A RELAÇÃO DO PROFESSOR E ALUNO

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Esp. Maria Célia Barbosa da Costa. SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA/PARÁ 2013/2017 FACULDADES INTEGRADAS DE CRUZEIRO (FIC) ENELY DA SILVA MARINHO LETICIA SIQUEIRA RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO Avaliado por: ________________________________ Data:___________________ Conceito:_________________ SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA/PARÁ 2013/2017 EPIGRAFE DEDICATÓRIA AGRADECIMENTO ENELY DA SILVA MARINHO AGRADECIMENTO LETICIA SIQUEIRA RESUMO O presente trabalho aborda o processo de relação entre professor-aluno e suas implicações na aprendizagem com base em enfoques literários, psicológicos, sócio-históricos e afetivos envolvidos pela Pedagogia Dialógica de Paulo Freire e a Concepção Vygotskyana e demais autores. Com o objetivo de analisar como se processa a relação professor- aluno baseada no diálogo, suas implicações e eficácia no processo educativo, realizou-se um estudo teórico, em que se pesquisou o papel do professor quanto as oportunidades de diálogo, os laços de afetividade, os aspectos psicológicos e as intervenções pedagógicas no processo de aprendizagem do aluno.

“A Relação Professor/Aluno e o Processo Ensino/Aprendizagem. Marcamos nosso lugar de fala nos situando na parte de rios e florestas para discutir as condições de prática e incentivo da leitura na cidade de São Sebastião da Boa Vista. O interesse para estudar este tema partiu da necessidade de conhecer como ocorre a formação de alunos diante da dinâmica utilizada pelo professor, como a família e a escola estão adentrando nessa questão. A partir daí, como educadoras do município de São Sebastião da Boa Vista, procuramos saber e nos dedicar a analisar com base em relatos de educadores e gestores como se pratica a aprendizagem no ambiente escolar. Nesse caminho, algumas questões causaram estranheza, uma delas ao ouvir alguns pais dizerem simplesmente que eles não gostam de deixar os alunos com pessoas estranhas, e que seus filhos não gostavam da escola, que já haviam frequentado mas que não queriam ficar.

Ou seja, de certa forma, a escola não buscou um meio de atrair essa criança e tampouco conscientizar os pais da sua importância para a vida, do aluno. Afetividade, emoções, movimento e espaço físico que se encontram num mesmo plano. As emoções para o autor têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. Olhamos esta realidade do ensino a partir da compreensão do aluno da turma Creche “A) e Pré I enquanto sujeito que vem se formando cidadão na escola, com base na perspectiva freireana e outros estudiosos do campo da educação no que se refere às análises a respeito do desenvolvimento da leitura. Em sua análise, Freire (1996, p. compreende que na educação a interação pelo diálogo é fundamental, assim, podemos fazer uma refletir dessa questão no trabalho com as propostas que propaguem o amor a afetividade entre o professor e aluno.

Em relação aos questionários, analisamos os dois aplicados com as docentes. Fizemos entrevistas com uma mãe de alunos das duas turmas e a coordenadora pedagógica, recortamos esses dados de análise em apenas quatro, duas por estarem dentro da concepção da pesquisa. O objetivo deste estudo é refletir sobre a importância do relacionamento afetivo entre professor e aluno dentro das Instituições de Ensino, buscando fundamentação teórica que possibilite ao professor uma melhor compreensão da importância dessa relação, assim como de suas próprias relações interpessoais  que envolvem a escola e suas diretrizes e estudar as conexões entre o desenvolvimento da afetividade do aluno e o sentimento de responsabilidade social do sujeito. Os procedimentos metodológicos nos fazem entender que o embasamento teórico é de fundamental importância para a pesquisa, pois oferece fundamento para o referido estudo.

Dividida em três capítulos, esta pesquisa oferece aos educadores informações e reflexões sobre a importância da afetividade no processo ensino-aprendizagem. As relações entre professor/aluno/conteúdo não são estáticas, mas dinâmicas, pois se trata da atividade de ensino como um processo coordenado de ações docentes. Freire (1987) em seu livro Pedagogia do Oprimido deixa-nos entender que a relação professor (opressor) e aluno (oprimido) ou vice-versa têm a finalidade de que a relação professor-aluno nesse processo de ensino-aprendizagem gira em torno da concepção da educação, tendo uma perspectiva de que quando todos se unirem na essência da educação como prática de liberdade, ambos abrirão novos horizontes culturais de acordo com a realidade e imaginação de todos os indivíduos, seguido das diferentes culturas de cada um.

