VIABILIDADE ECONÔMICO FINANCEIRA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Finanças

Documento 1

Para Dolabela (2006), o empreendedor é um agente de mudanças, que ao visualizar uma oportunidade, inova, identifica e cria seus negócios. O empreendedor é um visionário, que inconformado, segundo o autor, faz descobertas que vão ajudá-lo ou a outros, e que vai trazer benefícios para a sua comunidade. Dentro da denominação de empreendedor, segundo Dolabela (2006, p. não está apenas a pessoa que abre uma empresa, mas podem ser empreendedores o funcionário público, o pesquisador, inclusive os agentes públicos, desde que suas ações sejam inovadoras e não apenas atividades de gestão. Segundo Disrich, Peters e Sheperd (2014), os negócios podem começar modestos e se tornarem algo em grande escala, pois nas mãos de um empreendedor, uma oportunidade pode se tornar algo muito lucrativo, porque “as oportunidades empreendedoras são situações nas quais novos bens, serviços, matéria-prima e métodos organizacionais podem ser introduzidos e vendidos por um valor acima do que seu custo de produção” (DISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014 p.

PROJETOS DE INVESTIMENTO  Entende-se por investimento, a aplicação de um determinado valor, por um certo período de tempo, em busca de benefícios e, objetivando aumentar o capital financeiro desta empresa. Conforme Bodie, Kane e Marcus (2013), os recursos são investidos na busca de benefícios futuros, ou seja, o investidor refuta usar os recursos disponíveis hoje para, vislumbrando uma oportunidade, optar por investi-los na incerteza e nos riscos de um retorno futuro. Segundo Lopes (2012), um projeto de investimento supõe investir para colher no futuro os benefícios da decisão presente. E para evitar riscos e otimizar os resultados, o plano deve ser acompanhado de análise financeira dos fluxos geridos, além de planos de investimento, e outros. Segundo Carneiro (2017, p. são levados em conta estudos a cerca do mercado em si, os clientes, os fornecedores, o posicionamento, as questões que impactam as decisões empresariais.

E dentre as técnicas utilizadas para o cálculo da viabilidade financeira de um projeto são usados o período de Payback, o Valor Presente Líquido (VPL), o Índice de Lucratividade (IL), a Taxa Interna de Retorno (TIR), Ponto de Equilíbrio (PE), dentre outras. No estudo da viabilidade financeira o objetivo é verificar a existência de equilíbrio financeiro pelos fluxos geridos em período futuro, utilizando o projetado do fluxo financeiro como ferramenta para demonstrar a capacidade de pagamento atual e futura das atividades do projeto. Conforme Pereira et al. o fluxo de caixa permite vislumbrar os movimentos futuros dos recursos financeiros da organização. Puccini (2011), diz que a correção monetária para esses tipos de financiamentos é calculada pela taxa de juros real. Ao realizar o pagamento das prestações nos seus períodos, os saldos devedores e os juros são corrigidos conforme a data do pagamento, tendo em conta o índice de correção monetária previamente estabelecido.

FLUXO E CENÁRIOS   A análise de cenários, segundo Neves et al. torna-se mais completa que uma análise de sensibilidade, pois permite analisar a interação de diversas variáveis independentes sobre o Valor Atual Líquido (VAL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR) (CARNEIRO, 2017, p. O investidor pode construir diversos cenários alterando os valores bases de cada variável. As despesas por sua vez, são relacionadas aos demais gastos não vinculados diretamente à produção de bens e serviços, mas sim a sua comercialização. Marques et al. comenta que o custo variável é aquele que depende do volume da produção, sendo maior quando a produção aumenta, enquanto que o custo fixo independe do volume de produção. Esta análise, segundo o autor, “leva em consideração o nível de atividade da empresa, ou seja, sua capacidade produtiva instalada, pois se esta aumentar, o custo fixo também vai aumentar” (MARQUES et al.

p. O fluxo de caixa serve como base para todos os métodos de análise de investimentos, e será gerado durante toda a vida útil do projeto. Nos fluxos de caixa são considerados os movimentos efetivos de recursos que têm reflexos financeiros sobre o caixa, excluindo-se, portanto, despesas de valor contábil, que não são pagos ou recebidos via caixa. Dentre os métodos de avaliação de investimentos, é possível citar o VPL que “pode ser interpretado como uma medida do valor presente da riqueza futura gerada pelo projeto” (PUCCINI, 2011, p. a TIR, que torna nulo o valor presente líquido do fluxo de caixa, e o Payback que determina o tempo para retorno dos recursos investidos no projeto, todos esses explicados logo adiante. Taxa mínima de atratividade – TMA A taxa mínima de atratividade, ou o custo de oportunidade, é definida por cada organização, e corresponde a taxa de retorno mínima aceitável nas decisões de investimento das empresas (PUCCINI, 2011).

