DEFICIÊNCIA AUDITIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: “A INCLUSÃO E O PAPEL DO PROFESSOR DURANTE ESSE PROCESSO”

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Administração

Documento 1

Ao professor Adans Lennon Guidi, pela orientação desta monografia e por todo apoio no desenvolvimento da pesquisa e temática. A todos que direta ou indiretamente contribuíram na construção deste trabalho. RESUMO A abordagem deste trabalho percorre a uma temática que vem preocupando educadores, a inclusão dos deficientes auditivos na educação infantil efetivando a atuação do profissional da mesma. Durante anos tem se debatido sobre este tema, porém, infelizmente nem todos tem conhecimento necessário para receber alunos com esse tipo de deficiência. É notório que os professores ainda não se encontram estáveis diante desta problemática, ainda não se encontram preparados para atender esse aluno com deficiência auditiva, as dificuldades mais frequentes está na comunicação e no ensino aprendizagem do mesmo.

ABSTRACT The approach of this paper travels to a theme that is worrying educators, the inclusion of the deaf in early childhood education effective the professional performance of the same. For years has debated on this topic, but unfortunately not everyone has knowledge to receive students with such disabilities. It is clear that teachers are not yet stable on this issue, are not yet prepared to meet that student with hearing loss, the most frequent difficulties are in communication and teaching learning of it. The inclusion came just expand the possibilities to build a fairer society, giving opportunities for all, to occupy their spaces, seeking to conquer their autonomy. Hearing loss harms not only in language but in education, in their potential and their integration in social life. No entanto, o direito a educação é um direito humano fundamental, que não pode ser subtraído de ninguém, ainda que tenha significativas limitações.

A escola sendo para todos, constitui-se um direito adquirido das pessoas, sejam elas crianças ou adultos, e esses direitos foram adquiridos com o passar do tempo. Nos dias atuais existem diversos documentos que garantem o amparo legal da pessoa com deficiência. A constatação de que nossa Constituição adota princípios e regras afinadas com a chamada inclusão é importantíssimo porque traz consequências práticas na defesa de direitos sociais e individuais indisponíveis. FÁVERO, 2007, p. CAPÍTULO 1: INCLUSÃO E SUA HISTÓRIA Historicamente a inclusão de pessoas com necessidades especiais, tem provocado apreensão em grande parte da sociedade, o preconceito e a discriminação são fatos marcantes, porém o conhecimento e o estudo sobre o assunto começam vencer barreiras, não só arquitetônicas como também sociais e legais.

Considerando que, de modo geral, as coisas e situações desconhecidas causam temor, a falta de conhecimento sobre as deficiências em muito contribui para que as pessoas portadoras de deficiência, por serem diferentes, fossem marginalizadas, ignoradas. MAZZOTA, 2005, p. Porém no momento atual, observa-se que a inclusão é um processo irreversível, embora vista por muitos, como utopia, a inclusão bate à porta das escolas, exigindo que a escola pública execute sua função política e social, comprometida e responsável pela educação de todos e seguindo as orientações da inclusão, isto é, permitir o acesso e permanência a todos os alunos, respeitando suas diferenças. Nessa perspectiva, o que se espera da escola é que seus planos sejam definidos por uma educação para a cidadania global, livre de preconceitos, a qual se dispõe a reconhecer e valorizar as diferenças, a incompletude, a singularidade dos seres humanos, idéias essenciais para se entender a inclusão (MANTOAN apud MITTLER, 2003, p.

Segundo o autor: Inclusão é o processo pelos quais os sistemas sociais comuns são tornados adequados para toda adversidade humana – composta por etnia, raça, língua, nacionalidade, gênero, orientação sexual, deficiência e outros atributos, com a participação das próprias pessoas na formulação e execução dessas adequações. SASSAKI, 2012, p. A inclusão veio justamente ampliar as possibilidades para construir uma sociedade mais justa, dando oportunidades para todos, de ocuparem os seus espaços, buscando conquistar uma autonomia. É no entrelaçamento entre a educação geral, a educação especial e a proposta de educação para todos, em suas dimensões relacionadas às políticas públicas, à formação de professores e às práticas pedagógicas, que se inicia a discussão em torno dos desafios, das possibilidades e das ações para que o processo de inclusão educacional da pessoa com necessidades educacionais especiais seja implementado.