Porém um dos maiores problemas relacionados ao fracasso escolar pode estar ligado ao preconceito. Com certa frequência os professores procuram explicar a razão do não aprender do aluno às deficiências orgânicas, psicológicas, culturais em detrimento de um estudo e diagnostico que pudessem esclarecer a situação. Em outras palavras já fazem de antemão o diagnostico e rotulam esse aluno. GÓMEZ, 2000). “O professor autoritário; o professor licencioso; o professor competente, sério; o professor incompetente, irresponsável; o professor amoroso da vida e das gentes; o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca” (FREIRE, 1996, p. Cientistas, antropólogos, psicólogos e educadores têm afirmado que o ser humano é uma criatura culturalmente programada e programável, e os professores fazem uso diariamente de métodos e técnicas de ensino diferenciados; no entanto, todos têm o poder comum de marcar a vida de seus alunos; é mister, então, que educadores (independentemente do nível de ensino) tenham o comprometimento de relacionar-se com amor.

CAPITULO I 1. A Afetividade na relação entre professor e aluno São necessárias estratégias, procedimentos, modos de fazer, além de uma sólida cultura geral, que ajudam a melhor realizar o trabalho e melhorar a capacidade reflexiva sobre o que e como mudar (LIBÂNEO, 2005, p. O circulo, roda ou conselho, é uma forma antiga de encontro que tem reunido pessoas em conversas respeitosas por milhões de anos. No sétimo tópico, tratamos da afetividade e a educação especial, damos ênfase aos alunos especiais, que estão inserido dentro do contexto escola, esse tópico debate sobre o tratamento dos professores com esses alunos. O oitavo tópico abordaremos sobre os meios de promoção o da afetividade em sala de aula, neste tópico enfatizamos diversos fatores pelos quais o professor poderá está trabalhando a afetividade dentro do seu ambiente de trabalho, para tornar um local mais saudável.

A partir da educação afetiva podem-se desenvolver sujeitos conscientes no gozo de seus direitos e deveres. Sujeitos críticos que tem opinião própria, honestos em suas atividades, responsáveis por seus atos. Não é difícil, dentro desse clima, surgir hostilidade da criança em relação ao professor e ao ambiente escolar. Dentro dessas situações de conflito facilmente observadas nas escolas, o professor pode fazer toda a diferença. Ele precisa compreender o aluno e seu universo em que vive. Mas conhecer esse aluno implica em uma pré-disposição em demostrar gestos de carinho para com o mesmo. Cabe ao professor investigar mais esse aluno e, ao longo de sua formação, não deixar que esse educando acumule raivas ou questionamentos. e 52). Em todo o momento da vida ensina-se ou aprende coisas novas, as mesmas são marcadas pelo modo de como foi ensinado ou por quem foi repassado.

Assim acontece com as crianças e o educador quando ele demonstra mais afetividade conseguem rapidamente o respeito e a admiração, tanto do educando como da família. Por isso que o educador deve sempre viver em harmonia e ser bastante afetuoso, despertando a comunicação, e reconhecendo que jamais é o dono do saber. O educador para pôr em prática o diálogo, não deve antes, colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo o alfabeto é portador do conhecimento mais importante. Paulo Freire achava que o problema central do homem não era o simples alfabetizar, mas fazer com que o homem assumisse sua dignidade enquanto homem. E, desta forma, detentor de uma cultura própria, capaz de fazer história.

Ainda segundo Paulo Freire o homem que detém a crença em si mesmo é capaz de dominar os instrumentos de ação à sua disposição, incluindo a leitura. Paulo Freire apresenta uma linguagem político-pedagógica, completamente progressista e renovadora para a época. O autor também ressalta o valor dos "conteúdos programáticos", que deveriam ser democraticamente escolhidos pelas partes interessadas no ato de alfabetizar, dentro de uma proposta mais ampla de educar (Freire, 1993 p. É importante ressaltar ainda neste estudo que a afetividade, por sua vez, tem uma concepção mais ampla e complexa, envolvendo uma gama de manifestações e sentimentos de origem psicológica e biológica. A Influência da Afetividade no processo de ensino aprendizagem A aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece.

