Administrando as finanças pessoais

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Finanças

Documento 1

Para que possamos entender como administrar, há necessidade de analisar a matemática financeira, elemento primordial e facilitador no processo de desenvolvimento de nossas decisões, compreender a importância do seu conhecimento, analisando os fatores que contribuem para sua melhor aprendizagem em diversos níveis de desenvolvimento, identificando todos os recursos que a mesma nos oferece. A partir dessas ações referentes à educação financeira, nós estaremos habilitados, mais preparados, confiantes, e seguros, para resolvermos na prática os problemas que surgem em relação as nossas finanças, capacitando-nos assim para encontrarmos as melhores decisões, para nossa tranquilidade e de nossa família. Palavras-chave: Matemática financeira, finanças pessoais, educação financeira. ABSTRACT Knowing how to manage Personal Finance is a current need for all of us, considering the most diverse situations in the financial area that arise in our everyday lives.

According to researches within our political and social culture, we know of the difficulties encountered by a large part of our population regarding to the solutions to personal financial problems, which are directly related to the knowledge of Exact Sciences, specifically with regard to mathematics. CENTRO UNIVERSITARIO METODISTA - IPA. RESULTADOS DAS PESQUISAS 11 5. CALCULADORA HP-12C e EXCEL 14 6. ANÁLISE GERAL 15 7. CAUSAS DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 20 7. APRENDIZAGEM 27 9. CONCLUSÃO 28 REFERÊNCIAS: 29 1. INTRODUÇÃO As Finanças Pessoais são todas as situações financeiras que surgem em nosso cotidiano, e que exigem nossa intervenção para que possamos definir os caminhos mais adequados para fins de evitarmos consequências desagradáveis em futuro próximo, mas pelo contrário, que consigamos alcançar com as nossas decisões os melhores resultados para nossa própria tranquilidade.

Para isto há necessidade que todos nós consigamos aprender a aprender como administrar nossas finanças particulares. Este tema torna-se relevante em se tratando de uma relação direta com nosso dinheiro, e que faz parte do nosso cotidiano, ou seja, é preciso saber como controlar nossa renda, seja qual for o se valor, pois a mesma está diretamente relacionada à nossa própria estrutura de sobrevivência, dentro principalmente das áreas de Educação (escolas), Transporte (carro, passagens), Habitação (moradia), Saúde, Alimentação, e Lazer, sendo que além da distribuição de parte de nossa renda destinada a estas necessidades, ainda poderá ser incluído muitos outros tipos de despesas, como empréstimos, financiamentos, poupança, investimentos, impostos, luz, água, consumo em geral, etc. com referência a Finanças Pessoais, ou seja: A área de finanças pessoais trata da forma como um indivíduo ou uma família administra sua renda.

Diariamente decisões financeiras são tomadas e estas terão impacto na vida pessoal dos indivíduos. O estudo das finanças pessoais envolve conceitos e técnicas fundamentais para a existência de uma gestão eficiente da renda de uma família. A poupança pode produzir uma segurança necessária para a vida do indivíduo, assim como os investimentos de uma pessoa podem ser mais precisos e planejados de acordo com as suas necessidades de curto e longo prazo, resultando em ganhos maiores para a vida financeira das pessoas. Poupar exige o adiamento do consumo presente, visando o consumo de algo maior no futuro. Saitto (2007, p. faz algumas considerações sobre o que ocorre em nosso país, isto é: “No Brasil as mudanças trazidas principalmente pela estabilização da economia e queda da inflação alterou a forma como a população lida com seus recursos financeiros”.

Após faz referência a Educação Financeira, afirmando que a mesma “é fundamental na sociedade brasileira, visto que influencia diretamente as decisões econômicas dos indivíduos e das famílias”. Para Lucey e Giannangelo (2007, p. trazem algumas considerações também sobre a educação financeira, especificamente com relação sobre a política educacional, ou seja: “os participantes no processo de educação financeira são as escolas, as empresas, o governo, as instituições financeiras, e outros, como as organizações não governamentais”, e após fazem referência especificamente as crianças, isto é: “ Alguns autores afirmam que se a criança desenvolve os moldes comportamentais e cognitivos antes e durante a escola elementar, a educação financeira deve ocorrer durante os primeiros estágios de desenvolvimento comportamental e cognitivo”.

