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voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar apresentação Desde os primórdios da Filosofia, questionaram-se aspectos referentes ao método e, por razões históricas, algumas vezes se impôs uma forma de ver ou de fazer ciência. No século XVI, iniciou-se uma discussão mais intensa e, apenas no século XVIII, houve uma inclinação para separar a Ciência da Filosofia, pelo pragmatismo então imposto e, acredito, pela abertura, pelo acesso e pela publicização do conhecimento. Metodologia: Método Científico. DEFINIÇÕES DE CIÊNCIA. CRITÉRIOS DE CIENTIFICIDADE. CONHECIMENTO CIENTÍFICO E CONHECIMENTO POPULAR. MÉTODO CIENTÍFICO. Método comparativo. Método estatístico. Método clínico. Método monográfico. QUADROS TEÓRICOS DE REFERÊNCIA.

O planejamento da pesquisa. Atitudes do pesquisador. Fases da pesquisa. ESTRUTURA DO projeto de PESQUISA. DEFINIÇÃO DO TEMA E DO TÍTULO (O QUÊ?). CRONOGRAMA (QUANDO?). ORÇAMENTO (COM QUANTO?). REFERÊNCIAS. voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar 5 TRABALHOS ACADÊMICOS E CIENTÍFICOS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO. AS MODALIDADES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS. Exame de qualificação: projeto, dissertação ou tese. Monografia de conclusão de curso. Dissertação. Tese. Caráter monográfico e coerência do texto. Equações e fórmulas. Numeração de ilustrações. Figuras. Gráficos. Tabelas. Descrição física. Ilustrações. Séries e coleções. Notas. ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS. Enciclopédias e dicionários. BUSCA CIENTÍFICA.

ESTRUTURA DO TRABALHO MONOGRÁFICO. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS. Capa. Lista de ilustrações. Lista de tabelas. Lista de abreviaturas e siglas. Lista de símbolos. Sumário. FORMATAÇÃO DE TRABALHOS MONOGRÁFICOS EM WORD. TRABALHOS CIENTÍFICOS UTILIZANDO MICROSOFT WORD 2010. FORMATAÇÃO DE PÁGINA. FORMATAÇÃO DE TEXTO. Formatação de texto normal. Para alterar um documento revisado. RECOMENDAÇÕES. referências. autores. voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar 1 INTRODUÇÃO Para cada ciência, os recursos utilizados são determinados por sua própria natureza. Nesse sentido, cabe registrar que o não cumprimento das normas, das regras, é da responsabilidade do autor do trabalho produzido. Entendemos que livros de Metodologia Científica representam considerável auxílio com benefício aos alunos e professores.

O caráter desta obra não é diferente Metodologia do Trabalho Científico 11 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar desse universo considerado. Assim, nosso objetivo, nesta obra, não é esgotar o assunto Metodologia de Pesquisa, mas, tão somente, o de direcionar esclarecimentos sobre as principais questões da área para aqueles cuja pretensão seja a de apresentar trabalhos de forma adequada ao contexto acadêmico em que se insere. Procuramos trabalhar com simplificação e, ao mesmo tempo, desviando-nos do perigo do “simplismo” ou da regulamentação enrijecedora de processos e procedimentos. Método indutivo. Método hipotético-dedutivo. Método dialético. Método fenomenológico. Métodos de procedimentos – meios técnicos da investigação. A Metodologia é compreendida como uma disciplina que consiste em estudar, compreender e avaliar os vários métodos disponíveis para a realização de uma pesquisa acadêmica.

A Metodologia, em um nível aplicado, examina, descreve e avalia métodos e técnicas de pesquisa que possibilitam a coleta e o processamento de informações, visando ao encaminhamento e à resolução de problemas e/ou questões de investigação. A Metodologia é a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser observados para construção do conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade. Para entender as características da pesquisa científica e seus métodos, é preciso, previamente, compreender o que vem a ser ciência. Em virtude da quantidade de definições de ciência encontrada na literatura científica, serão apresentadas algumas consideradas relevantes para este estudo. No entanto, conforme Demo (2000), o conhecimento científico representa a outra direção, por vezes vista como oposta, de derrubar o que temos por válido; mesmo assim, em todo conhecimento científico há sempre componentes do senso comum, na medida em que nele não conseguimos definir e controlar tudo cientificamente.

b) Segundo, não é sabedoria ou bom-senso – porque estes apreciam componentes como convivência e intuição, além da prática historicamente comprovada em sentido moral. c) Terceiro, não é ideologia – porque esta não tem como alvo central tratar a realidade, mas justificar posição política. Faz parte do conhecimento científico, porque todo ser humano, também o cientista, gesta-se em história concreta, politicamente marcada. Diferencia-se porque, enquanto o conhecimento científico busca usar metodologias que – pelo menos na intenção – salvaguardam a captação da realidade, a ideologia dedica-se a produzir discurso marcado pela justificação. Os resultados do conhecimento científico, obtidos pela via do questionamento, permanecem questionáveis, por simples coerência de origem. Antes de tudo, de acordo com Demo (2000), cientista é quem duvida do que vê, se diz, aparece e, ao mesmo tempo, não acredita poder afirmar algo com certeza absoluta.

É comum a expectativa incongruente de tudo criticar e pensar que podemos oferecer algo já não criticável. No contexto da unidade de contrários, o caminho que vai é o mesmo que volta; criticar e ser criticado são, essencialmente, o mesmo procedimento metodológico. Nesse sentido, o conhecimento científico não produz certezas, mas fragilidades mais controladas. Sistematizando, conforme Demo (2000), podemos arrolar critérios de cientificidade normalmente citados na literatura científica: a) objeto de estudo bem-definido e de natureza empírica: delimitação e descrição objetiva e eficiente da realidade empiricamente observável, isto é, daquilo que pretendemos estudar, analisar, interpretar ou verificar por meio de métodos empíricos1; b) objetivação: tentativa de conhecer a realidade tal como é, evitando contaminála com ideologia, valores, opiniões ou preconceitos do pesquisador; [.

refere-se ao esforço – sempre incompleto – de tratar a realidade assim como ela é; não se trata de ‘objetividade’, porque impossível, mas do compromisso metodológico de dar conta da realidade da maneira mais próxima possível, o que tem instigado o conhecimento a ser ‘experimental’, dentro da lógica do experimento. DEMO, 2000, p. Essa colocação não precisa coincidir com vícios empiristas e positivistas, mas aludir apenas ao intento de produzir discursos controlados e controláveis, a fim de evitarmos meras especulações, afirmações subjetivistas, montagens teóricas fantasiosas; embora a ciência trabalhe com “objeto construído” - não com a realidade diretamente, mas com expectativa modelar dela -, não pode ser “inventado”; vale a regra: tudo o que fazemos em ciência deve poder ser refeito por quem duvide; daí não segue que somente vale o que tem base empírica, mormente se entendermos por ela apenas sua face quantificável, mas segue que também as teorias necessitam ser referenciadas a realidades que permitam relativo controle do que dizemos; 1 Para a ciência, empírico significa guiado pela evidência obtida em pesquisa científica sistemática.

Metodologia do Trabalho Científico 17 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar c) discutibilidade: significa a propriedade da coerência no questionamento, evitando, conforme Demo (2000, p. O conhecimento nem sempre consegue ir muito longe na busca das causas para poder dominar os efeitos, mas assume isso como procedimento metodológico sistemático; tudo o que é afirmado precisa ter base, primeiro, no conhecimento existente e considerado válido e, segundo, na formulação própria do autor; i) linguagem precisa: sentido exato das palavras, restringindo ao máximo o uso de adjetivos; j) autoridade por mérito: significa o reconhecimento de quem conquistou posição respeitada em determinado espaço científico e é por isso considerado “argumento”; segundo Demo (2000, p. “corre todos os riscos de vassalagem primária, mas, no contexto social do conhecimento, é impossível livrarmo-nos dele”; k) relevância social: os trabalhos acadêmicos, em qualquer nível, poderiam ser mais pertinentes, se também fossem relevantes em termos sociais, ou seja, estudassem temas de interesse comum, se se dedicassem a confrontar-se com problemas sociais preocupantes, “buscassem elevar a oportunidade emancipatória das maiorias.

” (DEMO, 2000, p. Segundo Demo (2000), é frequente a queixa de que, na universidade, estudamos teorias irrelevantes, cuja sofisticação, por vezes, é diretamente proporcional à sua inutilidade na vida. No entanto, “sem nos rendermos ao utilitarismo acadêmico – porque seria Metodologia do Trabalho Científico 19 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar querer sanar erro com erro oposto -, é fundamental encontrar relação prática nas teorias, bem como escrutínio crítico das práticas” (DEMO, 2000, p. Tais critérios podem ser sistematizados certamente de outras formas, mas sempre têm em comum o propósito de formalização. De acordo com Demo (2000, p. “dentro de nossa tradição científica, cabe em ciência apenas o que admite suficiente formalização, quer dizer, pode ser analisado em suas partes recorrentes.

Pode ser vista como polêmica tal expectativa, mas é a dominante, e, de modo geral, a Metodologia do Trabalho Científico 20 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar única aceita. ” Por trás dela, está a expectativa muito discutível de que a realidade não só é formalizável, mas, sobretudo, é mais real em suas partes formais. Lakatos e Marconi (2007, p. grifos dos autores) comentam que o conhecimento popular se caracteriza por ser predominantemente: - superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas: expressa-se por frases como “porque o vi”. “porque o senti”, “porque o disseram”, “porque todo mundo diz”; Metodologia do Trabalho Científico 21 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar - sensitivo, ou seja, referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária; - subjetivo, pois é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos, tanto os que adquire por vivência própria quanto os “por ouvi dizer”; - assistemático, pois esta “organização” das experiências não visa a uma sistematização das idéias, nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las; - acrítico, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica.

Na opinião de Lakatos e Marconi (2007), o conhecimento popular não se distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido: o que os diferencia é a forma, o modo ou o método e os instrumentos do “conhecer”. Para que o conhecimento seja considerado científico, é necessário analisar as particularidades do objeto ou fenômeno em estudo. sistemático – forma um sistema de ideias e não conhecimentos dispersos e desconexos. assistemático – baseia-se na organização de quem promove o estudo, não possui uma sistematização das ideias que explique os fenômenos. verificável ou demonstrável – o que não pode ser verificado ou demonstrado não é incorporado ao âmbito da ciência. verificável – porém limitado ao âmbito do cotidiano do pesquisador ou observador.

falível e aproximadamente exato – por não ser definitivo, absoluto ou final. Podemos definir método como caminho para chegarmos a determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para atingirmos o conhecimento. A investigação científica depende de um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos” (GIL, 2008, p. para que seus objetivos sejam atingidos: os métodos científicos. Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que devemos empregar na investigação. Metodologia do Trabalho Científico 24 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Muitos foram os pensadores e filósofos do passado que tentaram definir um único método aplicável a todas as ciências e a todos os ramos do conhecimento.

Essas tentativas culminaram no surgimento de diferentes correntes de pensamento, por vezes conflitantes entre si. Na atualidade, já admitimos a convivência, e até a combinação, de métodos científicos diferentes, dependendo do objeto de investigação e do tipo de pesquisa. Quadro 2 – Evolução histórica do método científico (continua) Período histórico Pensadores Principal contribuição Grécia Antiga Euclides, Platão, Aristóteles, Arquimedes, Tales, Ptolomeu Além das chamadas questões metafísicas, trataram também da geometria, da matemática, da física, da medicina etc. imprimindo uma visão totalizante às suas interpretações. Século XX Fonte: elaborado pelos autores Dada a diversidade de métodos, alguns autores costumam classificá-los em gerais, também denominados de abordagem, e específicos, denominados discretos ou de procedimento.

Métodos de abordagem - bases lógicas da investigação Por método podemos entender o caminho, a forma, o modo de pensamento. É a forma de abordagem em nível de abstração dos fenômenos. É o conjunto de processos ou operações mentais empregados na pesquisa. Os métodos gerais ou de abordagem oferecem ao pesquisador normas genéricas destinadas a estabelecer uma ruptura entre objetivos científicos e não científicos (ou de senso comum). ” (GIL, 2008, p. Método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão.

Usa o silogismo, a construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras, denominada de conclusão. ” (GIL, 2008, p. De fato, partir de uma afirmação geral significa supor um conhecimento prévio. Como é que podemos afirmar que todo homem é mortal? Esse conhecimento não pode derivar da observação repetida de casos particulares, pois isso seria indução. A afirmação de que todo homem é mortal foi previamente adotada e não pode ser colocada em dúvida. Por isso, os críticos do método dedutivo argumentam que esse raciocínio se assemelha ao adotado pelos teólogos, que partem de posições dogmáticas. Entre as críticas ao método indutivo, a mais contundente é aquela que questiona a passagem (generalização) do que é constatado em alguns casos (particular) para todos os casos semelhantes (geral).

Metodologia do Trabalho Científico 28 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Nesse método, partimos da observação de fatos ou fenômenos cujas causas desejamos conhecer. A seguir, procuramos compará-los com a finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. Por fim, procedemos à generalização, com base na relação verificada entre os fatos ou fenômenos. Consideremos, por exemplo: Antônio é mortal. O raciocínio indutivo influenciou significativamente o pensamento científico. Desde o aparecimento no Novum organum, de Francis Bacon (15611626), o método indutivo passou a ser visto como o método por excelência das ciências naturais. Com o advento do positivismo, sua importância foi reforçada e passou a ser proposto também como o método mais adequado para investigação nas ciências sociais.

GIL, 2008, p. Nesse sentido, conforme Gil (2008), não há como deixar de reconhecer e destacar a importância do método indutivo na constituição das ciências sociais. Quadro 3 – Argumentos dedutivos e indutivos Dedutivos I. Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira. Indutivos I. Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não necessariamente verdadeira. II. Por sua vez, no argumento indutivo, a premissa refere-se apenas aos cães já observados, ao passo que a conclusão diz respeito a cães ainda não observados; portanto, a conclusão enuncia algo não contido na premissa. É por esse motivo que a conclusão pode ser falsa – pois pode ser falso o conteúdo adicional que encerra –, mesmo que a premissa seja verdadeira.

Conforme Lakatos e Marconi (2007, p. esses dois tipos de argumentos têm finalidades distintas – “o dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo das premissas; o indutivo tem o objetivo de ampliar o alcance dos conhecimentos. ” Analisando isso sob outro enfoque, podemos dizer que os argumentos dedutivos ou estão corretos ou incorretos, ou as premissas sustentam, de modo completo, a conclusão ou, quando a forma é logicamente incorreta, não a sustentam de forma alguma; portanto, não há graduações intermediárias. Para tentar explicar as dificuldades expressas no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar falsas as consequências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo se procura a todo custo confirmar a hipótese, no método hipotético-dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-la.

GIL, 2008, p. Figura 1 – Etapas do método hipotético-dedutivo Conhecimento existente Problema ou lacuna no conhecimento: fatos; descoberta do problema; formulação do problema. Modelo teórico suposições plausíveis; hipóteses principais (centrais) e auxiliares (decorrentes). Dedução das consequências busca de suportes racionais e empíricos – consequências, predições e retrodições. Teste das hipóteses Planejamento; realização das operações; coleta de dados, tratamento e análise dos dados; interpretação. Cotejamento ou avaliação resultados com as previsões com base no modelo teórico. Nas ciências sociais, no entanto, a utilização desse método mostra-se bastante crítica, pois nem sempre podem ser deduzidas consequências observadas das hipóteses. GIL, 2008, p. Método dialético O conceito de dialética é bastante antigo.

Platão o utilizou no sentido de arte do diálogo. Na Antiguidade e na Idade Média, o termo era utilizado para significar simplesmente lógica. Por outro lado, como tudo está em movimento, tudo tem “duas faces” (quantitativa e qualitativa, positiva e negativa, velha e nova), uma se transformando na outra; a luta desses contraditórios é o conteúdo do processo de desenvolvimento. Em síntese, o método dialético parte da premissa de que, na natureza, tudo se relaciona, transforma-se e há sempre uma contradição inerente a cada fenômeno. Nesse tipo de método, para conhecer determinado fenômeno ou objeto, o pesquisador precisa estudá-lo em todos os seus aspectos, suas relações e conexões, sem tratar o conhecimento como algo rígido, já que tudo no mundo está sempre em constante mudança.

De acordo com Gil (2008, p. a dialética fornece as bases para uma interpretação dinâmica e totalizante da realidade, uma vez que estabelece que os fatos sociais não podem ser entendidos quando considerados isoladamente, abstraídos de suas influências políticas, econômicas, culturais etc. Consiste em mostrar o que é dado e em esclarecer esse dado. “Não explica mediante leis nem deduz a partir de princípios, mas considera imediatamente o que está presente à consciência: o objeto. ” (GIL, 2008, p. Consequentemente, tem uma tendência orientada totalmente para o objeto. Ou seja, o método fenomenológico limita-se aos aspectos essenciais e intrínsecos do fenômeno, sem lançar mão de deduções ou empirismos, buscando compreendê-lo por meio da intuição, visando apenas o dado, o fenômeno, não importando sua natureza real ou fictícia.

Os métodos específicos mais adotados nas ciências sociais são: o histórico, o experimental, o observacional, o comparativo, o estatístico, o clínico e o monográfico. Método histórico No método histórico, o foco está na investigação de acontecimentos ou instituições do passado, para verificar sua influência na sociedade de hoje; considera Metodologia do Trabalho Científico 36 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar que é fundamental estudar suas raízes visando à compreensão de sua natureza e função, pois, conforme Lakatos e Marconi (2007, p. “as instituições alcançaram sua forma atual através de alterações de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada época. ” Seu estudo, visando a uma melhor compreensão do papel que atualmente desempenham na sociedade, deve remontar aos períodos de sua formação e de suas modificações.

Esse método é típico dos estudos qualitativos. Outras o utilizam em conjunto com outros métodos. E podemos afirmar que qualquer investigação em ciências sociais deve se valer, em mais de um momento, de procedimentos observacionais. Metodologia do Trabalho Científico 37 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar 2. Método comparativo O método comparativo ocupa-se da explicação dos fenômenos e permite analisar o dado concreto, deduzindo desse “os elementos constantes, abstratos e gerais. ” (LAKATOS; MARCONI, 2007, p. ” Devemos considerar, no entanto, que as explicações obtidas mediante a utilização do método estatístico não devem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas portadoras de boa probabilidade de serem verdadeiras. Com base na utilização de testes estatísticos, possibilita-se determinar, em termos numéricos, a probabilidade de acerto de determinada conclusão, bem como a margem de erro de um valor obtido (GIL, 2008).

