MPLEMENTAÇÃO DE TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO EM UMA EMPRESA MOVELEIRA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Orientador Prof. Me. Renato Hansen. BENTO GONÇALVES 2017 Dedico este trabalho aos meus familiares, amigos e professores que me ajudaram nesta etapa tão importante em minha vida. “Peque por ação, não por omissão. Figura 4 – Ferramenta de controle para vendas e PCP……. Figura 5 – Modelo de etiqueta proposto para roteiro de fabricação…………. Figura 6 – Modelo de etiqueta aplicado para roteiro de fabricação………………. Figura 7 – Caminho para impressão das etiquetas com roteiro de fabricação…. Figura 8 – Tela para visualização da capacidade de fábrica………………………. OBJETIVOS. Objetivo geral. Objetivos específicos. DESCRIÇÃO DA EMPRESA. ABORDAGEM E DELIMITAÇÃO. MÉTODO DE TRABALHO. RESULTADOS………………. TREINAMENTO PARA A EMPRESA. ADEQUAÇÃO DE ALGUNS SETORES PARA APOIAR O PCP. ROTEIROS DE FABRICAÇÃO. Figura 1-O PCP como centro das atividades empresariais Fonte: Russomano, 1995.

Adaptado). Segundo Vollman (2006) o setor de PCP tem como principal função o planejamento e controle de todos os aspectos da produção, englobando o gerenciamento de materiais, da programação das máquinas, das pessoas e da coordenação de fornecedores. Para Slack (1997) o PCP é o setor mais importante para que haja garantia de que as datas de entrega da empresa sejam cumpridas. O propósito do setor é de apoiar e garantir que os processos da produção atendam às necessidades dos clientes. Por fim no capítulo 4 serão apresentados os resultados obtidos com o estudo feito na organização. JUSTIFICATIVA O crescimento rápido e a falta de planejamento, principalmente no setor produtivo podem causar sérios problemas, como gargalos de produção, atrasos com clientes e um mal dimensionamento das instalações e máquinas da organização.

LUSTOSA, 2008). Ainda para o autor no cotidiano industrial nem sempre as empresas de médio e pequeno porte querem cumprir com algumas decisões tomadas pelo PCP, na maioria das vezes querem produzir sem intervenções e com um fluxo contínuo. Segundo Russomano (1995) do outro lado está o PCP que como um organismo, exerce um número de funções extremamente importantes para garantir o bom andamento da produção, nem sempre, estas funções são acatadas pelas chefias dos setores produtivos, causando muitas vezes atritos diários entre as partes. Reconhecida por sua versatilidade e customização a empresa produz mobiliário de design, com formas pensadas para levar harmonia aos ambientes, sempre imprimindo uma estética elegante e original. No parque fabril da empresa, tecnologia e artesania andam lado a lado, preservando assim a essência da empresa que é produzir os acabamentos de forma manual, levando tradição a cada peça produzida.

A empresa conta com aproximadamente oitenta funcionários. A Tremarin móveis tem como principais produtos: Buffets, cadeiras, cristaleiras, mesas de jantar e complementos. Na figura 2 observa-se um exemplo dos produtos. FLUXO DAS INFORMAÇÕES NA PRODUÇÃO Para Russomano (1995), quando se deseja estudar o fluxo produtivo e administrativo de uma organização, deve-se fazer um fluxograma para entender melhor toda cadeia de informações. O autor salienta que o processo sempre vai começar pelo cliente, razão de ser uma empresa industrial. A relação entre o cliente e a empresa varia muito de acordo com o sistema produtivo da empresa. SISTEMAS DE PRODUÇÃO Segundo Peinado (2007), um sistema de produção é um processo organizado, que transforma insumos em produtos. Na maior parte das vezes os sistemas de produção transformam insumos em produtos de maior valor.

As máquinas são arrumadas de As máquinas são arrumadas por acordo com o produto (em linha), processo de fabricação, com difícil precisando ser bem calibradas. calibragem. Como as máquinas são Como as máquinas são universais os especializadas, os operadores não operadores precisam ser qualificados precisam ser altamente qualificados. versáteis). A capacidade ociosa é pequena. No nível tático, desmembra o plano de produção, detalhando os bens e serviços que serão executados na indústria, emitindo ordens de fabricação de terceirização e outros controles. Já no nível operacional irá fazer o que for possível para apoiar a produção. O PCP exige no mínimo dois pré-requisitos para que funcione de maneira adequada, são eles: roteiro de produção e planejamento da capacidade.