Para que a criança aprenda, ela necessitará interagir com outros seres humanos, especialmente com os adultos e com outras crianças mais experientes. Nas inúmeras interações em que envolve desde o nascimento, a criança vai gradativamente ampliando suas formas de lidar com o mundo e vai construindo significados para as suas ações e para as experiências que vivem. A maioria das pessoas lembra, de alguma forma, como a relação com um ou mais professores marcou sua vida escolar. O que vemos é uma grande carência por parte das crianças e jovens. A escola como um todo, deve sempre ter em mente a avaliação reflexão ação, todos os dias e o professor no final de sua aula, fazer uma análise do seu método de ensinar, a auto avaliação é de suma importância para a práxis pedagógica.

Sabe-se que alguns pesquisadores na área educacional, resistem em atribuir valores a afetividade observa-se que ela está presente em todo o processo de aprendizagem das crianças e o quanto a falta da influência afetiva afeta sua escolarização e sua evolução social. A escola sempre deve buscar meios que à tornem um lugar de harmonia, paz muita parceria entre professores, pais, crianças e demais servidores que formam o quadro escolar. Ressalta-se que “toda aprendizagem é repleta de afetividade, já que ocorre, a partir da interação social” ( Fernandez 1991. Construindo seu pensamento crítico e opiniões própria, sua própria identidade. Abrindo à busca de aprendizado, para as séries iniciais futuras. A adversidade deverá ser posta a criança desde seus primeiros passos na escola, pois a criança da pré escola não tem uma visão panorâmica das coisas, sua memória não atende a uma sequencia harmoniosa, ela não raciocina por indução e dedução, mas por analogia.

É ela ainda incapaz de manejar ideias abstratas; mostrasse egocêntrica, age e pensa como se tudo existisse em função dela. Como ver a criança. Por isso, é extremamente importante que as crianças aprendam a não discriminar nem ver o racismo com algo normal. A criança deve compreender que a diversidade existe e como tal deve ser respeitada. As crianças devem fazer amigos e respeitar aos demais, independentemente de sua cor de pele, traços, cabelo, se é chinês, árabe, indígena, se fala outro idioma, e a respeitar sua cultura e tradições. As crianças devem saber que a diversidade nos traz riquezas de informações e de experiências. Que podemos aprender muito com as diferenças. Nesta perspectiva se dá a formação do professor reflexivo (Zeichner, 1993.

Schön, 1992), na qual o professor reflete na ação, revendo e transformando sua prática, permitindo que as questões geradas por significantes como reflexão, construção do conhecimento, interesse do aluno, relações afetivas e aprendizagem significativa surjam neste contexto. Parar para se auto avaliar, não é vergonhoso, e nem tira muito tempo. Significa ganhar tempo em diversas situação que ele ainda enfrentará dentro desse perfil de professor que está em contínuo processo de formação, Schön (1992) aponta três estratégias para auxiliar o professor a explorar e melhorar os aspectos de sua prática: reflexão na ação, reflexão sobre a ação e reflexão sobre a reflexão na ação. Nesta mesma linha, Zeichner (1993), além de valorizar a atitude reflexiva do professor, ressalta a importância de se considerarem as condições sociais em que este está inserido.

Assim como também confere a todo profissional gabaritado em desempenhar sua função, em relação às pessoas que desfrutam de sua competência. Entretanto, na relação professor/aluno, o que temos testemunhado de ambas as partes são eventos em que o professor não é visto e nem se sente autoridade. Não há necessidade de ilustrar aqui tais situações. São, infelizmente, conhecidas por muitos de nós. Diante do exposto, considerando a auto confiança de certos educadores em se sentirem superior aos alunos, é que, são não maioria dos casos punidos pela sociedade, e pela justiça. É assim que a cultura se conduz quando ouve e aprende a partir da contribuição de todos. Em um Círculo cada um tem uma posição espacial que é igual a cada outro no Círculo.