Assim, “o método estatístico passa a se caracterizar por razoável grau de precisão, o que o torna bastante aceito por parte dos pesquisadores com preocupações de ordem quantitativa. ” (GIL, 2008, p. Nesse sentido, os procedimentos estatísticos fornecem considerável reforço às conclusões obtidas, sobretudo, mediante a experimentação e a observação. Embora reconhecendo a importância de o pesquisador seguir um método como referência, entendemos que o ideal é empregar métodos e não um método, visando a ampliar as possibilidades de análise, considerando que não há apenas uma forma capaz de abarcar toda complexidade das investigações. sociais. QUADROS TEÓRICOS DE REFERÊNCIA As teorias são muito importantes no processo de investigação em ciências Elas proporcionam a adequada definição de conceitos, bem como o estabelecimento de sistemas conceituais; indicam lacunas no conhecimento; auxiliam na construção de hipóteses; explicam, generalizam e sintetizam os conhecimentos e sugerem a metodologia apropriada para a investigação.

TRUJILLO FERRARI, 1982, p. apud GIL, 2008, p. Lévi-Strauss Hermenêutica (Compreensão) Ênfase no papel do sujeito da ação e reconhece a parcialidade da visão do observador. Ao propor modelos de representação de variáveis e de tipos, busca a interpretação dos significados das coisas. Hans-Georg Gadamer Martin Heidegger Max Weber Com fundamento no método dialético, considera que a ordem social tem por base a produção e o intercâmbio de produtos. Marx e Engel Com base nos pressupostos da fenomenologia, os objetos e suas relações são estudados ao longo do tempo com o envolvimento e a inclusão do observador no processo. Pressupõe o contato direto com o dado, as pessoas, o fenômeno etc. ETAPAS DA PESQUISA. O planejamento da pesquisa.

Atitudes do pesquisador. Fases da pesquisa. voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar 3 pesquisa CIENTÍFICa 3. Nessa jornada, [. chega-se a um conhecimento novo ou totalmente novo, isto é, [. ele] pode aprender algo que ignorava anteriormente, porém já conhecido por outro, ou chegar a dados desconhecidos por todos. Pela pesquisa, chega-se a uma maior precisão teórica sobre os fenômenos ou problemas da realidade. BARROS; LEHFELD, 2000b, p. Podemos dizer que, basicamente, pesquisar é buscar conhecimento. Nós pesquisamos a todo momento, em nosso cotidiano, mas, certamente, não o fazemos sempre de modo científico. Assim, pesquisar, num sentido amplo, é procurar uma informação que não sabemos e que precisamos saber. Consultar livros e revistas, verificar documentos, conversar com pessoas, fazendo perguntas para obter respostas, são formas de pesquisa, considerada como sinônimo de busca, de investigação e indagação.

Esse sentido amplo de pesquisa se opõe ao conceito de pesquisa como tratamento de investigação científica que tem por objetivo comprovar uma hipótese levantada, através do uso de processos científicos. ” Significa muito mais do que apenas procurar a verdade, mas descobrir respostas para perguntas ou soluções para os problemas levantados através do emprego de métodos científicos. Para os iniciantes em pesquisa, o mais importante deve ser a ênfase, a preocupação na aplicação do método científico do que propriamente a ênfase nos resultados obtidos. O objetivo dos principiantes deve ser a aprendizagem quanto à forma de percorrer as fases do método científico e à operacionalização de técnicas de investigação. À medida que o pesquisador amplia o seu amadurecimento na utilização de procedimentos científicos, torna-se mais hábil e capaz de realizar pesquisas (BARROS; LEHFELD, 2000b).

Para Gil (2008, p. Pesquisar também é planejar. É antever toda a série de passos que devem ser dados para chegarmos a uma resposta segura sobre a questão que deu origem à pesquisa. Esses passos ou etapas devem ser percorridos dentro do contexto de uma avaliação precisa das condições de realização do trabalho, a saber: a) tempo disponível para sua realização; b) espaço onde será realizado; c) recursos materiais necessários; d) recursos humanos disponíveis. ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA CIENTÍFICA Se houve um tempo em que muitos pesquisadores acreditavam que sua firme determinação de fazer o bem, sua integridade de caráter e seu rigor científico eram suficientes para assegurar a eticidade de suas pesquisas, nos dias de hoje, essa concepção já não é mais objeto de consenso.

O grande desenvolvimento e a crescente incorporação de novas tecnologias no campo da ciência em geral, a maior difusão do conhecimento científico, através dos meios de comunicação social tradicionais e, em particular, através da internet, assim como a ampliação dos movimentos sociais em defesa dos direitos individuais e coletivos, fizeram com que a discussão sobre a ética aplicada à pesquisa passasse a ter como interlocutores frequentes filósofos, teólogos, juristas, sociólogos e, sobretudo, os cidadãos, seja como usuários de sistemas sociais, de saúde etc. Inclui toda modalidade de pesquisa que, direta ou indiretamente, envolva seres humanos e, mais, que o manejo de informações e a utilização de partes do corpo, por exemplo, dentes, são considerados pesquisa com seres humanos e devem seguir parâmetros éticos.

Vale ressaltar que a Resolução CNS 196 (1996) é considerada uma recomendação ética e não uma lei. Isso não a torna mais ou menos relevante. O fato é que os periódicos e os eventos científicos, nacionais e internacionais, têm solicitado a comprovação de que o trabalho foi aprovado previamente por um Comitê de Ética em Pesquisa. Metodologia do Trabalho Científico 46 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar No Brasil, a Resolução CNS 196 (1996) define Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) como: [. O consentimento livre esclarecido e o termo de consentimento, igualmente, estão inclusos na análise do comitê. A Resolução CNS 196 (1996) define o consentimento livre e esclarecido como: [. anuência do sujeito da pesquisa e/ou de seu representante legal, livre de vícios (simulação, fraude ou erro), dependência, subordinação ou intimidação, após explicação completa e pormenorizada sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefícios previstos, Metodologia do Trabalho Científico 47 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar potenciais de riscos e o incômodo que esta possa acarretar, formulada em um termo de consentimento, autorizando sua participação voluntária no experimento.

O consentimento livre e esclarecido do participante é uma exigência não só do Brasil, mas de todos os códigos internacionais e é, sem dúvida, um dos pilares da ética nas pesquisas científicas. CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA CIENTÍFICA A pesquisa científica é uma atividade humana, cujo objetivo é conhecer e explicar os fenômenos, fornecendo respostas às questões significativas para a compreensão da natureza. CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS A Pesquisa Científica visa a conhecer cientificamente um ou mais aspectos de determinado assunto. Para tanto, deve ser sistemática, metódica e crítica. O produto da pesquisa científica deve contribuir para o avanço do conhecimento humano. Na vida acadêmica, a pesquisa é um exercício que permite despertar o espírito de investigação diante dos trabalhos e problemas sugeridos ou propostos pelos professores e orientadores.

Destacamos que “o planejamento de uma pesquisa depende tanto do problema a ser estudado, da sua natureza e situação espaço-temporal em que se encontra, quanto da natureza e nível de conhecimento do pesquisador. Segundo Demo (2000, p. todas as pesquisas são ideológicas, pelo menos no sentido de que implicam posicionamento implícito por trás de conceitos e números; a pesquisa prática faz isso explicitamente. Todas as pesquisas carecem de fundamento teórico e metodológico e só têm a ganhar se puderem, além da estringência categorial, apontar possibilidades de intervenção ou localização concreta. Existem várias formas de classificar as pesquisas. As formas clássicas de classificação serão apresentadas na Figura 2. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática.

Assume, em geral, a forma de Levantamento. Tal pesquisa observa, registra, analisa e ordena dados, sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador. Procura descobrir a frequência com que um fato ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações com outros fatos. Assim, para coletar tais dados, utiliza-se de técnicas específicas, dentre as quais se destacam a entrevista, o formulário, o questionário, o teste e a observação. ” (GIL, 2010, p. Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental e, nas ciências sociais, requer o uso do método observacional. Assume, em geral, as formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Ex-post-facto. As pesquisas explicativas são mais complexas, pois, além de registrar, analisar, classificar e interpretar os fenômenos estudados, têm como preocupação central identificar seus fatores determinantes.

Esse tipo de pesquisa é o que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas e, por esse motivo, está mais sujeita a erros. Em relação aos dados coletados na internet, devemos atentar à confiabilidade e fidelidade das fontes consultadas eletronicamente. Na pesquisa bibliográfica, é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras possam apresentar. Metodologia do Trabalho Científico 54 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Os demais tipos de pesquisa também envolvem o estudo bibliográfico, pois todas as pesquisas necessitam de um referencial teórico. Para a pesquisa bibliográfica, é interessante utilizar as fichas de leitura, que facilitam a organização das informações obtidas.

Quanto às etapas da pesquisa bibliográfica, destacamos, aqui, alguns itens essenciais que se caracterizam como etapas imprescindíveis para a realização da pesquisa bibliográfica: 1) escolha do tema; 2) levantamento bibliográfico preliminar; 3) formulação do problema; 4) elaboração do plano provisório do assunto; 5) busca das fontes; 6) leitura do material; 7) fichamento; 8) organização lógica do assunto; 9) redação do texto. Gil (2008) define os documentos de primeira mão como os que não receberam qualquer tratamento analítico, como: documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, diários, filmes, fotografias, gravações etc. Os documentos de segunda mão são os que, de alguma forma, já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas, entre outros. Entendemos por documento qualquer registro que possa ser usado como fonte de informação, por meio de investigação, que engloba: observação (crítica dos dados na obra); leitura (crítica da garantia, da interpretação e do valor interno da obra); reflexão (crítica do processo e do conteúdo da obra); crítica (juízo fundamentado sobre o valor do material utilizável para o trabalho científico).

Todo documento deve passar por uma avaliação crítica por parte do pesquisador, que levará em consideração seus aspectos internos e externos. No caso da crítica externa, serão avaliadas suas garantias e o valor de seu conteúdo. Documentos eclesiásticos, financeiros, empresariais, trabalhistas, educacionais, memórias, fotografias, diários, autobiografias etc. c) Pesquisa experimental: quando determinamos um objeto de estudo, selecionamos as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definimos as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Portanto, na pesquisa experimental, o pesquisador procura refazer as condições de um fato a ser estudado, para observá-lo sob controle. Para tal, ele se utiliza de local apropriado, aparelhos e instrumentos de precisão, a fim de demonstrar o modo ou as causas pelas quais um fato é produzido, proporcionando, assim, o estudo de suas causas e seus efeitos.

A pesquisa experimental é mais frequente nas ciências tecnológicas e nas ciências biológicas. Em geral, procedemos à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema Metodologia do Trabalho Científico 57 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obtermos as conclusões correspondentes aos dados coletados. Na maioria dos levantamentos, [. não são pesquisados todos os integrantes da população estudada. Antes selecionamos, mediante procedimentos estatísticos, uma amostra significativa de todo o universo, que é tomada como objeto de investigação. As conclusões obtidas a partir dessa amostra são projetadas para a totalidade do universo, levando em consideração a margem de erro, que é obtida mediante cálculos estatísticos.

Após a coleta de dados sobre a investigação, procedemos à análise quantitativa dos dados para, em seguida, formular as possíveis conclusões. Quando realizada sobre populações, a coleta passa a ser denominada “censo”. Possui a seguinte sequência de estruturação, sendo muito usado nas pesquisas descritivas: - especificação dos objetivos; - operacionalização dos conceitos e das variáveis; - elaboração do instrumento de coleta de dados; - pré-teste do instrumento (se for o caso); Metodologia do Trabalho Científico 58 voltar - sumário principal Capa sumário capítulo avançar seleção de amostra; coleta e verificação dos dados; análise e interpretação dos dados; apresentação dos resultados. e) Pesquisa de campo: pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual procuramos uma resposta, ou de uma hipótese, que queiramos comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.

Consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que presumimos relevantes, para analisá-los. Como consequência, o planejamento do estudo de campo apresenta muito mais flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus objetivos sejam reformulados ao longo do processo de pesquisa. Outra distinção é a de que, no estudo de campo, estudamos um único grupo ou uma comunidade em termos de sua estrutura social, ou seja, ressaltando a interação Metodologia do Trabalho Científico 59 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar de seus componentes. Assim, “o estudo de campo tende a utilizar muito mais técnicas de observação do que de interrogação. ” (GIL, 2008, p. Como qualquer outro tipo de pesquisa, a de campo parte do levantamento bibliográfico.

Pode permitir novas descobertas de aspectos que não foram previstos inicialmente. De acordo com Schramm (apud YIN, 2001), a essência do estudo de caso é tentar esclarecer uma decisão, ou um conjunto de decisões, seus motivos, implementações e resultados. Gil (2010, p. afirma que o estudo de caso “consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou mais objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. ” Define-se, também, um estudo de caso da seguinte maneira: “[. o que demandaria “um conjunto de outras características técnicas, como a coleta de dados e as estratégias de análise de dados. ” (YIN, 2001, p. Nessa segunda possibilidade, poderíamos enquadrar como estudos de caso, por exemplo, experimento psicológico, levantamento empresarial, análise econômica (viabilidade financeira etc.

Para esses casos mencionados, e outros similares, podemos inferir que esses se coadunariam mais especificamente como pesquisa indutiva (vide Método indutivo, seção 2. pois o estudo de caso único é utilizado como introdução a um estudo mais apurado ou, ainda, como caso-piloto para a investigação. Dito isso, o estudo de caso vem sendo utilizado com frequência pelos pesquisadores sociais, visto servir a pesquisas com diferentes propósitos, como: - explorar situações da vida real cujos limites não estejam claramente definidos; - descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação; - explicar as variáveis causais de determinado fenômeno em situações muito complexas que não possibilitem a utilização de levantamentos e experimentos. O estudo de caso pode ser utilizado tanto em pesquisas exploratórias quanto em descritivas e explicativas.

Cabe destacar, no entanto, que existem limitações em relação ao estudo de caso, como as que são indicadas a seguir (YIN, 2001): - falta de rigor metodológico: “por muitas e muitas vezes, o pesquisador de estudo de caso foi negligente e permitiu que se aceitassem evidências equivocadas ou visões tendenciosas para influenciar o significado das descobertas e das conclusões. ” (YIN, 2001, p. O que propomos ao pesquisador disposto a desenvolver estudos de caso é que redobre seus cuidados tanto no planejamento quanto na coleta e análise dos dados; - dificuldade de generalização: a análise de um único ou mesmo de múltiplos casos fornece uma base muito frágil para a generalização científica. No que diz respeito à observação participante, esta pode não requerer a mesma quantidade de tempo, mas ainda sugere um investimento considerável de esforços no campo.

Destacamos, ainda, que existem variações dentro dos estudos de caso como estratégia de pesquisa. Entre essas possíveis variações, damos ênfase que a pesquisa de estudo de caso pode incluir tanto estudos de caso único quanto de casos múltiplos (YIN, 2001). Em relação aos estudos de casos múltiplos, Yin (2001, p. afirma que estes costumam ser mais convincentes, “e o estudo global é visto, por conseguinte, como sendo mais robusto. Para finalizar, em relação à triangulação como estratégia de análise de um estudo de caso, destacamos que a “confiabilidade de um Estudo de Caso poderá ser garantida pela utilização de várias fontes de evidências, sendo que a significância dos achados terá mais qualidade ainda se as técnicas forem distintas. ” (MARTINS, 2006, p.

Aduzimos que a convergência de resultados provenientes de fontes distintas oferece um excelente grau de confiabilidade ao estudo, muito além de pesquisas orientadas por outras estratégias. A literatura apresenta e discute quatro tipos de triangulação: de fonte de dados – triangulação de dados – alternativa mais utilizada pelos investigadores -, triangulação de pesquisadores – avaliadores distintos colocam suas posições sobre os achados do estudo - , triangulação de teorias – leitura dos dados pelas lentes de diferentes teorias - , triangulação metodológica – abordagens metodológicas diferentes para condução de uma mesma pesquisa. MARTINS, 2006, p. h) Pesquisa-ação: quando concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.

Ela é entendida como um tipo de [. pesquisa social com base empírica que é concebida em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. THIOLLENT, 1998, p. No entanto, tudo o que é chamado pesquisa participante não é pesquisaação. ” Há necessidade de uma ação que esteja envolvida com o problema sob observação, desde que seja uma ação-trivial, o que quer dizer uma “ação problemática merecendo investigação para ser elaborada e conduzida. ” Nessa pesquisa, os investigadores desempenham um papel ativo na solução dos problemas encontrados, no acompanhamento e na avaliação das ações desencadeadas em razão dos problemas.

São estes os principais aspectos da pesquisa-ação (THIOLLENT, 1998): - há ampla e explícita interação entre pesquisadores e pessoas implicadas na situação investigada; - dessa interação resulta a ordem de prioridade dos problemas a serem encaminhados sob forma de ação concreta; - o objeto de investigação não é constituído pelas pessoas e sim pela situação social e pelos problemas de diferentes naturezas encontrados nessa situação; - o objetivo da pesquisa-ação consiste em resolver ou pelo menos esclarecer os problemas da situação observada; - há, durante o processo, acompanhamento das decisões, das ações e de toda a atividade intencional dos atores da situação; - a pesquisa não se limita a uma forma de ação (risco de ativismo): pretendemos aumentar o conhecimento dos pesquisadores e o conhecimento ou o “nível de consciência” das pessoas e dos grupos considerados.

Metodologia do Trabalho Científico 66 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Quanto ao contexto, essa pesquisa deve ser realizada em uma organização (empresa ou escola, por exemplo) na qual haja hierarquia ou grupos cujos relacionamentos sejam complexos. A descoberta do universo vivido pela população implica compreender, numa perspectiva interna, o ponto de vista dos indivíduos e dos grupos acerca das situações que vivem. No caso específico da pesquisa participante, [. em virtude das dificuldades para contratação de pesquisadores e assessores, para reprodução de material para coleta de dados e mesmo para garantir a colaboração dos grupos presumivelmente interessados, o planejamento da pesquisa tende, na maioria dos casos, a ser bastante flexível. GIL, 2010, p. Metodologia do Trabalho Científico 67 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Algumas tarefas são essenciais na primeira fase de montagem desse tipo de pesquisa.

