Especialização em Psicopedagogia Clínica: As Contribuições da Psicanalise para Psicopedagogia Clínica

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

São Paulo 2016 NOMO DA FAculdade SEU NOME As contruibuições da psicanálise para psicopedagogia clínica. Monografia apresentada á XXXX , como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia Clínica, sob supervisão da orientadora: XXXXX. Aprovado pelos membros da banca examinadora em ___/___/___. com menção ____ (________________). Banca Examinadora _________________________________ _________________________________ São Paulo 2016 resumo O objetivo central deste trabalho é mostrar as contribuições da Psicanálise para a Psicopedagogia Clínica no âmbito da dificuldade e/ou problema de aprendizagem, uma vez que não pode ser tratado apenas como um problema psicomotor, social, emocional ou cognitivo de aprendizagem. Keywords: Psychoanalysis, Education, Clinical educational psychology, juvenile SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO. A PISICANÁLISE E A PEDAGOGIA: UMA RELAÇÃO NAS INTERVENÇÕES PSICOPEDAGOGICAS. A PSICANÁLISE E A PSICOPEDAGOGIA.

DONALD WINNCOTT E A FUNÇÃO DA MÃE. JACQUES LANCA E O NOME DO PAI. O psicopedagogo clínico procura desenvolver no sujeito a confiabilidade em suas ações, através de intervenções que auxiliam no processo de ensino/aprendizagem e a ressignificação das diferentes fases do desenvolvimento. Portanto, cabe ao profissional buscar não só compreender o porquê do sujeito apresentar dificuldade em algo, mas o que ele pode aprender e como (DANTAS E ALVES, 2011). Contudo, o diagnostico está voltado na analise dos sintomas que perturba o aprendente, fazendo com que o psicopedagogo clínico busque meios de avaliar e observar os sintomas, e assim, criar um plano de intervenção que venha a fazer o sujeito autor de sua historia. A Psicanálise e a Psicopedagogia: uma Relação nas Intervenções Psicopedagógicas.

Dentro do sistema educacional, depara-se com crianças e adolescentes que tem dificuldades de aprendizagem não patológicas, ou seja, não orgânicas, causadas por medos, traumas, baixa autoestima, relação do eu com o ambiente externo, a relação da sociedade com o sujeito e vice-versa. Depois, serão introduzidos os conceitos de Jacques Lacan para mostrar que dentro de seu esquema mental, o bebê introjeta de sua progenitora as experiências subjetivas e cognitivas, dando-lhe uma perspectiva privilegiada e individualizada pela qual apreende também os objetos do mundo. Influenciado pela teoria linguística de Saussure, Lacan defende que o significante é uma realidade psíquica produzida por uma imagem acústica, assim como a importância da função do pai no desenvolvimento da criança. Então, têm-se os estudos psicanalíticos baseados nos textos de Anna Freud, filha de Sigmund Freud, percursora na psicanálise infantil e sua contribuição dentro da pedagogia.

Anna deu muita ênfase ao ego na personalidade, não rejeitando o id nem o superego. Estudou principalmente os mecanismos de defesa do ser humano. Seu amigo Breuer era terapeuta de Bertha, que a abandonou após o caso da ‘gravidez fantasma’ que a paciente delirava e afirmava ser filho de Dr. Breuer. Freud então pegou o caso para si e após várias sessões terapêuticas, surgiu com sua primeira premissa de que a histeria é um assunto de sexo e libido. De acordo com Assis (p. através da expressão do paciente sobre suas lembranças e sentimentos que Freud percebeu a importância da fala, chamando-o de método catártico, criando-se então o método da associação livre. Para Freud, é no complexo de Édipo que se encontra o núcleo da neurose.

Com relação à educação, Freud sempre deu preferência a uma leitura mais abrangente quanto aos conceitos educativos como crítica ao sistema de educação “ao destacar que reduzia o sujeito a um simples apêndice da sociedade, ao se nortear por ideais sociais e culturais gerais” conforme explica Mrech (p. A Educação atual não é uma preparação para a vida do sujeito, ela é a própria vida do aluno. Donald Winnicott e a Função da Mãe. Winnicott parte do principio de que a mãe é o sujeito fundamental para o desenvolvimento mental da criança. Nesta etapa, a presença de uma mãe confiável que se adapta às necessidades perfeitamente é primordial. A próxima etapa é a adaptação à realidade, na qual o sujeito começa a compreender e a compensar as falhas do ambiente, tornando o mundo externo uma realidade.

A mãe tem o importante papel de prover ao filho tais elementos da realidade. Quando isso não ocorre, o pensamento do indivíduo começa a assumir o controle e através de uma hiperatividade mental começa a distanciar-se do verdadeiro self. A última etapa é chamada de crueldade primitiva que remete à relação de amor e ódio que o bebê experimenta com a mãe e objetos. Winnicott (p. Enquanto o professor visa o enriquecimento de conteúdos e conhecimentos, o psicoterapeuta tem como principal função entender os processos de crescimento da criança e eliminar os bloqueios que impendem o desenvolvimento do indivíduo, fazendo assim o uso terapêutico do brincar da criança. Dentro desse contexto, o psicopedagogo também faz uso do brincar para sua terapia com o aluno, que neste caso, utiliza-se, dentre outros recursos, da caixa lúdica.