Assume sua vez e o Círculo gira, fala e é ouvido. O Círculo honra todas as vozes e convida a sabedoria coletiva a estar no centro. Alessi, Viviane Maria 2011. O cotidiano do educador é marcado por essas mazelas, principalmente aquele dia em que o seu aluno veio de um ambiente hostil. A roda de conversa fará o aluno desabafar, e o professor precisa ser o ombro amigo dessa criança, o educador precisa passar segurança para o educando a ponto de conseguir com ele confie e desabafe. Outro benefício da roda de conversa, já insinuado no início desta discussão, é o estimulo ao desenvolvimento da fala, conversando com o professor, a criança também desenvolve sua dicção, melhorando assim seu linguajar, passando a ter mais segurança ao se expressar, ficando mais desinibido, e perdendo o medo.

A afetividade e a educação especial infantil Falar em afetividade na educação especial, tem sido um grande problema, o que tem visto durante esses anos é que o sistema educacional do município ainda não conseguiu se adequar quando a educação especial, e continuam tratando alunos especiais como normais ou como inválidos. Hoje se fizermos um levantamento sobre os processos encontraremos situações em que o pai está correto, mas o sistema educacional não da direito ou não quer enxergar, esse é um dos percalços da educação. O famoso caso Ellen Keller e Anne Sulivan é uma prova de que a busca de alternativas pode transformar situações aparentemente imutáveis. Que a afetividade influencia no processo ensino-aprendizagem, que vai além dos conteúdos didáticos, estudos na área do desenvolvimento humano já comprovam.

De acordo com Piaget (1992 ), o desenvolvimento intelectual possui dois componentes que são: o cognitivo e o afetivo. Ambos se dão paralelamente e é de fundamental importância o cuidado com o aspecto afetivo. Todas as crianças têm potencialidades. Ele deixa claro que o professor é o administrador das emoções dentro da sala de aula, cabe a ele direcionar momentos lúdicos para trabalhar as emoções. A criança deve ser cuidada nas dimensões do desenvolvimento nos aspectos: motor, afetivo, cognitivo, linguístico, ético, estético e sociocultural. O professor deve estar ciente que todas essas dimensões dependem umas das outras. Partindo desse pressuposto, o professor que tiver interesse em promover a afetividade em sala de aula, deve lançar mãos em projetos de intervenção voltado a temática em questão, e trabalhar, no seu cotidiano, incansavelmente, sempre visando a qualidade de ensino, e principalmente a harmonia em sala de aula.

O afeto demonstrado, por gestos, brincadeiras, cantigas de roda e conversa informal. e, além disso, a real possibilidade de aferir os resultados de uma educação com mais qualidade e significado para os aprendizes”. De fato, se o professor deixar um pouco o conteúdo de lado para trabalhar os valores através palestras, vídeos, filmes, com certeza, não será uma aula cansativa e o aluno aprenderá a amar o próximo. Outro meio é trabalhar historinhas bíblicas, tendo como ideia central, o valor humano a partir do ponto de vista bíblico. A Educação Infantil é a primeira etapa do desenvolvimento escolar da criança e sendo nela que toda a base de formação acontece, independente da área do conhecimento a que nos referimos, não é possível deixar de atentar para a importância de uma formação com qualidade para o Ensino Religioso entre estes educandos.

Por outro lado, as ações do professor são constituídas de condicionantes positivos ou negativos como: problemas familiares; baixos salários; desmotivação; desentendimentos com a direção da escola ou colegas; dedicação; responsabilidade. Assim, apesar das políticas educativas reforçarem a ideia de educação para cidadania e participação educativa, muitas vezes essas ideias ganham outros sentidos pelo viés do disciplinamento e subordinação. Enfim, consideramos que a discussão acerca dos objetivos da afetividade entre professor e aluno é importante para os profissionais da educação que têm interesse em transformar a escola e a sociedade de maneira geral. Entendemos que a escola precisa desenvolver práticas que levem alunos(as) a analisar e atuar criticamente diante da realidade. Por conseguinte, trazer o trabalho com a formação ética para o espaço escolar significa enfrentar o desafio de incorporar nas práticas pedagógicas cotidianas alguns princípios e valores muito conhecidos, mas pouco praticados de maneira geral.

