Relatório de Estágio Supervisionado em Unidade Hospitalar

HOSPITAL REGIONAL DE ARARANGUÁ. ESTÁGIO HOSPITALAR SUPERVISIONADO I. Pronto-socorro. Verificação de Sinais Vitais. Exame de Glicemia Capilar. Troca de Frauda Geriátrica. Curativo Oclusivo. Retirada de Acesso Venoso Periférico. Estudo de Caso. Maternidade. O presente relatório consiste em um conjunto das técnicas utilizadas em cada setor da instituição, com o seu protocolo na íntegra e a especificação dos materiais necessários. HOSPITAL REGIONAL DE ARARANGUÁ O Hospital Regional Martinho Afonso Guizzo foi fundado em 1986 é localizado na cidade de Araranguá, Santa Catarina. Hoje, após muitas mudanças, é uma instituição totalmente vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e tem em sua administração o Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (IDEAS). O Hospital, que é referência para toda a região sul do estado, conta com um setor de internações que contém pronto-socorro adulto e pediátrico, ambulatório, centro obstétrico, bloco cirúrgico, clínica médica, clínica cirúrgica, infectologia, maternidade, pediatria, unidade de tratamento intensivo (UTI), centro de materiais estéreis (CME), hemodiálise, higienização, farmácia, serviço de nutrição e dietética (SND), entre outros.

Registrando, segundo o Governo do Estado de Santa Catarina, uma média mensal de 2,6 mil atendimentos ambulatoriais, 4,1 mil atendimentos no pronto-socorro, 382 cirurgias, 2,9 mil exames e 620 atendimentos nos setores de internação. Verificação de Sinais Vitais A verificação de sinais vitais consiste no monitoramento das funções orgânicas do corpo do paciente para identificação de alterações. Todo profissional da saúde deve ter domínio dessas técnicas, sendo que são quatro principais: 7 Pressão arterial: • Lavar as mãos e colocar luvas de procedimento; • Reunir materiais; • Orientar paciente quanto ao procedimento; • Posicionar braço escolhido para aferição apoiado a nível do coração; • Palpar pulso radial; • Colocar bolsa do esfigmomanômetro sobre a artéria braquial; • Insuflar bolsa do esfigmomanômetro; • Colocar estetoscópio em cima da artéria braquial; • Desinsuflar manguito lentamente; • Realizar ausculta (os primeiros ruídos a serem escutados correspondem à pressão sistólica e os últimos à pressão diastólica); • Desprezar luvas no lixo infectante e lavar as mãos; • Realizar anotações; ◦ Materiais: luvas, estetoscópio e esfigmomanômetro.

Frequência cardíaca: • Lavar as mãos e colocar luvas de procedimento; • Reunir materiais; • Orientar paciente quanto ao procedimento; • Palpar a artéria radial com os dedos indicador e médio para sentir a pulsação; • Contar batimentos cardíacos por um minuto; • Desprezar luvas no lixo infectante e lavar as mãos; • Realizar anotações; ◦ Materiais: luvas de procedimento e relógio com ponteiro de segundos. Frequência respiratória: • Lavar mãos e colocar luvas de procedimento; • Orientar paciente dando as mesmas recomendações da verificação de frequência cardíaca (ele não pode saber que seus movimentos respiratórios estão sendo observados); • Contar os movimentos respiratórios em um minuto; • Desprezar luvas no lixo infectante e lavar as mãos; • Realizar anotações; ◦ Materiais: luvas e relógio com ponteiro de segundos.

Temperatura: • Lavar mãos e colocar luvas de procedimento; • Orientar paciente quanto ao procedimento; • Colocar termômetro na axila, mantendo o braço do paciente fechado; • Retirar termômetro após o término e ler a temperatura; • Desprezar luvas no lixo infectante e lavar as mãos; • Limpar termômetro com algodão e álcool; • Realizar anotações; ◦ Materiais: luvas, termômetro, algodão e álcool. • Rever prescrição médica e dados do paciente; • Separar material necessário em bandeja; • Lavar mãos e colocar luvas de procedimento; • Garrotear acima do local escolhido para punção, pedindo que o paciente feche a mão e mantenha o braço imóvel; • Realizar a assepsia do local com algodão e álcool no sentido distal para o proximal; • Esticar a pele com o polegar da mão não dominante para manter a veia estável; • Introduzir cateter com o bisel para cima em um ângulo de 25 a 45º e observar o sangue fluir no reservatório; • Retirar apenas a agulha do equipamento, deixando o acesso; • Retirar garrote; • Aplicar medicação; 11 • Fixar cateter com esparadrapo (primeira fita de esparadrapo logo abaixo do local de punção, segunda fita sobre a porção externa do cateter e terceira fita envolvendo esta porção, cruzando na região anterior, tipo “gravatinha”); • Identificar esparadrapo com data, horário e responsável pela punção; ◦ Materiais: luvas de procedimento, algodão, álcool, medicação a ser administrada, abocath, esparadrapo e caneta.

