Diferentes Métodos de Preparação Física no Futebol

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Educação Física

Documento 1

O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa. Os resultados apontaram para três divisões metodológicas, denominadas treinamento convencional, treinamento integrado e treinamento sistêmico. A metodologia convencional apesar de proporcionar evolução no aspecto físico, apresenta-se como uma forma pouco contextualizada com o futebol, porém é de fácil aplicação devido a pouca demanda por espaço e materiais. O treinamento integrado tem por característica a preocupação com a otimização do treinamento, preocupando-se com o desempenho não somente físico, mas também técnico o que acelera a evolução do condicionamento do atleta. A dificuldade na sua aplicação está na demanda de bons campos e quantidade de bolas. The difficulty in its application is in demand of good fields and amount of balls.

Systemic training has in its application certain resemblance to the integrated training, but the main difference is in the tactical component of the addition to the training sessions, and the fact that the integrated training prepare the athlete for a general play, while the systemic training preparation it to a specific play, according to the game model adopted by the coach. Among the factors that hinder its application, is the lack of understanding by the coaching staff, especially the physical trainer. It was possible to infer about the benefits of each method, but it is not the general definition of a method like best. Keywords: Football, fitness, methodology, training. Também é responsabilidade desse profissional a atuação na prevenção de lesões nos atletas. No decorrer das últimas décadas foi-se buscando novas formas de treinamento físico no futebol, visando aumentar o condicionamento dos atletas ao maior nível possível, e no menor tempo, tendo em vista os curtos períodos preparatórios das equipes em confronto aos longos períodos de competição.

Hoje existem diversas metodologias de treinamento físico no futebol, que são divididas na literatura em três formas diferentes. A metodologia precursora de treinamentos isolados, puramente físicos, a metodologia de treinamento integrado, onde os componentes técnicos fazem parte dos exercícios de objetivo físico, e a metodologia mais recente, de treinamento sistêmico, onde além dos componentes técnicos, há uma grande exigência tática nos exercícios e a forma física em si não é a prioridade, e sim a qualidade do desempenho físico-técnico-tático. Ainda existem preparadores físicos que utilizam a metodologia isolada, bem como outros que utilizam a integrada, e mais recentemente a metodologia sistêmica tem ganho espaço nas equipes de futebol, porém não há consenso sobre a forma mais eficiente de realizar a preparação física no futebol.

REVISÃO DE LITERATURA 4. Aspectos positivos e negativos, e dificuldades na aplicação de diferentes metodologias de preparação física no futebol A busca pela otimização no processo de preparação física no futebol, acabou no decorrer dos anos culminando na aparição de diferentes metodologias de treinamento. Carravetta (2012) divide os momentos da preparação física em três metodologias, chamadas por ele de convencional, mecanicista tecnológica e sistêmico-ecológica. As três metodologias surgiram em resposta à evolução das demandas físicas do jogo, e do aumento da obtenção de dados acerca das ações do atleta em uma partida. Além desse aumento de informações, ocorreu uma ampliação na interpretação dos fatores que estão envolvidos no desempenho esportivo do atleta de futebol, tentando não mais separá-lo em partes, mas entende-lo como um todo.

O mesmo considera-a uma concepção científica, que ocorre a partir da década de 1970, onde iniciou-se a busca pela especificidade nos treinamentos, com a inclusão de circuitos de exercícios técnicos, além de fragmentar exercícios de velocidade, coordenação e flexibilidade. Nesse período, foram inseridos exercícios de força com peso livre e em máquinas com auxílio de polias e cabos. Continuando a busca pela especificidade, acabou-se não realizando mais as “maratonas”, tampouco circuitos, foi inserido às sessões de treinamento dito físico, a bola. O jogador passa a ser entendido como uma unidade composta por partes, com vários especialistas buscando desenvolver cada parte dessa unidade, porém a comunicação interdisciplinar era muito restrita. Nesse período a busca era pela melhora do desempenho esportivo dos atletas de futebol, não mais preocupado somente com o aspecto físico, o treinamento passou a integrar aspectos físicos e técnicos, tentando desenvolver o atleta ao seu nível máximo de desempenho físico e técnico para a modalidade específica.

É a metodologia enriquecida de conteúdos táticos, sem abrir mão dos componentes técnicos, tampouco físicos, porém o desenvolvimento quantitativo das capacidades físicas não se apresenta como prioridade. O condicionamento físico é visto nessa metodologia como um componente qualitativo, em que não é importante o quanto o jogador, ou atleta de futebol, corre, e sim como ele correu, se realizou a ação que coletivamente se espera dele. Esta metodologia apesar de preparar o atleta a um alto nível de compreensão do jogo requer muita interação entre toda a comissão técnica na elaboração e aplicação das sessões de treinamento, bem como compreensão tática por parte de todos, além de uma definição acerca do modelo de jogo da equipe.

Dentre os fatores dificultantes na sua aplicação estão a necessidade de bons campos, quantidades suficientes de bola, e alto nível de entendimento tático por parte do preparador físico. Benefícios das diferentes metodologias de preparação física no futebol Na concepção convencional da preparação física no futebol, o treinamento físico é realizado de forma isolada, priorizando atividades aeróbicas de longa duração, desenvolvendo assim a resistência aeróbica dos atletas. Entretanto, não somente essa capacidade é responsável pela eficiência do atleta em campo, existem inúmeros outros aspectos determinantes para o sucesso individual e coletivo. Nesse período ocorre ainda a utilização da calistenia para o desenvolvimento da força, porém com menor ênfase em relação ao trabalho de resistência.

