EDUCAÇÃO INFANTIL

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

A criança era vista como um adulto em miniatura, que participava de todos os acontecimentos do cotidiano da vida adulta sem nenhuma restrição. “A criança era considerada um pequeno adulto, que executava as mesmas atividades dos mais velhos. Possuíam pequena expectativa de vida, por causa das precárias formas de vida” (FARIA 1997, p 56). A criança não estava preparada, mas a ela era transmitida uma gama de conhecimentos acumulados pelos adultos, que assim faziam sem nenhum pudor, como mostra Heywood: A infância foi entendida de forma imprecisa e até por vezes desdenhada. As crianças a maioria delas eram obrigadas a seguir os passos de seus pais com sua ocupação e sua posição na vida claramente mapeadas com antecedência. O interesse pelas crianças como forma de diferenciar a infância de outras etapas da vida fundamentava-se na aquisição das habilidades necessárias para o sucesso no comércio ou nos ofícios Assim, a família adquire um caráter mais fechado e as crianças passam a ser o centro de suas atenções.

Surge uma visão de infância como fase para educação, particularmente para os meninos. A criança passa a ser considerado um ser incompleto que necessita de um período para aprendizagem (HEYWOOD, 2004). Nesse período começa a existir uma preocupação em conhecer a mentalidade das crianças a fim de adaptar os métodos de educação a elas, facilitando o processo de aprendizagem. Surge uma ênfase na imagem da criança como um anjo, "testemunho da inocência batismal" e, por isso, próximo de Cristo (LOUREIRO, 2005 p. E as Instituições passam a atender os filhos das mães que trabalham nas indústrias e também os filhos das empregadas domésticas, elas surgem com um caráter de assistência a saúde e preservação da vida, não se relacionando com o fator educacional.

Segundo Souza: A pré-escola surgiu da urbana e típica sociedade industrial; não surgiu com fins educativos, mas sim para prestar assistência, e não pode ser comparada com a história da educação infantil, pois esta, sempre esteve presente em todos os sistemas e períodos educacionais a partir dos gregos. SOUZA, 2003, p. Até o ano 1920, as creches populares tinham um caráter assistencialista, atendiam somente o que se referia à alimentação e higiene. A partir desta data, deu início à uma nova configuração, passava-se à defesa da democratização do ensino, educação significava possibilidade de ascensão social e era defendida como direito de todas as crianças. Nos anos 1980, com a Constituição de 88, a educação pré-escolar é vista como necessária e de direito de todos, além de ser dever do Estado e deverá ser integrada ao sistema de ensino (tanto creches como escolas).

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e o adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura,à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. BRASIL, 1988). De acordo com Kramer: De esquecido e ignorado, o pré-escolar foi repentinamente colocado sob os holofotes dos educadores, sanitaristas, assistentes sociais, jornalistas e autoridades. No inicio de forma discreta, e depois cada vez mais insistentemente, ele tem-se tornado o alvo de inúmeros programas governamentais, projetos de pesquisas, reivindicações de grupos privados. A LDB 9. passou a considerar a educação infantil como primeira etapa da Educação Básica.

Dessa forma, o trabalho pedagógico com a criança de 0 a 6 anos adquiriu reconhecimento e ganhou uma dimensão mais ampla no sistema educacional, qual seja: atender às especificidades do desenvolvimento das crianças dessa faixa etária e contribuir para a construção e o exercício de sua cidadania. BRASIL, 2006, p. É importante destacar que com a promulgação da Constituição de 1988 e da LDB 9. BRASIL, 2006). REFERÊNCIAS: ARIÈS, Philippe. História Social da criança e da família. ª ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981 BRASIL. CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em Ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2000. FARIA, S. Histórias e políticas de educação infantil. HERMIDA, Jorge Fernando (org. Educação Infantil: política e fundamentos. João Pessoa: Editora Universitária/ UFPB, 2007.

HEYWOOD, Colin. Uma história da infância: da Idade Média á época contemporânea no ocidente. São Paulo: Cortez, 2005. MACHADO, Maria Lucia. Encontros e Desencontros em Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 2002. SOUZA, J. UFMS, 2002.

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