Os roteiros serão feitos pela engenharia industrial. O segundo pré-requisito é tarefa do setor de 20 planejamento da empresa e consiste no acerto de um programa de produção que concilie o que foi vendido com a capacidade da fábrica (Gaither,2002) Ainda para o autor é de suma importância que a empresa saiba qual o tipo de PCP que melhor se encaixa na realidade organizacional. Segundo Tubino (2007) o plano mestre de produção leva em consideração, além da estimativa de vendas, vários fatores, tais como: carteira de pedidos, disponibilidade de material, capacidade disponível, entre outros. De forma a estabelecer, com antecedência, a melhor estratégia de produção possível. MOVIMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO E MONTAGEM Para Oliveira (2000), além da ordem de fabricação e da requisição de matériaprima, podem acompanhar a ordem de fabricação outros documentos importantes para apoiar a produção, tais como cartões de mão de obra, tickets de movimento e tickets de ferramentas.

Ainda para o autor, ao receber a requisição de produção o PCP deve fazer a sequência de operações, emitindo ordens de fabricação e de montagem e desenhos. No dia estipulado caberá ao PCP enviar a requisição de matéria prima ao almoxarifado. Segundo Carreira (2009), não existe um modelo ideal para ser seguido quando realiza-se o mapeamento de processos, mas é importante que se tenha conhecimento de algumas etapas para fazê-lo. Ainda para o autor os fluxogramas mostram como os trabalhos são realizados, ou seja, mostra-se a realidade dos processos. Ainda para o autor, quando realiza-se o mapeamento de um processo identificase os processos inexistentes e desafia-los, de forma a criar instrumentos de melhoria para o desempenho da organização. O mapeamento possibilita a redução de custos no desenvolvimento de produtos e serviços e traz à tona as falhas de integração entre sistemas.

Segundo Gaither (2002) ao aplicar-se o mapeamento de processos em uma empresa, pode-se fazer um questionário que depois servirá de check-list para todos os departamentos e atividades. Russomano (1995), cita que a identificação dos processos de fabricação são essenciais para que se tenha um PCP estruturado e de maneira adequada para atender as necessidades da organização. A empresa em questão conta com o sistema de produção contra pedido, ou seja, o item só é produzido quando existe uma necessidade, quando o cliente solicitar o produto. Porém no caso de alguns produtos da empresa, por mais que sofram customização ainda assim apresentam peças em comum, tornando viável o estoque destas. MÉTODO DE TRABALHO Segundo Vollman (2006) o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo por isso é de extrema importância que as organizações entendam que deve-se trabalhar mais com menos a fim de atender o cliente o mais rápido possível para não perder oportunidades de mercado.

Ainda para o autor é preciso entender quais são as mudanças que a empresa precisa para organizar melhor o processo produtivo, para adequar o PCP e atender de forma eficaz o cliente. Ainda segundo o autor as ordens de fabricação devem ser detalhadas, afim de atender e suprir todos questionamentos da produção. Muitas das ordens de fabricação eram ainda feitas em Excel, o que causava a falta e a divergência de informações, fazendo-se com que muitas vezes a peça fosse fabricada errada. Desta maneira adotou-se que todas os produtos novos e já existentes deveriam ser colocados no Enterprise Resource Planning - ERP da empresa para que pudessem ser controlados tanto no quesito produção quanto fiscalmente, visto que quando as ordens são emitidas pelo ERP, consegue-se fazer a leitura destas para alimentação de estoque e emissão de nota fiscal, exonerando o setor de PCP de colocar manualmente aqueles no estoque.

Segue no quadro 2 as etapas das propostas de melhorias, identificadas através dos referenciais teóricos e do estado atual da empresa. Quadro 2- Etapas e tarefas do projeto mai jun jul ago set out nov ETAPAS TAREFAS Ressaltar a necessidade de organização da fábrica centralizando Entendimento do em PCP. As datas de entrega eram estipuladas pelo setor de vendas, este na maioria das vezes não consultava o setor de PCP para saber se a data poderia ser cumprida ou não de acordo com a programação e o planejamento do setor. Portanto criou-se uma planilha onde ambos setores teriam acesso para saber qual era a capacidade da fábrica de cumprir determinado pedido ou não. Observa-se na figura 4 que foram criados lotes de fabricação, fazendo um arranjo entre os pedidos com as datas próximas para diminuir também a quantidade de transportes semanais e reduzir os custos com logística.

Figura 4- Ferramenta de controle para vendas e PCP Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2017). Exemplificando, observa-se pedidos para datas de entrega que variam desde o dia 14/08 até o dia 24/08. Figura 4-Modelo de etiqueta aplicado para roteiro de fabricação Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2017). Esta identificação faz-se no início do processo produtivo, na seccionadora, onde o operador tendo uma impressora ao lado da máquina realiza a impressão das etiquetas, de forma rápida e precisa, fazendo-se então a colagem em todas peças. Esta impressão é feita pelo ERP da empresa, acessando-se os campos conforme figura 5. Figura 5- Caminho para impressão das etiquetas com roteiro de fabricação Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2017). Com esta aplicação melhorou-se o fluxo de peças, visto que muitas vezes o PCP precisava estar presente na fábrica para sinalizar os processos de algumas peças.