Segundo Cotta (2014) a força é talvez a capacidade mais importante no treinamento do futebol, principalmente se relacionada ao treinamento específico. O treinamento da força é fundamental para o desenvolvimento de diversas outras capacidades como potência, velocidade, agilidade, etc. Embora o desenvolvimento dos exercícios através da sobrecarga do peso corporal apresente limitação no que diz respeito à evolução da carga e variabilidade do treinamento das diversas manifestações de força, a calistenia se apresenta como uma alternativa para o desenvolvimento dessa capacidade. Nesses jogos os demais aspectos técnicos inerentes ao futebol estão envolvidos também, como passe, recepção, condução, drible, cabeceio e chute, se houver goleiro. Podem também ser inseridos estímulos de força anteriormente aos jogos visando aumentar a sobrecarga para a atividade.

A principal vantagem dessa metodologia é o respeito a diversos princípios científicos do treinamento desportivo, como da especificidade; quando treina o atleta dentro do seu contexto competitivo, da individualidade biológica; já que os atletas dentro da mesma sessão de treinamento percorrem diferentes distâncias e realizam diferentes ações e da motivação; pois existe a competição entre as equipes. Evoluindo no entendimento da complexidade do jogo, surge a metodologia sistêmica, que tem em sua manifestação mais conhecida, a periodização tática, criada pelo português Vitor Frade. Segundo Carravetta (2012) é um modelo distinguido pela complexidade que não pode ser reduzido a partes elementares, permeia a consciência e a inteligência de modo a abranger comportamentos individuais e coletivos. Levando em consideração o curto período de preparação em relação ao período competitivo, se faz necessária a otimização no treinamento.

Pereira (2011) comenta que a extensão da temporada, que dura aproximadamente 11 meses, e a aglomeração e sucessão de jogos e competições, acabam por ser fator limitante da recuperação e consequentemente da preparação dos atletas. Em relação a metodologia do treinamento isolado, o treinamento integrado é uma forma de potencializar os ganhos no desempenho do jogador, já que o tempo de preparação é muito reduzido, não havendo tempo hábil para uma preparação especificamente física e após, o aprimoramento técnico. O nível competitivo adquirido pelo futebol atualmente, exige resultados cada vez mais rápido. O treinamento isolado tem como limitação a falta de diálogo entre a comissão técnica, que tem o trabalho dividido onde cada profissional realiza a “sua parte” sem que haja interação, porém o físico não existe sem a técnica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o objetivo de apontar se existe um método que possa ser considerado mais eficiente na preparação física de atletas de futebol. Buscou-se identificar e compreender as características das diferentes divisões metodológicas de preparação física no futebol, identificando aspectos positivos e negativos de cada uma e estabelecendo comparações entre elas. Dentre os aspectos positivos e negativos de cada método, encontrou-se na metodologia convencional uma limitação no desenvolvimento específico do jogador para a modalidade, entretanto é o método o qual não necessita grandes investimentos em materiais ou espaços. Na metodologia de treinamento integrado há potencialização na evolução do atleta, pois desenvolve a capacidade física aliada a técnica, diferenciando o jogador de futebol do atleta de modalidades individuais.

Porém necessita de maior investimento em materiais e espaço, o que pode ser fator dificultante na sua aplicação. Embora tenha sido possível inferir acerca dos benefícios de cada metodologia, não é possível a definição generalista, de um método como melhor. A escolha da metodologia depende de diversas variáveis que cercam a equipe e os profissionais que nela irão conduzir o trabalho. Dentre os fatores que influenciam nessa decisão estão, o calendário competitivo e preparatório da equipe, condição de espaço físico e materiais, cultura profissional dos atletas que compõe o grupo, bem como o conhecimento e domínio da metodologia por parte da comissão técnica. No que diz respeito aos objetivos e conceitos, a visão sistêmica apresenta um maior benefício para o desempenho dos atletas, individualmente e coletivamente, em relação às demais.

Porém sua operacionalização, principalmente no Brasil, se faz dificultada pela falta de conhecimento dos profissionais da comissão técnica, e pela cultura arraigada nos atletas, dos treinamentos isolados. GOMES, Antônio Carlos.  Treinamento Desportivo: Estrutura e Periodização. ed. Rio de Janeiro: Artmed, 2009. GOMES, Marisa Silva. n. p. Disponível em: <https://www. google. com. SOUZA, V. A. F. A. STANGANELLI, L. br/seer/rbf/index. php/RBFutebol/article/viewFile/71/67>. Acesso em: 26 abr. PEREIRA, Júlio da Silva Sosa. DESAFIOS E ESPECIFICIDADES DA PREPARAÇÃO FÍSICA NO FUTEBOL E SUA RELAÇÃO COM O CALENDÁRIO COMPETITIVO. São Paulo: Phorte, 2012. SARGENTIN, Sandro e PASSOS Thiago. Treinamento funcional no futebol. São Paulo: Phorte, 2012. SILVA, Eduardo Luís da. Alterações da Resistência Aeróbia em Jovens Futebolistas em um Período de 15 Semanas de Treinamento.

Revista da Educação Física, Maringá, v. n. p. Disponível em: <https://www.

200 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download