Resenha de O Pequeno Hans

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Gestão de crédito

Documento 1

O relato do Doutor Sigmund Freud se da em aproximadamente 90 páginas, onde podemos encontrar diversos diálogos entre o pequeno Hans e seus familiares, o pai do pequeno Hans participava das reuniões de quarta-feira, e compartilhava com Freud as questões sobre as vivencias do filho, e desta forma, seguiu-se uma “análise” do desenvolvimento psicossexual do menino, inclusive contribuindo para a postulação da teoria freudiana.  O caso no traz diversas conclusões de Freud a respeito de todo contexto vivido e experimentado pelo menino mesmo em sua pouca idade, a fobia do pequeno Hans e um dos temas abordados, Freud também nos mostra, através de um histórico rico em detalhes à teoria da sexualidade infantil. Veremos aqui o caso clínico de um paciente bem jovem para ser mais exato de apenas cinco anos de idade o pequeno Hans, Freud diz logo em sua introdução que direcionou todo o tratamento mais foi o pai da criança que o aplicou, seu pai era um adepto da psicanálise e relatava o cotidiano do menino ao Doutor Sigmund Freud através de cartas, todo o desenvolver de suas vivências eram descritos, tudo que o pequeno sentia e pensava, é na visão de Freud ninguém mais poderia fazer tão bem esse papel quanto seu próprio pai, por ser uma figura de autoridade em sua vida, os dois então mantinham em uma só figura dois papeis, uma em relação ao seu amor de pai, e outra do seu relevante interesse cientifico, Freud se sentia grato ao pai por compartilhar a ele tais relatos e permitir prosseguir em seus estudos.

Os estudos vão se dando em camadas através de varias observações relatadas, no caso do pequeno Hans são apresentados relatos das curiosidades constantes de um menino, esses relatos começam a ser feitos a partir dos seus três anos de idade aonde a criança fazia constantes indagações sobre seu órgão genital que apelidava carinhosamente de pipi, em certa ocasião chegou a comparar seu órgão genital com o de sua mãe, após essa situação comparava também com o tamanho do órgão genital de animais grandes, tinha curiosidades infinitas, queria ver o pipi de sua mãe, de amigas e também demonstrou em certo momento gostar de ser observado enquanto fazia pipi, claramente tinha prazer na situação, mais tarde ao adquirir mais idade, e com o passar do tempo tal ato começou a envergonhar o menino, ele já não se sentia tão à vontade com a situação, como já havia demonstrado sentir prazer antes, foi notória essa mudança em seu comportamento, no desenrolar do caso.

Aos três anos e meio sua mãe o repreendeu e o ameaçou o levar ao médico para cortar fora o seu pipi, sua mãe observou o pequeno Hans manipulando o seu órgão genital, a criança estava claramente se masturbando. Ainda sobre a Fobia no caso do pequeno Hans, há relatos de que o medo a cavalos ficava mais acentuado, e se dava na maior parte durante a noite, podemos perceber no caso que tal ato se dava, pois o menino sabia que durante a noite devido a seu medo seria levado à cama de sua mãe, ele desejava dormir com sua mãe, percebendo se assim uma ligação muito forte a ela. Alguns outros sonhos apresentados pelo menino também foram referenciados no caso, ele tinha medo de perder a sua mãe acordou chorando certa noite, o que desencadeou uma crise de ansiedade o que para ele era uma forma de expressar a repressão sofrida.

Mais tarde alguns outros medos de Hans foram apresentados, ele sempre procurava consolo em seus pais, em certo momento, o menino em um grau elevado de entendimento demonstrou entender que durante seus medos existia o oculto desejo de estar próximo a sua mãe, na verdade existia certa hostilidade pelo seu pai, pelo fato de pensar querer que ele se afastasse de sua mãe, o menino queria a mãe só para ele, com atenção e amor único, o que era demonstrado em grandes partes de seus atos ser seu maior desejo. As observações por parte de seu pai prosseguiam ao longo das fantasias que iam sendo descritas e contadas pelo menino, Hans algumas vezes chegava ate mesmo a ser pressionado por seu pai, no intuito de seguir suas próprias linhas, o pai em certo momento agiu de tal forma, o que na verdade poderia estar impedindo que a criança agisse naturalmente e isso poderia não apresentar por vezes uma analise totalmente fiel aos fatos.

Os ciúmes e a aversão que foram relatados aqui em relação a sua pequena Irmã Hanna após seu nascimento, devido a um sentimento de ser deixado em segundo plano desapareceu, o menino não demonstrava o desejo de ter mais irmãos, chegou a sugerir aos seus pais que pagassem a cegonha para que não viesse mais trazer bebês, isso embora não estivesse convencido da versão relatada por seu pai e deixou isso claro durante um dialogo. Também e visto como normal ocorrer um desejo natural em crianças de tocar suas genitais pela sensibilidade da região pubiana, a descoberta da sexualidade, ao surgir severa proibição e repressão a tal ato, veio à tona, gerando conflitos, um deles foi o medo da castração, vemos que a fobia da criança em relação à mordida de cavalo, o que não e normal, não se veem cavalos mordendo por ai, como isso poderia passar na cabeça de uma criança tão pequena, mais tal sonho ficou bem definido após o detalhamento da criança sobre não gostar especificamente de cavalos com tais partículas pretas ao redor da boca, o que levava ao simbolismo de sua figura paterna e a relação ao medo da punição que pudera sofrer por parte de seu pai, por apresentar desejos que eram incestuosos.

A relação de crianças do sexo masculino e particular, pois apresenta o desejo da criança ao seio materno, as crianças apresentam desejos pelas mães, à figura materna e bem forte na relação, isso também gerou medo no menino, por um espaço que era tomado por seu pai e pelo então nascimento de sua irmã, outros questionamentos vieram a tona, suas relações com outras crianças também era uma forma de expressar suas emoções reprimidas, algo que foi negado ao menino devido entre outros fatores a falta de informações, ele mantinha sua busca pelos seus próprios meios, assim se expressava através de suas fantasias as suas fobias e medos iam surgindo, já que os esclarecimentos reais eram tidos como proibidos para aquela época.

Se fosse tomado outro caminho no caso, sendo o de revelações as suas duvidas de uma maneira mais realista, a ânsia por tais questionamentos teriam se findado, teriam evitado muitos dos medos e aflições vividas em todo o caso pelo menino Hans, que por apresentar claramente uma superior inteligência a frente de seu tempo, não sabia lidar com os fatos cotidianos e se expressava dessa maneira.

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