Depois de realizado os trabalhos acima, focou-se na melhoria das ordens de produção. Inicialmente as ordens eram feitas em Excel, porém, com o passar do tempo e com os ajustes feitos nas estruturas de produtos e outros parâmetros, as ordens de fabricação passaram a serem feitas no ERP. Quando foi identificado que era necessário a migração das ordens para o programa, definiu-se que para atender a produção era necessário que as ordens de fabricação cumprissem as seguintes informações: a) Número da ordem de fabricação por extenso; b) Número da ordem de fabricação em código de barras para leitura e finalização da mesma; c) Descrição do item a ser fabricado; d) Matéria prima a ser utilizada; e) Quantidade a ser fabricada; f) Data de início e fim; g) Alguns casos cartão desenho; h) Medidas de corte, laminação e produto pronto; Estas seriam as informações mínimas necessárias para conseguir a fabricação do produto.

Em um primeiro momento, para definição da necessidade de informações nas ordens, foi feito um brainstorming com os colaboradores para saber qual era o mínimo necessário de informações que aqueles necessitavam para realizar um bom trabalho e cumprir as datas estipuladas pelo PCP. Neste trabalho foi constatado que a maior dificuldade era as informações expostas de forma contraditória, quando comparava-se desenho com ordem de fabricação. Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2017). RESULTADOS GERAIS APÓS A APLICAÇÃO DO TRABALHO Abaixo segue parte da DRE da empresa estudada, onde observa-se que o faturamento no primeiro semestre foi de R$ 14. e no segundo semestre foi de R$ 15. Escolheu-se para demonstração apenas os três indicadores que tem relacionamento direto com as propostas realizadas, encontrando-se uma grande diferença no que diz respeito a logística e a devoluções de produtos, já que com processo mais enxutos e lineares obtidos com as propostas implantadas, conseguiu-se qualidade e um sequenciamento melhor de produção de forma a redução destes três indicadores.

Quadro 5- Economia gerada com o trabalho realizado na empresa Móveis Tremarin LTDA (0546) Fevereiro 2017/Junho 2017 Total do período: Conta 33348 33381 33820 R$ 14. Fat. R$ 1. Fonte: Tremarin Móveis (2017). Os indicadores relacionados a logística tiveram grande redução pelo fato de que antes o PCP não visava o planejamento da fábrica e a programação focando no agrupamento de pedidos que estavam localizados em regiões próximas. Desta maneira, com a implantação do trabalho, o PCP em negociação com o comercial muitas vezes atrasava um ou dois dias alguns pedidos e antecipava outros para aproveitar o mesmo transporte. peças para o cálculo do novo estoque em 4. peças (Tritoma, Menta e Lupino), sobram peças para produzir 125 cadeiras do modelo Tritoma. O custo médio é de R$ 350,00/Cadeira.

Sendo assim, teriam-se mais R$ 43. resgatados com o estudo proposto. Ainda verificou-se que houve uma significativa redução do estoque de algumas peças que até então estavam fora de linha, mas, readequando estas para outros produtos resgatou-se R$ 43. Outro ganho foi nos prazos de entrega onde inicialmente tinha-se cerca de 80 pedidos atrasados mensalmente, com o proposto foi reduzido para 21 pedidos aproximadamente. Antes produzia-se cerca de 12 cadeiras/dia, agora produz-se entre 23-25 cadeiras/dia. Além dos objetivos alcançandos com o trabalho, constata-se que futuros trabalhos podem ser realizados, como cronoanálise, UEP para avaliação dos custos empresariais, sequenciamento de operações, Kanban e talvez a dissiminação da filosofia Just in time. Com a implantação do trabalho verificou-se que muitas das metodologias de planejamento e controle estudadas na engenharia de produção contibuem diretamente para reestruturação de alguns processos empresarias, tendo-se um bom embasamento bibliográfico e uma organização aberta as mudanças, as ferramentas podem ser aplicadas para obtenção de bons resultados.

org. br/biblioteca/ENEGEP1998_ART262. pdf. CARREIRA, Dorival. Organização, sistemas e métodos: ferramentas para racionalizar as rotinas de trabalho e a estrutura organizacional da empresa. ed. São Paulo. Elsevier, 2008. MOREIRA, D. A. Belo Horizonte. Editora de desenvolvimento gerencial. PAIVA, Ely Laureano; CARVALHO JR, Jose Mário de; FENTSTERSEIFER, Jaime Everaldo. Estratégia de Produção e Operações: Conceitos, Melhores Práticas, Visão do Futuro. ed. A grande dimensão da pequena empresa: perspectivas e ação. Brasília: SEBRAE, 1995 ROTONDARO, Roberto Gilioli. Gerenciamento por processos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. RUSSOMANO. O Sistema Toyota de Produção no ponto de vista da engenharia de produção. Tradução de Eduardo Schaan. Ed. Porto Alegre. Artes Médicas. T. Sistemas de Planejamento e Controle da Produção para o gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.

ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006 41 42 46.

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