O QUE AS ARTES MARCIAIS PODEM AJUDAR NA SOCIABILIZAÇÃO DA CRIANÇA NA ESCOLA

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Prof, Orientador RESUMO O presente estudo tem o intento de levantar questões a respeito das Artes Marciais e a sociabilização da criança, geralmente em idade escolar. A origem das Artes Marciais são milenares. E hoje, repercutem como modalidades de educação física extra escolar. Enquadrado em um molde curricular, a Arte Marcial é mais que isso. Ela traz benefícios e qualidade de vida ao aluno que escolhe educar-se sob suas diretrizes milenares. A Restauração de Meiji 13. Yasuhiro Konishi e a introdução do karate nas ilhas japonesas 14 CAPÍTULO 3 – A CRIANÇA SOCIAL E O ENSINO DAS ARTES MARCIAIS 22 3. Visão psicomotora na educação das artes marciais 22 3. Esportivização da Arte Marcial: a um passo do diagnóstico 24 CONSIDERAÇÕES FINAIS 31 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 32 1 CAPÍTULO: CONSIDERAÇÕES A RESPEITOS DAS ARTES MARCIAIS Shindo Jinen-ryu, foi descoberto em 1933 por Yasuhiro Konishi (1893-1983) e é profundamente introduzido em uma tradição rica da cultura japonesa do treino do guerreiro.

Para compreender a tradição e as filosofias de que este estilo de karatê representa, é necessário primeiramente visitar a origem do judô e seguir o trajeto histórico desde a origem das artes tradicionais. a 300 d. C. os povos pré-históricos do Japão sustentavam-se pela caça. A cultura agrária de subsistência começou em torno de 300 d. C. Essa aliança entre Japão e Coréia continuou até 663, quando Paekche foi derrotado e vencido pelas forças militares poderosas de Silla e pela dinastia da Tang na China. Entre Buda e Confúcio Embora Shinto fosse a religião cultuada pelos indígenas no Japão, desde 593 a. C. a Imperatriz Suiko declarou sua aceitação ao Budismo (que foi introduzido através da península coreana na metade do sexto século) e incentivou a construção de templos budistas.

Em 604, O Príncipe Shotoku promulgou o 17º. C. documenta um torneio de sumô travado na presença do Imperador Suijin em 23 a. C. durante o qual Nomi No Sukune derrotou Taima No Kehaya retrocedendo e quebrando reforços de Kehaya. Em 726 d. Até o 10º. Século. Os soldados japoneses eram, na maior parte, a baixa-aristocracia ou estavam em último escalão da hierarquia da corte. Seus empregados e outros civis eram treinados com armas e táticas de guerra. A preparação para ser um guerreiro consistiu no aparecimento de novos arqueiros hábeis, o que causou o nascimento de uma classe do guerreiro. Sua simplicidade e ênfase na autodisciplina e na meditação como meios de se alcançar a iluminação chamara atenção particularmente da classe dos guerreiros.

A seita budista Zen tinha o ideal de realçar o nível de autoconsciência para superar o medo da morte dando a força mental tão necessária aos guerreiros que tiveram que lutar batalhas constantes. Sob o Comando Maior do governo de Kamakura, muitos templos do budismo Zen foram construídos na área de Kamakura, e o budismo Zen se transformou em filosofia que guiava os guerreiros de Kamakura. Além de refinar suas habilidades de combate, os guerreiros de Kamakura preparavam-se para a proeficiência em caligrafia, em pintura, em poesia, na música e nas outras artes. As artes marciais do período de Kamakura eram habilidades de combate ásperas orientadas aos "bugei. Takuan escreveu em sua imutável sabedoria (uma série dos escritos a Munenori) que a mente no Mestre Zen é a mesma que a mente de um Mestre da Espada; “a mente despreocupada é de uma sabedoria imutável”; Munenori definiu sua arte como a espada que dá a vida e escreveu, em família, o livro do Mestre da Espada.