Contudo, antes de abordarmos quais medidas concretas poderíamos adotar na escola para incorporar nas práticas pedagógicas tais princípios e valores, consideramos importante compreender brevemente o que são valores e suas relações com a educação. Traçamos um pequeno perfil sócio econômico da demanda dos estudantes, destacando nesse espaço, o contato dos alunos com os variados tipos de cultura as práticas sociais que a envolvem. Enfatizamos nesse aspecto a importância do ensino na referida instituição. Finalizamos, no quarto tópico, apresentando a metodologia usada na pesquisa, mostrando o espaço onde a pesquisa se realiza, a Escola “Cantinho do Amor”. Nesse lócus da investigação estão nossos sujeitos, alunos e professores do ensino infantil, (Turmas pré I e Pré II) e duas professoras das referidas turmas e histórico da escola.

Nesse lugar enfatizamos as condições de ensino e formação desse aluno boa-vistense, pontos positivos e negativos que encontramos no decorrer deste trabalho. Este território tem aproximadamente 50 mil km2, sendo conhecido como o maior arquipélago flúvio-marinha do mundo. Esse espaço apresenta uma mistura de diferentes paisagens naturais com ilhas fluviais e ilhas em contato com o oceano, pois ao norte é banhado pelo Atlântico. A população que habita o arquipélago do Marajó é formada pela cultura indígena e africana em função do processo de colonização europeia, principalmente, os colonizadores portugueses (SILVA, 2013). Muitas práticas culturais dessa população como a produção de remédios caseiros, a consulta com benzedores e atividades de parteiras compõem a memória do povo marajoara na região (PACHECO, 2010).

No trajeto desta pesquisa, fomos percebendo que o território marajoara compõe-se, não só de doze municípios, mas de dezesseis. Uma divisão não extremada, pois em muitos desses municípios, pode predominar o campo ou a floresta, mas, com a riqueza natural deste lugar é possível encontrar, ao mesmo tempo, os dois cenários. Mesmo que na concepção da pesquisadora existam dois Marajós, o das florestas e o dos campos, contribuímos com a discussão acrescentando, que levando em conta as diferentes culturas que estão na região, podemos dizer que existam vários “Marajós”. Isso se justifica pelos distintos costumes, crenças e os lugares com suas peculiaridades. Além da beleza representada por várias praias com dunas de areias claras, danças populares (carimbo e lundu), comidas típicas (camarão, caranguejo, diversas variedades de peixes, açaí, etc.

e as músicas regionais (tecno-brega, tecno-melody) Na trajetória desta investigação, posicionamos nosso lugar de fala, na parte do Marajó das Florestas, onde procuramos interpretar esse espaço composto por uma heterogênea natureza e cultura que reflete no ambiente escolar. Fazia-se relevante olhar e analisar o cotidiano escolar, a partir do pensamento de Saviani, (1995, p. O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.

Observamos a partir dessa visão que ser educador é, portanto, entendido como o ato de colocar-se enquanto humano como instrumento da educação, imbuído de instruir outros humanos, os quais deverão repassar de alguma forma aquilo que absorveram para a sociedade, de modo que a relação entre professor e aluno deixa de ser tomada no sentido hierárquico, da imposição, e passa a ser tratada mais em seu caráter interpessoal, em que todos sejam autores de uma educação participativa e humanizada. Paes (2012, p. Desta maneira, começamos a inserir nossa percepção na forma como a escola prioriza as atividades que envolvam a efetividade entre professor aluno, buscando aprimorar de leitura e a formação de cidadãos de bem na comunidade boa-vistenses. São Sebastião da Boa Vista: uma aprendizagem em múltiplas faces São Sebastião da Boa Vista está localizado a noroeste do Arquipélago Marajoara conhecida pelos visitantes como “cidade hospitaleira” ponto de onde parte nossa ideia, olhando do ponto de vista hospitaleira, pode se dizer que em suma, deve ser mantida a cultura local, o que é bom deve ficar, os costumes os ensinamentos dos nossos ancestrais.