Somente ele conhece suas aptidões e como as coloca a serviço das causas do setor popular onde está inserido; - a metodologia não se separa dos grupos sociais com quem se realiza a pesquisa. Uma metodologia para pesquisa com trabalhadores rurais será diferente da utilizada com trabalhadores urbanos; a metodologia para trabalho com diferentes grupos étnicos terá particularidades específicas etc. a metodologia varia, evolui e transforma-se segundo as condições políticas locais ou a correlação das forças sociais. Uma metodologia para ser utilizada por um grupo popular explorado e desorganizado contra um adversário forte é diferente daquela utilizada por um grupo popular forte e organizado; - a metodologia depende da estratégia global de mudança social adotada e das táticas em curto e médio prazo.

A metodologia desse tipo de pesquisa está direcionada à união entre conhecimento e ação, visto que a prática (ação) é um componente essencial também do processo de conhecimento e de intervenção na realidade. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. Na abordagem qualitativa, a pesquisa tem o ambiente como fonte direta dos dados. O pesquisador mantém contato direto com o ambiente e o objeto de estudo em questão, necessitando de um trabalho mais intensivo de campo. Nesse caso, as questões são estudadas no ambiente em que elas se apresentam sem qualquer manipulação intencional do pesquisador. Modo de análise Indutivo (pelo pesquisador) Dedutivo (pelo método estatístico) Fonte: elaborado pelos autores O Quadro 6 apresenta uma síntese dos vários tipos de pesquisa.

Importante notar que esses tipos de pesquisa, de acordo com as diversas classificações, são abertos e podem ser usados de forma concomitante, isto é, uma mesma pesquisa pode adotar característica de mais de um tipo, no entanto, um deles será predominante. Metodologia do Trabalho Científico 71 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Quadro 6 – Tipos de pesquisa e suas características Tipo de Pesquisa Quanto à Natureza Quanto à Forma de Abordagem do Problema Características Quanto aos Fins da Pesquisa Quanto aos Procedimentos EXPLORATÓRIA QUANTITATIVA BÁSICA Bibliográfica Documental DESCRITIVA EXPLICATIVA QUALITATIVA APLICADA Experimental Gerais - Base em material já elaborado - Materiais que não receberam tratamento analítico ou podem ser reelaborados - Efeitos de variável – formas de controle - Verificar a relação entre variáveis Ex-Post-Facto Tipos de instrumento Fontes Bibliográficas Fontes Secundárias de dados Plano da pesquisa – Manipulação de condições e observação dos efeitos produzidos Observação, questionário e entrevistas - Conhecer Comportamento Interrogação Direta Levantamento - Idem Questionário, levantamento – entrevista e um grupo ou uma formulário comunidade - Estudo aprofundado de um ou poucos objetos Estudo de Variados Campo Questionário, entrevistas, formulários e observação Estudo de caso Várias técnicas Fonte: elaborado pelos autores Metodologia do Trabalho Científico 72 voltar 3.

sumário principal Capa sumário capítulo avançar ETAPAS DA PESQUISA 3. O planejamento da pesquisa Pesquisa é a construção de conhecimento original de acordo com certas exigências científicas. Ter perseverança e paciência; saber fazer. Estudar, pesquisar, realizar na prática, ter confiança na experiência. O pesquisador deve ser desafiado a “fazer” pesquisas na Universidade e/ ou no setor produtivo sempre que possível, realizando-as concretamente e tornando-as públicas; evitar a compartimentalização do saber. A natureza é “multidisciplinar” e complexa. Os departamentos e as disciplinas foram criados por nós; dominar as facilidades oferecidas pela informática e manter-se atualizado nessa área; ter visão humanística diante dos fenômenos a serem estudados e dos interesses da sociedade. É mais abrangente que um tema, que, por sua vez, é mais abrangente do que um problema de pesquisa.

Nessa etapa, você deve responder à pergunta: “O que pretendo abordar?” Para tornar um assunto pesquisável, devemos, portanto, iniciar por reduzi-lo a um tema. Em Pesquisa, o tema é a especificação do assunto sobre o qual versará o estudo a ser desenvolvido; deve permitir especificar sobre quem, em que contexto e sob que perspectiva o assunto será pesquisado. A importância do tema deve ser explicitada pelo pesquisador. É ele quem decide por que vai conduzir o trabalho a um rumo e não a outro. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa um exercício de tortura e sofrimento. Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa: na escolha do tema, é preciso levar em consideração a quantidade de atividades que teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos de cumprir no nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa.

O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido: é necessário que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos, para não entrar num assunto fora de sua área. Se nossa área é a de ciências humanas, devemos nos ater aos temas relacionados a essa área. Fatores externos - A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais: na escolha do tema, devemos tomar cuidado para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. O aprofundamento do tema de pesquisa enfocando aspectos novos e que não foram pesquisados pode se tornar objeto de dissertações de mestrado ou teses de doutorado. Na sequência, delimitamos o tema de pesquisa, ou seja, o enfoque específico do estudo.

Delimitar o assunto significa selecionar um tópico ou a parte dele que desperta maior interesse por parte do pesquisador, como também da comunidade acadêmica e profissional, indicando assim sob que ponto de vista o assunto será focalizado. Em síntese: Seleção do assunto e delimitação do tema 1. Selecionar um assunto a) Afinidade do pesquisador b) Obtenção de experiência durável e de valor c) Importância teórica ou prática d) Adequação à qualificação do pesquisador Metodologia do Trabalho Científico 77 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar e) Existência de bibliografia suficiente e disponível f) Compatível com os recursos do pesquisador 2. Através da revisão de literatura, você reporta e avalia o conhecimento produzido em pesquisas prévias, destacando conceitos, procedimentos, resultados, discussões e conclusões relevantes para seu trabalho.

Nessa parte do trabalho, você discutirá as questões relacionadas ao estado da arte da área em que sua pesquisa se insere. Construir uma revisão não é tarefa fácil. É necessário fazer uma leitura aprofundada e intensa dos textos que você usará como referência. Para a revisão, leve em conta: - os verbos utilizados pelo autor nas citações; - a relação entre as pesquisas citadas (se se sobrepõem/ contrastam entre si); - justificar a presença dos textos citados; - explicitar em que momentos você é o único autor do texto que está sendo construído. Leitura crítica/analítica: agora a leitura deve objetivar a intelecção do texto, a apreensão do seu conteúdo, que será submetido à análise e à interpretação.

Leitura interpretativa: entendido e analisado o texto, procuramos estabelecer relações, confrontar ideias, refutar ou confirmar opiniões. Caso seja necessário ampliar o levantamento bibliográfico, devemos procurar, na bibliografia de cada obra, nas notas de rodapé, nas referências, a indicação de outras obras e outros autores que poderão ser consultados. O uso da biblioteca e a confecção de fichas de leitura: após a delimitação do(s) objeto(s) de estudo da pesquisa, o pesquisador iniciará a fase de levantamento dos materiais existentes sobre o tema ou das questões que determinam os objetos de estudo. O levantamento bibliográfico é um apanhado geral sobre os principais documentos e trabalhos realizados a respeito do tema escolhido, abordados anteriormente por outros pesquisadores para a obtenção de dados para a pesquisa.

Em síntese: Revisão de literatura (base teórica): o quê? - Quando a revisão de literatura não é feita, o investigador corre o risco de realizar uma prática cujos resultados não podem ser interpretados à luz da ciência, assim, prejudicando a formulação de conclusões ou consequências para a área da PESQUISA. Base de sustentação da pesquisa - para explicar, compreender e atribuir significado aos dados. Metodologia do Trabalho Científico 81 voltar - sumário principal Capa sumário capítulo avançar A revisão de literatura visa a: demonstrar o conhecimento que o pesquisador tem do assunto/tema e do problema; rever pesquisas desenvolvidas, tanto substanciais como metodológicas, mais recentes na área escolhida; descrever o campo de atuação no qual o estudo se propõe a estender o conhecimento teórico e/ou prático.

reconstrução do conhecimento vigente sobre o tema (estado da arte). Com base no tema já delimitado e na revisão de literatura realizada, a próxima etapa prevê a justificativa e a relevância do estudo proposto. Devemos ter presente que transformar um assunto em tema, fazer revisão de literatura e justificar a relevância temática ainda não é suficiente. É preciso maior delimitação. É necessário transformar o tema em um problema de pesquisa. A relação aqui é análoga ao processo anterior. O tema é mais geral do que o problema. Não há regras para redigir um Problema, pode ser expresso em forma de pergunta ou enunciando-o através de uma afirmação, no caso de questão norteadora. Metodologia do Trabalho Científico 83 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar O problema, então, é qualquer questão não solvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento.

É, portanto, uma questão que mostra uma situação que requer discussão, investigação, decisão ou solução. De maneira simplificada, podemos dizer que problema é uma questão a que a pesquisa pretende responder. Todo o processo de pesquisa se desenvolverá em torno de sua solução. A formulação do problema de pesquisa: após a escolha do tema e delimitado seu campo de atuação, devemos “transformar” o tema em uma questão básica. Acreditamos que é mais importante para o desenvolvimento da ciência saber formular problemas do que encontrar soluções. Metodologia do Trabalho Científico 84 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Durante a pesquisa, é examinado, avaliado e analisado criticamente o que estipulamos e criamos, ou seja, a delimitação de um problema sobre o tema estudado.

É uma questão, uma dúvida que se apresenta à nossa consideração para ser respondida e solucionada. O problema envolve uma dificuldade teórica ou prática para a qual procuramos solução, isto é, o questionamento do assunto, a pergunta de seu trabalho à qual você busca responder. Para formular um problema na forma afirmativa, é preciso considerar que tanto o problema quanto a hipótese se valem de duas variáveis que precisam ser interrelacionadas de modo a formar uma suposição. A grande diferença entre o problema e a hipótese reside no fato de que as variáveis da hipótese devem possuir características mais operacionais, quer dizer, devem ser mais específicas com relação ao objeto de estudo e devem ser viáveis de serem testadas em pesquisas.

Você só poderá formular a pergunta da pesquisa, se fizer uma boa revisão de literatura, refletir, discutir com o orientador, reler parte do material, esboçar algumas perguntas, submetê-las ao orientador, descartar as menos pertinentes, reformular as outras, voltar a discuti-las, e assim por diante, até se fixar numa frase interrogativa ou afirmativa que sintetize bem o problema da pesquisa. Metodologia do Trabalho Científico 85 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Exemplo: - Como melhorar o nível de vida na região industrial do Vale do Sinos sob o enfoque ambiental? - Quais as soluções de preservação do meio ambiente adotadas pelas empresas da região industrial do Vale do Sinos? - Quais benefícios e incentivos seriam recomendados para reduzir o turnover (índice de rotatividade) da alta administração das empresas da região industrial do Vale do Sinos? Obs.

PROBLEMA é uma interrogação que o pesquisador faz diante da realidade. Exemplo: Assunto: Recursos Humanos Tema: Perfil ocupacional Problema: Qual é o perfil ocupacional dos trabalhadores em transporte urbano? Assunto: Finanças Tema: Comportamento dos investidores Problema: Quais os comportamentos dos investidores no mercado de ações de São Paulo? Assunto: Organizações Tema: Cultura organizacional Problema: Qual é a relação entre cultura organizacional e o desempenho funcional dos administradores? Assunto: Recursos Humanos Tema: Incentivos e desempenhos Problema: Qual é a relação entre incentivos salariais e desempenho dos trabalhadores? Resumindo: Questão: o que resolver? - O conceito de problema de pesquisa pode ser entendido como uma questão que desperta interesse e curiosidade, cujas informações parecem não ser suficientes para a sua solução. O problema de pesquisa é uma dificuldade de ordem prática, no conhecimento de algo que possua real importância, para o qual devemos encontrar ou apontar uma alternativa de solução.

A formulação explicita a concepção teórica do pesquisador: enfoque positivista: relação entre X e Y; enfoque fenomenológico: significado e intencionalidade; enfoque dialético: aspectos históricos, contradições, causas. Metodologia do Trabalho Científico 87 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar - Para formular um problema de pesquisa, partimos da observação dos fatos. Um problema científico é uma questão, uma sentença em forma interrogativa ou afirmativa. O processo de pesquisa estará voltado para a procura de evidências que comprovem, sustentem ou refutem afirmativa feita na hipótese. A hipótese define até que estágio você quer chegar e, por isso, será a diretriz de todo o processo de investigação. A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta possível ao problema proposto.

Por oportuno, é imperioso destacarmos que [. rigorosamente, todo procedimento de coleta de dados depende da formulação prévia de uma hipótese. Em resumo: Hipóteses - Entendemos como uma declaração que antecipa a relação entre duas ou mais variáveis. Problema, pesquisa e hipóteses estão intimamente ligados. A hipótese é uma resposta antecipada do pesquisador, que a deduziu da revisão bibliográfica. Nos estudos quantitativos, pode ser colocada à prova para determinar sua validade. A hipótese conduz a uma verificação empírica e torna-se importante para que a pesquisa apresente resultados úteis. A hipótese pode ser definida como uma suposição que antecede a constatação dos fatos. Sua função é proporcionar explicações para certos fatos e, ao mesmo tempo, orientar a busca de outras informações em relação à área temática estudada.

Além de fornecer explicações provisórias, as hipóteses elaboradas funcionam como indicadoras de um caminho a seguir, isto é, como guias para os procedimentos em busca da “verdadeira” solução. Tal como o problema, a formulação de hipóteses prioriza a clareza e a distinção. É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência prévia. Nas hipóteses, não buscamos estabelecer unicamente uma conexão causal (se A, então B), mas a probabilidade de haver uma relação entre as variáveis estabelecidas (A e B), relação essa que pode ser de dependência, de associação e também de causalidade. Há várias maneiras de formular hipóteses na relação causa e efeito: determinista, suficiente, necessária, contingente etc.

mas o mais comum é “se x, então y”. Consiste na correlação entre variáveis que buscam explicar os fenômenos (Variáveis Independentes) e variáveis que correspondem aos fenômenos a serem explicados (Variáveis Dependentes). Portanto, é necessário que, na formulação da hipótese, o pesquisador demonstre claramente as variáveis, relacionadas à condição de causa e efeito que produzirá os resultados da pesquisa. A variável dependente modifica em função de outras, é observada e quantificada; é aquela que será explicada, em função de ser influenciada, afetada pela variável independente. Em uma pesquisa, a variável independente é o antecedente e a variável dependente é o consequente. Exemplo: Hipótese Se dermos uma pancada no tendão patelar do joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticar-se-á.

Os indivíduos cujos pais são débeis mentais têm inteligência inferior à dos indivíduos cujos pais não são débeis mentais. Variável independente (X) Variável dependente (Y) Pancada no tendão patelar O esticar da perna. Se elevado grau de desorganização interna na família carente (x), então, maior probabilidade de marginalização do menor (y), dada a baixa escolaridade do menor (n) e o elevado grau de mobilidade geográfica (migração) da(s) família (s). Se elevado grau de desorganização interna da família carente (x1), baixa escolaridade do menor (x2) e elevado grau de mobilidade geográfica da família (x3), então, maior possibilidade de marginalização do menor (y). Metodologia do Trabalho Científico 93 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Forma Categórica Exemplo: O elevado índice de migração de grupos familiares carentes gera um elevado grau de desorganização familiar.

g) Determinação dos objetivos: geral e específicos A definição do objeto de estudo pode ser caracterizada como um desdobramento da pergunta básica do estudo, ou seja, os itens que serão pesquisados para solucionar o problema de pesquisa. Devemos extrair os referidos objetos de pesquisa da própria questão central do estudo: com o problema formulado, podemos verificar o direcionamento da pesquisa por meio dos objetos de estudo levantados a partir do desdobramento da questão delimitada como problema de pesquisa. Os objetivos informarão para que estamos propondo a pesquisa, isto é, quais os resultados Metodologia do Trabalho Científico 94 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar que pretendemos alcançar ou qual a contribuição que a pesquisa irá efetivamente proporcionar.

Os enunciados dos objetivos devem começar com um verbo no infinitivo e esse verbo deve indicar uma ação possível de mensuração. Como exemplos de verbos usados na formulação dos objetivos, podemos citar para: - determinar estágio cognitivo de conhecimento: apontar, arrolar, definir, enunciar, inscrever, registrar, relatar, repetir, sublinhar e nomear; - determinar estágio cognitivo de compreensão: descrever, discutir, esclarecer, examinar, explicar, expressar, identificar, localizar, traduzir e transcrever; - determinar estágio cognitivo de aplicação: aplicar, demonstrar, empregar, ilustrar, interpretar, inventariar, manipular, praticar, traçar e usar; - determinar estágio cognitivo de análise: analisar, classificar, comparar, constatar, criticar, debater, diferenciar, distinguir, examinar, provar, investigar e experimentar; - determinar estágio cognitivo de síntese: articular, compor, constituir, coordenar, reunir, organizar e esquematizar; - determinar estágio cognitivo de avaliação: apreciar, avaliar, eliminar, escolher, estimar, julgar, preferir, selecionar, validar e valorizar.

Exemplo: Tema Objetivo geral Objetivos específicos Marketing de patrocínio no processo de construção da marca das organizações. Analisar a utilização do patrocínio como forma de promoção de uma marca por associação a eventos esportivos, culturais, sociais ou de mais atividades de interesse público. Objetivos Investigar as principais noções conceituais sobre gestão e específicos profissionalização de empresas familiares. Apresentar a estrutura organizacional diretiva da empresa. Demonstrar o nível de profissionalização da organização. Descrever processo de profissionalização desenvolvido na Empresa Delta. Em síntese: Objetivos Geral • Relacionam-se com a visão global do tema (objetivo geral) e com os procedimentos práticos (objetivos específicos). • Devem ser buscados na estrutura do trabalho (capítulos). Exemplos: apontar, classificar, comparar, conceituar, caracterizar, enumerar, formular, enunciar, diferenciar, coletar.

h) Coleta de dados Chamamos de “coleta de dados” a fase do método de pesquisa, cujo objetivo é obter informações da realidade. Nessa etapa, definimos onde e como será realizada a pesquisa. Será definido o tipo de pesquisa, a população (universo da pesquisa), a amostragem, os instrumentos de coleta de dados e a forma como pretendemos tabular e analisar seus dados. População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características definidas para um determinado estudo. A definição da população-alvo tem uma influência direta sobre a generalização dos resultados. Portanto, o pesquisador deve se preocupar com o tamanho e a qualidade da amostra, entendida como “um subconjunto de indivíduos da população-alvo”, sobre o qual o estudo será efetuado.

