilidades e estratégias dos alunos. Algumas observações importantes foram realizadas. Alguns alunos demonstraram dúvidas em operações das mais básicas como por exemplo, os produtos da tabuada de 2, o que trazia certa vergonha para os mesmos, pois os colegas adversários olhavam com reprovação o fato do colega não saber realizar estas contas. Foi necessária uma intervenção por parte do pesquisador, que ressaltou que cada um tem suas dificuldades e estão em sala de aula para aprender, e por tanto não havia motivos para escarnecer da dificuldade do colega. Dessa forma, os colegas que estavam com vergonha de expor suas dificuldades, compreenderam que o importante é o aprendizado adquirido que levariam para a vida.

Augusto, 12 anos) A professora antes da senhora era muito brava, as vezes dava medo dela, porque ela gritava muito, mas a gente respeita a senhora. Maria Clara, 11 anos) Capítulo 5. Análises e discussões 51 Figura 14 – Algarismos romanos construídos com palitos Material construído pela autora do projeto No ano passado eu não era muito bom em matemática (. esse ano eu sou um dos líderes da sala. É bom competir e ganhar, e aprender também é muito bom. Esta consistia no uso de jujuba e palitos de dente. Através da união desses dois elementos, foi possível construir diversos sólidos geométricos, tais como o cubo, o paralelepípedo e a pirâmide na figura X abaixo, Esta atividade teve de perto o acompanhamento da docente e de outro educador, que foi convidado a participar e auxiliar na montagem das figuras, visto que o material pontiagudo dos palitos de dente requeria cuidado ao ser manuseado.

Foi possível trabalhar bem o conteúdo de faces, arestas e vértices desses sólidos. Para estudar os corpos redondos, inicialmente foram utilizados alguns objetos para exemplificar uma representação das figuras. Durante a explicação do conteúdo, a esfera foi representada por uma bola de futebol, para o cone, foi utilizado chapéu em formato de cone utilizado em festas infantis para o cilindro, foram utilizados alguns copos. Alguns alunos demonstraram plena capacidade de realizar todos os cálculos necessários, contudo, haviam confusões sobre os conceitos de Máximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Comum. Inicialmente, a fatoração foi apresentada como um conceito diferente de divisão, no decorrer da aplicação da atividade, o professor foi esclarecendo a questão da divisão como uma decomposição de fatores.

Assim, os alunos compreenderam os conceitos estudados anteriormente, e perceberam uma associação entre os conteúdos estudados. Constatou-se com a aplicação destes conteúdos que os jogos representam um grande diferencial ao tratar de conceitos matemáticos de forma lúdica. Figura 18 – Algarismos romanos construídos com palitos Material construído pela autora do projeto Capítulo 5. A atividade teve a mesma dinâmica explicada nas atividades do primeiro bimestre. Capítulo 5. Análises e discussões 56 Figura 20 – Algarismos romanos construídos com palitos Material construído pela autora do projeto A partir das observações iniciais, constatou-se algumas dificuldades dos alunos em compreender diferenças entre décimos e centésimos. Muitos confundem o número 0,5 como cinco centavos, quando na verdade, a representação certa seria 0,05.

A proposta da atividade realizada, focou em trabalhar os números decimais, contudo, percebeu-se a oportunidade estender aos alunos o conceito de centésimo. Análises e discussões 57 uso de revistas, tesoura e cola. Inicialmente, os alunos foram questionados sobre o significado geométrico dos conceitos de ponto, reta e plano. Foi realizada uma explanação inicial a respeito destes conceitos, considerando as posições relativas entre um objeto e outro. Posteriormente, foi pedido que os alunos identificassem objetos geométricos em revistas e jornais, recortassem e colassem no caderno. Apesar de simples, esta prática objetivou fazer com que os alunos reconhecessem objetos geométricos no espaço de forma Para dar prosseguimento ao planejamento, o Tangran foi outra das atividades aplicadas no segundo bimestre com o intuito de estudar a geometria.

Após a explanação inicial dos conteúdos, e explicação do mesmo pelo professor, os alunos foram apresentados à roleta da porcentagem mostrada na figura X. Nesta prática, o docente sorteia um número aleatório. O aluno gira a roleta, e em seguida, realiza o cálculo da porcentagem do número sorteado pela docente. Quarto bimestre O último bimestre do ano letivo, foi reservado para trabalhar com transformações de unidades de medidas. Dentro deste conteúdo, as medidas são separadas em comprimento, tempo, massa, volume e capacidade. Análises e discussões Figura 24 – Algarismos romanos construídos com palitos Material construído pela autora do projeto bolsas que representam unidades de medida. Considerações Finais Através do estudo realizado foi possível constatar a importância do uso de metodologias alternativas no ensino, mais especificamente, o uso de jogos didáticos e demais práticas lúdicas apresentadas.

Observou-se que a aplicação das atividades descritas nesta pesquisa favoreceram o desenvolvimento de habilidades essenciais de raciocínio lógico e rápida compreensão de conteúdos por parte dos alunos. O uso dos jogos didáticos em sala de aula tem o poder de transformar o cotidiano escolar em um espaço de ação e reflexão da prática docente. No primeiro mês de aula, período inicial de sondagem da turma, percebeu-se nos alunos, sintomas de cansaço e sono durante as aulas. Os jogos didáticos, são, sobretudo, ideais pedagógicos com o intuito de tornar as aulas mais dinâmicas e diversificadas, principalmente pela praticidade e flexibilidade dos mesmos mediante as condições presentes. Durante o ano letivo, os documentos oficiais de educação, foram de suma importância para que o trabalho ocorresse.

As orientações descritas nos mesmos, nortearam a escrita do projeto, e deram suporte para as alterações que se fizeram necessárias no decorrer das aplicações. É válido destacar ainda, que além dos documentos oficiais da educação no país, outros dois documentos, se fizeram necessários: O Projeto Político Pedagógico, e o Regimento Escolar Interno. Através destes documentos, foi possível conhecer a realidade do contexto social vivida pelos alunos, e desta forma, foi possível direcionar os exemplos práticos, e situações dentro do contexto dos alunos. John Wiley & Sons, 1971. Citado 2 vezes nas páginas 12 e 23. BNCC, M. da E. Base Nacional Comum Curricular. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 1996.

ISSN 1677-7042. Disponível em: <http://www. planalto. Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental Ciências da natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC,1998. Disponível em: <http://portal. mec. gov. Citado na página 11. CAILLOIS, R. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. S. l. asp? aid2=555&nomeArquivo=v12n1s1a05. pdf>. Acesso em: 08 jul 2020. Citado 2 vezes nas páginas 12 e 16. KUBO, O. MARCONI, M. d. A. Metodologia científica. In: Metodologia científica. Revista Entreideias: educação, cultura e sociedade, v. n. Citado 2 vezes nas páginas 25 e 26. MARQUES, M. d. Referências 64 NOGUEIRA, P. H. de Q. Identidade juvenil e identidade discente: processos de escolarização no terceiro ciclo da escola plural. p. L. Causas das dificuldades de aprendizagem em matemática: percepção de professores e estudantes do 3ž ano do ensino médio.

n. p. Disponível em: <https://periodicos. Livros Técnicos e Científicos, 2004. –227 p. Citado 4 vezes nas páginas 12, 23, 24 e 25. SANTANNA, A. NASCIMENTO, P. ZAGURY, T. O adolescente por ele mesmo: orientação para pais e educadores. S. l. Rio de Janeiro: Record.

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