A escola é defendida como uma entidade socializadora que deve incorporar as diversas culturas, afim de que haja um ambiente sociável onde todos possam manifestar seus ideais sem medo de serem tachados como antiéticos e serem discriminados pela cultura que estes manifestam ou pertencem.   O reconhecimento da multiculturalidade da sociedade leva a constatação da diversidade de raízes culturais que fazem parte de um contexto educativo como uma sala de aula. Nesse sentido, autores como Candau (2000; 2002), Forquin (1993), entre outros autores, que enfatizam a relação existente entre escola e cultura, nos instiga a buscar uma melhor compreensão acerca da importância da cultura no processo de aprendizagem e nas práticas pedagógicas. a cidade apresenta-se descrita em meio a rios e florestas marajoaras. São Sebastião da Boa Vista no Marajó das florestas, uma cidade de pequeno porte, instigante na sua singularidade, dividida em Cidade Velha e Cidade Nova pelo Furo Santo Antônio ou furo Humaitá [.

Boa Vista, como é conhecida por quem mora por lá, ainda é cortada pelo furo Jaçuana. Esses caminhos de rio deram o titulo ao município de a “Veneza do Marajó”, fazendo referencia à cidade de Veneza, na Itália. Para quem é de fora da região marajoara o rio é só mais um cenário que compõe a Amazônia. O pesquisador não se transforma em mero relator passivo: sua imersão no cotidiano, a familiaridade com os acontecimentos diários e a percepção das concepções que embasam práticas e costumes supõem que os sujeitos da pesquisa têm representações, parciais e incompletas, mas construídas com relativa coerência em relação à sua visão e à sua experiência (CHIZZOTTI, 2010, p. O foco da nossa pesquisa esta direcionada a Escola de Ensino Infantil “Cantinho do Amor” que localiza-se ao lado direito da cidade, especificamente, na Cidade Nova, conhecida e denominada por seus moradores como Bairro do Aeroporto.

Mas não oficializado pelo poder público municipal. Mesmo assim, a população local já usa essa denominação em função da sua localização na antiga pista de pouso de avião. Neste bairro ainda podemos localizar algumas instituições públicas como a escola de Ensino Médio “João XXIII” e outras duas Escola de Ensino Fundamental, Padre José de Anchieta e Creche Odinamar Oliveira Gomes,Também se encontra o Hospital Municipal, Mercado Municipal, o Correio, a Câmara de vereadores, depósito Municipal de Merenda e a Câmara dos Vereadores. A referida instituição é de grande porte e bem requisitada, transformando-se em um ambiente onde as crianças trazem consigo uma história de desigualdade, violência e pobreza. São crianças que necessitam de uma atenção maior por parte da escola, no que se refere à educação como ponte para uma vida digna e de qualidade.

Mas para isso elas precisam ser compreendidas por quem a analisa. “A descrição e a compreensão podem estar compostas em uma observação compreensiva dos participantes descrevendo suas ações no contexto natural dos atores” (CHIZZOTTI, 2010, p. Por conhecer a realidade escolar e fazer parte da população boavistense, analisamos que na maioria das casas a televisão e o celular reinam “absolutos”, tirando assim a atenção e o interesse deles pelo mundo que o cerca. Propor momentos que permitem aos discentes refletir sobre a prática educativa e sentir um afeto maior em relação ao Professor. procedimentos Metodológico Durante o processo de sondagem usamos a pesquisa qualitativa, este tipo de pesquisa, não se preocupa com representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização etc.

Nela os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa se opõem ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria. Assim, os pesquisadores qualitativos recusam o modelo positivista aplicado ao estudo da vida social, uma vez que o pesquisador não pode fazer julgamentos nem permitir que seus preconceitos e crenças contaminem a pesquisa. GOLDENBERG, 1999). E por fim usamos o questionário para fechar com chave de ouro e em fim conseguir obter, algo mais significante deste trabalho. Escola Municipal de Ensino Infantil “Cantinho do Amor”. A Escola Municipal de Ensino Infantil “Cantinho do Amor” situa-se na Avenida Das Acácias, no Bairro Aeroporto. O nome da referida avenida foi dado porque existiam antigamente muitas árvores de acácias nesta parte urbana denominada Cidade Nova.

