Avaliação: instrumento integrante no processo ensino-aprendizagem

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Enfatiza os produtos e os resultados e não o processo dinâmico e criativo verificado em qualquer ação social. Reverter essa situação requer bem mais que políticas públicas educacionais e econômicas. É necessária uma fé na condição humana do homem por parte de todos os seguimentos da sociedade, sejam políticos, econômicos, sociais e culturais. É preciso ver o homem não como um objeto, um produto que precisa ser avaliado e ter um conceito de nota, mas, sim, vê-lo como um sujeito capaz de autogerir-se e transformar-se de forma crítica e reflexiva. Capaz de superar determinismos numa ação- reflexão no mundo, com o mundo e para o mundo. A partir desta reflexão, Teixeira (1968) afirma que a escola acompanha as transformações da sociedade, sendo um ambiente propício às reflexões de melhorias e mudanças.

O movimento que se aciona em torno da escola, as práticas pedagógicas, são influenciados, e influenciam, pela sociedade considerando tempo, espaço e acontecimentos. Libâneo (1994) ressalta a suma importância de o docente ter uma compreensão global do processo educativo, especialmente em sua prática diária no processo educativo. Logo, é fundamental o conhecimento dos aspectos sociopolíticos da escola na dinâmica das relações sociais, entender as condições históricas e filosóficas da educação, as relações entre a prática escolar e a sociedade, o processo de desenvolvimento humano e a organização dos conteúdos, métodos e formas do ensino. Duas são as tendências pedagógicas, ou modelos de ensino classificadas por Libâneo (1994) que são: a pedagogia liberal e a pedagogia progressista, que são subdivididas em outras correntes.

Nesta, o aluno é o sujeito de seu aprendizado e o professor é visto como um facilitador do processo ensino-aprendizagem, incentivando, orientando e organizando as situações de aprendizagem. Mendes (1987) acredita que os pioneiros desta tendência, buscam seus métodos nos Estados Unidos. Libâneo (1994) explica que: [. a Didática ativa dá menos atenção aos conhecimentos sistematizados, valorizando mais o processo da aprendizagem e os meios que possibilitam o desenvolvimento das capacidades e habilidades intelectuais dos alunos. p. ARANHA, 2006) Libâneo (1994) esclarece que as tendências pedagógicas progressistas, partem de uma análise crítica da sociedade e de sua realidade, sustentando as finalidades sociopolíticas da educação. A tendência progressista desenvolve-se, como visto anteriormente, em três subgrupos: a libertadora, conhecida como pedagogia de Paulo Freire, a libertária e a crítico-social, que acentua a prioridade das situações de aprendizagem no seu confronto com as realidades sociais.

Nas versões libertadora e libertária há em semelhança o anti autoritarismo, a valorização da experiência de vida do educando como base da relação educativa e a ideia de autogestão pedagógica. Logo, estas tendências dão maior valor ao processo de aprendizagem em grupo, com participações, discussões. A tendência crítico social de conteúdos faz uma síntese das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a ação do educador enquanto inserida na prática social concreta. br/ccivil_03/leis/l9394. htm> acesso dia 08/09/2013) Sendo assim, os aspectos a serem levados em consideração não são notas, mas sim, registros de acompanhamento acadêmico do educando. Este educando, sendo orientado da forma correta, saberá quais são os seus pontos fracos que construiu na aprendizagem e que ainda precisam melhorar.

Baseado na LDB e nas tendências pedagógicas modernas, este educando já se desenvolve com noção de responsabilidade e uma atitude critica. A avaliação, neste contexto, permitirá que o aluno articule seus saberes praticando a autoavaliação, apreciando a sim mesmo, seus erros e acertos, assumindo responsabilidade por seus atos. Neste sentido, segundo Haydt (2006) a avaliação, quando usada para classificar o conhecimento do aluno, reprovar, aprovar, entre outros objetivos semelhantes a esses, torna-se uma competição. Entretanto, a avaliação assume dimensões mais abrangentes, não se reduz apenas a atribuir notas. As Ideias Construtivistas de Piaget e Vygotsky revolucionaram a educação. Por influência destes estudiosos mudou-se a maneira de encarar o desenvolvimento cognitivo da criança, como por exemplo, o meio sociocultural em que ela está inserida.

