Macumba

Os proprietários brasileiros de escravos, ao contrário dos proprietários dos Estados Unidos, permitiram que os escravos continuassem a utilizar os tambores com que convocavam os Deuses. Assim, começou o ritmo dos santos, o samba, e isso explica por que as "batucadas" brasileiras reinam inigualáveis ​​hoje. O Brasil já tinha muitas religiões no século XVI. A Igreja Católica Romana tentou converter as tribos indianas locais e fazê-las abandonar as suas crenças nativas. Os proprietários de escravos proibiram a praticar da sua forma de culto africana, de modo a que os escravos incorporassem as suas crenças nos espíritos e na magia das crenças nativas. Embora eles compartilhem o mesmo conjunto de crenças, os dois nomes refletem uma diferença de ênfase.

Umbanda supostamente funciona "para sempre", enquanto Quimbanda se distingue pela intenção de trabalhar "para o mal". Esta é uma interpretação simplista, no entanto, porque a ambivalência entre o bem e o mal parece, na realidade, ser característica dos mitos fundamentais desta vertente da religião, que concebe o cosmos como dividido entre diferentes fações, que se relacionam entre si através de ataques místicos e defesas. Tal como nas lutas do amor e outras situações competitivas, o que é bom para uma das partes pode ser ruim para o outro, e vice-versa. A mitologia da Umbanda tem um senso claro de hierarquia. Os Centros de Umbanda são, portanto, centros para avaliar e resolver uma multidão de conflitos que atacam as pessoas em suas vidas diárias.

Eles se especializam na identificação das causas da infelicidade e são bem versados ​​na psicologia social local. Eles ajudam a explicar o problema e a investir com um significado maior. A rotina competitiva da vida quotidiana, onde as desigualdades geram inveja e ressentimento, resulta no desenvolvimento de feitiços malignos ou simplesmente de vibrações negativas que prejudicam. O povo da Umbanda (pode-se dizer, em grande medida, o povo do Brasil) vê o “olho do Mal” de uma forma muito séria.   Arranjar três moedinhas e três docinhos e atirá-los para um jardim, oferecendo a Cosme e Damião, desejando que nunca mais perca dinheiro. Para que não tenha prejuízos.   Antes de sair de casa, pela manhã, pegar num raminho de arruda e passa-la formando uma cruz, por três vezes, na pele do peito.