A INFLUÊNCIA DA TV SOBRE O CONSUMISMO FEMININO DA DÉCADA DE 50 ATÉ OS DIAS DE HOJE

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Fisioterapia

Documento 1

O desenvolvimento social parte das mudanças e captura modelos de comportamento e diferentes manifestações pontuais. Com isso, a reflexividade da vida moderna, as praticas inserem-se gradativamente em contextos distintos. Buscou-se neste trabalho inferir as mudanças que a TV influencia no consumo e no mercado feminino de forma a impactar novos estereótipos de consumo em épocas distintas. Para tanto foi necessários abordar conceitos de marketing e teoria de comunicação para que se relevasse a importância do impacto da propaganda no universo feminino. A justificativa presentifica-se pela forma como o gênero feminino adotou o próprio estilo e consumo ao longo dos anos e como consumir virou sinônimo de reafirmar-se e esse processo é contínuo pela história cultural e desenvolvimento social. O capítulo 2 traça o perfil de comportamento do consumidor, perfis sociais, culturais e familiar.

Mostra fatores que influenciam à compra, na decisão de compra, esse processo de compra começa quando o comprador reconhece um problema ou necessidade ele atende a buscar mais informações através de fontes pessoais, comerciais, públicas e experimentais. Foram utilizados conceitos de marketing para que se tivesse o respaldo na explanação a respeito do comportamento do consumidor. O capítulo 3 traça análises de comportamentos femininos das épocas não só sociais mas também através da propaganda que foram a base da mudança comportamental e social da mulher. Pois foram influenciadores na opinião e na conduta feminina em várias décadas. Dentro desses limites históricos, pensa-se na prática da propaganda dentro da sociedade em que ela se presentifica e em que sistema econômico ela se insere.

A propaganda para a mulher em uma sociedade norte-americana tem reflexos de impacto maiores do que na socidade africana, onde as intervenções culturais são mais intensificadas e mais reafirmativas. Esses sim, para quem viveu foram os anos dourados, sem Aids, sem medo de engravidar e como diziam “sem lenço e nem documento”. A revolução da mulher inicia-se nessa época, pois a mulher tem uma reviravolta com a invenção da pílula anticoncepcional, ela passa a ter uma certa independência e controle da sua vida, mas nada que saísse de sua residência ou um comercial direcionado somente as suas vontades. Logo, percebe-se que a sociedade está plenamente vinculada à prática publicitária e a forma como a lógica desse meio social está marcado historicamente e culturamente.

O Caminho das Índias encontra no Brasil o porto seguro para a cultura importada e mesclada com as nossas origens. A profissionalização publicitária conta com o investimento da importação. Para que se produza, reproduza, venda e consuma, há uma gerência do capital que determina as vias e tendências na economia de uma respectiva sociedade. De acordo com Arruda (1985) a industrialização restringe a publicidade de agência. E esse fenômeno dá-se a partir da de 1950, marco para o este estudo, quando fala-se de uma publicidade empresarial. O mercado publicitário aquece as vendas direcionadas aos seus próprios desejos, não aqueles em que os esposos ou seus pais definiam à elas. Na décaca de 90 as mulheres brasileiras continuaram a seguir uma forte tendência mundial, fortaleceram o seu espaço no mercado de trabalho por consequência aumentando seu papel no comando das famílias, sendo a maioria na população viu seu poder aquisitivo aumentar devido à aplicação e investimento educacional, com isso elas puderam reduzir a defasagem salarial existente em relação aos homens.

A publicidade como toda a globalização enxerga a necessidade do direcionamento de campanhas somente a elas, mostrando mulheres que são não só mães ou esposas, mas mulheres de luta, que trabalham, são independentes e que podem sim ter seu espaço lado a lado com os homens. As campanhas passam a mostrar a mulher independente que pode fazer o que bem entender, ficar com quem quiser e ter o domínio total de sua vida amorosa e financeira. Na década atual a mulher aparenta querer abraçar o mundo, com grandes conquistas cobrando a perfeição em tudo que se faz, quer que esteja sempre arrumada mesmo em casa, que tudo esteja em perfeita ordem e harmonia. A partir de 1980, a propaganda assume novos contornos pela renovação do processo industrial no Brasil.

Para Arruda (1985) essa nova industrialização aparece com o fordismo, modelos de produção em massa. Essa massificação concretizou-se pela consolidação do mercado publicitário. O advento de eletrônicos, o aumento do consumo, os movimentos feministas. Para seguir ao próximo capítulo, busca-se uma definição teorica de propaganda. Essas necessidades dão uma particularidade em dois tipos que são; as necessidades básicas e as necessidades sociais. As básicas são aquelas essenciais para sobreviver; alimentos, roupas e segurança, já as socias são aquelas que você as quer para ter um status social ou para fazer parte de um certo grupo. Os desejos são ilimitados, mas os resursos são limitados, esse limite que tende a fazer escolhas de compra. Então a escolha por um certo produto tem como influência a certeza de que esta trará o máximo de valor e satisfação pelo dinheiro gasto.