“Saber usar a espada é o segredo exclusivo dessa escola. ” Musashi Miyamoto também aceitou a filosofia Zen e o escreveu em seu livro, cujo título era “O Livro dos Cinco Anéis”, Então você começará a imaginar coisas sem sentido e estará absorto em um vazio e logo perceberá que o seu Caminho está vazio. O vácuo ("ku" ou "mu") é a essência dos ensinos da filosofia Zen. Os termos sabedoria imutável e sem-espada indica o esvaziamento da mente. Foi permitido mais tarde ao rei Shonei, capturado e feito refém em Satsuma10, retornar a Okinawa para governar as ilhas. O Satsuma manteve a independência relativa aos Okinawa para permitir o comércio estrangeiro com China e Coréia, que foi proibido no governo anterior de Tokugawa.

Essa independência terminou quando o governo de Meiji incorporou oficialmente Okinawa no território japonês in1879. A chegada do Comodoro Matthew Perry, em 1853, terminou o isolamento do Japão do resto do mundo. O Americano enviou relações diplomáticas e comerciais reabertas na diplomacia japonesa com o mundo ocidental e trazido sob o regime de Tokugawa, junto com 700 anos de tradição dos guerreiros. A maioria deles abandonou a prática de artes marciais completamente. Entretanto, como esportes ocidentais tais como o baseball, a ginástica, e a trilha no campo foram introduzidos, as artes marciais uma vez esquecidas, renasceram gradualmente como esportes nativo-japoneses. O Ministro da Educação aceitou o movimento para promover a instrução física entre a nação. Ambos Tesshu Yamaoka e Jigoro Kano abriram seus jogos em 1882.

Yamaoka Shunpukan devia ensinar o kendo e o Zen, enquanto Kano transformou o jiujitsu em judo e ensinou a arte em seu Kodokan. Coréia foi anexada formalmente ao Japão em 1910. Em 1914, Japão participou da I Guerra Mundial ao lado dos aliados. A série de vitórias na guerra promoveu o orgulho nacional e o governo de Meiji decidiu usar as artes marciais como ferramentas educacionais e físicas com o intuito de melhorar a saúde das crianças em fase escolar. Por trás dessa decisão, havia los mentores Tesshu Yamaoka e Jigoro Kano persistiam em expandir as modalidade marciais. Em 1895, o Dai Nippon Butoku-kai foi estabelecido o budô. Para essa demonstração, Funakoshi providenciou os uniformes brancos para ele mesmo e para o seu sócio, Shinkin Gima, um Okinawan nativo e um membro de Kodokan.

A demonstração foi atendida por cerca de 350 povos, incluindo repórteres de jornal e foi um sucesso enorme. Essa demonstração realizada por Funakoshi e por Gima marcou o início de um karatedo moderno, talvez uma nova modalidade do karate. Os artigos publicados nos jornais, durante a demonstração, apontaram o interesse do público na arte e geraram o número maciço dos pedidos para outras demonstrações e intruções aprofundadas do karate. Funakoshi propôs o seu retorno à Okinawa e começou a ensinar o karate em Meisei-juku, uma república de estudantes de Okinawa, em Tokyo. Sob a orientação de Ueshiba, Konishi desenvolveu uma série do kata de Taisabaki. O trabalho com os pés, o movimento do corpo e as aplicações ("bunkai12") do kata são baseados em princípios do karate e do Aikido.

Ryobu-kan era destinado a todo o budo-budo-ka reconhecido em Tokyo. Na recomendação de Danjo Yamaguchi de Morihei Ueshiba e de Shinto, Konishi nomeou seu estilo do karate-jutsu"-jutsu" de Jinen-ryu do Shindo do karate; em 1933 foi rebatizado como o "Shindo Jinen-ryu Karate-do. Shindo (endeusamento) era um prefixo comum para muitos estilos do kenjutsu. Após ter estudado Zen nesse templo, Funakoshi foi persuadido por seus estudantes em Keio a mudar o método do karate l (vazio ou vago) de acordo com a contextualização do Budismo Zen. A adaptação a partir da filosofia Zen, passou a significar que a arte de combate chinesa de Okinawan do karate transformara-se em um budo japonês. Karate-do" como fora nomeado. Konishi era o primeiro grupo dos estudantes que receberam a categoria de Dan de Gichin Funakoshi.