Tecnicamente, a referida escola tem seu funcionamento autorizado pela Secretaria de Estado da Educação, de acordo com a legislação vigente. Des de 27 de dezembro de 1992, a referida escola estabeleceu-se no atual prédio, na avenida das acácias desde então passou por várias reformas e ampliações, sendo reinaugurada no dia 02 de agosto de 2010, na administração do Exmo. S. r. Getúlio Brabo de Souza prefeito atual. A escola, objetiva o desenvolvimento integral das crianças, atendidas em aspecto físico, psíquico, e intelectual e social, complementando a ação social da família e da comunidade. Adentrando o espaço da referida escola convivemos com variedades de costumes e práticas educativas para descobrir seus interesses e desinteresses nas aulas. O espaço físico necessita de reparos, devido ao tempo, partes do espaço da escola estão comprometidos, necessitando de reparos.

A escola pra acolher adequadamente seus alunos precisa estar devidamente aconchegado. Pelo que foi observado durante o estágio e na pesquisa bibliográfica, a relação professor-aluno, por melhor que seja trabalhada, é relativamente conflitante, pois os conflitos surgem durante o desenrolar de toda relação humana. Os alunos do ensino infantil, em sua totalidade, são crianças, e estão por este motivo em uma fase de grandes conflitos interiores e exteriores de autoafirmação, tornando necessário que o professor se desdobre para poder introduzir a autodisciplina, manter o aluno atento ao conteúdo e também despertar o seu interesse. Por outro, é notório que os pais fiquem ansiosos para matricular seus filhos para que possam inserir-se na escola e usufruir dessa prática. Com isso a escola vem enfrentando sérios desafios em fazer alguns pais entenderem que não é somente obrigação da escola e sim da comunidade escolar em geral.

A escola e a família, assim como outras instituições, vêm passando por profundas transformações ao longo da história. Estas mudanças acabam por interferir na estrutura familiar e na dinâmica escolar de forma que a família, em vista das circunstâncias, entre elas o fato de as mães e/ou responsáveis terem de trabalhar para ajudar no sustento da casa, tem transferido para a escola algumas tarefas educativas que deveriam ser suas. No interior de nossa própria cultura, sem sair de nossa própria cidade nem de nosso próprio bairro, um belo dia observamos nosso ambiente e nos damos conta de que tudo mudou tanto que mal somos capazes de saber como as coisas funcionam. C. S). Por tanto a escola tem esse papel fundamental no aprendizado do aluno, fazendo parceria com a família, a ponto de tentar amenizar os problemas que estão acontecendo dentro de casa devendo considerar a necessidade da família, levando-as a vivenciar situações que lhes possibilitem se sentirem participantes ativos nessa parceria, Vale ainda ressaltar que escola e família precisam se unir e juntas procurar entender o que é Família, o que é Escola, como eram vistas estas anteriormente e como são vistas hoje, e ainda o que é desenvolvimento humano e aprendizagem, como a criança aprende.

A aprendizagem deve ter sempre um sentido lúdico. E não importa se o educando é criança, adolescente ou adulto. Na entrevista com as duas professoras, a pedagoga e a mãe do aluno, acerca da importância e da afetividade entre professor e aluno. Qual a sua percepção da comunidade escolar referente a relação professor aluno dentro da sala de aula? Coordenador Pedagógica -  Coordenadora Pedagógica: Elena de Souza Ano Resposta: Temos visto como coordenação desta unidade de ensino, que o professor, cerca de 30% tem dificuldade em ter uma relação de pai pra filhos, mãe e filhos, isso faz com que muitos alunos não se sintam a vontade. Isso ocorre talvez pelo cansaço, haja visto que nesse meio temos professoras que estão se aposentando.

Em relação aos pais, o que me tem chegado, e que, como a maioria dos pais são ocupados, querem que os professores sejam uma espécie de babas, onde transferindo parte da sua responsabilidade para os professores. Então nesse contexto não tiro e nem dou razão aos pais, porem aconselho nossos professores a se desdobrarem para atender seus alunos, para que os mesmo possa se sentir à vontade na escola.     Resp: Um dos trabalhos mais importantes a serem desenvolvidos  é motivá-los, buscando meios para que o processo da aprendizagem seja mais fácil e levantar a auto-estima de cada um. De fato, sem estimulo não há participação e tão pouco resultado satisfatório, a professor soube colocar sua resposta, e cremos que diante das mazelas vivenciadas e o percalço enfrentado pela mesma, seria impossível que a mesma respondesse ao contrário.