Um produto é qualquer coisa que possa ser oferecida ao mercado para satisfazer uma necessidade ou um desejo. O mercado consiste em vários tipos de clientes produtos e necessidades, e a tarefa do profissional de marketing é determinar segmentos para que sua empresa tenha as melhores chances para alcançar seus objetivos. Segundo Kotler e Gary (1997), O processo de dividir um mercado em grupos distintos de compradores com necessidades, características e comportamentos diferentes, que podem requerer produtos ou compostos de marketing distintos, é chamado segmentação de mercado. Todo mercado é composto de segmentos, mas nem todas as formas de segmentar o mercado são igualmente úteis. Por exemplo o Tylenol ganharia pouco distinguindo os usuários de analgésicos em homens e mulheres, pois ambos respondem a mesma maneira de estímulo ao marketing.

KOTLER, GARY,1997, p. Segundo William J. Stanton, Walker e Etzel (2001), o número de mulheres (casadas ou solteiras) que trabalham fora continua a crescer. Cerca de ¾ das mulheres entre 20 e 30 anos e aproximadamente metade das mulheres que têm filhos com menos de 6 anos de idade estão trabalhando fora. Até o ano 2000, o mesmo ocorreu com mais de 60% das mulheres com idade acima dos 16 anos. Esse fato é significativo para os comerciantes porque o estilo de vida e o comportamento de compra das mulheres que fazem parte da força de trabalho são bastente diferentes daqueles apresentados pelas donas-de-casa. Aristóteles procurou demonstrar o fluxo da comunicação, e com grande importância para seus estudos foi o discurso. Já por volta de 1948, segundo o livro de Bairon e Perez (2002), Harold Lasswell, propôs um modelo de comunicação que apresentava progressos em relação ao de Aristóteles.

Ele incorporou novos elementos em que passaram a se chamar “zonas” processo comunicativo, permitindo a análise da interação dinâmica entre todos os elementos do processo: Quem =» Diz o que =» Em que canal =» A quem =» Com que efeitos. A grande transformação observada nesse modelo foi a preocupação com os efeitos que causavam qualquer tipo de comunicação. Apesar das evoluções da comunicação, em todos os modelos observamos a presença constante de alguns elementos. • Mensagem: Traduz a idéia em seu conteúdo e que pode ser passada de inúmeras formas utilizando-se de variadas opções de canais. • Ruído: É tudo o que codifica, distorce ou atrapalha fluir da mensagem, em qualquer fase do processo comunicativo. As mensagens pedem código para que possam fluir, segundo Bairon e Perez (2002), código é um sistema para a utilização de signos e está pautado em normas e convenções trocadas e compartilhadas por aqueles que o utilizam.

Exemplo: código morse, o código de trânsito, a língua portuguesa, etc. A mulher e o consumo A mulher projeta a sua identidade no consumo, enquanto processo reflexo público da sua comodidade, praticidade, aceitação, educação e realização profissional. Então, elementos de auto-afirmação feminina constituem um desdecho da mulher satisfeita com a sua postura de luta e resistência ao longo dos anos. LARRAIN, 2003). A proposta de estabelecer a identidade da mulher no reflexo do seu consumo traduz as mudanças sócio-culturais que, outrora, representavam um modelo patriarcal no que tange a publicidade. Para gerar os próprios estereótipos femininos voltados para o consumo, as mudanças propõem um reforço ao exteriorizar a intimidade da mulher, o enfoque do seu papel público e privado.

Um exemplo é o impacto das propagandas que acentuam o uso de absorventes e remédios para minorizar os sintomas do ciclo menstrual, antes motivo de estagnaçao e prostraçao da mulher em suas atividades. “O estereótipo representa, portanto, a forma de expressão da publicidade no seu esforço de produzir uma imagem do consumidor sucestível a uma resposta a suas esperanças de satisfazer as suas necessidades e impulsioná-lo à compra. Constitui, por outro lado, o sistema de referência normal do consumidor e a situação social, que permite julgar a imagem pelo que o grupo social sugere e valoriza em resposta às suas necessidades. CATDET Y CATHELAT, 1971, p. Portanto, a partir de uma identidade coletiva que legitima e projeta o caso do estereótipo se propõem uma imagem, um modelo idealizado do consumidor de uma classe de produto ou de marca.

