Qual o objeto de estudo da Antropologia cultural

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Antropologia

Documento 1

Contudo, segundo Matta (2000), não seria fértil a postura de começar falando da história da Antropologia a partir de um nascimento na Grécia, tomando a figura e os trabalhos deste historiador. De fato, não são todos os antropólogos que aceitam a ideia de uma gênese da antropologia a partir dos trabalhos gregos. Segundo Copans (1971), ao afirmar que a história da antropologia é também a história das relações entre as sociedades europeias e as sociedades não europeias. A antropologia surge da observação das diferenças entre os indivíduos no seio da sociedade, ou seja, quando estas se tornaram interessantes e não um sinal de inferioridade. Segundo Matta (2000), é especular sobre o modo pelo qual os homens perceberam suas diferenças ao longo de um dado período de tempo.

A antropologia, de imediato, elaborou um conhecimento sobre as sociedades situadas em espaços geográficos longe das sociedades ocidentais. Neste contexto, o seu objeto de estudo foram as populações que não pertencem à civilização ocidental. Segundo Laplantine (2000), as sociedades primitivas passam a ser tomadas como objeto de estudo da Antropologia. Com o passar do tempo, a forma de estudar a cultura das outras sociedades se modificou, pois, segundo Sanchis (1999), é a partir do encontro com o diferente que posso questionar os meus padrões de compreensão do mundo, de valorização e de comportamento. Ainda este autor explica que: “O ‘Outro’, que ela ia procurar longe, se acostuma a encontrá-lo no interior do próprio grupo social de seus cultores”. Sendo assim, segundo Oliveira (2000), significa dizer que o pesquisador assume um papel aceitável pelos membros daquela sociedade, possibilitando, assim, o contato.

Segundo Brandão (2007), Observação participante é estar presente no lugar observando e compreendendo o que está acontecendo. É participar da vida cotidiana das pessoas: Eu quero me meter nos bares, dentro da casa, nas manhãs da vida das pessoas, nos lugares de igreja e principalmente nos lugares de trabalho. Como toda ciência a antropologia se utiliza de métodos científicos para a sua realização. Neste contexto, Malinowski (1984) propôs três princípios metodológicos: o pesquisador deve ter objetivos genuinamente científicos e deve conhecer bem as teorias antropológicas. O antropólogo tornar-se etnógrafo quando ele sai de dentro de seu escritório e vai a campo para realizar o seu trabalho etnográfico. Segundo Evans-Pritchard (1999), a etnografia é o estudo aprofundado de um único povo ou de um agrupamento de povos intimamente relacionados, e que a mesma deveria durar pelo menos por dois anos de pesquisa de campo.

Segundo Malinowski (1984), Todos esses fatos são denominados por como os imponderáveis da vida real, que se constituem em uma série de fenômenos de suma importância e que não podem ser registrados apenas com o auxílio de questionários ou documentos, devem ser observados em plena atividade, de modo a extrair a atitude mental que neles se expressa. O etnógrafo na realização de suas pesquisas etnográficas deve ser neutro e imparcial. Ele não pode emitir juízos de valor acerca do objeto de sua pesquisa. O trabalho do antropólogo. ed. Brasília: Paralelo 15; São Paulo: Unesp, 2000. O ofício do antropólogo, ou como desvendar evidências simbólicas. Brasília: UNB, 2007. ed. São Paulo: Perspectiva, 1999. Série Estudos Antropologia) GEERTZ, Clifford.

A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. Individualismo e cultura: notas para uma antropologia da sociedade contemporânea. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

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