“O universo ou a população-alvo é o conjunto dos seres animados e inanimados que apresenta pelo menos uma característica em comum, sendo N o número total de elementos do universo ou da população, podendo ser representado pela letra maiúscula X, tal que: XN = X1; X2;. XN”. Na sequência, apresentamos, de forma concisa, alguns tipos de amostragem que podem ser utilizados, especialmente, nos trabalhos monográficos. Amostras não probabilísticas (não causais) podem ser: - amostras por acessibilidade ou por conveniência: constituem o menos rigoroso de todos os tipos de amostragem. Por isso mesmo são destituídas de qualquer rigor estatístico. O pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, admitindo que esses possam, de alguma forma, representar o universo. Aplicamos esse tipo de amostragem em estudos exploratórios ou qualitativos, em que não é requerido elevado nível de precisão.

A escolha dos elementos que farão parte da amostra será feita livremente pelo pesquisador. O objetivo é selecionar elementos que acompanhem uma amostraréplica da população. Isto é, procuramos incluir na amostra, com a mesma proporção com que ocorrem na população, os seus diversos elementos. É muito utilizada em prévias eleitorais e sondagem de opinião pública. Tem como principais vantagens o baixo custo e o fato de conferir alguma estratificação à amostra. Consultamos, na sequência, qualquer uma das listas de números, considerando o número de algarismos. Por exemplo: para uma população de 500 elementos, assinalamos qualquer combinação de três colunas, ou conjuntos de três algarismos consecutivos, ou três linhas etc. Suponhamos que sejam utilizados os três últimos algarismos de cada conjunto de cinco.

Caminhando de cima para baixo na coluna, partindo de 024, assinalamos todos os números inferiores a 501, até que sejam alcançados tantos números quantos forem os elementos necessários para a composição da amostra. Será, assim, obtida a seguinte sequência: 024, 111, 372, 020, 440, 278, 032, 058, [. Essas subamostras são reunidas, formando a amostra necessária. O número de estratos dependerá do tamanho da população e dos critérios preestabelecidos. Muitas vezes essas propriedades são combinadas, o que exige uma matriz de classificação. Amostras por agrupamentos ou por conglomerados: a amostragem por conglomerados é indicada em situações em que é bastante difícil a identificação de seus elementos. Os conglomerados são representados por escolas, igrejas, associações, empresas etc. Amostras probabilísticas Amostras aleatórias simples (causais) Amostras casuais simples Amostras casuais estratificadas Amostras por agrupamentos Amostras por etapas Fonte: elaborado pelos autores Metodologia do Trabalho Científico 101 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Técnicas de pesquisa e coleta de dados: O planejamento é primordial para o desenvolvimento da pesquisa científica.

Assim, definidos tema, objeto, problema, tipo e campo de pesquisa, a etapa seguinte é a coleta de dados, que também deve ser planejada. Após a definição do projeto, o desenvolvimento da pesquisa parte da coleta de dados e informações, tecnicamente levantados, analisados e interpretados visando à sua correta utilização, conforme o objetivo da pesquisa. Entendamos por técnica o conjunto de preceitos ou processos utilizados por uma ciência ou arte. No caso de pesquisas de campo, é necessário analisar e interpretar os dados obtidos, mediante técnicas estatísticas, para a devida elaboração do relatório de sustentação do trabalho científico. A pesquisa realizada com o apoio exclusivo Metodologia do Trabalho Científico 102 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar de dados secundários é chamada de pesquisa bibliográfica.

Grande parte dos dados secundários encontra-se disponível nas bibliotecas. Os dados que devem ser extraídos da realidade, pelo trabalho do próprio pesquisador, são chamados de dados primários. Recebem essa designação por se tratarem de informações em “primeira-mão”, ou seja, por não se encontrarem registrados em nenhum outro documento. Podemos utilizar os dois tipos de dados em uma pesquisa. A observação pode ser: - observação assistemática: a técnica da observação não estruturada ou assistemática, também denominada espontânea, informal, simples, livre, ocasional e acidental, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais ou precise fazer perguntas diretas. É mais empregada em estudos exploratórios e não tem planejamento e controle previamente elaborados.

O êxito da utilização dessa técnica vai depender do observador, de estar ele atento aos fenômenos que ocorrem no mundo que o cerca, de sua perspicácia, seu discernimento, preparo e treino, além de ter uma atitude de prontidão. No entanto, a observação não estruturada pode apresentar perigos: quando o pesquisador pensa que sabe mais do que o realmente presenciado ou quando se deixa envolver emocionalmente. A fidelidade, no registro dos dados, é fator importantíssimo na pesquisa científica; - observação sistemática: tem planejamento, é realizada em condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos. Isso, porém, não quer dizer que a observação não seja consciente, dirigida, ordenada para um fim determinado. O procedimento tem caráter sistemático; - observação individual: como o próprio nome indica, é técnica de observação realizada por um pesquisador.

Nesse caso, a personalidade dele projeta-se sobre o observado, fazendo algumas inferências ou distorções, pela limitada possibilidade de controles. Por outro lado, pode intensificar a objetividade de suas informações, indicando, ao anotar os dados, quais são os eventos reais e quais são as interpretações; - observação em equipe: a observação em equipe é mais aconselhável do que a individual, pois o grupo pode observar a ocorrência por vários ângulos. Quando a equipe está vigilante, registrando o problema na mesma área, surge a oportunidade de confrontar seus dados posteriormente, para verificar as predisposições; - observação na vida real: normalmente, as observações são feitas no ambiente real, com o registro dos dados à medida que forem ocorrendo, espontaneamente, sem a devida preparação.

Com a padronização, podemos comparar grupos de respostas; - não padronizada ou não estruturada: não existe rigidez de roteiro; o investigador pode explorar mais amplamente algumas questões, tem mais liberdade para desenvolver a entrevista em qualquer direção. Em geral, as perguntas são abertas; - painel: é a repetição de questões que são aplicadas, de tempos em tempos, às mesmas pessoas, para que possamos estudar variações nas opiniões emitidas. É necessário ter um plano para a entrevista, visto que, no momento em que ela está sendo realizada, as informações necessárias não deixem de ser colhidas. As entrevistas podem ter o caráter exploratório ou ser de coleta de informações. Se a de caráter exploratório é relativamente estruturada, a de coleta de informações é altamente estruturada.

caso o objeto de sua observação sejam indivíduos Metodologia do Trabalho Científico 107 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar ou grupos de pessoas, prepare-os para tal ação. Eles não devem ser surpreendidos; - procure fazer relatório o mais rápido possível, para manter atualizadas as informações. O questionário é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante (respondente). O questionário, numa pesquisa, é um instrumento ou programa de coleta de dados. Se sua confecção for feita pelo pesquisador, seu preenchimento será realizado pelo informante ou respondente. Devem ser evitadas perguntas que, de antemão, já sabemos não serão respondidas com honestidade; - itens de identificação do respondente: para que as respostas possam ter maior significação, é interessante não identificar diretamente o respondente com perguntas do tipo nome, endereço, telefone etc.

a não ser que haja extrema necessidade, como para selecionar alguns questionários para uma posterior entrevista. Quanto à forma, as perguntas do questionário podem ser: - perguntas abertas: são livres (“Qual é a sua opinião”?). Permitem que o informante responda livremente. Nesse caso, a análise dos dados é difícil, cansativa, demorada. Normalmente, é assim expressa: ( ) não sei ou ( ) não tenho opinião formada. A inclusão desse tipo de resposta é, por um lado, desaconselhável, pois pode servir de fuga para aquelas pessoas que não desejam tomar uma posição. Por outro lado, a falta dessa opção pode provocar dificuldades para muitas pessoas, que, sentindo-se forçadas a escolher entre uma das alternativas dicotômicas, acabam dando respostas enganadoras. Metodologia do Trabalho Científico 109 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar A resposta dicotômica é adequada para muitas perguntas que se referem a questões de fato, bem como a problemas claros e a respeito dos quais existem opiniões bem-cristalizadas.

Esse tipo de pergunta facilita a tabulação das respostas. Exemplo: Na sua opinião, qual é a opção mais significativa que contribuiu para mudanças observadas na profissão contábil no decorrer dos últimos anos? ( ) Uso de computador e sistemas informatizados ( ) Uso da internet ( ) Maior quantidade de livros técnicos de contabilidade ( ) Congressos, palestras e cursos ( ) Modernização da Legislação ( ) Outra. Qual?. Metodologia do Trabalho Científico 110 voltar - sumário principal Capa sumário capítulo avançar perguntas com respostas escalonadas: são perguntas de múltipla escolha, nas quais as opções são destinadas a captar a intensidade das respostas dos entrevistados. As perguntas escalonadas são dadas por um nível de frequência ou hierarquia em que são enumeradas; conforme a pergunta, o entrevistado responde quanto à intensidade.

Exemplo: Qual é o grau de satisfação em relação ao atendimento prestado pelos funcionários da Livraria Alfa? ( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Parcialmente satisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito Formulário: é o sistema de coleta de dados que obtém informações diretamente do entrevistado. continua) Metodologia do Trabalho Científico 111 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Quadro 9 – Métodos e técnicas a serem utilizadas na construção do Projeto de Pesquisa 3. Documentação direta extensiva Técnicas intensiva (conclusão) 4. Documentação indireta Observação Entrevistas Questionários Pesquisa Documental Pesquisa Bibliográfica Sistemática; assistemática; não participante; participante; individual; em equipe; na vida real; em laboratório. Estruturada; não estruturada; painel. Perguntas abertas; perguntas fechadas; perguntas de múltipla escolha; perguntas de fato; perguntas de intenção; perguntas de opinião.

Metodologia do Trabalho Científico 112 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Entretanto, antes da conclusão, propriamente dita, é necessário agrupar os dados, sintetizando-os, para que sejam ordenados de forma lógica e possam dar as respostas desejadas de forma clara e objetiva. Para cada técnica de coleta de dados utilizada, deve corresponder um tratamento adequado à sua natureza. Diante das possibilidades analíticas dos dados da pesquisa, entendemos que é importante destacar que muitos estudos de campo possibilitam a análise estatística de dados, sobretudo, quando se valem de questionários ou formulários para coleta de dados. No entanto, diferentemente dos levantamentos, os estudos de campo tendem a utilizar variadas técnicas de coleta de dados. Daí por que, nesse tipo de pesquisa, os procedimentos de análise costumam ser predominantemente qualitativos.

A codificação possibilita a transformação do que é qualitativo em quantitativo. A categorização consiste na organização dos dados para que o pesquisador consiga Metodologia do Trabalho Científico 113 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar tomar decisões e tirar conclusões a partir deles. Isso requer a construção de um conjunto de categorias descritivas, que podem ser fundamentadas no referencial teórico da pesquisa. Nem sempre, porém, essas categorias podem ser definidas de imediato. Para chegarmos a elas, é preciso ler e reler o material obtido até que tenhamos o domínio de seu conteúdo, a fim de, em seguida, contrastá-lo com o referencial teórico. Na análise, o pesquisador entra em detalhes mais aprofundados sobre os dados decorrentes do trabalho estatístico, a fim de conseguir respostas às suas indagações, e procura estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e as hipóteses formuladas.

Em ambos os casos, o pesquisador deve ultrapassar a mera descrição dos resultados obtidos, acrescentando algo novo ao que já conhecemos sobre o assunto. Esse processo de análise e interpretação dos dados ocorre concomitantemente à coleta, intensificando-se, porém, ao seu término. Para que um estudo de campo tenha valor contributivo, é necessário que seja capaz, conforme mencionado, de acrescentar algo ao já conhecido. Isso não significa, porém, que deva obrigatoriamente resultar um conjunto de proposições capazes de Metodologia do Trabalho Científico 114 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar proporcionar nova perspectiva teórica ao problema. Resumindo: Devemos explicar qual será a técnica de análise a ser utilizada no desenvolvimento do trabalho, isso de acordo com a definição do tipo de pesquisa: quantitativa ou qualitativa (Quadro 10).

Quadro 10 – Técnicas de análise Quantitativa Qualitativa Técnica de análise Métodos estatísticos (frequência, correlação, associação. Análise de conteúdo; Construção de teoria; Análise de discurso. Fonte: adaptado de Roesch (1999) - Temos, então, que: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Nesse item, devemos apresentar o desenvolvimento do trabalho. Os resultados devem ser organizados de acordo com a sua proposta metodológica. Na conclusão, retomamos o problema inicial lançado na introdução, revendo as principais contribuições que ele trouxe à pesquisa. Essa seção deve responder aos questionamentos que balizaram o estudo, de forma coerente com o que foi apresentado na seção introdutória. Deverá explicitar se os objetivos foram atingidos, se a(s) hipótese(s) ou os pressupostos de pesquisa foram ou não confirmados, esclarecendo as razões desse resultado.

E, principalmente, deverá ressaltar a contribuição da pesquisa para o meio acadêmico, profissional, ou para o desenvolvimento da ciência ou, ainda, da área a que se refere o estudo. É o ponto de vista do autor sobre os resultados obtidos, bem como o alcance dos objetivos, sugerindo novas abordagens a serem consideradas em trabalhos semelhantes, bem como comentando sobre possíveis limitações do estudo. l) Redação e apresentação do trabalho científico A redação de um trabalho científico requer cuidados essenciais no que diz respeito à expressividade comunicativo-discursiva para representar o conteúdo do estudo, de maneira que o texto, na sua tessitura, seja apresentado de forma coerente Metodologia do Trabalho Científico 117 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar e coesa, com consistência quanto à temática e seu desenvolvimento teórico e metodológico no campo da ciência no qual se circunscreve.

É recomendável redigir o texto acadêmico utilizando a terceira pessoa do singular. O desenvolvimento do texto deve pautar-se pela clareza e objetividade dos enunciados, organizados em parágrafos articulados, elaborados gramatical e ortograficamente corretos, de acordo com a norma culta padrão da língua portuguesa e primando pela sobriedade gráfica. A linguagem em sua objetividade deve evitar expressões coloquiais do tipo “eu penso, eu acho” etc. que desqualificam o texto quanto a sua cientificidade. EMBASAMENTO TEÓRICO (QUAIS CONCEITOS?). Revisão da bibliografia. Conceitos e construtos. Definição dos termos. Seleção das obras e dos trabalhos sobre o tema. Enquanto este último sofre um processo de delimitação e especificação, para torná-lo viável à realização da pesquisa, o título sintetiza o seu conteúdo.

JUSTIFICATIVA (POR QUÊ?) É o único item do projeto que apresenta respostas à questão “por quê?”. De suma importância, geralmente é o elemento que contribui mais diretamente na aceitação da pesquisa pela(s) pessoa(s) ou entidade que vai financiá-la. A justificativa consiste em uma exposição sucinta, porém completa, das razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática que tornam importante a realização da pesquisa. Deve enfatizar: a) o estágio em que se encontra a teoria que diz respeito ao tema; b) as contribuições teóricas que a pesquisa pode trazer: confirmação geral, confirmação na sociedade particular em que se insere a pesquisa, Metodologia do Trabalho Científico 120 voltar c) d) e) f) g) 4. CONSTRUÇÃO DE HIPÓTESES As hipóteses constituem “respostas” supostas e provisórias ao problema.

A principal resposta é denominada hipótese básica, podendo ser complementada por outras, que recebem a denominação de secundárias. Destacamos, no entanto, que há situações em que não se enuncia(m) hipótese(s) em função da especificidade da pesquisa, da investigação. A esse respeito, verificar seção 3. f. sumário principal Capa sumário capítulo avançar ESPECIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS (PARA QUÊ?) Os objetivos devem ser sempre expressos em verbos de ação. Esses objetivos se desdobram em: a) geral: está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das ideias estudadas. Vincula-se diretamente à própria significação da tese proposta pelo projeto. Deve iniciar com um verbo de ação.

tudo que existe e pode ser conhecido pela experiência. Processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. Nessa seção, apresentamos, também, o delineamento básico (design) da pesquisa, visto identificar critérios como o estudo está estruturado e qual o seu objetivo. O Quadro 11 dispõe resumidamente as descrições das classificações possíveis para cada um desses critérios, pois, através dessa ilustração, o pesquisador poderá certificar-se a respeito do adequado design do estudo. Quadro 11 – Critérios de Design da Pesquisa (continua) Critério Natureza Classificação Descrição Básica Envolve verdades e interesses universais, procurando gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática prevista. Explicativa Procura identificar os fatores que causam um determinado fenômeno, aprofundando o conhecimento da realidade.

Metodologia do Trabalho Científico 127 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Quadro 11 – Critérios de Design da Pesquisa (continuação) Critério Procedimento Técnico Classificação Descrição Pesquisa Bibliográfica Concebida a partir de materiais já publicados. Pesquisa Documental Utiliza materiais que não receberam tratamento analítico. Pesquisa Experimental Determinamos um objeto de estudo, selecionamos as variáveis e definimos as formas de controle e de observação dos efeitos. Levantamento (Survey) Propõe a interrogação direta de pessoas. Existem alguns critérios de avaliação desse recorte, como a clareza no processo de coleta de dados, a seleção da amostra, os métodos utilizados na coleta de dados, além da triangulação. O Quadro 12 apresenta sinteticamente as descrições desses critérios.

Quadro 12 – Critérios da Coleta de Dados Critério Descrição Clareza no processo de coleta de dados Verifica se o método utilizado para coleta de dados está explicitado. Seleção da Amostra Evidencia quais os critérios para a escolha da amostra, a qual servirá para a compreensão do objeto de estudo. Métodos utilizados na coleta de dados Instrumentos utilizados para obter os dados da amostra anteriormente definida. Um estudo com encadeamento lógico das evidências possibilita ao leitor seguir os passos do autor em direção às conclusões. O teste empírico envolve uma comparação entre o observado durante a pesquisa e as hipóteses deduzidas de uma teoria. Os procedimentos para análise dos dados são textualmente explicados, de forma clara e objetiva.

Os conceitos, as hipóteses ou as teorias emergentes do estudo são comparados com literatura conflitante. A importância da comparação com literatura conflitante é forçar os pesquisadores a buscar pensamentos mais criativos, inovadores, ao contrário do esperado em outra situação. É aqui também que são explicitados os principais conceitos e termos técnicos a serem utilizados na pesquisa. A revisão da literatura demonstra que o pesquisador está atualizado nas últimas discussões no campo de conhecimento em investigação. Além de artigos em periódicos nacionais e internacionais e livros já publicados, as monografias, dissertações e teses constituem excelentes fontes de consulta. Revisão de literatura difere-se de uma coletânea de resumos ou uma “colcha de retalhos” de citações. Destacamos que a finalidade da pesquisa científica não é apenas um relatório ou uma descrição de fatos levantados empiricamente, mas o desenvolvimento de um caráter interpretativo no que se refere aos dados obtidos.