Apesar de todos os benefícios atribuídos a essa nova maneira de encarar o desenvolvimento e a aprendizagem do ser humano – afinal, todos nós estamos o tempo todo acomodando novas informações- sua “aplicação” de forma inadequada nas escolas acabou gerando dúvidas e angústias naqueles que diariamente enfrentam os anseios dos alunos: os educadores. Segundo Libâneo: Avaliação escolar é um componente do processo de ensino que visa, através de verificação e qualificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e daí orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas seguintes (LIBÂNEO, 1994, p. Neste sentido, a avaliação segue um rumo para repensarmos no futuro e refletirmos a cerca da situação atual.

Deve colaborar para a autotransformação do educando, estimulando a cooperação entre o docente e os discentes, não servir como um instrumento de discriminação e seleção social, de punição ou rejeição, mas como já afirmado, de investigação, reflexão, construção do conhecimento, mediados pela ação do professor. As Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9. de dezembro de 1966) que estabelecem, definem e regularizam o sistema de educação brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição, quando cita avaliação escolar determina que: Sejam observados os critérios contínuos e cumulativos da atuação do educando, com prioridade dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais (Art.

Segundo Hoffmann (2000) avaliação quando mediadora deve atentar para três tempos: tempo de admiração dos alunos, tempo de reflexão sobre suas tarefas e manifestações de aprendizagem e tempo de oportunidades das práticas avaliativas para gerar melhores oportunidades de aprendizagem. A avaliação quando mediadora compreende na reflexão estimulada pelo educador ao educando um olhar que se esforça, em projetar o futuro, em “olhar para frente”, entendendo as circunstâncias de vida, de sua história e de suas possibilidades cognitivas. Para Hoffmann, pôr em prática é uma ação difícil, porém não impossível. dentre todos, o passado é o fantasma mais assustador, porque, então, tudo dava certo” e questiona ”mas será que essa escola do passado nos preparou para o futuro?”.

O professor deve assumir uma postura de imaginar, ousar, fazer o diferente e agir. p. É possível compreender, no entanto, a importância da avaliação como uma ferramenta de diagnóstico e de acompanhamento do processo educativo, o que permite conhecer a realidade do educando e realizar ações educacionais e ajustes necessários para alcançar o sucesso esperado. Libâneo (1994) explica que a avaliação é uma tarefa didática imprescindível e permanente do trabalho docente, que deve estar ligado diretamente ao processo de ensino e aprendizagem. Princípios básicos da avaliação Como foi perceptível a avaliação é um processo de abordagem e análise de dados, cuja função é verificar se foram atingidos os objetivos propostos (HAYDT, 2006). A avaliação da aprendizagem do aluno, segundo Haydt (2006), está ligado diretamente à avaliação do próprio docente.

Em decorrência, o professor deve coletar uma ampla variedade de dados, que vai além da prova escrita. Esses princípios norteadores da avaliação da aprendizagem são defendidos por Haydt (2006), que acredita ser decorrente de uma concepção pedagógica moderna, logo consequência de uma postura política-filosófica. O significado da avaliação para o educando Percebemos que a avaliação é um elemento integrado ao ensino aprendizagem que deve ser preparado e discutido para a atingir seus objetivos. Não é um instrumento utilizado pelo professor quando não há nada preparado para a aula e ao chegar à sala e diz ser prova surpresa. a avaliação não deve ser semelhante a um meteorito, que cai repentinamente dos céus a castigar alunos indisciplinados ou para preencher a aula quando o professor não tiver tido tempo para prepará-la (HAYDT, 2006, p.

Testar, Medir e avaliar Haydt (2006) explica que o termo avaliar outrora já teria sido sinônimo de medir e testar, ainda de acordo com Haydt, isso aconteceu devido às diferentes tendências pedagógicas em que a educação já vivenciou: [. ocorreu em parte devido à predominância de uma abordagem pedagógica que encarava a educação como mera transmissão e acumulação de conhecimentos já prontos. Nessa perspectiva, avaliar se confundia com medir – medir o número de informações memorizadas e retidas. HAYDT, 2006, p. Haydt (2006), nos explica que no início do século XX, a ideia de medir e avaliar como sinonímias teve um aperfeiçoamento devido a tendência tradicional quanto à elaboração e aplicação de testes. Desta maneira é possível perceber que o educador precisa estar atento quanto à aplicação de testes para o seus alunos, visando às necessidades reais da aplicação.