Tanto a inteligência como a afetividade são mecanismo de adaptação. Por quê?  Professora: Patrícia Coordenadora Pedagógica da escola Resp: Porque permite aos alunos construir noções de objetos e de pessoas que estão a sua volta. Com isso eles  podem construir uma visão de mundo. Elaborar questionamentos para posicionar um lugar de fala na região não foi fácil. Entretanto, o contato com pesquisa sobre o Marajó fez-nos entende-lo não mais como uma única ilha, isolado, fez-nos interpretá-lo como Marajó dos Campos e Marajó das Florestas, sobretudo, identificar que nessa investigação marcamos nossa posição de fala a partir da cidade de São Sebastião, no Marajó das Florestas. Se por um lado, caminhar com o tema a Relação entre Professor X Aluno, neste Trabalho de Conclusão de Curso, ampliou nossa concepção de ensino na escola.

Por outro, aproximou-nos dos desafios que se impõe na formação desses educandos, as propostas de aprendizagems desenvolvida no ambiente escolar, a condições de ensino do trabalho pedagógico do professor e o incentivo ao gosto pela leitura (MAGNANI, 2001). Nesse sentido ao analisar a relação do professor X alunos, na escola Cantinho do Amor em sua formação de atitudes, hábitos e sentimentos em relação ao ensino aprendizagem percebemos claramente que as experiências de leitura com os estudantes têm despertado muito pouco o interesse e o incentivo por ler no espaço escolar. Já, em outros momentos, em que se usávamos dinâmicas, a aula tornou-se prazerosa. Essa ação pedagógica tornou-se fundamental para que o interesse fosse às vezes estimulado para envolvê-los na formação cidadã.

De inicio, através da análise dos depoimentos das profissionais, foi possível verificar a insatisfação delas quanto às aulas, de modo geral, em que tinha que trabalhar a afetividade. Isso acontecia devido à experiência no uso da dinâmica ser pouco positiva na sua trajetória escolar e suas opiniões a respeito da aprendizagem ser baseada apenas em atividades de interpretação textual. O que permitiu uma análise reflexiva sobre a prática de ensino. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo que desenvolvemos no cenário amazônico, especialmente, no arquipélago do Marajó, tornou-se um desafio para nós como educadora. Elaborar leituras para marcar um lugar de fala na região não foi fácil. Entretanto, o contato com pesquisa sobre o Marajó fez-nos entende-lo não mais como uma única ilha, isolado, fez-me interpretá-lo como Marajó dos Campos e Marajó das Florestas, sobretudo, identificar que nessa investigação marco minha posição de fala a partir da cidade de São Sebastião, no Marajó das Florestas.

Se por um lado, caminhar com o tema relação professor x alunos na educação infantil, neste Trabalho de Conclusão de Curso, ampliou nossa concepção de ensino na escola. Por outro, aproximou-nos dos desafios que se impõe na formação desses futuros cidadãos. E deixamos a disposição nosso trabalha para que professores interessados em dinamizar sua aula, possa está refletindo, sobre o seu savoir-faire (modo de fazer). Propomos ainda que a escola pesquisada, trabalhe projetos de intervenção afim de que todos possam está embebedando deste cálice, que chamasse afetividade em sala de aula, principalmente os responsáveis por essa educação, que são os professores, gestores, família, assim evitando que sabe a evasão escolar e violência dentro da escola.

Esta em nossa sociedade tem uma função primordial de despertar e proporcionar conhecimentos básicos e que venha contribuir para construção integral da vida do aluno em sociedade e para o exercício da cidadania. Referencias bibliográficas CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. Dissertação de mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura. Universidade da Amazônia, Belém, 2012, p. CANDAU, Vera Maria (org). Rumo a uma Nova Didática, Petrópolis, 8ª ed, vozes, 1996. FREIRE, Paulo. n. p. abr. jun. En el Corazón de la Amazonía: identidades, saberes e religiosidades no regime das águas marajoaras. blogspot. com. br/p/historico-da-cidade-de-sao-sabastiao-da. html. Acesso em 18 de janeiro de 2013. br/o-vinculo-do-afeto/ http://chalita. com. br/index. php/noticias/item/1231-a-import%C3%A2ncia-do-afeto-em-sala-de-aula. html http://www.

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