Santa Genoveva

Diz-se que já havia escolhido este caminho quando tinha apenas seis anos de idade. No ano de 430, quando Genoveva tinha aproximadamente sete anos de idade, teve um encontro com São Germano, bispo de Auxerre. Ele havia sido enviado, na companhia de São Lupo, bispo de Troyes, em nome do Papa São Bonifácio para combater a heresia na Grã-Bretanha, porém os dois bispos decidiram fazer uma pequena parada na aldeia de Nanterre, aproveitando seu tempo ali para se dirigirem à Igreja, com o intuito de rezar pelo sucesso da viagem. Ao chegarem ao local, foram recebidos pela devoção do povo, sendo cercados pela multidão que humildemente lhes pedia bênçãos, até que São Germano vislumbrou uma pequena menina na multidão, perguntou seu nome e pediu que ela fosse levada até ele.

Diz-se que o santo aproximou-se da menina, então declarou aos seus pais: “Feliz de vós que tendes esta menina! Ela será grande perante Deus e, atraídos por sua virtude, muitos pecadores abandonarão o pecado e seguirão a palavra de Jesus Cristo!”, e deu a ela, como presente, uma cruz, pedindo-lhe que não se deixasse levar por jóias ou ouro, caso contrário nunca encontraria “a luz eterna”. Genoveva também foi nomeada pelo bispo de Paris a cuidar do bem-estar das virgens dedicadas a Deus, ajudando-as a encontrar um nível muito alto de clareza e purificação divina. Isso tudo, porém, apenas aconteceu após ela ter sido salva e defendida por São Germano, quem a santa voltara a encontrar, após seus inimigos tentarem afogá-la em um lago de fogo.

Um dos eventos mais conhecidos da vida de Santa Genoveva foi quando um bárbaro chamado Átila, o Huno, e também conhecido como Flagelo de Deus, liderou seu exército através do continente, com a intenção de tomar o poder da Gália das mãos do então governo. Átila era o rei de seu povo, possuindo inúmeras terras e riquezas, e era considerado um dos maiores inimigos do império romano, apesar de ter sido conhecido como um rei bastante cruel. Quando o rei Átila, o Huno, atravessou o Rio Reno e, acompanhado pelos homens de seu exército, dirigiu-se à cidade de Paris, onde então residia Genoveva, os cidadãos parisienses entraram em pânico e tentaram fugir da cidade. Após a morte do rei Childerico, quem assumiu seu lugar no trono foi Clóvis, que casou-se com a filha mais velha do antigo rei.

Este mesmo também tinha grande admiração por Genoveva, convidando-a a fazer parte de seu conselho, e tendo grande confiança nela. O rei Clóvis, assim como seu antecessor, também chegou a libertar vários prisioneiros a pedido de Genoveva, e a santa até mesmo o guiou em sua conversão, de pagão para cristão, no ano de 496. Conta-se que Genoveva desenvolvera todo o planejamento para a construção de uma igreja para os santos Pedro e Paulo, a ser construída no meio de Paris, tendo sua construção iniciada por rei Clóvis, e completada por sua esposa, Clotilde, após a morte do rei. Nesta igreja, Genoveva finalmente pode ministrar.