INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Outro

Documento 1

Por representarem o início da cadeia produtiva da indústria farmacêutica, os insumos estão sujeitos a rigoroso controle, afinal a qualidade das matérias primas usadas para fabricar medicamentos pode ser a diferença entre um produto ser eficaz ou não, sendo assim, de acordo com a Resolução RDC nº 210 de 04 de Agosto de 2003, a armazenagem, conservação e manuseio de produtos são componentes essenciais do conjunto de atividades de produção na indústria farmacêutica. A armazenagem de mercadorias prevendo seu uso futuro exige investimento por parte da organização logística e financeira da empresa. O ideal seria a perfeita sincronização entre a oferta e demanda, de maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessários. Entretanto, como é impossível conhecer exatamente a demanda futura e nem sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer momento, deve-se acumular estoques para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar o custo total de produção e distribuição.

As matérias-primas são materiais básicos e necessários para a produção do produto acabado; seu consumo é proporcional ao volume da produção. OBJETIVO ESPECÍFICO - Levantar informações sobre as maneiras de conservação e armazenamento que são ideais, pela qual a matéria prima deve ser conservada. Exaltar informações que são imprescindíveis para manter o fluxo normal de abastecimento do estoque. Elucidar os mecanismos adjacentes á produção, que também fazem parte da qualidade do produto industrializado. Aclarar os processos adequados e específicos sobre a estocagem, assim como, as minúcias que envolvem os mecanismos de precisão e de cuidado. Especificar como se mantém a boa qualidade do produto que passa por profissionais de armazenamento e estocagem, e quais as qualidades que se devem exigir de profissionais da área.

Na portaria da empresa é realizada a conferencia primaria da documentação, caso seja constatada alguma irregularidade com a nota fiscal e o material recebido, como compras não autorizadas, como compras em desacordo com a programação, deve se recusar o recebimento. CHING – 2008) Fig. Ficha de conferência de recebimento de mercadoria – (STONER & FREEMAN, 1999). DESCARGA As aquisições cuja as documentações no recebimento estejam de acordo com o planejamento da empresa tem sua entrada permitida na empresa e encaminhada para o almoxarifado. O cadastramento dos dados efetuados na recepção deverá constar as informações necessárias para á entrada dos materiais em estoque como: pendências com fornecedores, atualização de saldos e baixa dos processos de compra e informações para o controle da entrada de materiais. A análise de qualidade efetuada pela inspeção técnica, através da comparação das especificações da autorização de fornecimento com as apresentadas na nota fiscal pelo fornecedor, tem como objetivo garantir o recebimento adequado do material, para isso, verifica-se suas características dimensionais especificas e restrições de especificação.

RIMOLI, 2008) Figura 05 – Amostra qualitativa do setor de recebimento com avarias (STONER & FREEMAN, 1999) 4. REGULARIZAÇÃO A atividade é realizada através do controle do processo de recebimento, pela confirmação qualitativa e quantitativa, através do laudo de inspeção Técnica e comparação das quantidades conferidas com as faturadas, decidindo se aceitará ou recusará a compra. A regularização será feita utilizando-se de documento durante o sistema de recebimento. Caso não seja constatado nenhuma irregularidade os materiais serão encaminhados ao almoxarifado sendo incluídos no estoque físico e contábil da empresa. ESTOQUE Estoque define-se em acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação e é também usado para descrever qualquer recurso armazenado. Normalmente usamos o termo para fazer referência a recursos de entrada transformada.

Assim uma empresa de manufatura manterá estoques de material. Pode ser também especificado como, regra e meios para se manter a quantidade de mercadorias disponível para uso ou venda, sempre que precisar, assim como medida de fornecimento rápido. BALLOU, 2007) Figura 06 – Exemplo de almoxarifado para acondicionamento de matéria-prima, (STONER & FREEMAN, 1999) 4. BALLOU, 2007) 4.    FUNÇÃO DO CONTROLE DE ESTOQUE  A administração do controle de estoque tem a função de minimizar o capital total investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez que, o custo financeiro também se eleva. Uma empresa não poderá trabalhar sem estoque, pois, sua função amortecedora entre vários estágios de produção vai até a venda final do produto. Somente algumas matérias-primas têm a vantagem de estocar, em razão da influência da entrega do fornecedor.