Medir determina quantidade. Diariamente usamos unidades de medida (metro, quilo, litro). O resultado da medida é sempre expresso em número. Logo, a medida se refere ao aspecto quantitativo do fenômeno a ser medido. Exemplo de uma situação cotidiana. O docente quer verificar se os alunos atingiram o conteúdo curricular trabalhado durante o bimestre. Para isso, o professor aplica um teste para verificar a aprendizagem dos alunos. Após a correção atribui uma nota aos alunos de acordo com as respostas certas, desta forma ele está medindo. Embora o professor saiba que uma nota nada significa no processo de aprendizagem. Seguem abaixo os mais variados tipos de avaliação e algumas contribuições de autores renomados. a) Avaliação formativa Perrenoud (1991) acredita que para verificar se os objetivos previstos estão sendo contemplados é necessária uma avaliação formativa.

A avaliação formativa é mais do que um teste tradicional, baseada nos princípios cognitivista e construtivista, trabalha sob a ótica do desenvolvimento das competências e habilidades do educando dentro do processo ensino-aprendizagem. A avaliação formativa, logo, deve ser planejada para que seja um guia de ações para o professor, tais ações contextualizadas ao resultado coletivo, levando os alunos a solucionarem as defasagens, conduzindo-os ao desenvolvimento de suas competências. Possibilita, no entanto, aos professores acompanhar as aprendizagens dos alunos, auxiliando-os em sua trajetória escolar. ” (HAYDT, 2006, p. Logo, a autoavaliação é uma prática importante, pois leva o educando à criticidade de seu próprio conhecimento dentro do processo ensino-aprendizagem. O que aprendeu e o que poderia ter aprendido são algumas perguntas que o aluno responde quando é submetido a uma autoavaliação.

Haydt explica que antes de realizar uma autoavaliação é importante orientar os alunos, apresentando algumas questões que eles responderão, questões relacionadas ao “aproveitamento nos estudos, comportamento na escola, relacionamento com os colegas, participação e cooperação nos trabalhos em grupo, condições de saúde, hábitos, sentimentos, atitudes, habilidades. ” (Haydt, 2006). Nunca disciplinar ou punir. AVALIAÇÕES INSTITUCIONAIS Neste capítulo apresentaremos algumas avaliações que fazem parte do contexto escolar, exclusivamente da escola estadual, do educando paulista. Faremos uma relação dos critérios avaliativos com o conceito de avaliação exposto no capítulo 2. Essas avaliações têm objetivo de melhoria na qualidade do ensino público. Existem vários autores que criticam essas avaliações externas como, por exemplo, o professor José Carlos Freitas.

Portanto, recorremos a Terezinha Azerêdo Rios que em seu livro, Ética e Competência (2003), aborda questões a respeito deste tema, deixando claro o significado de competência. Para Rios (2003), “Falar em competência significa falar em saber fazer bem” que nos remete a ideia de que o sinônimo de competência é saber fazer o que se aprende, e que além de saber fazer, precisa-se de fazer bem. Na matriz do Saresp é apresentado três grupos de competências, cada um com diversas habilidades a serem avaliadas nos educandos, logo, tornam-se parâmetros norteadores de uma abordagem eficaz do processo de ensino. De acordo com Maria Inês Fini (2009), as competências cognitivas associam estruturas que se apresentam em três grupos, também chamados de níveis de inteligência: observação, realização e compreensão.

Cada grupo refere-se à forma de organização mental precisa para o educando agir diante do problema a ser conhecido, podendo ser um fato qualquer da vida no dia a dia, ou uma questão que deve ser resolvida em uma avaliação escolar. Avaliação da aprendizagem em processo A avaliação da aprendizagem em processo de acordo com a Secretaria da Educação de São Paulo tem como objetivo diagnosticar os conhecimentos prévios dos alunos para que o professor tenha um ponto de partida nas aulas seguintes. Nos capítulos anteriores, ressaltamos a importância da avaliação da aprendizagem como um instrumento de verificação das competências e habilidades do educando. ¹ Ver anexo 1 e 2. Logo, a avaliação da aprendizagem em processo é uma medida da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo para que se faça uma avaliação dos alunos e que tome medidas para ir de encontro das dificuldades dos alunos, a partir dos dados obtidos na avaliação, garantindo a equidade e a qualidade de ensino público².

² Ver anexo 3 4. Tardif explica: A cultura escolar impõe à vasta maioria dos alunos, como cultura escrita, codificada, formalizada, uma verdadeira ruptura em relação ao universo cotidiano. A escola moderna é um ambiente cultural e socialmente separado do universo ambiental, um ambiente formal regido por exigências que têm muito pouco a ver, geralmente, com a realidade familiar e social. TARDIF & LESSARD, 2005, p. O período escolar é sem dúvida um momento muito importante de interação para o educando. O ambiente educacional é onde o aluno cria suas primeiras relações e vivenciam experiências que levarão para o resto da vida. Então o professor encara este fato dizendo aos alunos que é preciso um empenho melhor e uma maior atenção. O docente carece da confiança do educando, pois o mundo do educando deve ser um livro aberto para o docente regular sua prática de ensino planejá-la, ajustá-la e, claro, repensá-la sempre que preciso modificá-la.