Fluxo de caixa Segundo Dornelas (2005, p. o fluxo de caixa é a seleção das informações financeiras de entrada e saída do caixa da empresa num determinado período, podendo ser diário, semanal ou mensal, sendo considerado uma das maiores ferramentas na gestão de empreendimentos. Zdanowicz (2004), resume o fluxo de caixa como o somatório das entradas e dos desembolsos financeiros das organizações, num determinado período. Cecconello e Ajzental (2008, p. citam as principais informações para a criação de um fluxo de caixa: resultado operacional do período; gastos com amortização e depreciação no período, a geração de caixa, o investimento inicial para o empreendimento, e a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) do negócio. Ou seja, o método projeta a valor presente, os valores para o fluxo de caixa ainda não vistos, mediante uma série histórica, utilizando uma taxa de desconto que justifique o risco envolvido no investimento.

Valor presente líquido – VPL O VPL é um método de avaliação da viabilidade financeira de um empreendimento. Conforme Cecconello e Ajzental (2008), esta ferramenta tem por objetivo demonstrar para o investidor o ganho liquido após a amortização do investimento. O VPL representa o montante líquido que estará disponível para o investidor após um determinado período, após ter sido descontado a Taxa Mínima de Atratividade (TMA). A interpretação para este indicador é o de que quando for positivo, o investimento é viável, porém, se negativo, o investimento não é viável, pois os resultados do fluxo de caixa não cobrirão a TMA requerida (DORNELAS, 2001). Com vários fluxos de caixa de diferentes períodos, o uso do Excel se torna bem mais prático.

Assim, para calcular a TIR adiciona-se numa planilha todos os fluxos de caixa de um investimento, sendo que o valor inicial do investimento deve estar negativo e os demais retornos do fluxo de caixa, positivos. Seguindo o exemplo abaixo, após relacionar os resultados do fluxo de caixa de cada período, abrir uma linha em branco e digitar: “=TIR(B57:B62)”. O resultado será a TIR do investimento, conforme demonstrado no Quadro 2. Quadro 2 - Cálculo da TIR. CARNEIRO, Beatriz Pereira. Análise de projetos de investimento: elaboração de uma ferramenta otimizada de avaliação econômico-financeira. Relatório de Estágio apresentado ao Mestrado em Finanças Empresariais. Porto: 2017. P. CECCONELLO, Antônio R. AJZENTAL, Alberto. A construção do Plano de Negócio. São Paulo: Saraiva, 2008.

DICIONÁRIO FINANCEIRO. São Paulo: McGraw Hill. DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. ª ed. rev. São Paulo: Atlas, 2010. FAISSOL, Ricardo de A. L. Estudo do “valuation” a partir do modelo de fluxo de caixa descontado, assim como a implementação de uma ação estratégica: aplicação na organização “saraiva s. a. FREITAS, Ernani Cesar de; KRAI, Lucas Saldanha. Gestão organizacional em empresas familiares no Vale do Rio dos Sinos. Revista de Gestão, REGE , v. n. São Paulo: 2010. Depreciação dos bens tangíveis de um ente público: um estudo de caso em uma instituição de ensino superior. GϵCont, v. n. p. Disponível em: < http://www. Porto: FEUP Ediçoes, 2012. MARTINI, Luigi. Contabilidade Geral. Edição: 2013. Disponível em: <https://educacaocoletiva.

Porto Alegre: 2016, p. Disponível em: < https://seer. ufrgs. br/ConTexto/article/viewFile/50734/pdf>. Acesso em: 05 fev. São Paulo: Atlas, 2008. PARRINO, R. KIDWELL, D. Fundamentals of Corporate Finance. John Wiley & Sons, Inc. Departamento de Ciências da Administração. Florianópolis: UFSC; Brasília: CAPES: 2011. SCHROEDER, J. T. et. PACHECO, Luis; ALMEIDA, Emanuel F. Financiamento das pequenas e médias empresas: análise das empresas do distrito do Porto em Portugal. Rev. Adm. v.

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