A linguagem científica deve ser específica e delimitada. Ela tenta representar a realidade através de uma simbologia que deverá ser o máximo possível exata, sensível e consensual (intersubjetiva) e representar o mais exatamente possível os fenômenos da realidade. Todo o conceito possui uma intenção e uma extensão. A intenção expressa as propriedades, as características que esse conceito diz representar. A extensão indica o conjunto de elementos reais que esse conceito designa. É importante definir todos os termos que possam dar margem a interpretações errôneas, indevidas. “O uso de termos apropriados, de definições corretas, contribui para a melhor compreensão da realidade observada. ” (LAKATOS; MARCONI, 2007, p. Metodologia do Trabalho Científico 132 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Alguns conceitos podem estar perfeitamente ajustados aos objetivos ou aos fatos que eles representam.

Outros, no entanto, menos usados, podem oferecer ambiguidade de interpretação e ainda há aqueles que precisam ser compreendidos com um significado específico. O importante é que eles estejam bem organizados e de acesso fácil, para que não se percam. A ficha é composta com cabeçalho, referência bibliográfica, corpo ou texto-conteúdo, indicação da obra (quem deve lê-la) e o local (onde a obra se encontra). Para que o pesquisador se oriente e saiba usar uma biblioteca da forma mais produtiva possível, apresentamos, a seguir, um “método de tomar notas”: a) antes de começar a fazer anotações, devemos dar uma folheada na fonte que estamos usando como referência; é muito bom que tenhamos uma noção de conjunto, antes de decidirmos qual material deve ser recolhido e usado; b) é fundamental o uso de fichas para fazer anotações, mantendo, em cada ficha, um título ou um tema determinado.

Colocamos sempre o tema na parte superior da ficha e, na parte inferior, a citação bibliográfica completa; c) para cada ficha, um tema: se as anotações forem muito extensas, usamos várias fichas, enumerando-as; d) devemos tomar cuidado para não escrever coisas inúteis nas fichas; fazer síntese é uma qualidade desejável, porém tendo a preocupação de não deixarmos de lado informações importantes; e) nas fichas, deve ficar claro aquilo que é um resumo, uma citação do autor, uma referência do autor a outro e a própria apreciação crítica do material consultado; f) não perder tempo “passando a limpo” anotações, pois é possível preparar as fichas adequadamente já na primeira vez; g) é bom que tenhamos um sistema prático para ordenar as fichas, tendo-as sempre à mão durante todo o tempo de realização do projeto.

O fichamento é uma técnica de trabalho que consiste em documentar as ideias e informações de uma obra. Dependendo dos seus propósitos, podem ser considerados dois tipos de fichamento. Um deles, o fichamento que é solicitado ao estudante como exercício acadêmico, com o propósito de desenvolver as habilidades exigidas para o estudo de textos. Nesse caso, o fichamento consiste, em geral, no registro do resumo do texto indicado. O propósito de resumir o texto é o objetivo dominante. Assim, o critério organizador do fichamento será dado pela própria lógica do texto. a) Ficha bibliográfica: é a descrição, com comentários, dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela. Exemplo: Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça (1) Histórico do Papel da Mulher.

na Sociedade (2) TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993. Seção primária do trabalho. Seções secundária e terciária do trabalho, se houver. Metodologia do Trabalho Científico 136 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar (4) Numeração do item a que se refere o fichamento. Comentários ou anotações do pesquisador sobre a obra registrada. b) Ficha de resumo ou conteúdo: é uma síntese das principais ideias contidas na obra. A autora trabalha ainda assuntos como as mulheres da periferia de São Paulo, a participação das mulheres na luta armada, a luta por creches, a violência, a participação das mulheres na vida sindical e nas greves, o trabalho rural, a saúde, a sexualidade e os encontros feministas.

Depois de suas conclusões, onde, entre outros assuntos tratados, faz uma crítica ao pós-feminismo defendido por Camile Paglia, indica alguns livros para leitura. Existem dois tipos de resumos: Informativo: são as informações específicas contidas no documento. Nessa ficha, podemos relatar sobre objetivos, métodos, resultados e conclusões. Sua precisão pode substituir a leitura do documento original. ‘Aqui nesta casa foi fundada a Camde. Meu irmão, Antônio Mendonça Molina, vinha trabalhando há muito tempo no Serviço Secreto do Exército contra os comunistas. Nesse dia, 12 de junho de 1962, eu tinha reunido aqui alguns vizinhos, 22 famílias ao todo. Era parte de um trabalho meu para a paróquia Nossa Senhora da Paz. Nesse dia o vigário disse assim: ‘Mas a coisa está preta.

sumário principal Capa sumário capítulo avançar CRONOGRAMA (QUANDO?) A elaboração do cronograma responde à pergunta “quando?”. A pesquisa deve ser dividida em partes, e devemos fazer a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. Não esquecer que determinadas partes podem ser executadas simultaneamente, mas existem outras que dependem das anteriores, como é o caso da análise e interpretação, cuja realização depende da codificação e da tabulação, só possíveis depois de colhidos os dados. No cronograma, você dimensiona cada uma das etapas do desenvolvimento da pesquisa, no tempo disponível para sua execução. Geralmente os cronogramas são divididos em meses. REFERÊNCIAS Abrange livros, artigos, periódicos, jornais, monografias, CDs, sites etc. publicações utilizadas para o desenvolvimento do projeto e embasamento teórico da pesquisa.

Podemos incluir, ainda, o material bibliográfico que será lido no decorrer do processo de pesquisa. As obras utilizadas/consultadas para a elaboração do projeto e as fontes documentais previamente identificadas que serão necessárias à pesquisa devem ser indicadas em ordem alfabética e conforme a NBR 6023, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002). Metodologia do Trabalho Científico 141 5 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar TRABALHOS ACADÊMICOS E CIENTÍFICOS NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO. Projeto de pesquisa: monografia, dissertação e tese. Exame de qualificação: projeto, dissertação ou tese. Monografia de conclusão de curso. Dissertação. Tese. Por esse motivo, os próprios trabalhos de pesquisa realizados na graduação constituem-se em recursos didáticos de formação: interessa mais o processo de pesquisa do que os possíveis resultados.

Tendo em vista os diversos graus de originalidade, criatividade e profundidade, temos diferentes níveis e, consequentemente, diferentes tipos de trabalhos científicos ou acadêmicos, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Os primeiros, basicamente recapitulativos e bibliográficos, são mais realizados na graduação, e os últimos, estudos mais originais, são exigências da pós-graduação. Mas, em todos eles, são exigidos qualidade de método, organização, rigor, observação e respeito às normas técnicas. Metodologia do Trabalho Científico 143 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar A seguir, serão apresentados os diversos tipos de trabalhos acadêmicos mais usados tanto na graduação quanto na pós-graduação, conceituando-os, apresentando as características gerais de cada um e como fazê-los.

A leitura pode ter, entre suas finalidades, a busca da informação e o entretenimento. Como informação, visa à aquisição de conhecimentos relacionados à cultura geral (informativa) ou aquisição e ampliação de conhecimentos científicos, técnicos, filosóficos etc. formativa). Metodologia do Trabalho Científico 144 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar A leitura formativa tem por objetivo a coleta de elementos, dados e informações. Ao estudante e pesquisador, ela é fundamental para o desenvolvimento e a elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos. Os problemas, apresentados de forma explícita ou implícita no texto, podem estar relacionados com questões textuais, temáticas ou de interpretação. As reflexões decorrentes das discussões sobre os problemas levantados devem ensejar a elaboração pessoal ou a síntese do leitor.

Trabalhos de síntese A palavra síntese quer dizer, apenas, diminuir, reduzir, condensar, simplificar os elementos principais de um documento, não permitindo fazer comentários sobre eles, como é o caso da crítica. Metodologia do Trabalho Científico 145 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar A partir desse significado, temos os trabalhos de síntese, que consistem na capacidade de distinguir as ideias principais das secundárias e condensar (sintetizar) apenas as principais, desprezando, assim, as secundárias. Apresentamos algumas modalidades de trabalhos de síntese a seguir. Assim, ao redigir o texto do resumo, devemos destacar tal estrutura escrevendo o nome de cada uma. Ao fazer a introdução, devemos citar o tema e suas partes, como também o objetivo do texto, utilizando expressões técnicas e verbo na terceira pessoa do singular.

O desenvolvimento conterá a síntese de todas as ideias principais do tema, observando também a linguagem impessoal. A conclusão conterá a síntese de toda temática já desenvolvida, não cabendo ideia nova, isto é, que não consta do desenvolvimento e livre de todo comentário pessoal. Podemos usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. Resumo informativo ou analítico: de maneira geral, reduzimos o texto a 1/3 ou 1/4 de sua extensão original, abolindo gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo, porém, a estrutura e os pontos essenciais. A ordem das ideias e a sequência dos fatos não devem ser modificadas. As opiniões e os pontos de vista do autor devem ser respeitados, sem acréscimo de qualquer comentário ou julgamento pessoal de quem elabora o resumo.

É exigido fidelidade ao texto, mas, para mantê-lo, não é necessário transcrever frases ou trechos do original; ao contrário, devemos empregar frases pessoais, com palavras do vocabulário que costumamos usar. Se o texto a ser resumido for um artigo ou um capítulo curto, ou mesmo um parágrafo, o resumo poderá ser elaborado usando a técnica de sublinhar. Resumo crítico: esse é um tipo de resumo, que, além de apresentar uma versão sintetizada do texto, permite julgamentos de valor e opiniões de quem o elabora. Como nos tipos anteriores, não devemos fazer citações do original. O resumo crítico difere da resenha, que é um trabalho mais amplo. Convém diferenciar resumo de sinopse e resenha: sinopse é o resumo de um artigo ou de uma obra, redigido pelo próprio autor ou por seu editor; resenha é um resumo crítico, que admite julgamentos, avaliações, comparações e comentários pessoais.

Resumos técnicos de trabalhos científicos: o resumo que apresenta trabalho científico deve ser redigido em parágrafo único. Sem essa compreensão e também a interpretação das ideias do texto, é impossível fazer um esquema, isto é, subordinar suas ideias corretamente. Por isso, a técnica de sublinhar e de dar títulos aos parágrafos facilita muito a tarefa de esquematizar um texto. Ao elaborar um esquema, podemos adotar o sistema de chaves ou colunas para separar as divisões sucessivas. Assim, temos o esquema quadro sinótico em chaves e quadro sinótico em colunas. Podemos ainda utilizar a sequência: algarismo romano, letra maiúscula, algarismo arábico, letra minúscula, hífen e ponto para indicar as divisões e subdivisões do assunto.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS (listar os objetivos operacionais) 3 JUSTIFICATIVA Por quê? Método Como? Local Onde? 4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 5 HIPÓTESES 6 METODOLOGIA 6. MÉTODOS DE ABORDAGEM 6. MÉTODOS DE PROCEDIMENTOS 6. TIPOS DE PESQUISA 6. TÉCNICAS 7 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA (onde a pesquisa vai ser feita ou aplicada) Outros exemplos de esquema podem ser visualizados no decorrer dos capítulos 3 e 4, sempre lembrando que cada situação pode configurar um tipo específico de esquema. Ao fazer uma resenha crítica, devem ser observados alguns requisitos necessários para tal: - conhecimento completo do artigo ou da obra, não ficando limitado à leitura do índice, do prefácio e de um ou outro capítulo, mas exigindo um aprimorado estudo analítico de todo artigo ou da obra; - conhecimento do assunto a ser criticado: caso o leitor não tenha tal conhecimento, aconselhamos buscá-lo, pois um julgamento superficial transforma o trabalho do crítico em apreciação sem fundamento; - independência de juízo para ler, expor e julgar com isenção de preconceitos, simpatias ou antipatias.

O que importa não é saber se as conclusões do autor coincidem com as nossas opiniões, mas se foram deduzidas corretamente; - justiça ao apreciar: mostrar tanto os aspectos positivos quanto as deficiências do trabalho; - fidelidade ao pensamento do autor, não descaracterizando suas opiniões, mas assimilando com exatidão as suas ideias, para examinar, cuidadosamente e com acerto, sua posição. Para fazer uma resenha crítica, pressupomos que haja uma leitura rigorosa (analítica) do texto e deve haver comentários sobre a sua temática, suas ideias principais, informações gerais sobre o texto e comentários pessoais. Ao fazer resenha, o universitário aprende a analisar os argumentos utilizados para demonstrar, provar e descrever determinado tema. A resenha é feita através da organização de parágrafos que contenham a tríplice divisão de um trabalho acadêmico: introdução, desenvolvimento e conclusão, sem necessidade de destacar tal divisão.

Como trabalho acadêmico, a resenha deve apresentar a seguinte estrutura: capa, folha de rosto e texto. A referência (bibliográfica) da obra resenhada deverá ser apresentada no início do texto. Se utilizarmos outras obras para fazer a resenha, as referências devem vir logo após o texto e em conformidade às normas da ABNT. A redação da resenha, de uma forma geral, deve obedecer à sequência dos elementos mencionados. Não há obrigatoriedade de divisão da resenha. ” Por isso, o uso desse termo para designar uma série de trabalhos escolares, ainda que resultantes de investigação científica, testemunha a incorreta generalização do conceito. Os trabalhos científicos serão monográficos uma vez que satisfaçam à exigência da especificação, ou seja, na razão direta de um tratamento estruturado de um único tema, devidamente especificado e delimitado.

O trabalho monográfico caracteriza-se mais pela unicidade e delimitação do tema e pela profundidade do tratamento do que por sua eventual extensão, generalidade ou seu valor didático. No momento, são abordadas aquelas formas de trabalho exigidas dos alunos durante os cursos de graduação e mesmo de pós-graduação, mas como parte das atividades do processo didático, integrantes do processo de escolaridade. É a esses trabalhos que devem ser aplicadas as diretrizes metodológicas, técnicas e lógicas de que tratamos até o momento. Embora o TCC tenha regulamentações específicas nas diversas instituições de ensino, em alguns casos, é prevista também a sua apresentação para uma banca examinadora, como forma de sua avaliação final. O texto final do trabalho tem estrutura e apresentação de acordo com os padrões gerais de todo trabalho científico, complementadas por eventuais diretrizes específicas definidas pela própria instituição do curso.

Relatório da pesquisa de iniciação científica Outra significativa experiência de atividade científica, que vem ganhando cada vez mais espaço no ensino de graduação, é aquela desenvolvida no âmbito do Programa de Iniciação Científica (PIBIC). Inicialmente, lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), hoje é um programa que conta com a promoção de outras agências de fomento, particularmente pelas Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs) estaduais, diferenciando-se pelo fato de que estão vinculadas a uma bolsa, um subsídio financeiro, para que o aluno possa se dedicar mais intensamente à investigação, sendo também acompanhadas e avaliadas por comissões especializadas. No Programa de Iniciação Científica, o graduando ou desenvolve um projeto pessoal, sob a supervisão de um orientador, ou então participa do desenvolvimento de pesquisa do próprio orientador, cumprindo um programa de trabalho integrado a esse projeto.

Cópias dos produtos parciais – como transcrições de entrevistas, capítulos já elaborados, dados registrados e tabulados – podem ser anexados ao Relatório, no qual devem ter sido sintetizados, não sendo, pois, necessário que tais produtos integrem o texto do Relatório em si. Relatório de estágio O estágio curricular, também denominado prática profissional, é obrigatório para vários cursos e exige um relatório ao seu final. Algumas instituições e cursos o adotam como forma de oportunizar a vivência em situações reais. O relatório de estágio é um documento que contém um relato de experiências vivenciadas, ações desenvolvidas, resultados alcançados, análise comparativa da teoria com a prática, sugestões de melhoria e outras informações exigidas pelo curso.

Não existe uma forma única para apresentação do relatório. O periódico é considerado a fonte primária mais relevante para a comunidade científica. Por intermédio do periódico científico, a pesquisa é formalizada, o conhecimento torna-se público e promovemos a comunicação entre os cientistas. Comparado ao livro, é um canal ágil, rápido na disseminação de novos conhecimentos. Concluído um trabalho de pesquisa – documental, bibliográfico ou de campo –, para que os resultados sejam conhecidos, faz-se necessária a sua publicação. Esse tipo de trabalho proporciona não só a ampliação de conhecimentos, como também a compreensão de certas questões. A primeira frase deve ser significativa para explicar o tema do artigo. Para publicações em periódicos, o resumo deve ser apresentado também em idioma estrangeiro de grande divulgação, geralmente em inglês - abstract; - palavras-chave: termos (palavras ou frases curtas) que indicam o conteúdo do artigo em português e em idioma estrangeiro; - artigo (corpo): contém as três partes redacionais de um trabalho científico: introdução, desenvolvimento e conclusão.

A introdução apresenta e delimita o tema ou o problema em estudo (o que), os objetivos (para que serviu o estudo), a metodologia usada no estudo (como) e que autores, obras ou teorias serviram de base teórica para construir a análise do problema. No desenvolvimento (demonstração dos resultados), devemos fazer uma exposição e uma discussão das teorias que foram utilizadas para entender e esclarecer o problema, apresentando-as e relacionando-as com a dúvida investigada. Devemos, também, apresentar as conclusões alcançadas com as respectivas demonstrações dos argumentos teóricos e/ou resultados de provas experimentais que sustentam tais teorias. Deve possuir a mesma estrutura formal de um artigo. Paper é um documento que se baseia em pesquisa bibliográfica e em descobertas pessoais.

Se o autor apenas compilou informações, sem fazer avaliações ou interpretações sobre elas, o produto de seu trabalho será um relatório. No paper, a elaboração consiste na discussão de um trabalho, relatório de pesquisa, artigos etc. Visa a incentivar o exercício da análise, da linguagem científica e o desenvolvimento da capacidade crítica e analítica. Num paper, é esperado o desenvolvimento de um ponto de vista acerca de um tema, uma tomada de posição definida e a expressão dos pensamentos de forma original. O paper é: uma síntese de suas descobertas sobre um tema e seu julgamento, sua avaliação, interpretação sobre essas descobertas; um trabalho que deve apresentar originalidade quanto às ideias; um trabalho que deve reconhecer as fontes que foram utilizadas; um trabalho que mostra que o pesquisador é parte da comunidade acadêmica.