O especial e o comum são vistos como dois problemas distintos que „vem disputando o mesmo espaço, o mesmo lugar físico: a escola pública‟. Um externato feminino foi criado em 1931, e ensina costura e bordado. Ainda segundo Rinaldi (1998), a partir deste momento os surdos brasileiros puderam contar com o apoio especializado, para sua educação. Importante salientar que desde seu início a referida escola caracterizou-se como um estabelecimento educacional voltado para a educação literária e o ensino profissionalizante de meninos surdos, com idade entre 7 e 14 anos. MAZZOTA, 2005, p. De acordo com os registros encontrados em arquivos da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS), o instituto Imperial de surdos-mudos é atualmente conhecido como Instituto Nacional de Educação de Surdos (I.

Deixou o título de internato feminino em 1970, e passou a atender em regime de externato para meninos e meninas. Nesse momento inicia-se também esforços para integração de alunos deficientes auditivos no ensino regular. O Instituto Santa Terezinha é considerado como instituição especializada de elevado conceito, oferecendo aos alunos deficientes auditivos, o ensino do 1º grau, além de atendimento especializado com psicólogos, fonoaudiólogos e médicos. Ainda segundo Mazzota (2005), outro marco importante para a educação da criança surda é a instituição da Escola Municipal de Educação Infantil e de 1º grau Helen Keller, ocorrido em 1951 na cidade de São Paulo pelo prefeito Dr. Armando de Arruda Pereira, sendo considerado I Núcleo Educacional para crianças surdas. O autor relata também que o século XX foi marcado pelo grande aumento de escolas para surdos no mundo, incentivando mudanças significativas, teve seu ponto alto com a assinatura da Lei nº 10.

de 24 de abril de 2002, que identifica a Libras, como a língua materna e mais usada pela comunidade surda do Brasil. Em 22 de dezembro de 2005, o presidente Luis Inácio Lula da Silva e o Ministro da Educação Sr. Fernando Haddad, assinaram o decreto nº 5. de 22 de dezembro de 2005, regulamentando a Lei 10. BRASIL, 1997, p. Na deficiência auditiva há alguns tipos principais de problemas auditivos, como a deficiência de transmissão ou condutiva e a neurossensorial. A surdez de transmissão lesiona o ouvido externo ou médio, causando perda parcial da audição. Já a surdez neurossensorial afeta o ouvido interno e o nervo auditivo, causando a perda do volume sonoro e distorcendo os sons. Para este tipo de surdez em geral não há cura, é irreversível.

b) Causas peri-natais: A criança fica surda, porque surgem problemas no parto, como pré-maturidade, pós maturidade, anóxia, fórceps, infecção hospitalar e outras. c) Causas pós-natais: A criança fica surda, porque surgem problemas após seu nascimento, meningite, remédios ototóxicos em excesso, ou sem orientação médica, sífilis adquirida, sarampo, caxumba, exposição continua a ruídos ou sons muito alto, traumatismo craniano e outros. A perda da audição pode ser de leve a severas ou profundas. Na perda de audição leve a pessoa tem peculiaridades parecidas como de uma pessoa com a audição perfeita. No caso da perda de audição severa ou profunda o individuo apresenta limitações na sua comunicação verbal, bem como no desenvolvimento da sua linguagem, acarretando desta forma prejuízos nas áreas social, acadêmica e ocupacional.

A audição é muito importante para que se tenha um bom desenvolvimento na linguagem e na fala. Quando existe uma deficiência auditiva, mesmo ela sendo de nível leve, pode afetar na linguagem da criança. Nesse caso é necessário que haja uma estimulação para que a linguagem desta criança se desenvolva. Se a criança ao nascer for diagnosticada como deficiente auditiva, essa estimulação deve ser iniciada até o sexto mês, podendo assim ajudar, pois o desenvolvimento da via auditiva parece ser maior. Uma pessoa ouvinte utiliza em sua linguagem os processos verbais e não verbais, já o deficiente auditivo não tem bloqueio na linguagem não verbal. Especificamente na criança surda, observa-se que o atraso na linguagem pode provocar consequências sociais, cognitivas e emocionais, mesmo em casos de aprendizado tardio de uma língua.