Outras matérias-primas especiais, o fornecedor precisa de vários dias para produzí-la.   Às vezes acabam se esquecendo dessa regra nas estruturas de organização mais tradicionais e conservadoras. O controle de estoque tem também como objetivo qualificado o planejamento da estocagem, assim como, controlar e re-planejar o material armazenado na empresa.  (BALLOU, 2007)   4.  POLÍTICA DE ESTOQUE  A administração geral da empresa deverá determinar ao departamento de controle de estoque, o programa de objetivos a serem atingidos, isto é, estabelece certos padrões que sirvam de guias aos programadores e controladores e também de critérios para medir o desenvolvimento do departamento. Estas políticas são diretrizes que, de maneira geral, são as seguintes: - Metas de empresas quando ao tempo de entrega dos produtos ao cliente; - Definição do número de depósitos de almoxarifados e da lista de materiais a serem estocados nele; - Até que níveis deverão flutuar os estoques para atender uma alta ou baixa demanda ou uma alteração de consumo; - As definições das políticas são muito importantes ao bom funcionamento da administração de estoques.

Quando se falar do arranjo físico, pressupõe-se o planejamento do espaço físico a ser ocupado e utilizado. O principal objetivo do layout são garantir a maximização do espaço, da eficiência da movimentação de materiais respeitando sempre o fluxo unidirecional para a entrada e saída de produtos, respeitando a cadeia produtiva para oferecer uma estocagem mais econômica em relação a despesas de equipamentos, espaço, danos de materiais e mão-de-obra, além de garantir a organização do almoxarifado. CHING, 2008) Figura 07 – Arranjo físico – (STONER & FREEMAN, 1999) 4. UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO VERTICAL O aproveitamento máximo da área e do espaço, que são cada vez mais escassos diante das crescentes, é sua meta essencial. O espaço é 80% (oitenta por cento) das vezes, apontadas como principal problema em almoxarifados não como causa, mas com efeito de baixa ocupação de itens em estoque.

Independentemente de qualquer critério ou consideração quanto a escolha de melhores tipos de armazenamento, é fundamental lembrar a importância no respeito às indicações contidas nas embalagens em geral, por meio de símbolos convencionais que indicam os cuidados a serem seguidos no manuseio, transporte e armazenagem de acordo com a carga contida. BALLOU, 2007) Figura 08 – Modelos de símbolos mais utilizados (frágil, tóxico, perigo, este lado para cima e não empilhe), (shutterstock images), 2008 4. CONTROLE DE MATERIAIS PERECÍVEIS O controle de armazenamento de materiais perecíveis deve ser realizado como base na técnica de PEPS (primeiro que entre, primeiro que sai), observando a data de validade dos produtos. Caso as técnicas de controle não sejam utilizadas, certamente a empresa terá perdas e deficiência no seu abastecimento.

Para se evitar esse tipo de falha ou desconhecimento na validade desses produtos, deve-se controlar as entradas e saídas garantindo a correta utilização da técnica PEPS. Os paletes têm o objetivo de transportar de uma só vez o maior número de materiais possíveis, e possibilitar uma maximização no espaço de estocagem, redução na largura dos corredores, economia de mão-de-obra e redução de custos. Dentre as vantagens da utilização de paletes percebidas podem se destacar algumas como: um melhor aproveitamento do espaço disponível para armazenamento, utilizando-se totalmente o espaço vertical disponível, por meio do empilhamento máximo, a possibilidade de utilização de embalagens plásticas ou amarração por meio de fitas de aço da carga unitária, formando uma só embalagem individual e também facilita a carga, descarga e distribuição nos locais acessíveis aos equipamentos no manuseio de materiais.

BALLOU, 2007) 4. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PALETES > Palete de face simples: com duas entradas e com quatro entradas. Palete com face dupla: com duas entradas e com quatros entradas. Ibidem, 1999) 4. EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES Qualquer edifício destinado a estocagem de medicamentos, deve ter área, construção e localização adequada para facilitar sua manutenção, limpeza e operação, com espaço suficiente para estocagem racional dos medicamentos. Toda área alocada para estocagem deve destinar-se somente a esse propósito, além de oferecer condições de flexibilidade que permitam eventuais modificações futuras. Os interiores dos almoxarifados devem apresentar superfícies lisas, sem rachaduras e sem desprendimento de pó facilitando a limpeza e não permitindo a entrada de roedores, aves, insetos ou quaisquer outros animais. A iluminação, a ventilação e a umidade devem ser controladas, para evitar efeitos prejudiciais sobre os medicamentos estocados.

