VIABILIDADE DE UTILIZAÇÃO DE ISOPOR PARA FINS DE OBTENÇÃO DE UM MATERIAL ALTERNATIVO DE CONSTRUÇÃO

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

João Geraldo Molinari Peres RESUMO Material alternativo é um produto resultante da utilização de resíduos como agregado em substituição a materiais convencionais, com o objetivo de produzir uma argamassa com utilização do material que seria descartado, como um possível substituto da areia, e comprovando através de ensaios mecânicos, se o produto final encontra-se dentro dos padrões exigidos para sua comercialização. O Poliestireno Expandido (EPS), mais conhecido como isopor, foi o material escolhido para ser avaliado, devido as suas características e a facilidade de ser encontrado. O material passou por uma bateria de testes para então ser obtido o resultado final, que comprova se ele é ou não adequado para as condições que o mercado exige do produto final. Palavras chave: Isopor, EPS, Material alternativo 1.

introdução Material alternativo é um produto resultante da utilização de resíduos como agregado em substituição a materiais convencionais. No Brasil, é mais conhecido como "Isopor”. Segundo STEAMAX 2013, as propriedades relevantes do EPS são: 1. Baixa Condutividade Térmica: Devido à sua estrutura de células fechadas contendo ar, que inibe a passagem do calor ou frio, obtém-se um isolamento térmico de alta capacidade. Baixo Peso: Densidades de 10 a 35kg/m³ permitem trabalhos mais seguros. Resistência Mecânica: Apesar de serem leves, os produtos de EPS possuem boas propriedades mecânicas, o que é importante para certas aplicações. O concreto leve fabricado com o EPS pode ser aplicado na regularização de lajes, em painéis, pré-fabricados (lajotas, blocos vazados, pilares para muros), bancos para ambientes externos, base para montagem de sofás, balcões, camas e quadras de esporte.

  Reciclados, os blocos, placas e utensílios de EPS podem ser remoldados para aplicações que não exijam aparência e características mecânicas homogêneas (SEBRAE, s. d). Diversificação A versatilidade do material e a facilidade com que se trabalha o EPS tornam o campo de aplicações ilimitado.  Desde a construção de cenários e maquetes, aos brinquedos e acessórios para desportos náuticos, aos moldes para peças de fundição, entre tantas mais possibilidades, o único limite para o EPS é o da imaginação. ROBERTO, 2011). Existem várias formas de se reciclar o isopor (mecânicas e químicas) diversos estudos foram criados para analisar a viabilidade de reciclagem do material. Através dos testes criados por pesquisadores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), o Isopor pode ser transportado com maior facilidade (através de compressão do material) e reaproveitado de diversas formas, através de uma mistura de 20% do material antigo e 80% de estireno.

 São possíveis vários modos de utilização do material reciclado (blocos de construção, solados de sapato, colas, solvente, rodapés, molduras, cabides), mas para que se possa melhorar a reutilização do poliestireno expandido e evitar maiores danos ambientais, tanto a sociedade, como as empresas, devem se conscientizar da importância de efetuar o descarte do EPS de forma correta e não como lixo comum. Por ser um derivado do petróleo, o isopor é classificado como plástico, portanto deve ir para o coletor vermelho, que é a cor destinada aos recicláveis plásticos (ROBERTO, 2011). Inicialmente o isopor, areia, cimento e água foram pesados e depositados em uma bacia e bem misturados (Figura 4). Após este processo foram utilizados para a confecção dos corpos de prova (C.

P. com dimensões aproximadas de 10,0 centímetros de altura e 4,6 centímetros de espessura. As fôrmas foram untadas com óleo mineral, e em seguida preenchidos com o composto e compactados até estarem completos (Figura 5). Foram feitas leituras, em balança analítica, dos corpos de prova nos períodos de 3, 6, 24, 48 e 72 horas, contados a partir do momento em que os mesmos eram colocados em contato com a água. Imediatamente após a leitura os corpos de prova eram devolvidos em recipiente com água (Figura 9). Após três dias de ensaio de absorção de água os corpos de prova foram cortados transversalmente com serra circular, de forma a ser possível visualizar a distribuição de água (Figura 10), e foi anotado as alturas de ascensão capilar através do material.

A absorção de água é medida também pela razão entre a variação de massa final e massa inicial na execução do ensaio, em função da área molhada do corpo de prova, determinada na ABNT (NBR 9779/95), conforme prevê a equação 1 a seguir: (1) Em que: C = absorção de água por capilaridade; A = massa placa com água; B = massa placa seca; S = área em contato com a água. Figura 8. A absorção de água foi analisada relacionando-se a variação da massa saturada e seca, com a massa seca inicial, através da equação (2) a seguir: a) absorção água imersão: (2) Em que: A = massa corpo prova seco; B = massa corpo prova saturado (inicial); Figura 10. Corpos de prova submetidos a ensaio de absorção de água por imersão Fonte: arquivo Pessoal (2013) 4.

RESULTADOS E DISCUSSÃO 1º conjunto de provas resultou em uma capacidade de compressão de 350 kg, lembrando que o mínimo exigido pelas normas da ABNT é de 500 kg. º conjunto de provas, mesmo com uma redução de 2% do isopor, a compressão do corpo de prova ainda se manteve abaixo dos padrões, resultando em apenas 405 kg. De acordo com os dados citados o esperado com este experimento é que possa se atingir as metas exigidas por norma para fins de reduzir custos na produção da argamassa utilizando um material que seria descartado, assim preservando também o meio ambiente. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. Rio de Janeiro. NBR 7215. Cimento Portland- determinação da resistência a compressão. Rio de Janeiro, 1996, 08 p. Mundo estranho. Do que é feito o isopor?, 2012.

Disponivel em: <http://mundoestranho. abril. com. BRASKEM. BRASKEM. Reciclagem de isopor, 2010. Disponivel em: <http://www. braskem. html>. Acesso em: 14 abr. SEBRAE. Apresentação de Negócios, s. d. isopor-steamax. com. br/?page_id=549>. Acesso em: 19 maio 2013.

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