Em razão deste atraso, as crianças surdas têm defasagem em relação à escolarização, não apresentam desenvolvimento adequado e com um conhecimento bem abaixo do esperado para sua faixa etária. Sendo assim, constitui-se de elevada relevância a elaboração de propostas educacionais, voltadas ao atendimento das necessidades das pessoas surdas, promovendo desta forma o desenvolvimento concreto de suas capacidades. Diante do exposto, observa-se a influência da surdez na vida do indivíduo, apresentando vários fatores particulares com relação ao seu desenvolvimento físico e mental, inclusive com seu comportamento social, ressaltando a importância da linguagem para o surdo, pois é através dela que promoverá o desenvolvimento de processos mentais, integração social e até da sua personalidade. Sabe-se que através da linguagem a criança ouvinte expressa seu carinho, seus sentimentos, o seu amor, mas é comprovado que a criança com deficiência auditiva não podendo usar a linguagem oral, expressa esses mesmos sentimentos com o olhar, com as mãos, e com atitudes que falam muito mais que a linguagem oral.

Através do contato com seu próprio corpo, com as coisas do seu ambiente [. as crianças vão desenvolvendo a capacidade afetiva, a sensibilidade e a auto-estima, o raciocínio, o pensamento e a linguagem. CRAIDY, KAERCHER, 2001, p. Este período na vida da criança deve ser cuidadosamente acompanhado, observando o desenvolvimento de cada criança, sua interação com os adultos e demais crianças, sendo possível por meio dessas interações, oportunizar situações de comunicação, desenvolvimento da sua cognição, elevando sua autoestima. CAPÍTULO 7: CRITÉRIOS A SEREM TRABALHADOS Cabe também a Educação Infantil, oferecer condições para o amadurecimento da criança, situações que favoreçam a aprendizagem,principalmente por meio das situações pedagógicas e brincadeiras tão presentes neste período.

É por isso que ele vem para acrescentar e nãopara subtrair o direito de acesso ao mesmo ambiente que os demais educandos. FÁVERO, 2007, p. Para a criança com necessidades especiais a escola de Educação Infantil é essencial, e deve estar preparada para recebê-los, é sua atribuição o atendimento educacional diário, atentando-se para as recomendações sobre cada criança, como por exemplo, ensinar a criança a pegar e manusear objetos, ensinar a alimentar-se sozinho conquistando sua autonomia, oferecer estímulos auditivos e visuais e os estímulos necessários ao desenvolvimento global de acordo com sua idade. Fávero (2007) orienta que, se a escola de Educação Infantil se negar a ensinar às crianças as citadas atribuições das atividades de vida diária, fica caracterizada a conduta de fazer cessar a matrícula, isto é considerado pela lei 7.

artigo 8º, inciso I, como crime, e deve ser documentado e denunciado à Promotoria de Justiça do local. Dentre as principais orientações dirigidas a estes professores, pode-se salientar a postura de professor pesquisador, que estuda, lapida-se diariamente, diante a uma demanda de alunos, no qual não existe uma fórmula pronta a ser trabalhada ou respostas infalíveis para as perguntas que surgirão, visto que o foco do professor deve ser a necessidade especial de cada aluno, evitando rótulos e generalizações, considerando a heterogeneidade das turmas de educação especial, pode se indicar a distribuição dos alunos com necessidades especiais, em diferentes classes, levando em conta os princípios da educação para a diversidade, no qual passam a beneficiarem das diferenças, pois ampliam positivamente as experiências de todos os alunos.

Incluir não é favor, mas troca. Quem sai ganhando nessa troca? Todos, em igual medida. Conviver com as diferenças humanas é direito do pequeno cidadão deficiente ou não. Juntos construirão um país diferente. Porém é necessário oferecer aos professores o direito de uma formação continuada no qual exercitem seu potencial e trabalhem positivamente suas fraquezas, para que ocorra um desenvolvimento profissional relevante e de alta qualidade. A formação de professores deverá desenvolver-se em ambiente acadêmico e institucional especializado, promovendo-se a investigação dos problemas dessa modalidade de educação, buscando-se oferecer soluções teoricamente fundamentadas e socialmente contextualizadas. Devem ser utilizados métodos e técnicas que contemplem códigos e linguagens apropriados às situações específicas de aprendizagem, incluindo-se, no caso de surdez, a capacitação em língua portuguesa e em língua de sinais.