O paper não é: um resumo de um artigo ou livro (ou outra fonte); ideias de outras pessoas, repetidas não criticamente; uma série de citações, não importa se habilmente postas juntas; opinião pessoal não evidenciada, não demonstrada; cópia do trabalho de outra pessoa sem reconhecê-la, quer o trabalho seja ou não publicado, profissional ou amador: isso é plágio. Para redigir um paper, escolha um assunto, estabeleça limites precisos para ele (delimitando o tema), eleja uma perspectiva sob a qual você tratará o tema. Em seguida, apresente o problema que resolverá e construa uma hipótese de trabalho (antecipação de uma resposta para o problema). d) Comunicações científicas A comunicação científica é uma informação limitada pela sua extensão de acordo com as normas estabelecidas pelo local onde é apresentada (congressos, jornadas, sociedade científica, seminários, semanas de estudos e outros eventos científicos), na qual são expostos os resultados de uma pesquisa original, inédita e criativa, a ser posteriormente publicada em anais ou revistas científicas.

A comunicação científica deve trazer informações científicas novas e atualizadas de um tema ou problema ou conter revisão crítica dos estudos realizados, mas não permite, devido à sua redação, que os leitores possam verificar tais informações: as notas simplesmente informam. A comunicação é considerada um trabalho informativo devido ao tempo limitado do relato da informação em eventos científicos e também aos resultados da pesquisa que, muitas vezes, ainda está em andamento. A comunicação deve trazer informações científicas novas, com certa frequência, ser limitada em sua extensão, isto é, não ser longa. Em congressos, simpósios, encontros, semanas etc. O significado das palavras empregadas no texto deve ser claro, preciso, não deixando margem a dúvidas.

As divergências relativas a palavras ou expressões com significados diferentes, com algumas teorias ou áreas científicas, devem ser esclarecidas, a fim de evitar erros de interpretação. É, pois, de suma importância a definição de alguns termos, dando a eles seu exato significado. O processo de comunicação só será eficaz à medida que ajudar o leitor ou ouvinte a entender o que leu ou viu, a compreender aquilo que desejamos transmitir. Metodologia do Trabalho Científico 164 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Destacamos alguns requisitos básicos próprios da divulgação científica: - exatidão; - clareza; - simplicidade; - correção gramatical; - linguagem objetiva e estilo direto; - equilíbrio na disposição e no tamanho das partes; - emprego da linguagem técnica necessária, evitando o preciosismo e a pretensão; - apresentação dos recursos técnicos da redação, para que a apresentação atinja melhor seu fim.

Conclusão: constitui a parte final do processo. Apresenta uma síntese completa dos resultados da pesquisa, o resumo das principais informações ou dos argumentos. e) Pôster Nesse tipo de apresentação, o assunto estudado ou pesquisado é estruturado na forma de um cartaz para determinadas sessões científicas. A sua apresentação é menos formal que a oral, usamos mais o meio visual e, consequentemente, para Metodologia do Trabalho Científico 165 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar muitos é menos intimidatória. Além disso, o autor utiliza o tempo para o contato pessoal, com uso eficiente do recurso disponível. São impressos com o uso de impressora especial do tipo plotter e quase sempre utilizam recursos gráficos, objetivando aguçar o interesse do público-alvo.

Nesse caso, são confeccionados por profissionais autônomos de design e artes gráficas ou por meio de empresas especializadas. São diversos os materiais utilizados na sua confecção, variando desde plastificados até papéis especiais e laminados. Isso permite uma organização estética e criativa, que produz, no espectador, um impacto visual positivo. São transportados em embalagem especial (canudo plástico), encontrado com facilidade no mercado e, em muitos casos, a empresa ou o profissional que fez a montagem gráfica do trabalho já entrega o material (banner) acondicionado para o transporte. É o mais breve dos trabalhos científicos, pois se restringe à descrição dos resultados alcançados pela pesquisa ou os primeiros resultados de uma investigação em curso. É o mais sucinto dos trabalhos científicos e limita-se à descrição de resultados obtidos através da pesquisa de campo, de laboratório ou documental.

O informe consiste, pois, no relato das atividades de pesquisa desenvolvida e é imprescindível que seja compreendido e aproveitado. Deve estar redigido de maneira que possibilite a comprovação dos procedimentos, das técnicas e dos resultados obtidos, ou seja, para que a experiência realizada possa ser repetida pelo principiante que se interesse pela investigação. TRABALHOS CIENTÍFICOS NOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO Atualmente, a necessidade de prosseguir os estudos além da graduação, com o objetivo de aprimorar o conhecimento ou concluir o processo de formação educacional, leva os graduandos a iniciarem estudos em nível de pós-graduação. Entretanto, vários aspectos são comuns e podem ser adaptados às exigências específicas. O Projeto de Pesquisa é um documento que tem por finalidade explicitar as várias etapas de um trabalho de pesquisa, abordando os seguintes aspectos, entre outros: o que será pesquisado; por que desejamos fazer a pesquisa; como será realizada; quais recursos serão necessários para sua execução; quanto tempo levaremos para executá-la etc.

É, na realidade, uma carta de intenções onde são traçados os caminhos que deverão ser trilhados para alcançar seus objetivos. É um documento para avaliação da proposta apresentada a fim de obtermos aprovação e/ ou financiamento. Cada instituição também tem suas regras próprias para avaliação. No caso de o aluno ser reprovado, a maioria dos cursos estabelece que o exame possa ser repetido uma vez. Monografia de conclusão de curso A monografia representa o estudo aprofundado sobre um só assunto, sendo esse termo de origem grega, que, no sentido etimológico, significa mónos (uma só) e graphein (escrever). O estudo monográfico é resultante de investigação científica que se caracteriza pela abordagem de um tema único, específico, com a finalidade de apresentar uma contribuição importante, original e pessoal à ciência.

Considerando a origem e a evolução do uso do termo, monografia possui sentido estrito e sentido lato. Em sentido estrito, identifica-se com a tese: relatório escrito sobre um tema específico que decorre de uma pesquisa realizada com o objetivo de fornecer uma contribuição original; em sentido lato, é todo trabalho científico resultante de uma pesquisa, realizado pela primeira vez, como é o caso das dissertações científicas em geral. Dissertação A dissertação, que, no sentido etimológico de origem grega, significa dis (prefixo indicador de separação e afastamento) e sertare (ajuntar, ligar, entrelaçar), designa um estudo teórico, de natureza reflexiva, o qual consiste na ordenação de ideias sobre determinado tema. Exige, por isso, a capacidade de sistematização dos dados coletados, sua ordenação e interpretação.

Também a dissertação de mestrado deve cumprir as exigências da monografia científica. Trata-se da comunicação dos resultados de uma pesquisa e de uma reflexão, que versa sobre um tema igualmente único e delimitado. A dissertação deve ser elaborada de acordo com as mesmas diretrizes metodológicas, técnicas e lógicas do trabalho científico, como na tese de doutoramento. Essa parece ser uma exigência lógica de todo trabalho, desde que tenha objetivos de natureza científica bem- definidos. Observamos que tanto a tese de doutorado quanto a dissertação de mestrado são, pois, monografias científicas que abordam temas únicos delimitados, “servindo-se de um raciocínio rigoroso, de acordo com as diretrizes lógicas do conhecimento humano, em que há lugar tanto para a argumentação puramente dedutiva, como para o raciocínio indutivo baseado na observação e na experimentação.

” (SEVERINO, 2007, p. Tese A tese, no seu sentido etimológico de origem grega determinada pela tésis (ação de pôr, de colocar), é originária da Idade Média (século XIII), com o surgimento das primeiras universidades europeias, época em que os que aspiravam a ocupar um cargo de docência em alguma faculdade de Filosofia ou Teologia deviam apresentar uma tese, uma nova ideia, doutrina ou teoria a ser defendida perante uma banca examinadora. Caracteriza-se como um estudo teórico que aborda um único tema, o qual exige pesquisa própria da área científica em que se situa, com os instrumentos metodológicos específicos. O importante é aternos ao substancial da pesquisa, não nos perdendo em grandes retomadas históricas, em repetições, em contextualizações muito amplas.

Não podemos falar de tudo ao mesmo tempo numa mesma tese. A esses aspectos podemos referir, citando as fontes competentes, sem necessidade de reproduzi-las a cada novo trabalho visando ao mesmo tema. Metodologia do Trabalho Científico 173 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar b) A coerência interna do texto é imprescindível e ela se impõe em dois níveis: primeiro, a coerência lógico-estrutural da articulação do raciocínio, as etapas do processo demonstrativo sucedendo-se dentro de uma sequência da articulação lógica; segundo, a coerência com as premissas metodológicas adotadas. Esse aspecto da opção metodológica reencontra a questão do referencial teórico do trabalho, pois este implica igualmente uma opção epistemológica básica.

Em geral, é promovido por entidades e associações de especialistas das várias áreas, interessados em acompanhar, disseminar e debater as teses que expressam a evolução do conhecimento dessas áreas. Quase sempre é estabelecido um tema oficial, com apresentação de especialistas convidados e sessões de temas livres para os congressistas que se inscreverem para essa atividade. Durante a sua realização, podem ocorrer, ainda, lançamentos de livros, com autógrafos dos autores, e haver estandes para a exposição de produtos literários. Também são organizadas reuniões das comissões da entidade promovedora com fins de interesse do grupo profissional participante. A maioria dos congressos possui site na internet, contendo um breve histórico da entidade e também informações sobre os eventos realizados nos últimos cinco anos, com ilustrações e filmes em multimídia.

Em geral, consiste em uma exposição oral, mas pode destinar-se à publicação. Nesse caso, convém preparar o texto com essa finalidade. Significa uma exposição científica oral e pública, realizada por especialista, com o objetivo de tornar público os resultados de uma pesquisa concluída, contribuindo para divulgar a ciência e avançar o conhecimento científico sobre determinado assunto. A sua amplitude é maior que o congresso, visto que esse evento não é organizado por uma entidade particular apenas, e, sim, por todas as entidades de determinada área. Possui as mesmas características da palestra, que é uma conferência menos solene. Na organização da conferência, podem constar dados bibliográficos, desde que atualizados, e, também, valer-se o conferencista de recursos visuais, para melhor explicação do tema.

Não devem ser usados desenhos, somente diagramas. Geralmente, é aos congressos, simpósios, às reuniões etc. que os especialistas levam sua contribuição, expondo aspectos concretos da pesquisa. Com frequência, apresentam as fases ou os resultados finais de seu trabalho. Em geral, trata de um único tema que vem sendo pesquisado por estudiosos, em instituições diferentes, que são convidados por uma entidade, para debatê-lo, numa perspectiva de troca de informações, de ideias e de conclusões. O debate é presidido por um coordenador. Metodologia do Trabalho Científico 177 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar e) Mesa-redonda Essa reunião de especialistas apresenta um debate interno de temas de interesse controverso, com pontos de vistas diferentes sobre uma mesma questão, sempre a partir da exposição de um dos participantes.

Em princípio, os demais participantes tomam conhecimento prévio do texto do expositor, apresentando então comentário crítico às suas posições. Em seguida, a palavra volta ao expositor, para defesa e argumentação do seu ponto de vista. Metodologia do Trabalho Científico 178 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar No âmbito acadêmico, seminário é tomado muitas vezes como uma forma de atividade didático-científica, dada a sua relevância no processo de ensino-aprendizagem. Em encontros de grande porte, são realizadas as sessões de comunicações, destinadas, sobretudo, a que pesquisadores apresentem, de forma abreviada e sintética, resultados de pesquisas que vêm realizando. Tanto podem tratar de uma temática predeterminada (falamos de Sessão de Comunicação Coordenada), ou sobre temas variados (falamos de Sessão de Comunicações Orais).

A comunicação relata estudos, resultados de pesquisa, experiências, de iniciativa pessoal. Trata-se de uma exposição mais sucinta, uma vez que, em geral, pouco tempo lhe é reservado nos encontros. O fórum contribui com discussões resultantes de estudos e pesquisas, que favorecem a ampliação do conhecimento sobre determinado tema em área específica. Tem duração aproximada de duas horas. m) Teleconferência Semelhante ao simpósio interativo, essa atividade possui natureza científica e pode ser programada com o uso dos recursos disponíveis de multimídia (informática e telemática), congregando, em determinado local (sala/auditório), pessoas interessadas na temática específica, com o objetivo de captar imagens e sons sobre ela, resultantes de estudo e/ou pesquisa, o que gera debates, mesmo a distância, os quais contribuirão para o esclarecimento de questões ainda não selecionadas.

n) Grupo de estudos Reúne profissionais para estudo e pesquisa relacionada à área de atuação, visando a acompanhar os avanços científicos e tecnológicos, assim como propor ações e mudanças, objetivando contribuir com o avanço da ciência. Ao seu término, é elaborado documento relatando as atividades realizadas, participações, inovações e mudanças propostas na área de estudo, para envio posterior às autoridades competentes. Títulos e subtítulos. Notas de rodapé. Citações. Abreviaturas e siglas. Equações e fórmulas. Formato do papel Conforme NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011), os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A4 (21,0 cm x 29,7 cm), digitados ou datilografados no anverso das folhas, exceto a folha de rosto, cujo verso deve conter a ficha catalográfica, impressos em cor preta, podendo utilizar outras cores somente para as ilustrações.

Essa NBR atualizada em 2011 prevê que os elementos textuais e pós-textuais podem ser digitados no verso e anverso da folha. Fica a critério da instituição e do curso ao qual o trabalho é submetido que avaliem a melhor forma de apresentação. Fonte e letra A NBR 14724, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2011) recomenda, para digitação, a utilização de fonte tamanho 12 para todo o texto e tamanho 10 para Metodologia do Trabalho Científico 182 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar citações diretas longas, aquelas de mais de três de linhas, notas de rodapé, paginação e legenda das ilustrações e das tabelas, que devem ser digitadas em tamanho menor e uniforme. A fonte utilizada na digitação do texto pode ser Times New Roman ou Arial, padronizando no trabalho a utilização somente de uma das opções.

Títulos e subtítulos A NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011) prevê que os títulos das seções devem começar na parte superior da mancha (ficando a 3 cm da borda superior) e serão separados do texto que lhes sucede por um espaço 1,5 entrelinhas (o que equivale a um enter ou uma linha com espaçamento 1,5), grafados em caixa-alta ou versal (letra maiúscula). Da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por um espaço 1,5, e situam-se a 3 cm da borda esquerda da página. Lembramos que os títulos das seções secundárias em diante também serão alinhados à esquerda, sem entrada de parágrafo. “Títulos que ocupem mais de uma linha devem ser, a partir da segunda linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.

” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. Numeração progressiva das seções de um documento escrito: para evidenciar a sistematização do trabalho, devemos adotar a numeração progressiva para as seções do texto. Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto, devem iniciar em folha distinta. Destacamos gradativamente os títulos das seções, utilizando os recursos de negrito, itálico ou grifo e redondo, caixa-alta ou versal, conforme a NBR 6024, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003), no sumário e, de forma idêntica, no texto. Dessa forma, para os efeitos da NBR 6024, aplicamos as seguintes definições: a) alínea: cada uma das subdivisões de um documento, indicada por uma letra minúscula e seguida de parênteses; b) indicativo de seção: número ou grupo numérico que antecede cada seção do documento; c) seção: parte em que se divide o texto de um documento, que contém as matérias consideradas afins na exposição ordenada do assunto; d) seção primária: principal divisão do texto de um documento; e) seção secundária, terciária, quaternária, quinária: divisão do texto de uma seção primária, secundária, terciária, quaternária, respectivamente; f) subalínea: subdivisão de uma alínea.

As regras gerais de apresentação devem ser elaboradas da seguinte maneira: - são empregados algarismos arábicos na numeração; - o indicativo de seção é alinhado na margem esquerda, precedendo o título, dele separado por um espaço; - devemos limitar a numeração progressiva até a seção quinária; - o indicativo das seções primárias deve ser grafado em números inteiros a partir de 1; - o indicativo de uma seção secundária é constituído pelo indicativo da seção primária a que pertence, seguido do número que for atribuído na sequência do assunto e separado por ponto. deve ser colocado após sua numeração, dele separado por um espaço. O texto deve iniciar-se em outra linha.

Todas as seções devem conter um texto relacionado com elas. Quando for necessário enumerar os diversos assuntos de uma seção que não possua título, esta deverá ser subdividida em alíneas. A disposição gráfica das alíneas obedece às seguintes regras: - o trecho final do texto correspondente, anterior às alíneas, termina em dois pontos; - as alíneas são ordenadas alfabeticamente; - as letras indicativas das alíneas são reentradas em relação à margem esquerda; - o texto da alínea começa por letra minúscula e termina em ponto-e-vírgula, exceto a última que termina em ponto; - a segunda e as seguintes linhas do texto da alínea começam sob a primeira letra do texto da própria alínea.

Segundo a NBR 10520, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002), essas notas são indicações, observações ou aditamentos ao texto feitos pelo autor, tradutor ou editor. Devemos utilizar o sistema autor-data para as citações no texto e o numérico para notas explicativas. As notas de rodapé podem caracterizar-se como Notas de referência ou Notas explicativas e devem ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente, sem espaço entre elas e com fonte tamanho 10. Exemplos: _____________________ 1 2 Vejamos como exemplo desse tipo de abordagem o estudo de Demo (2000). Encontramos esse tipo de perspectiva, em grande parte, no estudo de Hair et al. b) Ibidem – na mesma obra – Ibid. Exemplo: _____________________ 6 DURKHEIM, 1925, p. Ibid.

p. c) Opus citatum, opere citato – obra citada – op. Exemplo: _____________________ 12 TOMASELLI; PORTER, 1992, p. TOMASELLI; PORTER, loc. cit. Metodologia do Trabalho Científico 188 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar f) Confira, confronte – Cf. Exemplo: _____________________ 14 Cf. No modelo serial de Gough (1972 apud NARDI, 1993), o ato de ler envolve um processamento serial que começa com uma fixação ocular sobre o texto, prosseguindo da esquerda para a direita de forma linear. No rodapé da página: _____________________ 16 (EVANS, 1987 apud SAGE, 1992, p. As expressões constantes nas alíneas a), b), c) e f) só podem ser usadas na mesma página ou folha da citação a que se referem. A numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para todo o capítulo ou a parte.

Não iniciamos a numeração a cada página. ” (DERRIDA, 1967, p. Segundo Shiffman e Kanuk (2000), o comportamento do consumidor estuda de que maneira as pessoas resolvem gastar seu tempo e dinheiro para fazer uma determinada compra, assim como seu esforço para consumir. Especificar no texto a(s) páginas(s), o(s) tomo(s), ou a(s) seção(ões) da fonte de consulta, nas citações diretas. Esse(s) deve(m) seguir a data, separado(s) por vírgula e precedido(s) pelo termo que o(s) caracteriza, de forma abreviada. Nas citações indiretas, a indicação da(s) páginas(s) é opcional. ” (ROBBINS, 2003, p. Ou: Barbour (1971, p. descreve: “O estudo da morfologia dos terrenos [. ativos [. ” Ou: “Não se mova, faça de conta que está morta.