INFRA-ESTRUTURA DE SUPORTE São itens que tem como principal objetivo a organização do espaço físico como um todo. LIXO O lixo coletado nas dependências do almoxarifado em suas proximidades deve ser eliminado através de sistema seguro e higiênico. Essa é uma atividade que exige todo o cuidado possível, não aceitando qualquer negligência, por se tratar de produtos tóxicos e inflamáveis que muitas vezes, são veiculados, assim como, produtos extremamente nocivos ao contato com o ser humano. RIMOLI, 1999) 4. LAVATÓRIO E INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. Para que o controle de infecções seja efetivo, toda a equipe deve estar integrada, devidamente informada e paramentada, para que a cadeia asséptica não seja interrompida em nenhum momento. Ibidem, 1999) 4. HIGIENE PESSOAL Devem existir instalações sanitárias, bem como chuveiros em numero suficiente para uso dos funcionários da área de estocagem, localizados nas proximidades dos locais de trabalho.

Ibidem, 1999) 4. LIMPEZA DOS LOCAIS Os locais de trabalho e de estocagem devem ser mantidos limpos e isentos de pó e contaminação. No caso da matéria prima a realidade é outra: se eles têm o seu estado normal alterado, podem tornam-se inativos ou nocivos a saúde e, o que é pior, é de difícil reconhecimento. Somente esse exemplo já serve para ilustrar a responsabilidade que representa o manuseio de matérias primas, que pode significar a diferença entre a saúde e a doença e, em casos extremos entre a vida e a morte. Mesmo um breve tratamento incorreto pode torná-los ineficaz, o que traduz a importância do trabalho de todas as pessoas envolvidas em sua manipulação. Ao falar em preservação e conservação da matéria prima estamos relacionando também as condições em que a matéria prima deve ser mantida durante seu armazenamento ou seja, o controle de temperatura e umidade são fatores imprescindíveis dentro do espaço físico em que o material se encontra.

Os parâmetros mais dotados para temperatura é entre 15 ºC e 25 ºC e para a umidade relativa do ar é entre 30% e 60%. SETOR DE QUARENTENA Este setor é delimitado com marcadores horizontais (faixas) no piso e avisos tipo placas nas paredes, obrigatoriamente na cor amarela, informando que aquele produto aguarda a aprovação pelo controle de qualidade sendo que todas as embalagens obrigatoriamente são identificadas com etiquetas na cor amarela. SETOR DE DEVOLUÇÃO Este setor é delimitado com avisos tipo placas na parede informando que aquele produto está aguardando a devolução para seu fornecedor de origem independente da forma que a empresa tenha utilizado ou não o referido produto sendo que todas as embalagens obrigatoriamente são identificadas com etiquetas na cor branca e azul 4. SETOR DE DESTRUIÇÃO Este setor é delimitado com avisos tipo placa na parede informando que aquele produto está separado para destruição, sendo que todas as embalagens obrigatoriamente são identificadas com etiquetas na cor branca e vermelha independente do motivo pelo qual a empresa determinou a ordem, pois normalmente a destruição é realizada por empresa contratada para tal fim, sendo a mesma autorizada e certificada pelo órgão responsável pelo controle ambiental, que no caso do estado do Paraná é o IAP, para realizar tal procedimento.

ARNOULD, 1999) 4. AMOSTRAGEM Quantidade de amostras estatisticamente calculadas, representativa do universo amostrado, tomada para fins de análise para liberação do lote pelo controle de qualidade ou para re-análise com o objetivo de verificar se a matéria prima mantém as mesmas características após período determinado pelo controle de qualidade, estando à mesma dentro do prazo de validade determinada pelo fabricante. Contudo, procura-se também salientar como o produto é tratado, o tipo de lugar onde fica até a sua utilização ou destino. Este estudo serve de base trazendo informações de como este processo ocorre, a qual envolve o fluxo de movimentação e armazenagem da matéria prima na indústria farmacêutica, demonstrando a importância que se tem dentro do ciclo operacional da empresa, o setor encarregado desta atividade e o papel que a matéria prima tem quando abastece o setor produtivo.

O levantamento dos dados apresentados torna a idéia de que a empresa deve sempre continuar a busca por melhorias visando sempre a melhor qualidade dos produtos, pois depende também, da forma como esses produtos são armazenados. Claro que esse trabalho não aborda na íntegra, o processo cabalmente, mas entende-se que a logística vai muito além do que se procurou abordar. Entrementes, fica patente a existência de uma referência clara e objetiva, que visou especificar que é um processo que exige muita perícia e cuidados, e isso, devido ao material químico que envolve a produção do medicamento, e os cuidados no processo de armazenamento. ARNOLD, J. R. Tony. Administração de Materiais – Uma introdução. São Paulo, Editora Atlas S/A – 1999.

EPPRECHT, E. K. CAPINETTI, J. C. R. São Paulo, Atlas, 1999. SLACK Nigel, CHAMBERS Stuart e JOHNSTON Robert. Administração da Produção. São Paulo. Editora Atlas S/A – 2002. RESOLUÇÃO Nº 328, DE 22 DE JULHO DE 1999).

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