SALLES, 2004, p. O professor tem papel relevante na educação, caracterizando-se peça importante frente à necessidade de traçar os rumos da educação, observando as necessidades e o desempenho dos alunos, deve abandonar a postura de professor centrado em si mesmo. CAPÍTULO 11: RECURSOS PEDAGÓGICOS ACESSÍVEIS Tem a função de agir como facilitadores do acesso a aprendizagem tanto na escola como também fora dela. Com recursos pedagógicos acessíveis, os alunos são capazes de participarem de todas as estratégias de ensino oferecidas pela escola e pelo professor, se usados com sabedoria, criatividade e seleção adequada. Assim garantirão efetivamente o desenvolvimento e um bom desempenho dos alunos. Dentro de uma pedagogia que parte das diferenças dos seus alunos, os recursos pedagógicos e de acessibilidade colaboram para uma ativa participação desses alunos no processo escolar.

O professor precisa conhecer o aluno, para isso é necessário desenvolver a habilidade de observar e identificar barreiras que dificultam ou impeçam o aluno de participar do processo escolar. CAPÍTULO 12: COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA (CAA) Impedimentos motores, cognitivos, emocionais ou devido à surdez, podem ocasionar dificuldades na fala e na escrita de muitos alunos com necessidades especiais, limitando sua interação com os demais. Isso pode torná-los passivos e dependentes dos adultos, em outros casos apresentam comportamento agressivo ou de rejeição do conhecimento. Esses alunos nem sempre participam de desafios educacionais, porque os professores não conhecem estratégias e alternativas de comunicação. A CAA proporciona ao aluno com impedimentos na comunicação oral e/ou escrita ser mais participativo nas relações de comunicação, podendo construir seus conhecimentos e ser avaliados neste processo.

Portanto a CAA é uma área da Tecnologia Assistida (TA) e destina-se especificadamente à ampliação de habilidades de comunicação, possibilitando a construção de novos canais de comunicação, valorizando todas as formas expressivas existentes na pessoa, sejam eles gestos, expressões faciais e corporais, sons utilizados para expressar desejos. O mesmo comunica-se por meio de balbucios. A professora conta com o auxílio de uma tutora. No início da aula, os alunos da sala seguem uma rotina, que segundo a professora, se for rompida, mexe com o emocional do aluno, deixando-o agitado. Foi observado que a comunicação utilizada na maioria das vezes é pelo método oral, olhando de frente para o aluno e falando devagar, porém tanto a professora, quanto a tutora e o aluno não conhecem a linguagem dos sinais – Libras.

Foi observado que frequentemente o grupo de crianças se aproxima do aluno, porém às vezes ele é pouco receptivo, bate nos outros alunos. Estes argumentos surgiram após acompanhar a rotina do aluno e receber o resultado da entrevista dirigida ao professor e a tutora. A entrevista apresenta cunho investigativo, procurando descobrir quais os entraves enfrentados por elas, qual o meio de comunicação utilizado entre elas e o aluno, quais as perspectivas sobre o desenvolvimento cognitivo, social da criança, bem como um paralelo entre as dificuldades e os progressos alcançados pelo aluno. Através deste trabalho foi possível concluir que a inclusão é uma realidade, porém é algo muito novo que está acontecendo de forma gradativa, porém lenta. Neste cenário surgiu um novo paradigma, no qual a inclusão é tida como uma realidade que deve estar inserida e também trabalhada no cotidiano da escola regular, pois é direito não só do aluno surdo, mas de todos aqueles que têm alguma necessidade especial, frequentar a sala de aula, como os outros alunos.

Diante desta situação pode se perceber que o professor ainda não está totalmente preparado para enfrentar as diversidades que aparecem no seu dia a dia. Mendes, E. G. Hayashi, M. C. P. br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao. htm> Acesso em: 02 mai. BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial – EDUCAÇÃO INFANTIL – Saberes e Práticas da Inclusão – Dificuldades de comunicação e sinalização – Surdez. Portal MEC, Brasília, 2006 - Disponível em: <http://portal. mec. Brasília: Secretaria de Educação Especial. SEESP, 1997 BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9. de 20 de dezembro de 1996 – Presidência da República – Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, DF. Brasília, DF. Disponível em: <http://www. planalto.

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