Foi realizada uma pesquisa de campo através de entrevistas semiestruturadas em 10 famílias, juntamente com os pais, todos com formação superior, sendo questionados sobre como procediam para resolverem os problemas financeiros, quais seus conhecimentos dentro desta área, e quais as dificuldades encontradas. CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA - IPA. Realizou-se uma pesquisa de campo através de entrevistas semiestruturadas numa turma de graduação em Administração de Empresas numa universidade particular, com 35 alunos especificamente com relação à disciplina de Matemática Financeira, questionados sobre sua aprendizagem. Além destas pesquisas de campo, foi também realizada uma pesquisa bibliográfica, também do tipo qualitativa, considerando tratar-se de pesquisa em Educação, e que vamos abordá-la nos próximos capítulos, através de todas as considerações necessárias, não somente quanto aos resultados obtidos, mas também com relação às reflexões que este tema exige.

RESULTADOS DAS PESQUISAS Com referência à primeira pesquisa, ou seja, na turma de matemática financeira do ensino técnico, a qual era constituída de 22 alunos dentro da faixa etária de 19 a 62 anos, todos com o ensino médio completo, e com 8 alunos com graduação em diversas áreas, e todos aprovados em concurso para ingresso, em se tratando de Escola Técnica Federal. Em relação à pesquisa de campo também através de entrevistas semiestruturadas com 10 pais, todos com formação superior, foram constatados que 80% dos mesmos não tinham praticamente nenhum conhecimento de assuntos específicos da área financeira, sempre recorrendo a amigos ou profissionais especializados da área, para auxiliarem nas suas decisões, principalmente aos assuntos mais complexos. Os entrevistados informaram também que durante o ensino fundamental, ensino médio, e durante a sua formação superior, nunca tiveram conteúdos em disciplinas referentes à área financeira, com exceção de apenas 20% dos entrevistados, os quais iniciaram a aprender a matemática financeira durante os seus cursos de graduação, sendo que os mesmos eram graduados em Administração de Empresas e Economia.

Com referência à pesquisa de campo também através de entrevistas semiestruturadas, com 35 alunos da turma da disciplina de Matemática Financeira no curso de graduação em Administração de Empresas, todos afirmaram que tinham dificuldades de aprendizagem, principalmente quanto ao desenvolvimento das questões de matemática básica, semelhante, portanto, aos resultados que foram obtidos na pesquisa da turma do Ensino Técnico. Conforme a metodologia de ensino em seu livro texto de Matemática Financeira, GIMENES C. M. Por exemplo, não ensinamos aos nossos jovens por que poupar, logo, eles não priorizam, não poupam, e tampouco se tornam adultos investidores. GIMENES, 2012, p. Vejamos a seguir um quadro demonstrativo bem simples de educação financeira, referente a um exemplo de planejamento orçamentário mensal, que poderia ser aplicado já nas primeiras séries do ensino fundamental: Quadro 1 – Planejamento financeiro mensal Através deste simples exemplo de planejamento financeiro, o jovem inicia a entender e se familiarizar com questões financeiras, e consequentemente se sente mais motivado e interessado em se aprofundar nesta pesquisa, considerando tratar-se de assunto real que acontece na prática, pois é em função do seu próprio dinheiro que ele tem em suas mãos em que tudo se desenvolve.

O aluno poderá concluir que no mês anterior sobrou R$ 20,00, e que no mês presente sobrou R$ 170,00 que é o valor que ele possui em caixa, e que este crescimento só foi possível em vista de que a receita (R$ 450,00) foi maior do que a despesa (R$ 300,00). Também conclui que além do caixa ter aumentado, ainda conseguiu poupar uma quantia de R$ 50,00. Com a obrigatoriedade da inclusão da disciplina de Educação Financeira até o final do ensino médio, o aluno então estará preparado, já em sua formação de graduação, que deveria ser também obrigatória em todos os cursos superiores, momento este que o aluno estará diante de uma aprendizagem referente a situações financeiras, as mais diversas possíveis, e também bem mais complexas, mas que quando concluído, estaremos capacitados para resolver individualmente todas as questões financeiras que fazem parte de nosso cotidiano.