Quanto mais algo está fechado entre limites, mais claro se torna. Metodologia do Trabalho Científico 192 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Freitas (2007, p. grifo do autor) enfatiza: Tradicionalmente, os conectivos são vistos na linguagem da lógica como elementos úteis para se vincular proposições explícitas e delimitadas (o porquê introduz os argumentos, o então e o logo sempre introduzem as conclusões, por exemplo). Mas sob o ponto de vista da Argumentação na Língua, amplia-se essa compreensão [. Churchill e Peter (2003, p. indicar, entre parênteses, a expressão informação verbal, mencionando os dados disponíveis, em nota de rodapé. Exemplo: No texto: O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre (informação verbal)1. Metodologia do Trabalho Científico 193 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar No rodapé da página: __________________________ 1 Notícia fornecida por John Smith no Congresso Internacional de Engenharia Genética, em Londres, em outubro de 2001.

Quando na citação de trabalhos em fase de elaboração, deve ser mencionado o fato, indicando os dados disponíveis em nota de rodapé. Exemplo: No texto: Os poetas selecionados contribuíram para a consolidação da poesia no Rio Grande do Sul, nos séculos XIX e XX (em fase de elaboração)1. ” (KÖCHE, 2007, p. grifo do autor). b) desejo de criar uma literatura independente, diversa, de vez que, aparecendo o classicismo como manifestação de passado colonial [. ” (CANDIDO, 1993, v. p. Sugerimos não indicar o(s) número(s) da(s) página(s) consultada(s), para que não ocorra relação indevida com a citação direta. Exemplos: Existem seis fontes principais de barreiras de entrada: economias de escala, diferenciação do produto, necessidades de capital, custos de mudança, acesso aos canais de distribuição e desvantagens de custo independentes de escala (PORTER, 2004).

Rocha (2004) destaca que a melhor estratégia para uma empresa aumentar seus ganhos financeiros é conquistar a fidelização dos seus clientes, especialmente os mais importantes, porque, quando as pessoas estão satisfeitas com o tratamento que recebem, não só preferem não mudar de empresa como fazem a divulgação dele para a sua família e para seus conhecidos. De acordo com Freitas (2007), os conectivos nem sempre são apresentados de forma explícita. O seu uso ou não uso pode constituir-se em uma estratégia do locutor – aquele que detém a palavra – para agir sobre o outro numa relação discursiva, através de implícitos linguísticos. apud MOWEN; MINOR, 2003, p. é “a quantidade de afeição ou sentimento a favor ou contra um estímulo.

” Ou: Atitude é “a quantidade de afeição ou sentimento a favor ou contra um estímulo. ” (THURSTONE, 2000, p. apud MOWEN; MINOR, 2003, p. relata-se a “emergência do teatro do absurdo. ” Segundo Morais (1995, p. assinala, “[. a presença de concreções de bauxita no Rio Cricon [. ” Metodologia do Trabalho Científico 196 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Quando houver coincidência de sobrenomes de autores, acrescentaremos as iniciais de seus prenomes; se, mesmo assim, existir coincidência, colocaremos os prenomes por extenso. Metodologia do Trabalho Científico 197 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Sistema numérico: nesse sistema, a indicação da fonte é feita por uma numeração única e consecutiva, em algarismos arábicos, remetendo à lista de referências do final do trabalho, do capítulo ou da parte, na mesma ordem em que elas aparecem no texto.

Não iniciamos a numeração das citações a cada página. O sistema numérico não deve ser utilizado quando há notas de rodapé. A indicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto, ou situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha deste, após a pontuação que fecha a citação. Exemplos: Diz Rui Barbosa: “Tudo é viver, previdendo” (15). O positivismo jurídico: lições de filosofia do Direito. São Paulo: Ícone, 1995. Metodologia do Trabalho Científico 198 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar No texto: De fato, semelhante equacionamento do problema conteria o risco de se considerar a literatura meramente como uma fonte a mais de conteúdos já previamente disponíveis, em outros lugares, para a teologia (JOSSUA; METZ, 1976, p.

Na lista de referências: JOSSUA, Jean Pierre; METZ. Johan Baptist. ” (COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS, 1992, p. Na lista de referências: COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS. A união européia. Luxemburgo: serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Européias, 1992. No texto: O mecanismo proposto para viabilizar esta concepção é chamado Contrato de Gestão, que conduziria à captação de recursos privados como forma de reduzir os investimentos públicos no ensino superior (BRASIL, 1995). jan. Se o título iniciar por artigo (definido ou indefinido), ou monossílabo, este deve ser incluído na indicação da fonte. Exemplos: No texto: E eles disseram “globalização”, e soubemos que era assim que chamavam a ordem absurda em que dinheiro é a única pátria à qual se serve e as fronteiras se diluem, não pela fraternidade, mas pelo sangramento que engorda poderosos sem nacionalidade (A FLOR.

p. Na lista de referências: A FLOR Prometida. comenta que “a pesquisa do tipo estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso. Este estudo é preferido pelos pesquisadores que desejam aprofundar seus conhecimentos a respeito de determinado caso específico. ” Ou “A pesquisa do tipo estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso. Este estudo é preferido pelos pesquisadores que desejam aprofundar seus conhecimentos a respeito de determinado caso específico. ” (BEUREN, 2004, p. Exemplos: “Conhecimento não é dado nem informação, embora esteja relacionado com ambos e as diferenças entre esses termos sejam normalmente uma questão de grau. ” (DAVENPORT; PRUSAK, 1998, p. Ou De acordo com Davenport e Prusak (1998, p. “conhecimento não é dado nem informação, embora esteja relacionado com ambos e as diferenças entre esses termos sejam normalmente uma questão de grau.

” Para Lakatos e Marconi (2007, p. Metodologia do Trabalho Científico 202 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Exemplos: Na citação direta curta: Conforme Botelho, Carrijo e Kamasaki (2007, p. “as pesquisas que se seguiram, em especial as desenvolvidas no âmbito do enfoque neo-schumpeteriano, mostraram a impossibilidade de tratar a atividade de inovação somente a partir de gastos formais de P&D. ” Na citação direta longa: O tema da inovação tecnológica por parte de pequenas empresas ganhou relevância nas últimas décadas, motivado por recentes desenvolvimentos teóricos, em especial, no enfoque neo-schumpeteriano, bem como pela divulgação de resultados de pesquisas empíricas que constataram uma participação significativa de inovações empreendidas em empresas de menor porte em alguns setores produtivos.

BOTELHO; CARRIJO; KAMASAKI, 2007, p. d) Citação com mais de três autores: quando utilizarmos citações com mais de três autores incluídas no texto, indicaremos o sobrenome do primeiro autor com a primeira maiúscula seguida de minúsculas, seguido da expressão “et al. “qualquer que seja o método adotado, deve ser seguido consistentemente ao longo de todo trabalho, permitindo sua correlação na lista de referências ou em nota de rodapé. ” f) Citação de artigo de lei: Exemplo: O art. da Constituição Federal de 1988 estabelece a cobrança de impostos de competência do município: Art. Compete aos Municípios instituir imposto sobre: I – propriedade predial e territorial urbana; II – transmissão “inter-vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art.

II, definidos em lei complementar. Exemplo: Indagados sobre a qualidade dos seus cursos de graduação, cerca de 70% dos entrevistados afirmaram ser insuficientes os resultados observados. O entrevistado 2, por exemplo, afirmou que “a graduação foi insuficiente, não tem condições de formar para a prática. É necessária uma formação generalista e um pensar crítico. ” j) Citação de canais informais: indicar, entre parênteses, a expressão verbal (vide exemplo a seguir), mencionando os dados disponíveis, em nota de rodapé. Exemplo: Existe uma versão atualizada das normas para apresentação de citações no texto e nas notas de rodapé (informação verbal)¹ que poderá auxiliar na redação de documentos técnicos científicos. Numeração de ilustrações As ilustrações ou figuras são constitutivas do Trabalho Científico e possuem destacada importância no seu desenvolvimento.

De acordo com a NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011), ilustrações são desenhos, esquemas, fluxogramas, quadros, lâminas, plantas, fotografias, mapas, gráficos, organogramas, retratos, diagramas e outros elementos que, eventualmente, poderão ser utilizados em um trabalho científico para ilustrá-lo e completá-lo. Qualquer que seja o tipo de ilustração, sua identificação aparece na parte superior, deve ser feita de maneira breve e concisa, antecedida da palavra designativa, em letras minúsculas (apenas a primeira letra da primeira palavra do título é grafada em maiúscula), seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, travessão e do respectivo título. Após a ilustração, na parte inferior, indicar a fonte consultada (elemento obrigatório, mesmo que seja produção do próprio autor), legenda, notas e outras informações necessárias à sua compreensão (se houver).

A ilustração deve ser citada no texto e inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere. Podemos, no entanto, atribuir numeração individualizada para cada tipo de figura. Gráficos São figuras que servem para a representação dos dados. O termo é usado para grande variedade de ilustrações: gráficos, esquemas, mapas, diagramas, desenhos, etc. Os gráficos, utilizados com habilidade, podem evidenciar aspectos visuais dos dados, de forma clara e de fácil compreensão. Em geral, são empregados para dar destaque a certas relações significativas. Expressam as variações qualitativas e quantitativas de um fenômeno. A finalidade básica da tabela é resumir ou sintetizar dados de maneira a fornecer o máximo de informações num mínimo de espaço.

São elementos demonstrativos de síntese, que constituem unidade autônoma. As tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente, conforme o IBGE (1993). A tabela deve apresentar as seguintes partes: - número e título: a numeração é feita de acordo com o sistema progressivo, sendo que o seu primeiro dígito poderá corresponder ao número do capítulo (numeração independente e consecutiva). O primeiro para separar o topo; o segundo para separar o espaço do cabeçalho; o terceiro para separar o rodapé. A moldura de uma tabela não deve ter traços verticais que a delimitem à esquerda e à direita. b) Cabeçalho: toda tabela deve ter cabeçalho, inscrito no espaço do cabeçalho, para indicar, complementarmente ao título, o conteúdo das colunas.

A indicação do conteúdo das colunas deve ser feita com palavras ou com notações, de forma clara e concisa. Recomendamos que a indicação com palavras seja feita por extenso, sem abreviações. O título deve ser apresentado na parte superior do quadro (conforme 6. Outros elementos do quadro deverão ser descritos de acordo com o padrão usado para apresentação tabular. Anexos e apêndices Os anexos ou os apêndices não precisam, necessariamente, seguir as mesmas instruções de marginação, centralização de títulos etc. utilizadas no trabalho. Entretanto, devemos enquadrar as cópias na mesma formatação do trabalho (padrão A4). Exemplos: ANEXO A – Regimento Interno ANEXO B – Estatuto da Criança e do Adolescente ANEXO C – Relatório Anual de Atividades Metodologia do Trabalho Científico 214 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Geralmente, os anexos podem se referir a: a) ilustrações que não são diretamente mencionadas no texto, mas que a ele dizem respeito; b) descrição de instituições, equipamentos, técnicas e processos, especialmente em relatórios; c) material de acompanhamento que não pode ser utilizado no corpo do trabalho; d) modelo de fichas, formulários, impressos etc.

e) jurisprudências específicas, leis, decretos e afins, os quais não poderiam ser citados no corpo do trabalho. Apêndice: elemento opcional. Trata-se de um documento, texto, artigo ou outro material, elaborado pelo próprio autor, e que se destina apenas a complementar as ideias desenvolvidas no decorrer do Trabalho. Não se trata de uma parte do trabalho em si, mas apenas de um elemento que vem ilustrar as ideias, acrescentar algum detalhe, algum aspecto interessante, mas que não chega a interferir na unidade geral. A indicação da fonte, de onde foi extraída a figura, aparece abaixo da ilustração. Tabelas Simples O título (em negrito) deve ser centralizado na parte superior da tabela, precedido da palavra Tabela, seguida de seu número de ordem.

A indicação da fonte (alinhada à esquerda), de onde a tabela foi extraída, deve constar na parte inferior da respectiva tabela. Se houver nota explicativa, deve aparecer na parte inferior da tabela logo após a indicação da fonte, também alinhada à esquerda. As laterais da tabela não devem ser fechadas, ou seja, as linhas verticais não devem aparecer. Arial ou Times New Roman; tamanho 10. Devem figurar nas folhas de rosto e de aprovação, alinhados do meio da mancha para a margem direita. Arial ou Times New Roman; tamanho 10. Título centralizado; referências alinhadas à esquerda. Arial ou Times New Roman; tamanho 12. Descrição física. Ilustrações. Séries e coleções. Notas. ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS. Enciclopédias e dicionários. BUSCA CIENTÍFICA.

voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar 7 NORMAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS Conforme a NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002), a localização da referência pode aparecer: a) no rodapé; b) no fim do texto ou do capítulo; c) em lista de referências; d) antecedendo resumos, resenhas e recensões. Segundo a NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002), as referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de forma que possamos identificar individualmente cada documento, em espaço simples, e separadas entre si por um espaço simples. Quando aparecerem em notas de rodapé, serão alinhadas a partir da segunda linha da mesma referência, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre elas.

a) Um autor: FREITAS, Ernani Cesar de. Semântica argumentativa: a construção do sentido no discurso. Novo Hamburgo, RS: Feevale, 2007. p. PRODANOV, Cleber Cristiano. Prâksis: Revista do ICHLA - Instituto de Ciências Humanas, Letras e Artes, Novo Hamburgo, RS, v. n. p. ago. d) Mais de três autores: SCHEMES, Claudia et al. Exemplos: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de teses da Universidade de São Paulo, 1992. Título e subtítulo O título e o subtítulo (se for usado) devem ser reproduzidos tais como figuram no documento, separados por dois-pontos. O título deve ser grafado em letras minúsculas, exceto as iniciais da primeira palavra e dos nomes próprios, que devem Metodologia do Trabalho Científico 221 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar ser em maiúsculas.

O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) usado para destacar o título da obra deve ser uniforme em todas as referências. Exemplos: PASTRO, Cláudio. Arte sacra. n. jul. dez. Tema do fascículo: Pedagogia, docência e cultura. Títulos longos: em títulos e subtítulos demasiadamente longos, podemos suprimir as últimas palavras, desde que não seja alterado o sentido. São Paulo: Cultrix: Ed. da USP, 1971. Obras sem título: quando não existir título, deveremos atribuir uma palavra ou frase que identifique o conteúdo do documento, entre colchetes. Exemplo: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQUICULTURA, 1. Recife. th. ed. New York, USA: W. W. Norton, 2000. Exemplo: SIMMONS, George F. Cálculo com geometria analítica. São Paulo: Makron Books; McGraw-Hill do Brasil, 1988.

v. Nota: na obra aparece: São Paulo – Rio de Janeiro – Lisboa – etc. l. ABAMEC, 2000. p. Editora Observar as orientações que seguem. a) O nome da editora deve ser indicado tal como no documento, abreviando os prenomes e suprimindo palavras que designam a natureza jurídica ou comercial, desde que sejam dispensáveis para identificação. b) Quando houver duas editoras, indicaremos ambas, com seus respectivos locais (cidades). Se as editoras forem três ou mais, indicaremos a primeira ou a que estiver em destaque. Exemplos: LAFETÁ, João Luiz. a crítica e o modernismo. São Paulo: Duas Cidades: Editora 34, 2000. Boston: [s. n. p. FRANCO, I. Discursos: de outubro de 1992 a agosto de 1993. l. s. n. p. e) Quando a editora for a mesma instituição ou pessoa responsável pela autoria e já tiver sido mencionada, não será indicada a editora.

A cidade do sol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. p. Metodologia do Trabalho Científico 225 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Se nenhuma data puder ser determinada, deveremos registrar uma data aproximada entre colchetes, conforme indicado a seguir. Exemplos: [19-] século certo. Benchmarking. São Paulo: Makron Books, [1994]. p. Os meses devem ser indicados de forma abreviada, no idioma original da publicação. Se a publicação indicar, em lugar dos meses, as estações do ano ou as divisões do ano em trimestres, semestres etc. de. Direito e habitação nas classes de baixa renda. Ciência & Trópicos, Recife, PE, v. n. p. São Paulo: Atlas, 2004. v. p. x 24 cm. SANTOS, José Luiz dos et al. Para onde vai a educação.

ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1980. p. rev. atual. São Paulo: Saraiva, 1994. v. SILVA, De Plácido e. L. B. O desenvolvimento cognitivo e a prontidão para a alfabetização. In: CARRARO, T. N. In: ______. Fundamentos de prótese total. ed. São Paulo: Quintessence, 1998. cap. de. Viva vida: estudos sociais, 4. São Paulo: FTD, 1994. p. il. São Paulo: Aquariana, 1993. p. Visão do futuro, v. PRODANOV, Cleber Cristiano. O mercantilismo e a América. Radiologia Brasileira, São Paulo, n. No prelo. LAURENTI, R. Mortalidade pré-natal. São Paulo: Centro Brasileiro de Classificação de Doenças, 1978. Tradução Ruth Rocha. São Paulo: Círculo do Livro, 1993. p. Tradução de: Moving House. ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS As referências dos documentos citados em um trabalho devem ser ordenadas de acordo com o sistema utilizado para citação no texto, conforme NBR 10520.

DREIFUSS, René. A era das perplexidades: mundialização, globalização e planetarização. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA (Brasil). Educação básica e formação profissional. Sistema numérico: se for utilizado o sistema numérico no texto, a lista de referências deverá seguir a mesma ordem numérica crescente. O sistema numérico não pode ser usado concomitantemente para notas de referência e notas explicativas. Metodologia do Trabalho Científico 230 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Exemplos: No texto: De acordo com as novas tendências da jurisprudência brasileira1, é facultado ao magistrado decidir sobre a matéria. Todos os índices coletados para a região escolhida foram analisados minuciosamente2. Na lista de referências: CRETELLA JÚNIOR, José.

Os elementos essenciais são: autor(es), título/subtítulo (da parte e/ou da obra como um todo), edição, local, editora e data de publicação. Exemplos com os elementos essenciais: KOTLER, Philip. Marketing. São Paulo: Atlas, 1985. p. Gonçalves Dias: poesia. Organizada por Manuel Bandeira; revisão crítica por Maximiano de Carvalho e Silva. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1983, 87 p. il. Quando se tratar de obras consultadas on-line, são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais <>, precedido da expressão “Disponível em:” e, após a informação do endereço, colocamos a data de acesso ao documento mediante a expressão “Acesso em:”, opcionalmente acrescida dos dados referentes à hora, minutos e segundos. Exemplos: KOOGAN, A.

