“INCLUSÃO É O PRIVILEGIO DE VIVER COM AS DIFERENÇAS”

Educação inclusiva deve ter como ponto de partida o cotidiano: o coletivo, a escola e a classe comum, onde todos os alunos com necessidades educativas, especiais ou não, precisam aprender ter acesso ao conhecimento, à cultura e progredir no aspecto pessoal e social. Sendo assim, a inclusão significa a modificação da sociedade como pré-requisito para as pessoas com necessidades especiais buscar seu desenvolvimento e exercer sua cidadania. Então, é preciso preparar a escola para incluir nela o aluno especial, e não o contrário. Palavras-chave: Inclusão, educação inclusiva, 1-INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo principal analisar os processos de inclusão de uma pessoa com deficiência na sociedade, tendo como premissa básica a distinção entre os conceitos de “Necessidades Educacionais Especiais” e “Deficiência”.

Será discutido também, como o deficiente pode interagir com os demais, o papel da família na inclusão deste individuo na sociedade, e algumas leis que defendem os direitos das pessoas portadoras de necessidade especial em âmbito social. O objetivo aparente dessas instituições era o de proteger o "diferente" e, após, reintegrá-lo ao convívio social. Todavia, na realidade, conforme enfatizam Prado e Marostega. A pessoa portadora de alguma deficiência convive socialmente e, na maioria das vezes, com sua família em igrejas, parques, clubes entre outros locais públicos. Entretanto, este convívio nem sempre se estendeu à escola e em outras áreas da sociedade porque é colocada como um ser diferente, tais instituições estavam considerando muito mais a questão social do que o desenvolvimento como um todo dos tidos como "diferentes".

Ora, o próprio termo reintegração já traz inerente a idéia da desintegração. Então se torna necessário que estes que possuem necessidade educacional especial independente do tipo de deficiência, sejam expostos a forma positiva de comunicação e interação (oficina, artesanato, musica, roda de capoeira) de ajudas e acompanhamento social diferenciado a situação desafiadora de aprendizagem: que sejam a pensar, resolver problemas, expressar sentimentos, desejos e formular escolhas e tomar iniciativas. Investigações recentes levantam hipótese de que a deficiência mental não se origina apenas no déficit estrutural, mais também na capacidade funcional da inteligência. Os portadores apresentam pouca habilidade para problemas de generalização da aprendizagem e no funcionamento da memória. Entretanto, as estratégias de memória, imagem mental e categorização podem ser melhoradas no mesmo.

Para isso torna-se essencial uma avaliação adequada não apenas da pessoa, mais principalmente do contexto escolar e do ambiente em que esta se encontra. Paralelamente quanto mais ela estiver participando das atividades da comunidade e levando uma vida normal equivalente a outras pessoas de sua faixa etária, mais ela será vista pelos membros de sua família como igual aos demais. A presença de pais na escola pode ser muito interessante, no que se refere ao relacionamento entre pais e professores, porque muitas vezes, os pais não sabem o que fazer diante das situações que aparece na escola. Existem dúvidas e esclarecimento que cabe a escola pelo que deve ter uma equipa com condições de promover debates e orientar sobre os mais diversos assuntos de interesse a comunidade escolar.

A família e a escola são pontos que apóiam ao educando, quanto melhor for a parceria entre ambas, mais positivos e significativos serão os resultados da sua formação. O papel dos pais na escola deve ser permanente. Tal medida qualificaria os professores que trabalham no Ensino Regular torna-se fundamental neste processo. Mais importante que a caracterização da deficiência, das dificuldades e das limitações é procurar compreender a singularidade da historia de vida de cada criança e/ ou adolescente e suas necessidades, seus interesses, como interagem como se relaciona com as pessoas e seus conhecimentos. Com qualquer deficiência independente de suas condições físicas, sensórias, cognitivas ou emocionais são pessoas que tem a mesma necessidade de afeto, cuidado e proteção, e os mesmos desejos e sentimentos de outras pessoas.

Elas têm a possibilidade de conviver, interagir, aprender ensinar e ser felizes embora, algumas vezes de forma diferente. Tal forma é as que os tornam seres únicos singulares. CARNEIRO, ROBERTO, (2001), Educar hoje, Enciclopédia dos pais, Editora, Lexicultural. COSME, ARIANA; TRINDADE, RUI, (2002), Manual de sobrevivência para professores, Porto, Edição ASA. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A Integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon. Nº 17. p. Santa Maria, 2001. SANCHEZ, P.  A. MORENO, Montserrat. Aprendizaje y desarrollo intelectual. Barcelona: Gedisa, 1987.