A Inconfidência Mineira

FIM DO MOVIMENTO. CRISE DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL. INTRODUÇÃO A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, aconteceu no ano de 1789 (mesmo ano que iniciou a Revolução Francesa). Para entendermos melhor sobre esse acontecimento precisamos entender o que estava acontecendo no Brasil antes deste movimento. Todo país estava passando por grande processo de descobrimento do Ouro e muitas pessoas estavam atrás desse mineral, o que todos não sabiam era que o ouro um dia iria acabar, pois se trata de um recurso finito, mas por estarem encontrando Ouro com abundância, todos acreditavam que isso iria durar para sempre. Muita gente começou a conspirar para tentar mudar a situação a partir dessa ameaça. E assim se dá o início do que nós chamamos de “Conjuração Mineira” ou “Inconfidência Mineira”.

Toda a Elite de Minas Gerais começou a se juntar em algumas reuniões secretas que aconteciam nas casas grandes que hoje viraram monumentos históricos, para discutirem uma proposta de acabar com essa situação. COMO SE DESENROLOU A INCONFIDÊNCIA MINEIRA? A Inconfidência Mineira pretendia eliminar a dominação portuguesa de Minas Gerais, estabelecendo um país independente. SEUS ENVOLVIDOS: Os inconfidentes: Domingos de Abreu Vieira, os padres José da Silva e Oliveira Rolim, Manuel Rodrigues da Costa e Carlos Correia de Toledo e Melo, o cônego Luís Vieira da Silva, os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, o coronel Francisco Antônio de Oliveira Lopes, o capitão José de Resende Costa e seu filho José de Resende Costa Filho, o sargento-mor Luís Vaz de Toledo Pisa e o alferes Joaquim José da Silva Xavier, apelidado de "Tiradentes".

Um deles morreu na prisão e outros doze foram condenados à morte. Vale lembrar que como o movimento foi feito pela Elite Econômica e Intelectual, essa condenação de doze pessoas muito importantes, muito ricas, gerou uma grande polêmica e grande indignação, então no dia seguinte da condenação a pena de onze dessas pessoas foi mudada. A maior parte dos inconfidentes foram condenados apenas a serem expurgados do pais, eles acabaram sendo mandados para colônias portuguesas na África e apenas um deles que foi condenado a morte que é o que conhecemos de Tiradentes e ele foi condenado justamente por ser o único que nunca negou o movimento, ele inclusive assumiu a liderança, mesmo não sendo o único líder e também porque ele não abriu mão dos princípios republicanos que ele tanto acreditava, e ele foi condenado a ser morto, e foi morto no Rio de Janeiro por enforcamento no dia 21 de abril de 1792 e seu corpo foi esquartejado e vários pedaços foram deixados em pontos das estradas de Minas e sua cabeça foi deixada em um poste no lugar que hoje conhecemos como praça Tiradentes, e assim teve o fim do movimento aonde só Tiradentes foi condenado a morte.

CRISE DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL A inconfidência mineira foi um movimento separatista, um estado que queria se tornar independente do restante do país e fez parte do que chamamos de Crise do Antigo Sistema Colonial: que decorreu pelo surgimento de novas ideias e pelas transformações econômicas e sociais, além do próprio desenvolvimento da colônia. A Inconfidência Mineira foi um dos principais movimentos emancipacionistas. Mas a Coroa foi mais forte e logo retomou o controle de toda situação acabando o planejamento do movimento. Como a Inconfidência Mineira foi pensada pela Elite Econômica e Intelectual, a forma de punição foi bem mais branda do que por exemplo, na Conjuração Baiana, onde a Coroa acabou matando brutalmente todos os rebeldes. Por causa desse movimento, a Inconfidência Mineira passou a fazer parte historicamente da Crise do Sistema Colonial, por se caracterizar com uma organização que queria derrubar a coroa, tornando algo independente e com seus próprios princípios.