De acordo com Freire (1983, p. A tradição pedagógica insiste ainda hoje em limitar o pedagógico à sala de aula, à relação professor-aluno, educador-educando, ao diálogo singular ou plural entre duas ou várias pessoas. Não seria esta uma forma de cercear, de limitar a ação pedagógica? Não estaria a burguesia tentando reduzir certas manifestações do pensamento das classes emergentes e oprimidas da sociedade a certos momentos, exercendo sobre a escola um controle não apenas ideológico (hoje menos ostensivo do que ontem), mas até espacial? (FREIRE, 1983, p. Anexos Anexo 1 - No quadro abaixo percebemos a classificação do desempenho dos alunos: Anexo 2 -Selecionamos algumas questões que foram aplicadas no SARESP 2011 no 5º ano do Ensino Fundamental, para exemplificar a avaliação que estudamos em teoria este momento.

Anexo 3 Leia o texto e responda às questões Quando o assunto é cigarro, é preciso ser radical e dizer não "Tenho 13 anos e quero comprar meu primeiro maço de cigarros. Já peguei algumas vezes cigarro dos meus amigos e achei legal. Na escola, fumo escondido. Meus pais também não me deixam fumar, mas os dois são fumantes há um tempão. É como se o seu corpo desses sinais de que precisa de mais nicotina. Daí a vontade incontrolável de acender mais um. A moçada começa a fumar porque acha que pega bem. O garoto que fuma acha que parece mais maduro. Pode até se sentir mais controlado e mais seguro (efeito da nicotina). Muito pelo contrário, esse é um passo para anos de muita dor de cabeça.

É isso! Fonte: BOUER, Jairo. Quando o assunto é cigarro, é preciso ser radical e dizer não. Folha de São Paulo. Folhateen. Cabe aos alunos, entretanto, selecionar aquela que é mais adequada – neste caso a (D) –, considerando o suplemento em que o texto foi publicado e outras marcas, como a citação da leitora (que é uma garota de 13 anos) e a referência a um tema com abordagem de interesse do jovem. Além da observação dessas marcas, o conhecimento do suplemento destinado aos jovens e do colunista – que tem sua carreira dedicada a escrever e orientar os jovens, falando sobre sexo e saúde e outras questões comportamentais – também pode ajudar na seleção da resposta correta. A seleção de qualquer uma das outras alternativas pode sinalizar que os alunos não reconhecem, ainda, a importância de observar e analisar os aspectos citados acima, visto que o item (A) se refere genericamente aos leitores de jornais e o item (B) supõe os pais como leitores – o que seria possível –, mas ambas desconsideram os leitores a que o suplemento Folhateen é especialmente dedicado; e o item (C) indica apenas a leitora que escreveu ao colunista, desconsiderando que o fato de o colunista partir de uma questão pessoal enviada por uma leitora é apenas uma estratégia para se dirigir a todos os jovens que constituem o seu público.

Entretanto, é importante considerar que o aluno que assinalar a alternativa correta pode ter se apoiado em observações parciais, sem, necessariamente, significar que ele está atento a todos os aspectos que podem ser observados num texto para se identificar o público leitor. Vale à pena, então, sempre solicitar que os alunos justifiquem ou expliquem como chegaram à resposta dada, de modo que o professor possa ter maior clareza sobre quais aspectos devem ser destacados na observação do texto, nas situações de leitura. desaobernardo. edunet. sp. gov. br/LP_Prov. Disponível em <http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/leis/l9394. htm> (acesso dia 08/09/2013). Curso de Didática Geral. ª Ed. São Paulo: Ática, 2006. HOFFMANN,  Jussara.   Pontos e contrapontos:  do  pensar  ao agir  em  avaliação. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994 OLIVEIRA, Dalila Andrade.

Política educacional e a re-estruturação do trabalho docente: reflexões sobre o contexto Latino-americano. Educ. Soc. O trabalho docente: elementos para uma teoria como profissão de interações humanas. São Paulo: Vozes, 2007. TAYLER, Ralph W. Basic Principles of Curriculum and Instruction. Chicago, University of Chicago Press, 1950.

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