A caixa lúdica, também conhecida como caixa de areia, é composta de uma caixa de madeira, com ou sem areia fina, e componentes a serem inseridos como miniaturas, baralhos, livros, sucatas, etc. que o aprendiz escolhe de acordo com sua vontade de brincar ou contar história no momento. Mrech (in Nova Escola, 2008) explica que sobre a educação, Lacan considera o conhecimento como um ato inerte, já que não há um desejo genuíno desse saber, principalmente porque o professor não busca trabalhar novas possibilidades de prazer (gozo) dos alunos, levando-nos a entender que um dos motivos pelo fracasso escolar seja o desinteresse do aluno. Lacan buscou esclarecer a dinâmica entre o Eu e as instituições de ensino. Mrech (ibid) afirma que “o pai, o professor e as demais figuras de autoridade perderam o lugar simbólico de poder e excelência” e por esta razão, nos deparamos com fatores que dificultam o ensino, como por exemplo, a resistência de alguns alunos em aprender e de alguns professores em ensinar.

Mrech (ibid) ainda acrescenta “O ensino não é mais concebido de forma ingênua e, com base nisso, tem-se a certeza de que não é possível haver a transmissão integral de conhecimentos. No entanto, o próprio objeto da Educação, do ponto de vista científico, é difícil de ser apreendido, dificultando o exercício do trabalho do professor, tornando a prática limitada, a Educação limitada e o professor limitado. Anna Freud, A Precursora da Psicanálise Infantil. Segundo Assis (2007), foi Anna Freud quem buscou estabelecer uma ligação entre a psicanálise e a pedagogia em seus trabalhos sobre o ego e os mecanismos de defesa. Anna defendia que a abordagem psicanalítica deveria vir associada a uma ação educativa, ou seja, a pedagogia psicanalítica.

Após 1940, Anna deu origem ao movimento neofreudiano denominado ‘Psicologia do Ego’. De 1950 até 1982, quando morreu, Anna publicou vários livros e proferiu palestras e cursos pela Europa e Estados Unidos. diz que “A técnica de análise através do brinquedo elaborada por Melanie Klein, é, sem dúvida, de valor para a observação da criança. A criança por natureza não é manipulável pelos métodos de terapia científica, por mais eficazes que sejam. Na educação, o analista, neste caso o psicopedagogo clínico, tem a função pedagógica de entender o que se passa com a criança não somente no âmbito interno, mas também externo, investigando o que ocorre no ambiente em que se encontra como o núcleo familiar e a escola.

Segunda Anna (p. “isso lhe permite examinar e criticar a influência educacional sob a qual a criança está sendo criada”, pois o Ego da criança pode ser inundado de culpa se esta não reage de acordo com o esperado pelo sistema educacional, gerando uma autocrítica que a considera um fracasso, e assim, o sentimento de tensão e ansiedade podem originar a neurose. Assim Pichon-Rivière (p. conclui: “De esto deriva mi definición de vínculo, sustituyendo la denominación freudiana de relación de objeto. O vínculo afetivo de grupo pelo sujeito começa ainda no útero da mãe, quando a criança estabelece dentro da reação biológica o vínculo com a família. Esse vínculo, de fator social, pode gerar segurança ou insegurança, dependendo de sua convivência após o nascimento com sua progenitora.

Temos também o fator constitucional que é o desenvolvimento de seu desempenho dentro do grupo familiar e o fator atual, que indica seu conflito atual com relação ao grupo e, dada às circunstâncias em um âmbito negativo pode dar início à depressão e outras doenças psicológicas: “La tristeza, el dolor moral, la soledad y el desamparo derivan de la pérdida del objeto, del abandono y de la culpa” (Pichon-Rivière, p. Para a realização deste artigo, usou-se do conhecimento científico literário, ou seja, pesquisa de caráter bibliográfico, sendo este o produto resultante da investigação científica, sendo utilizado dentro da literatura pertinente ao tema, interpretações textuais e citações de textos originais, obras e artigos. Considerações Finais A relação de aprendizagem e seu aprendiz estão diretamente relacionados com as dificuldades de aprendizagem não orgânicas, ou seja, conflitos como medos, traumas de infância, baixa autoestima, a relação do eu com o ambiente externo, o aluno e a sociedade que o cerca como a escola, seu lar, seus amigos, etc.

e para que o psicopedagogo ajude o aluno a se desenvolver, fortalecer e conhecer suas habilidades, o profissional pode se apoiar nas literaturas de Freud, já que este especifica em suas publicações os estágios psíquicos relacionados à infância do sujeito, seu ambiente externo e seu relacionamento na sociedade, principalmente com o pai e a mãe, tendo como ferramenta o método da associação livre, onde o sujeito fala livremente sobre seus sentimentos e seus medos sem interferência do terapeuta. Winnicott por sua vez, defende que o brincar faz parte do crescimento como aprendizagem autêntica e tem-se portanto a caixa lúdica como ferramenta para o psicopedagogo ajudar seu aluno a organizar seus pensamentos e assim lidar com seus conflitos. A caixa lúdica faz parte de um brincar utilizada em um contexto interativo e criativo.

REFERÊNCIAS: SCOZ, B. JUDETH L. et al. Psicopedagogia Contextualização, Formação e Atuação do Profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. ASSIS, Árbila L. A.  Influências da Psicanálise na Educação: uma prática psicopedagógica. ed. Curitiba: Ibpex, 2007. Disponível em <http://www. antroposmoderno. com/biografias/pichonriviere. html> acessado em 05/12/2015. FREUD, Anna. MRECH, Leny Magalhães (org.  O Impacto da Psicanálise na Educação. São Paulo: Avercamp Editora, 2005. PICHON-RIVIÈRE, Enrique.  El Proceso Grupal: del psicoanálisis a la psicología social. FE-USP, Ano 06, Col. LEPSI IP, 2006. STÜRMER, Anie e CASTRO, Maria da Graça Kern.  Psicoterapia da infância e da adolescência. Porto Alegre: Artmed, 2009.

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