Entretanto, Konishi soube que se o karate tivesse de ser respeitado pela comunidade do budo, também o teve que ser pelo Dai Nippon Butoku-kai. Entretanto, o Butoku-kai (conhecido também como o "Tojo Butoku-kai") não obteve a sustentação de federações individuais do budo, e a expansão da guerra impossibilitou a manutenção de torneios e competições. Escapar das sanções econômicos dos EUS e estabelecer o domínio militar na Ásia e no Pacífico, conduz o atual governo do Japão, em dezembro 1941, a destruir a frota de ESTADOS UNIDOS no Pacífico. A guerra culminou com a explosão das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki excedentes em 1945. A rendição incondicional do Japão trouxe uma nova visão da Segunda Guerra Mundial.

A ocupação aliada foi comandada pelo general Douglas MacArthur, influenciado por uma série de reformas, incluindo o desarmamento das forças armadas, uma nova constituição, reformas de terra, o desmembramento do zaibatsu (plutocracia) além da mudança dos códigos legais. A espada e a mente desapareceram no vácuo, e o karatedo transformou-se em luta de mãos livres como o Kendo Hakudo previsto pelo mestre Nakayama. Konishi escreveu o seguinte poema que descreve o princípio de seu karate: O karatê não é para bater em ninguém Nem para se defender. É apenas para evitar confusão. Konishi era um dos maiores mestre do budo. Era também um homem de negócios bem sucedido, um educador e um ativista político. Face ao exposto pode-se dizer que tudo é originado na China.

Entretanto, a idéia do budo é original a Japão. A sua ênfase é diferente em artes chinesas. Nota-se que, por todos os meios, o bujutsu não é considerado arte. Tem apenas objetivos diferentes do que o budo. Jigoro Kano, fundador do judô, e de outros esportes ativamente promovidos no Japão, participasse do incentivo do Japão nas olimpíadas. Ver o judô comor um evento Olímpico infelizmente não foi privilégio do Dr. Kano que se afastou antes da inclusão do judô em 1960. O Dr. Kano era mentor de Sensei Funakoshi' Até sua morte, Sensei Funakoshi sempre removeu seu chapéu e curvou-se diante dele todas as vezes que passava na frente de Kodokan, ainda que estivesse de ônibus ou de trem. O que é bem-sucedido com os deficientes poderia se impor também às pessoas normais durante o período de estruturação do seu esquema corporal: a psicocinética, que toma o aspecto de uma educação psicomotora, quando se aproveita a crianças menores de doze anos pode ser considerada como uma forma eletiva da Arte Marcial nesta idade.

Bons exemplos de atividades físicas são aquelas de caráter recreativo, que patrocinam a consolidação de hábitos higiênicos, o desenvolvimento corporal e mental, a progresso da aptidão física, a sociabilização, a criatividade; tudo isso visando à formação da sua personalidade. De acordo com Barreto17, “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo”. Salienta- se que a educação da criança deve confirmar a relação por meio do movimento de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus interesses. Essa abordagem compõe o interesse da educação psicomotora. Bracht; 1999) A ideologia do corpo como demonstração de saúde ou virilidade e força denotando a sua inter-relação com a perspectiva patriótica que marcou as formas culturais da visão dessa prática.

Segundo Falzetta (1999) A ginástica esteve por muito tempo impregnada de uma ideologia nacional-patriótica18, tendo como símbolo máximo o esporte e os corpos sadios dos atletas na criação de uma visão de Estado forte. Portanto, a construção histórica do programa pedagógico da Educação Física foi fortemente influenciada pela ideologia de uma ação educativa mais centrada sobre o corpóreo do que com base no intelecto. Bracht; 1999) No processo de desenvolvimento a Arte Marcial no Brasil, tem-se uma visão tradicional que a classifica em quatro enfoques diferentes ou concepções que influenciaram profundamente os programas curriculares. Analisando as dimensões ideológicas de cada fase histórica certificam-se que o esporte passou a ter uma maior predominância a partir das visões militaristas vigentes de 1930 a 1945 e a durante a inserção das artes elas tiveram essa visão competitivista de 1964 a 1985.

