A importância do brincar na educação infantil segundo Piaget e Vygotsky

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Avaliando-se a abordagem teórica encontrada nos pressupostos de Piaget e Vygotsky à realidade vivida nas Instituições de Educação Infantil, quanto à prática da brincadeira na atividade docente, buscou-se elaborar uma proposta que viabilize uma educação que respeite as características da infância, considerando-as como o alicerce do trabalho educativo eficaz para o desenvolvimento infantil de forma satisfatória e saudável. PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento Educação infantil, O brincar. INTRODUÇÃO A educação está oportunizando mudanças no pensar da criança e percebe-se que o seu modo de olhar o mundo já não é mais o mesmo. É nessa perspectiva que se apresenta a educação Infantil: a oportunidade de dar às crianças uma "nova" infância. Uma infância que tem de ser respeitada em seus interesses e curiosidades, em que a criança deve brincar muito e, através da brincadeira, desenvolver suas potencialidades.

Rego, 1995). Assim, com base nas informações obtidas, torna-se possível elaborar uma proposta que inicia uma nova prática pedagógica. Uma prática onde a brincadeira infantil não é apenas valorizada como um aspecto natural da criança, mas como um excelente meio de promover a aprendizagem. A importância de brincar na educação infantil segundo Piaget e Vygotsky 2. Brincadeira segundo Jean Piaget Ao longo de sua extensa obra, Piaget utilizou-se de jogos para investigar diferentes questões. O prazer da criança parece advir grandemente do controle motor e muscular, e não há atividade social nesse nível. Egocêntrico: Em geral, essa fase se dá dos 2 aos 5 anos, a criança adquire a consciência da existência de regras e começa a querer jogar com outras crianças – vemos nesse ponto os primeiros traços de socialização.

Mas notamos também que algumas crianças insistem em jogar sozinhas, sem tentar vencer, assim revelando uma atividade cognitiva egocêntrica. As regras são percebidas como fixas e o respeito por elas são unilaterais. Cooperação: Normalmente a cooperação acontece em torno dos 7 a 8 anos. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis. Se o brinquedo fosse estruturado de tal maneira que não houvesse situações imaginárias, restariam apenas regras. Sempre que há uma situação imaginária no brinquedo, há regras. No faz-de-conta, as crianças aprendem a agir em função da imagem de uma pessoa, de uma personagem, de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes e perceptíveis para elas.

Vygotsky (1984) enfatiza o fator social na brincadeira, demonstrando que, no jogo de papéis, a criança cria uma situação imaginária incorporando elementos do contexto culturais adquiridos por meio da interação e comunicação. Dessa forma, no surgimento do jogo de regras, elementos estruturais do brinquedo são absorvidos e novas transformações ocorrem, promovendo o desenvolvimento dos processos psicológicos da criança. É relevante considerar, a partir dos postulados de Vygotsky e seus contribuintes teóricos, que essa trajetória não é linear e nem natural, mas fruto das condições histórico-sócio-culturais em que o indivíduo se encontra. Pontos que Diferencia as abordagens de Viygotsky e Piaget Já Vygotsky (1998), diferentemente de Piaget, considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela.

Ele não estabelece fases para explicar o desenvolvimento como Piaget e para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo. Segundo ele, a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a informações: aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de um engajamento individual na solução de problemas. Piaget coloca ênfase nos aspectos estruturais e nas leis de caráter universal (de origem biológica) do desenvolvimento, enquanto Vygotsky destaca as contribuições da cultura, da interação social e a dimensão histórica do desenvolvimento mental. Mas, ambos são construtivistas em suas concepções do desenvolvimento intelectual. Ou seja, sustentam que a inteligência é construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio.

Os benefícios do brincar Em relação aos benefícios do brincar, podemos dizer que estão ligados ao desenvolvimento infantil. Tanto o brincar pelo brincar, quanto o brincar dirigido (jogos), faz bem à criança e ao seu desenvolvimento em todos os aspectos. Conceitos morais, sociais, formação de valores, socialização e comunicação podem ser desenvolvidos através da brincadeira e dos jogos. Segundo Vigotsky (1998), cada período do desenvolvimento tem uma atividade principal. Na idade pré-escolar, essa atividade é a brincadeira. O brincar é de suma importância para a criança, pois é através da brincadeira que esta passa a operar com significados, ou seja, confere sentido aos objetos e não apenas os manipula. O sentido dado a cada objeto é próprio de cada criança e, ao fazer isto, estará iniciando-se a formação do pensamento abstrato.