Eletrocardiograma Eletrocardiograma é o exame que consiste na representação gráfica das oscilações das atividades elétricas do coração durante seu funcionamento, a partir de eletrodos cardíacos fixados na pele. Seu resultado é registrado em gráficos que indicam se a atividade dos músculos cardíacos estão dentro da normalidade ou se existem alterações a serem observadas. • Rever os dados do paciente e prescrição médica; • Orientar paciente quanto ao procedimento e solicitar que permaneça em decúbito dorsal; • Lavar mãos e colocar luvas de procedimento; • Instalar eletrodos em membros superiores e inferiores, conectando os cabos adequados de acordo com as cores; • Ligar o aparelho de eletrocardiograma e esperar a finalização do registro; • Retirar eletrodos; • Desprezar luvas no lixo infectante e lavar as mãos; • Encaminhar exame para o médico responsável; ◦ Materiais: luvas de procedimento, aparelho de eletrocardiograma e eletrodos.

Centro Cirúrgico e Obstétrico O Centro Cirúrgico e o Obstétrico são setores fechados no ambiente hospitalar que estão ligados entre si, possuindo acesso restrito para evitar qualquer tipo de contaminação. Passa por três etapas, sendo a primeira feita pelo técnico de enfermagem, a segunda pelo anestesista durante a cirurgia e a terceira no pós-operatório. • Chamar o paciente por ordem de chegada; 14 • Pedir para sentar-se e colher seus dados pessoas (nome, idade, se faz uso de medicamentos contínuos e se tem alguma alergia); • Verificar pressão arterial; • Realizar anotações; • Pedir para que o paciente vá até o banheiro e substitua sua roupa pela camisola do setor, uma touca e um propé (ajudar quando for necessário); • Entregar pertences do paciente ao acompanhante; • Encaminhar paciente à sala de espera; ◦ Materiais: papel de checklist, caneta, esfigmomanômetro e estetoscópio.

Clínica Médica Consiste no setor que preste atendimento clínico das doenças para pacientes que necessitam de internação hospitalar. Os pacientes chegam encaminhados de outros setores (geralmente pronto-socorro) quando constatado que necessitam de cuidados prolongados. O setor conta com posto de enfermagem, quartos com dois ou três leitos cada, rouparia, sala de preparo de medicação, consultório médico, sala de materiais e equipamentos, expurgo, farmácia e banheiros. • Preparar bandeja com materiais necessários dispostos organizadamente para não dificultar a técnica estéril; • Lavar as mãos e colocar luvas de procedimento; • Abrir pacote de gaze estéril cuidando para não a contaminar; • Abrir pacote e calçar luva estéril na mão dominante cuidando para não a contaminar; • Descobrir curativo cujo e limpar local utilizando soro fisiológico e gaze estéril, seguindo os princípios do menos contaminado para o mais contaminado; • Observar o aspecto e odor da lesão; • Aplicar solução prescrita em gaze e posicionar a mesma em cima do ferimento; • Fixar a gaze com tiras de micropore ou esparadrapo, formando o curativo; • Desprezar luvas e material contaminado em lixo infectante; 18 • Identificar curativo com data, hora e profissional responsável; • Lavar as mãos; • Realizar anotações; ◦ Materiais: luvas de procedimento, pacote de luva estéril, pacote de gaze estéril, saco plástico transparente para descartar o lixo contaminado, soro fisiológico, esparadrapo ou micropore.

Retirada de Acesso Venoso Periférico A retirada de acesso venoso periférico é realizada quando não há mais necessidade de aplicação de medicação no paciente, geralmente em papel de alta hospitalar. • Rever prescrição do paciente; • Separar materiais necessários em bandeja; • Lavar as mãos e colocar luvas de procedimento; • Orientar paciente quanto ao procedimento; • Remover a fixação e o curativo utilizando algodão para comprimir o local; • Retirar acesso utilizando ainda o algodão comprimido para evitar extravasamento de sangue; • Fixar algodão com esparadrapo ou micropore; • Desprezar luvas e materiais em lixo infectante; • Realizar anotações; ◦ Materiais: bandeja, luvas de procedimento, algodão e esparadrapo ou micropore. Estudo de Caso Estudo de caso é um instrumento pedagógico que tem como intuito 19 proporcionar um primeiro contato do estagiário com o paciente e vice-versa.

Esse momento é utilizado pelo aluno para obter informações pessoais e clínicas do enfermo, que posteriormente serão compartilhadas com o grupo. Pesagem Neonatal O objetivo da pesagem do recém-nascido é verificar e acompanhar a variação de peso para detecção precoce de anormalidades de crescimento. É feita pela equipe de enfermagem a partir do segundo dia de vida do bebê. • Limpar a balança com compressa e álcool e a cobrir com duas folhas de papel toalha para evitar que o bebê entre em contato com a superfície fria; • Orientar a mãe sobre o procedimento; • Lavar as mãos; • Retirar a roupa e a frauda do bebê; • Posicionar o bebê no centro da balança em decúbito dorsal e ler o valor; • Recolocar frauda e roupa; • Lavar as mãos; • Realizar anotações; ◦ Materiais: balança neonatal, compressa, álcool e papel toalha.

Clínica Cirúrgica A clínica cirúrgica é o setor destinado ao atendimento pré e pósoperatório, com o objetivo de ofertar os cuidados específicos que o paciente deve desde o momento em que descobre que fará uma cirurgia até o término da mesma. Este setor conta com posto de enfermagem, quartos com dois ou três leitos, salas de espera, procedimento, materiais, equipamentos e preparo de medicamentos, rouparia, expurgo e banheiros.