O próprio Gimenes (2013) nos questiona: Já pensou em viver sem dívidas, comprar tudo à vista, trocar de carro todo o ano, viajar sempre com a família, ter uma boa aposentadoria, e ainda estar preparado para as emergências e percalços da vida? Certamente você já realizou muitos planos: formar-se, especializar-se e trabalhar para ter uma bela renda. Entretanto o mesmo empenho deverá ser dado na busca de alternativas de fazer a sua renda trabalhar por você. GIMENES, 2013, p. Deixamos aqui de incluir um exercício a nível adulto, pois a finalidade do trabalho não é explicar a matemática financeira, mas sim refletir as suas dificuldades de aprendizagem, e que através das pesquisas é constatado um alto grau de desconhecimento do presente assunto, o que inevitavelmente corremos riscos desagradáveis.

Essas pessoas muitas vezes trabalham mais do que seria necessário porque aprenderam a trabalhar arduamente, mas não como fazer o dinheiro trabalhar para elas. KIOYOSAKI, 2000, p. Neste contexto, se percebe a importância da educação financeira. É importante para a sociedade que se forme profissionais capacitados, mas sem uma educação financeira a vida pessoal deste profissional, por mais bem sucedido que seja profissionalmente, será frustrada. Souza e Torralvo (2008), também se manifestam sobre esta questão afirmando: A falta de educação financeira reflete uma não valorização do dinheiro, acompanhada de um desperdício maior e desnecessário deste. para que os mesmos tivessem uma melhor preparação para após desenvolver a parte prática. Além disso, não era oferecida aos alunos sua participação ativa e dialética, mas apenas como meros assimiladores de conhecimentos.

Temos que considerar alguns aspectos referentes aos professores, conforme nos diz Camargo (2003): “a falta de preparação dos professores se deve, também, ao pouco tempo que dispõem para dedicar-se aos seus alunos e aos cursos de aprimoramento, uma vez que trabalham, em média, de 8 a 10 horas por dia”, e que também nos afirma Sanches (2004): A falta de preparo dos professores pode gerar dificuldades relacionadas às adoções de posturas teórico-metodológicas ou insuficiente, seja porque a organização desses não está bem sequenciada, ou não se proporcionam elementos de motivação suficientes, seja porque os conteúdos não se ajustam às necessidades e ao nível de desenvolvimento do aluno, ou não estão adequados ao nível de abstração, ou não se treinam as habilidades prévias, seja porque a metodologia é muito pouco motivadora e muito pouco eficaz.

SANCHES, 2004, p. Situação dos currículos. Metodologia de estudo O tipo de estudo aplicado pelos alunos desta mesma pesquisa era apenas revisar os exercícios dados em aula. Apenas quando estavam bem próximos da data da prova, é que se reuniam para em grupos tentarem resolver alguns problemas dados pelo professor, o que mesmo assim não conseguiam atingir o objetivo, ou seja, de uma boa preparação para as provas. Partindo do princípio que somente vamos aprender quando aprendemos a aprender, temos que na matemática, primeiramente tentar sozinhos entender os problemas já resolvidos. Após esta etapa temos que tentar resolver vários exercícios, sendo que os primeiros certamente nos parecerão mais difíceis, mas na realidade não são, pois ainda não adquirimos a prática necessária.

Após resolvermos vários exercícios, os últimos parecerão ser bem mais fáceis, em função da prática que alcançou até este estágio. Como exemplo do que ocorre nesta escola em Ivoti, dentro das possibilidades e do programa pedagógico de cada escola, que fosse incluído no currículo escolar a partir de determinada série do ensino fundamental, a disciplina de educação financeira, e que também fosse incluído em todos os cursos de graduação a disciplina de finanças pessoais. O próprio Gimenes (2012) nos diz: O estudo de finanças pessoais é obrigatório em vários países, e começou a se tornar uma realidade em alguns cursos de formação superior no Brasil. Por fazer parte eminente de nosso cotidiano, assim como a matemática financeira, a inclusão da disciplina de finanças pessoais deveria ser obrigatória em todos os cursos de ensino superior.

Isso sem deixar de lado uma abordagem preliminar no ensino fundamental e médio como forma de criação de cultura. GIMENES, 2012, p. Rocha (2008) nos afirma: A administração das finanças pessoais é um assunto que deveria começar a ser discutido nas escolas brasileiras. Embora a educação financeira seja um processo trabalhoso, contínuo, e complexo, é fundamental para que o ser humano entenda o mundo em que vive e os riscos do sistema financeiro. ROCHA, 2008) Outro aspecto relevante é com relação ao acompanhamento do ensino em função do avanço tecnológico com a sua necessária inclusão nos currículos escolares, não somente com relação à formação dos educadores, mas também com relação a aprendizagem, tornando-se assim as tecnologias da informação como instrumentos auxiliares na aprendizagem, na medida em que a mesma torna-se atraente e interessante aos alunos, despertando aos mesmos uma maior motivação para facilitar a aprendizagem.