Figueiredo; Teixeira, 2002). Assim compreende-se que a ideologia tem muitos campos para a sua fecundação em várias esferas da vida social, formando uma complexa tessitura que se manifesta e intervém na sociedade nas complexas funções que se incorporam à vida social. Segundo Figueiredo & Teixeira (2002, p. As ideologias aparecem desse modo como interpretações, transposições, representações refratadas ou invertidas da realidade (natural, histórico-social, “empírica”), extrapolando-se e se projetando sobre ela. Sendo adotadas por indivíduos e grupos, acabam por ser aceitas socialmente. Mas também as ideologias podem, inversamente, atuar segundo outros interesses contrários a tal sistema, servindo para a sua modificação, gradual ou não. A ruptura pode ocorrer em situação limite, mas, mesmo nessa alternativa, linhas de continuidade relativas a esse código poderão permanecer, enquanto haverá a predominância de outras com caráter de descontinuidade.

Chauí, 1993) A Ideologia no contexto teórico contemporâneo, sempre esteve atrelada à Educação, como instrumento do estado, como refletiu certamente Althusser (1985) avalia que tanto as escolas com os seus sistemas educacionais são aparelhos ideológicos que agem de forma a reproduz as ideologias dominantes. Portanto, na concepção do autor, a escola é o ambiente de reprodução de uma formação social que garante a reprodução das condições econômico-político-sociais no qual o referido processo de produção se desenvolve. Assim, compreende-se que o ambiente escolar é também um local de acepções de ideologia que elegem como sua principal função a orientação da ação política coletiva segundo um conjunto de idéias e valores que associaram muito a educação ao esporte.

A visão de esvaziamento vem à tona e não é possível senão responder em sua totalidade com a indiferença quando não se vêem colocar uma luz neste problema real. Dentro da perspectiva de mudança, somente uma análise uma sociologia relacional tal como propõe Bourdieu (2005), já que em face das heterogeneidades das idéias, das disputas de escolas, da diversidade de perspectivas, que podemos observar em toda a literatura sobre o tema. Diante dessa realidade vale buscar um ponto de equilíbrio entre teoria e prática fundamentadas não em novas unilateralidades, mas na realidade do ensino e na necessidade de formação dos educandos em uma visão global e includente. Assim, a visão linear torna-se uma simplicidade e, por fim, um reducionismo do uso do esporte e assim uma esportivização que levaria também aos impactos da competitividade e do afastamento do educando e não à sua inclusão social.

Glat; 1988), considerando-se que nos PCN’s o esporte escolar é colocado como recurso e fundamento da inclusão social. No entanto deverá estar pautada em um âmbito mais abrangente, enriquecida com a teoria e novos conhecimentos interdisciplinares. Nesse processo educativo, torna-se imprescindível a intervenção do professor junto aos alunos para que os mesmos se compreendam e tenham ganhos de aprendizagem e socialização que dependem da compatibilidade entre as necessidades educacionais e características de aprendizagem do educando com as habilidades do educador. CONSIDERAÇÕES FINAIS A criança com problemas de timidez pode passar pelo diagnóstico ao longo do processo de esportivização da arte. Os problemas relacionados à competência social são perturbadores para a criança que passa pelo repertório social da timidez. Prevenir e intervir é necessário, principalmente quando a criança estuda os próprios limites e aprende a enxergar os do próximos nas aulas de artes marciais A esportivização ao mesmo tempo que sugere uma prática de motivação passa a ser ferramenta de diagnóstico.

ed. Rio de Janeiro:Contraponto, 2005. BOURDIEU, P. O Poder Simbólico. ed. Metodologia do Ensino de Educação Física. ed. SãoPaulo: Cortez, 1993. FERREIRA DOS SANTOS, M. Teoria do Conhecimento: Gnoseologia e Criteriologia. Educação Física Progressista. ed. São Paulo: Loyola, 1989. MARINHO, I. P. São Paulo: Fulgor, 1967. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Educação Física. ed. Brasília: 1982 TEIXEIRA, A.

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