Frente a uma nova atitude de comportamento define-se uma nova mulher de acordo com o ritmo diferenciado das sociedades em países que consideram os seus fatores históricos e sócio culturais como meios de comunicação. A propaganda era na maioria das vezes seguindo o parâmetro do rádio, com mulheres sedutoras, bem vestidas, requintadas e com a voz sedutora. Passavam como em um musical a venda do produto, as mulheres sempre como referência de beleza e sedução. Como no comercial da coca-cola, na década de 50, usando três cantoras para vender o produto. Não era totalmente direcionado à mulher pois elas não tinham espaço para uma publicidade de fato à elas, a mulher era usada para sedução, charme e glamour. O que se impunha na época era o charme e o sonho de todas as mães de assitirem sua filha ser miss, o concurso de miss universo era uma comoção que parava os lares de todo o mundo para assistir as mais belas do planeta.

As campanhas começam então a ser direcionadas às mulheres, com os movimentos feministas, elas lutam pela a igualdade e direitos antes impostos somente aos homens. As suas manifestações começam a dar resultados a liberdade de expressão começa a ser visto, pelo seu modo de agir e se vestir. O comercial da Raleigh um cigarro espanhol da época evidencia isto, mulheres em um salão de beleza compartilhando cigarros, um ato que era exclusivamente dos homens. O cigarro passa a ser algo visto como sensual e utilizado muito em filmes da época, influenciando vários jovens a fumar, um modo de expressar uma liberdade. Já na campanha da Bozzano, colocam mulheres para testar uma nova fragância destinada aos homens, mulheres relatando depoimentos sobre o cheiro do produto comparando-o à uma colônia francesa.

Nos anos 80 surgiu no país uma consciência mais ampla sobre a discriminação das mulheres. Aumenta o número de organizações que se identificavam como mulheres e buscavam expandir seus horizontes na participação social. Os grandes centros urbanos tinham maior desenvolvimento dessas organizações por fazerem parte de uma sociedade mais evoluída e com mais acessos às informações dirigidas à sexualidade. Elas denunciavam e combatiam a violência contra a mulher, e enfrentavam de forma mais ampla as contradições sobre o seu papel na sociedade. A propaganda direciona mais a libertade que elas tanto buscam, como o comercial do meu primeiro sutiã. A mulher deve se entrosar melhor nos movimentos políticos que se dizem respeito às questões direcionadas à ela, pois têm que ser vista como um ser humano, não um ser inferior, isto é, como um objeto sexual, tê- la como parte de uma conquista, uma companheira, não uma empregada ou escrava.

Essa luta é velha mais precisa de maior participação, para que não haja mais diferenciação entre homens e mulheres. Cada vez mais elas estão em maio número em faculdades e cargos importantes na sociedade, na política e em papéis de grande importância mundial. A mulher cada vez mais aflora não só por ser um ser belo, mas por mostrar sua capacidade e habilidade de refazer conceitos e opiniões machistas. A campanha da Marisa para o dia da mulher, reflete um pouco disso, o ator Wagner Moura relata a importância da mulher, que diz dos seus sentimentos, do poder de sedução, prazer de conquistar, de gerar a vida. São grandes empresas investidoras do horário das 8. A novela atual, Caminho das Indias não foi diferente.

Ela tem mostrado um outro universo cultural, distante do modo feminino do ocidente. A mulher velada, que cobre seu corpo, que prende os cabelos e se destaca pelas jóias. As Índias, historicamente conhecida pelas suas especiarias e mercadorias refinadas, está expressamente figurada na novela de Glória Perez. Isso torna um estímulo para quem pretende vivenciar o universo do consumo ofertado pela loja. Para trabalhar as informações culturais pertinentes ao produto oferecido, a Leader incluiu no site curiosidades sobre a Índia. Uma delas é a forma como a mulher se prepara para o casamento indiano. Ela faz tatuagens que traduzem o seu status social, veste-se com roupas e tecidos finos, orna-se com jóias. Essa mulher é a representação do vínculo familiar e da sua posição na sociedade assim que contrai as bodas.

Como nada que se conquista vem fácil, podemos observar e aprender, que como suas conquistas em todas as épocas, as mulheres merecem todo prestígio que lhe foram atribuídas, não por uma nomeação mas por um mérito conquistado. Todas as suas lutas, sofrimentos e preconceitos foram superados. Hoje grande parte do poder está nas mãos das mulheres, vontades e necessidades que elas têm foram conquistando e crescendo não só como mulheres mas como profissional. Provando sua competência para liderar e comandar grupos ou empresas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Livros COBRA, Marcos. Local: editora, )1997. PEREZ, Clotilde; BAIRON, Sergio. Comunicação e Marketing. São Paulo: Futura, 2002. Sítios eletrônicos consultados. com/mulheratual/noticia. asp?passos=listaeditoria&editoriaid=62 http://www. universia. com. br/materia/materia.

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