Como já referenciamos em capítulos anteriores, a calculadora HP 12c e o Excel, são instrumentos tecnológicos que auxiliam e facilitam a resolução de problemas matemáticos, mas não garantem a aprendizagem. Neste contexto, e considerando que a tendência no futuro é que todas as escolas disponibilizarão de bom aparato tecnológico, considerando também a complexidade de utilização simultânea de três instrumentos separados, como o caderno, o computador (Excel), e a calculadora (HP 12c), que houvesse a utilização destes instrumentos integrados em apenas um só, com a criação de um software que estivesse incluído a teoria, a execução dos problemas com raciocínio e solução, acompanhados de um suporte básico da calculadora HP e da planilha eletrônica.

CONCLUSÃO Através da realização de nossas pesquisas de campo, utilizando a metodologia de observações participante com entrevistas semiestruturadas, além da pesquisa bibliográfica, e com o auxílio do meu próprio conhecimento sobre a disciplina de matemática financeira, efetuamos com o êxito esperado a devida coleta de dados necessária para o desenvolvimento do presente estudo, para que após nos viabilizasse os estudos dos resultados e interpretações, e que somadas à nossa criatividade, estabelecer no contexto geral as principais causas dos problemas específicos que foram pré-estabelecidos, ou seja, a dificuldade de administrar nossas finanças pessoais em função de nosso precário conhecimento sobre matemática financeira, e as dificuldades encontradas para sua aprendizagem em razão do pouco conhecimento da própria matemática básica, cuja aprendizagem é favorecida apenas aos profissionais de áreas restritas de graduação como administração de empresas, economia, e contabilidade, nas quais a mesma faz parte de seus currículos, assim como também as ausências de uma disciplina como educação financeira ao longo de nossa trajetória estudantil, desde a educação infantil até o final do ensino básico, e também durante o ensino superior praticamente em todos os cursos de graduação.

O objetivo geral deste trabalho foi alcançado com sucesso, pois contribui com ações que poderão abrir novos rumos no sentido de facilitar o controle de nossas finanças, analisando a matemática financeira e/ou a educação financeira como elementos indispensáveis de aprendizagem em todos os níveis de desenvolvimento em nossa caminhada escolar e acadêmica, identificando todos os recursos que as mesmas nos oferecem, assim como também identificando algumas ações que são necessárias para o desenvolvimento do conhecimento nos âmbitos do ensino-aprendizagem. Ao concluir este estudo com muito esforço pessoal durante as pesquisas em geral, assim como também no seu próprio desenvolvimento, e como profissional da área de matemática financeira, significou para mim mais uma oportunidade de adquirir novos conhecimentos, de aperfeiçoamento, e de reflexão, e que contribuirá positivamente para o meu próprio crescimento profissional.

REFERÊNCIAS: CAMARGO, P. Quando o problema não é o aluno, 2003. CORREA, J. Um estudo intercultural da dificuldade atribuída à matemática, 1999. Disponível em: http://www. scielo. br/scielo. Acesso em AGO 2013. D’AQUINO, C. Educação financeira. Como educar seus filhos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008, p. M. Matemática Financeira com HP 12C e Excel. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012, p. HALFELD, M. Pai rico, pai pobre: O que os ricos ensinam a seus filhos sobre dinheiro. Ed. ª, Rio de Janeiro: Elsevier, 2000, p. p. LUCEY e GIANNANGELO, 2006, p. V. Educação no bolso. Zero Hora, Porto Alegre, 27 JUL, 2013, p. PINHEIRO, R. P. On-line]. Disponível em: http://www. hsm. com. br/artigos/educacao-financeira-em-pauta Acesso em 13 de JUL 2013. NICASIO, G. Dificuldades de aprendizagem e intervenção psicopedagógica. Ed. Artmed, Porto Alegre, 2004, p.

SOUZA, A. IESDE Brasil S. A. Curitiba, 2009, p. VALENTE, J. A.

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