Vigotsky, 1994, p. A imitação amplia a Zona de desenvolvimento proximal da criança, criando condições para que as habilidades se desenvolvam, auxiliando a desvincular os objetos concretos e suas ações no plano simbólico. Através da imitação, a criança amplia sua capacidade de imaginação, é o que Vigotsky denomina “função psíquica superior”. O desenvolvimento dessas funções estimulará atitudes criativas diante de situações difíceis. Em todos os períodos do desenvolvimento, a escolha dos brinquedos é de grande importância e devem despertar o interesse de pais e educadores. As regras no jogo simbólico estão implícitas e a criança passa por modificações, à medida que vai desenvolvendo a intuição e a operação. Através da imitação, a criança busca fazer conexão com a realidade.

O lúdico e, de uma forma mais abrangente o jogo simbólico, numa perspectiva compartilhada, favorece a troca de significados e construções de novas representações acerca do mundo. Os jogos simbólicos tornam-se jogos de regras e as regras são o objetivo do jogo, e essas, por sua vez, têm que ser respeitadas para que se alcance o objetivo do jogo. Ao aprender a trabalhar com as regras, as crianças passam a desenvolver um conceito moral, apropriação das normas sociais, etc. Para isso, é preciso sintetizar algumas funções do educador frente ao lúdico. Providenciando um ambiente adequado para o jogo infantil, a criação de espaços e tempo para os jogos é uma das tarefas mais importantes para o professor. Cabe-lhe organizar espaços de modo a permitir as diferentes formas de jogo, por exemplo, as crianças que estejam realizando um jogo mais sedentário não sejam atrapalhadas por aqueles que realizam uma atividade que exige mais mobilidade e expansão de movimentos.

Nesse sentido, Santos (2008) destaca que enriquecer e valorizar os jogos realizados pelas crianças é outra função do educador, uma observação atenta pode 20 indicar os professores que sua participação seria interessante para enriquecer a atividade desenvolvida introduzindo novos personagens ou novas situações que torne o jogo mais rico e interessante para as crianças, interessando-se por elas, animando-as pelo esforço. O material deve ser suficiente tanto quanto à quantidade, como pela diversidade, pelo interesse que despertam, pelo material de que são feitos. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais. Vygostki (1998) ressalta que no brinquedo, a criança cria uma situação imaginária, isto é, é por meio do brinquedo que essa criança aprende a agir uma esfera cognitiva, é promove o seu próprio desenvolvimento no decorrer de todo o processo educativo.

Dessa forma, o brinquedo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, etc. Portanto, o brinquedo é um dos fatores mais importantes das atividades da infância, pois a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar para manter seu equilíbrio com o mundo. A importância da inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor. Neste projeto de ensino o brincar proporciona a troca de pontos de vista diferentes, ajuda a perceber como os outros o vêem, auxilia a criança de interesses comuns, uma razão para que se possa interagir com o outro.

Essa criança tem, em cada momento da vida criança, uma função, um significado diferente e especial para quem dela participa. Elas passam a pensar sobre suas ações nas brincadeiras, sobre o que falam e sentem, não só para que os outros possam compreendê-las, mas também para que continuem participando das brincadeiras. Aí está o difícil e o fácil que é o brincar e o conviver com o outro. Esse processo de ensino me fez compreender que o olhar do professor de educação infantil, precisa ser curioso, atento, compreender as manifestações diversas do seu grupo. br/entrevistas/entrevista. asp?entrID=39. MOYLES, J. R. Só Brincar? O papel do Brincar na Educação Infantil. O Direito à Educação no Mundo Atual. In: ______. Para onde vai à educação? Trad.

Ivette Braga. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974 PIAGET, J. Vigotsky: uma perspectiva histórico-político cultural da educação. ed. Petrópolis, RJ: Vozes 1995. SANTOS, S. M. S. A formação social da menteio desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. a éd. São Paulo: Martins Fontes. VYGOTSKY, L.

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