A TRAJETÓRIA DA MULHER NO MAGISTÉRIO

Tipo de documento:Crítica Literária

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Nesse período, em conseqüência da formação cultural européia dos colonizadores e da obediência dos valores cristãos, as mulheres eram reclusas no lar, e por não saber ler e escrever, acabavam se tornando desprovida de expressão e autonomia. Segundo Azevedo: A situação tradicional de inferioridade em que as colocaram os costumes e as leis, a ausência de vida social e mundana e a falta quase absoluta de instrução, pois raramente aprendiam a ler e a escrever, davam-lhes essa timidez e reservas habituais que as faziam coroar ao serem surpreendidas por estranhos ou as deixavam desconcertadas diante de hóspedes e forasteiros. AZEVEDO apud TORRES & SANTOS, 1969, p. O seu mundo era limitado ao espaço doméstico, cuidando do lar e dos seus integrantes para que nada tirasse a estabilidade da atmosfera familiar.

Como afirma Saffioti: O ideal de educação feminina limitava-se exclusivamente às prendas domésticas. Com a Proclamação da Independência, na Constituição de 1823, a idéia de proporcionar instrução as mulheres é fortalecida. Em 1824 foi proposta a instrução primária gratuita para todos. Serão nomeadas mestras de meninas e admitidas a exame, na forma já indicada para as cidades, vilas e lugarejos mais populosos, em que o presidente da província, em Conselho, julgar necessários esse estabelecimento [. aquelas Senhoras, que por sua honestidade, prudência e conhecimentos se tornarem dignas de tal ensino, compreendendo também o de coser e de bordar. SAFFIOTI, 1969, p. Compreende-se, assim, que se pode chamar de ‘professor’ qualquer um, saiba ou presuma saber, e não somente ‘ao que saiba ou deva saber ensinar.

CAMPOS, 2002, p. Conhecimentos especializados não eram importantes, o currículo da escola normal era limitado a uma repetição do currículo das escolas elementares. CAMPOS, 2002). De acordo com Silva, “a compreensão da importância do problema da formação dos professores primários, enquanto condição do desenvolvimento da educação popular ocorreu no Brasil em fase relativamente tardia e de forma lenta”. Algumas mudanças foram verificadas no âmbito educacional, refletindo-se na formação dos professores e na própria atuação e composição do corpo docente. A participação feminina na vida pública ocupava espaços importantes, por exemplo: as mulheres conquistaram o direito do voto. A participação das mulheres no magistério primário já era mais de 80%. Em 1940 o número de mulheres professoras já ultrapassava o índice de 90%.

A mulher tornou-se participante do mundo do trabalho, especialmente na função de docente. S. SILVA, V. L. G. Feminização do magistério: vestígios do passado que marcam o presente. CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em Ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2000. HEYWOOD, Colin. Uma história da infância: da Idade Média á época contemporânea no ocidente. Histórias e políticas de educação infantil. In: C. Fazolo, E. Carvalho, M. C. SAFIOTTI, H. T. B. VARGAS, M. M.

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