HOUAISS, A. Ed. Enciclopédia e dicionário digital 98. ALVES, Castro. Navio negreiro. S. l. Virtual Books, 2000. scielo. br/revistas/rbme/pinstruc. htm>. Acesso em: 20 out. Parte de obra monográfica: inclui capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com autor (es) e/ou título próprios. ROSENDAHL, Zeni. O sagrado e o espaço. In: CASTRO, Iná Elias de; GOMES, Paulo César da Costa; CORRÊA, Roberto Lobato (Org. Explorações geográficas: percursos no fim do século. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e organizações ambientais em matéria de meio ambiente. In: ______. Entendendo o meio ambiente. A imagem organizacional construída no discurso corporativo em reportagens da revista Exame: cenografia e ethos de empresas internacionalizadas.

f. Dissertação (Mestrado em Processos e Manifestações Culturais) – Universidade Feevale, Novo Hamburgo, RS, 2012. Metodologia do Trabalho Científico 233 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar FREITAS, Ernani Cesar de. A teoria da argumentação na língua: blocos semânticos e a descrição do sentido no discurso. Disponível em: <http://www. teses. usp. br/teses/ disponiveis/12/12136/tde-14052002-110538/publico/tde. pdf>. Três, n. jun. p. CONJUNTURA ECONÔMICA. As 500 maiores empresas do Brasil. Gestão e Desenvolvimento, Novo Hamburgo, RS, v. n. p. ago. ETGES, Norberto J. p. mar. Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico: as referências devem obedecer aos padrões indicados para artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. acrescidas das informações relativas à descrição física em meio eletrônico (CDROM, on-line etc.

REAd - Revista Eletrônica da Escola de Administração da UFRGS, Porto Alegre , v. n. dez. Disponível em: <http://read. adm. com. br>. Acesso em: 25 out. Metodologia do Trabalho Científico 235 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Artigo e/ou matéria de jornal: inclui comunicações, editorial, entrevistas, recensões, reportagens, resenhas etc. Os elementos essenciais são: autor(es) (se houver), título, título do jornal, local de publicação, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação correspondente. Jornal NH, Novo Hamburgo, RS, 20 mar. p. TAIM será reserva modelo no país. Zero Hora, Porto Alegre, 27 mar. p. br/PDF/ Suple_128_43_4-resumos. pdf>. Acesso em: 2 out. SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro.

Na sequência, devemos mencionar o título do documento (anais, atas, tópico temático etc. seguido dos dados de local de publicação, editora e data da publicação. Exemplo: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE REDES DE COMPUTADORES, 13. Belo Horizonte. Anais. br/anais/anis. htm>. Acesso em: 21 jan. CONGRESSO NORTE NORDESTE DE PSICOLOGIA, 2. Salvador. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9. São Paulo. Anais. São Paulo: USP, 1994. Disponível em: <http://www. propesq. ufpe. br/anais/ anais/educ/ce04. htm>. Bom dia com Ferreira Gullar. fotografia, color. Disponível em: <http://www. facebook. com/photo. BRILHO eterno de uma mente sem lembranças. Direção: Michel Gondry. Escritor: Charlie Kaufman. Intérpretes: Joel (Jim Carrey); Clementine (Kate Winslet); Dr. Howard Mierzwiak (Tom Wilkinson).

Paulo Estevão Cruvinel. Medidor digital multisensor de temperatura para solos. BR n. PI 8903105-9, 26 jun. maio 1995. p. out. dez. BRASIL. Código Civil. de 11 de dezembro de 1997. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. Seção 1, p. BRASIL. Congresso. Súmula nº 14. In: ____. Súmulas. São Paulo: Associação dos Advogados do Brasil, 1994, p. Metodologia do Trabalho Científico 239 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar BRASIL. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v. n. p. ago. BRASIL. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. Disponível em: <http://www. in. gov. br/mp_leis/ leis_texto. cm x 56 cm. FRAIPONT, E. Amílcar II. O Estado de S.

Paulo, São Paulo, 30 nov. Metodologia do Trabalho Científico 240 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar O QUE acreditar em relação à maconha. São Paulo: CERAVI, 1985. transparências, color. cm x 20 cm. O DESCOBRIMENTO do Brasil. BIT CMYK. Mb. Formato TIFF bitmap. Compactado. Disponível em:<C\Carol\VASO. Buenos Aires: Dirección de Salud y Acción Social de la Armada, c2001. mapa, color. Escala indeterminável. Disponível em: <http://www. diba. In: Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970. p. Metodologia do Trabalho Científico 241 voltar 7. sumário principal Capa sumário capítulo avançar BUSCA CIENTÍFICA Com o objetivo de auxiliar no processo de pesquisa, sugerimos algumas bases de consultas a alguns dos principais indexadores de periódicos científicos: Instituição SciElo Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Biblioteca Eletrônica da Fapesp Biblioteca Digital de Obras Raras Biblioteca Virtual em Saúde Biblioteca Nacional Britsh Library Ebsco ERIC - Education Resources Information Center Library of Congress (EUA) Mediline OCLC - Online Computer Library Center Periódicos Capes ProQuest Prossiga PubMed ScienceDirect Universia Brasil Google Acadêmico Endereço www.

bireme. br www. bn. br www. bl. oclc. org www. peridiocos. capes. gov. fcgi www. scincedirect. com www. universiabrasil. net/busca_teses. Dedicatória(s). Agradecimento(s). Epígrafe. Resumo na língua vernácula. Resumo na língua estrangeira. Referências. Glossário. Apêndices. Anexos. Índices. nome do curso) pela Universidade Feevale Orientador: Novo Hamburgo 2013 Verso da folha de rosto: as publicações devem conter a ficha catalográfica, conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano vigente. Errata Elemento opcional que consiste em uma lista das folhas e das linhas em que ocorreram erros, seguida das devidas correções. Apresentamos, quase sempre, em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho depois de impresso. A errata, se houver, deve ser inserida logo após a folha de rosto. O texto da errata deve estar disposto da seguinte maneira: Metodologia do Trabalho Científico 247 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Exemplo: ERRATA Folha 32 8.

O texto deve ser elaborado em espaço entrelinhas 1,5 e constar em somente um parágrafo. Formato de apresentação: - o título (RESUMO) deve figurar no alto da página, centralizado e com o mesmo recurso tipográfico utilizado nas seções primárias; - o texto do resumo é estruturado na forma de um parágrafo único, digitado em espaço entrelinhas de 1,5; - o título “Palavras-chave:” deve figurar logo abaixo do resumo, alinhado à esquerda. As palavras-chave devem ser separadas entre si e finalizadas por um ponto (. Resumo em língua estrangeira Elemento obrigatório, com as mesmas características do resumo em língua vernácula, digitado em folha separada (em inglês, Abstract; em espanhol, Resumen; em francês, Résumé, por exemplo). Deve ser seguido das palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, na língua (Keywords, em inglês; Palabras-clave, em espanhol etc.

As divisões devem estar numeradas em algarismos arábicos, a partir da Introdução até as Referências. Havendo subdivisões, deve ser adotada a numeração progressiva, sempre em número arábico, e a distinção de caracteres, de acordo com a NBR 6024. Metodologia do Trabalho Científico 250 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Regras gerais de apresentação do sumário: - a palavra sumário deve ser centralizada e com a mesma tipologia da fonte utilizada para as seções primárias; - a subordinação dos itens do sumário deve ser destacada pela apresentação tipográfica utilizada no texto; - os elementos pré-textuais não devem constar no sumário (conforme a NBR 6027); - os indicativos das seções que compõem o sumário, se houver, devem ser alinhados à esquerda, conforme a NBR 6024; - os títulos e os subtítulos, se houver, sucedem aos indicativos das seções.

Recomendamos que sejam alinhados pela margem do título do indicativo mais extenso; - o(s) nome(s) do(s) autor(es), se houver, sucede(m) aos títulos e aos subtítulos; - o espacejamento entre as linhas do sumário deve ser 1,5; A paginação deve ser apresentada sob uma das formas abaixo: a) número da primeira página (exemplo: 27); b) número das páginas inicial e final, separadas por hífen (exemplo: 91-143); c) números das páginas em que se distribui o texto (exemplo: 27, 35, 64 ou 2730, 35-38, 64-70). se houver um único sumário, poderão ser colocadas traduções dos títulos após os títulos originais, separados por barra oblíqua ou travessão; - se o documento for apresentado em mais de um idioma, para o mesmo texto, sugerimos um sumário separado para cada idioma, inclusive a palavra “sumário”, em páginas distintas.

e o quadro-teórico empregado, relacionando-o ao objeto de estudo. Além disso, serão informadas, de forma sintética, as partes que compõem o trabalho. Desenvolvimento Segundo a NBR 14724, é parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método. Essa parte do trabalho deve incluir o processo de explicação do problema central da Monografia (o objeto de estudo ou o Problema de Investigação, se usarmos linguagem de Pesquisa), das hipóteses de trabalho e das técnicas utilizadas para obter dados, verificando, assim, as hipóteses elaboradas. Na revisão da literatura, é realizada uma ampla discussão sobre o estágio do tema, na forma de um debate entre os autores consultados, com o objetivo de identificar posturas, ideias e opiniões através de uma análise crítica e reflexiva dos seus conteúdos; 2) metodologia (capítulo específico): é o capítulo que apresenta, descreve e detalha os materiais, os métodos/procedimentos e as técnicas que foram utilizados na realização da pesquisa; 3) resultados/análise e discussão: é a seção ou o capítulo onde são demonstrados os resultados encontrados, suas representações gráficas e respectivas descrições.

São interpretados e analisados os resultados encontrados, relacionando-os com o referencial teórico existente e abordado nos capítulos próprios apresentados em Revisão da Literatura. Conclusão Parte final do texto, na qual são apresentadas conclusões correspondentes aos objetivos e/ou às hipóteses. É o fecho do trabalho. Nessa parte, explicitamos a resposta à pergunta do problema de investigação, bem como possíveis limitações do estudo. Metodologia do Trabalho Científico 254 voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar 8. Apêndices São opcionais. Constituem-se, geralmente, de ideias do próprio autor do trabalho, incluídas para ilustrar o texto e complementar seu raciocínio ao mesmo tempo, sem desviar e prejudicar a unidade básica do conteúdo apresentado. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.

Anexos Elemento opcional. Formatação de títulos e subtítulos. Formatação de citações longas. Outros estilos de texto. AUTOMATIZANDO O DOCUMENTO. Criando figuras e gráficos. Pretendemos fornecer alguns caminhos para a utilização do Microsoft Word 2010 como ferramenta básica para a formatação de trabalhos científicos. O conhecimento de algumas de suas funcionalidades poderá ajudar o usuário (autor, aluno), facilitando o seu trabalho e incentivando-o a explorar ainda mais esse software. A utilização dessa ferramenta eletrônica implica também a facilidade para envio e recebimento de arquivos, agilizando a comunicação do autor do trabalho, do aluno com seu orientador, com a instituição que irá publicar sua produção acadêmica. Ainda, a economia de papel decorrente da sua utilização colabora com a saúde do meio ambiente.

Não é nossa intenção aqui fornecer instruções detalhadas, amiúdes, para uso desse software, mas encorajamos o autor, o acadêmico a construir a sua própria experiência e utilizar a ajuda on-line do Word para resolução de eventuais dúvidas. Para aplicar a formatação de um texto ao estilo, selecione o texto formatado, depois clique sobre a seta para baixo à direita do nome do estilo e selecione “Atualizar para corresponder à seleção”. Para criar um novo estilo, clique em “Novo estilo”. voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar 260 9. Formatação de texto Normal O texto Normal deve ter: -- Fonte: letra tamanho 12, tipo Arial ou Times New Roman; -- Parágrafo: primeira linha a 1,25 cm da margem, justificado; espaçamento 1,5 entrelinhas.

Observação importante: devemos ter muita atenção e cuidado ao formatar o texto Normal, pois a sua alteração poderá modificar, consequentemente, outros estilos de texto baseados nele. Vejamos: -- Word 2010: menu “Exibição” → “Painel de Navegação”. Os estilos para títulos existentes no Word compreendem “Título 1”, “Título 2”, “Título 3”, “Título 4” e “Título 5”, que correspondem, respectivamente, às seções primária, secundária, terciária, quaternária e quinária. Os títulos devem ter o seguinte formato (Quadro 15): Quadro 15 – Estilos Estilo (com exemplo de formatação) Fonte e tamanho Alinhamento Espaço entrelinhas Espaçamento Espaçamento antes depois Arial ou Times, 12, negrito, Centralizado MAIÚSCULAS ou VERSAIS 1,5 Iniciar no topo Um espaço da página, a 3 entre as linhas cm da borda de 1,5 superior 1 TÍTULO 1 Arial ou Times, 12, negrito, MAIÚSCULAS ou VERSAIS Esquerda 1,5 Iniciar no topo Um espaço da página, a 3 entre as linhas cm da borda de 1,5 superior 1.

TÍTULO 2 Arial ou Times, 12, normal, MAIÚSCULAS ou VERSAIS Esquerda 1,5 Um espaço Um espaço entre as linhas entre as linhas de 1,5 de 1,5 1. Título 3 Arial ou Times, 12, negrito, minúsculas Esquerda 1,5 Um espaço Um espaço entre as linhas entre as linhas de 1,5 de 1,5 1. Criando figuras e gráficos Para desenhar figuras, recomendamos utilizar o Powerpoint e, depois, copiar o conjunto de objetos desenhados e “Editar” → “Colar especial” → “Imagem (Metarquivo Avançado)” conforme consta na Figura 12: Figura 12 – Colar Especial Fonte: Software Microsoft Word (2010) Esse formato, além de deixar o documento do Word com um tamanho menor, facilitando o seu envio por e-mail, produz uma qualidade de impressão melhor e mais fidedigna ao desenho original. voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar 265 O mesmo procedimento deve ser observado para os gráficos, exceto que recomendamos criá-los no Excel.

Se a figura ou o gráfico ficarem sobrepostos ao texto, selecione-os com o botão direito, clique em “Tamanho e Posição” → “Disposição do Texto” e, então, selecione “Alinhado com o texto”, conforme segue a Figura 13: Figura 13 – Disposição do Texto Fonte: Software Microsoft Word (2010) Assim, a figura deve se mover na página junto com o texto. Legendas de figuras, gráficos e tabelas Com a finalidade de criar legendas para figuras, gráficos e tabelas, selecione o objeto desejado no Word, clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecione “Inserir Legenda” (Figura 14). voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar 266 Figura 14 – Criar legendas Fonte: Software Microsoft Word (2010) Selecione o rótulo conforme desejado: “Figura”, “Gráfico” ou “Tabela”. voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar 267 9.

Criando o sumário Para criar o sumário, deixe uma página em branco antes da introdução e: -- no Word 2010, acesse o menu “Referências” → “Sumário” (Figura 15). Para personalizar, acesse a opção “Inserir Sumário” na parte de baixo desse menu (Figura 16). Recomendamos utilizar o formato “Formal” para o sumário. Figura 15 – Inserindo o Sumário - 1 Fonte: Software Microsoft Word (2010) Figura 16 – Inserindo o Sumário - 2 Fonte: Software Microsoft Word (2010) voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar 268 No mesmo menu “Referências”, poderá ser criado o índice de ilustrações (para figuras, gráficos, quadros, tabelas etc. Se não houver mais referência a criar, clique em “Fechar”. REVISÃO DE DOCUMENTOS As características de revisão de documentos são bastante úteis para troca de arquivos entre, por exemplo, orientador e orientando.

O orientador pode fazer as suas observações, enviá-las ao orientando e este pode aceitá-las ou não. Para revisar um documento Para iniciar a revisão de um documento (normalmente tarefa do professor orientador): -- No Word 2010, acesse o menu “Revisão” e clique em “Controlar alterações” (Figura 19). Cada palavra eliminada será riscada no documento. Comentários serão eliminados. RECOMENDAÇÕES Sugerimos que o aluno faça uma cópia de segurança do seu documento antes de experimentar recursos com os quais não tenha muita familiaridade. Além disso, recomendamos que sejam feitas experiências prévias em documentos mais simples, nos quais os resultados possam ser controlados e visualizados mais facilmente, antes de aplicá-las no documento final. voltar sumário principal Capa sumário capítulo avançar Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.

NBR 6021: informação e documentação: publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, nov. NBR 6032: abreviação de títulos periódicos e publicações. Rio de Janeiro, ago. NBR 6034: informação e documentação: índice: apresentação. Rio de Janeiro, dez. M. Org. et al. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: Teoria e prática. ed. BARROS, A. J. P. de; LEHFELD, N. A. São Paulo: Atlas, 2000. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. ed. Org. Bioética. São Paulo: EDUSP, 1995. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Normas de apresentação tabular. São Paulo: EPU/EDUSP, 1980. KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. ed. C. de S.

Org. et al. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. R. A regulamentação brasileira em ética em pesquisa envolvendo seres humanos. In: MACHADO, R. M. CARVALHO, D. PRODANOV, C. C. Manual de metodologia científica. ed. Novo Hamburgo, RS: Feevale, 2006. Cuadernos Médico Sociales, 2000; XLI (1-2). SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. ed. O. Metodologia do trabalho científico. Fortaleza: Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará, 2004. SOFTWARE MICROSOFT WORD 2010. Disponível em: <http://www. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974. YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Trabalhou como funcionário do Banco do Brasil no período de janeiro/1975 a outubro/2002; possui experiência na área de consultoria organizacional nos segmentos bancários, com atuação profissional em unidades do Banco do Brasil no país e no exterior.

Atualmente é professor titular da Universidade Feevale, atua também no corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação de Processos e Manifestações Culturais. É pesquisador do grupo de pesquisa Comunicação e Cultura, na linha “Linguagens e processos comunicacionais”, onde desenvolve investigações sobre a atividade de comunicação e trabalho: ethos e cultura em discursos institucionais. Também integra o corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo, onde trabalha com o projeto de pesquisa “Gêneros textuais e multimodalidade: práticas discursivas e letramento”. Atualmente é membro permanente das entidades: Grupo de Trabalho Linguagem, Enunciação e Trabalho, vinculado à Associação Nacional de PósGraduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL); Asociación Latinoamericana de Estudios del Discurso (ALED); Asociación de Lingüística y Filología de América Latina (ALFAL).

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